Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 706 | 16 de setembro de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Preços seguem com tendência de alta
Refletindo o otimismo atual, a expectativa é de que os reajustes nos preços da arroba continuem no curto e médios prazos, acreditam as consultorias do setor. No Paraná, o boi vale R$260,00 por arroba. Vaca a R$240,00. Novilha a R$245,00. Escalas de abate de cinco dias.
Os preços do boi gordo seguem com tendência de alta, mantendo a trajetória das últimas semanas, que foram marcadas pelo movimento de valorizações da arroba, tanto no mercado físico quanto nos contratos futuros da B3, relatam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário brasileiro. Segundo a consultoria Agrifatto, refletindo o otimismo atual, a expectativa é de que os reajustes nos preços da arroba continuem em médio prazo, “impulsionados pelo movimento consistente do varejo doméstico observado na primeira quinzena de setembro, além do crescente volume de exportações de carne bovina in natura, que tem levado à quebra de recordes mensais”. Segundo os analistas da Scot Consultoria, as escalas de abate reduzidas, a menor oferta de boiadas gordas e a demanda aquecida sugerem novos reajustes positivos da arroba já nos próximos dias. “O escoamento consistente da carne bovina e a oferta limitada estão sustentando os preços, com possíveis ajustes no curto prazo”, ressalta a consultoria. Na praça paulista, de acordo com os dados da Scot, o mercado do boi gordo fechou a sexta-feira (13/9) com preços estáveis, depois de uma alta acumulada ao longo da semana. “Nos últimos dias, o boi gordo (SP) subiu de R$ 245/@ para R$ 255/@”, destacou a Scot. Entre as outras categorias terminadas, as cotações também andaram de lado nesta sexta-feira, em São Paulo, com a novilha gorda, a vaca gorda e o “boi-China” valendo R$ 245/@, R$ 230/@ e R$ 260/@, respectivamente (preços brutos, no prazo), de acordo com a Scot. Em linha com a Scot, a Agrifatto também apurou estabilidade no mercado de São Paulo, com o preço do boi gordo fechando a sexta-feira (13/9) em R$ 255/@ (média entre o animal “comum” e o “boi-China). Nas outras 16 regiões monitoradas diariamente pela consultoria, a cotação média do animal terminado também andou de lado, encerrando a semana em R$ 236,30/@ – veja ao final deste texto os preços atuais de todas as categorias de abate nas principais praças pecuárias do País. A recuperação dos pastos nas regiões produtoras será um desafio para os pecuaristas, devido à seca prolongada e às queimadas que assolaram várias áreas, observam os analistas da S&P Global Commodity Insight. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na sexta-feira (13/9): São Paulo — O “boi comum” vale R$255,00 a arroba. O “boi China”, R$255,00. Média de R$255,00. Vaca a R$230,00. Novilha a R$245,00. Escalas de abates de dez dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$245,00 a arroba. O “boi China”, R$250,00. Média de R$247,50. Vaca a R$225,00. Novilha a R$235,00. Escalas de abate de seis dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$260,00 a arroba. O “boi China”, R$260,00. Média de R$260,00. Vaca a R$240,00. Novilha a R$245,00. Escalas de cinco dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$220,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de seis dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$230,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$235,00. Vaca a R$210,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de seis dias; Pará — O “boi comum” vale R$230,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$235,00. Vaca a R$210,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de oito dias; Goiás — O “boi comum” vale R$245,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$250,00. Média de R$247,50. Vaca a R$225,00. Novilha a R$235,00. Escalas de abate de seis dias; Rondônia — O boi vale R$215,00 a arroba. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de oito dias; Maranhão — O boi vale R$220,00 por arroba. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de sete dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
Exportação de carne bovina do Brasil supera 300 mil t pela 1ª vez em agosto, diz Abrafrigo
As exportações totais de carne bovina do Brasil em agosto bateram novo recorde mensal, superando 300 mil toneladas num único mês pela primeira vez, informou na sexta-feira a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), que compilou dados do governo
Em agosto, o maior exportador global de carne exportou 301.951 toneladas, incluindo produtos processados e in natura, com o Brasil registrando maiores compras da China, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos neste ano. O volume exportado em agosto representa um crescimento de 31,5% em relação ao mesmo período do ano passado, afirmou a Abrafrigo. Do lado da oferta, a produção de carne bovina está forte, com os abates de bovinos registrando recordes no segundo trimestre, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Em julho, as exportações já tinham sido recordes, com representantes da indústria destacando oportunidades nos mercados importadores e um câmbio favorável. Com preços em queda, a receita com as exportações no mês passado cresceu menos do que o volume, ou 16,7%, para 1,122 bilhão de dólares. A Abrafrigo afirmou que, no acumulado do ano, as exportações totais de carne bovina alcançaram 2,03 milhões de toneladas, alta de 34% na comparação com o mesmo período de 2023. A receita subiu 20%, para 8,1 bilhões de dólares. Em 2024, a China elevou as compras de carne bovina brasileira em 9,5%, para 796.836 toneladas até agosto, embora tenha reduzido sua participação no total das exportações de 48,1% no volume em 2023 para 39,2%. Segundo maior importador do produto brasileiro, os Estados Unidos aumentaram suas importações no acumulado do ano em 103,7%, para 334.733 toneladas. Os Emirados Árabes, país que funciona como um hub de distribuição de produtos no Oriente Médio, consolidou-se na terceira posição entre os maiores importadores de carne bovina brasileira, aumentando as importações em cerca de 190%, para 114.104 toneladas. No total, 89 países aumentaram as importações de carne bovina brasileira no ano, enquanto 76 reduziram suas compras.
Agência Reuters/Notícias Agrícolas
Mercado futuro do boi gordo com movimentações positivas
Na semana passada, contratos com vencimento em setembro/24 e janeiro/25 registraram altas semanais de 2,24% (+ R$ 5,55/@) e 2,40% (+ R$ 6,30/@), respectivamente
A semana foi marcada por movimentações positivas no mercado futuro do boi gordo na bolsa de mercadorias B3, informou a Agrifatto. O volume de contratos em aberto (futuros + opções) teve incremento de 10,14% entre 05/09 e 12/09, totalizando 133,73 mil contratos. Esse aumento, disse a consultoria, foi puxado principalmente pelas opções, que registraram crescimento de 12,65%, atingindo 95,62 mil contratos. A quantidade de contratos futuros em aberto apresentou avanço de 4,31%, chegando a 38,10 mil contratos. Nesse mesmo período, todos os futuros registraram valorização – os contratos com vencimento em setembro/24 e janeiro/25 registraram altas semanais de 2,24% (+ R$ 5,55/@) e 2,40% (+ R$ 6,30/@), respectivamente, de acordo com a apuração da Agrifatto. No mercado de opções, as opções de compra (CALLs) em aberto aumentaram em 15,29% entre 05/09 e 12/09, enquanto as opções de venda (PUTs) em aberto tiveram expansão de 9,84%. Na semana passada, a “Pessoa Física” reforçou as suas apostas na alta do gordo, aumentando a exposição comprada em futuros para 14,79 mil contratos, avanço de 24,97% no comparativo semanal e o maior saldo comprado da história, relata a consultoria. “Todos os outros players se estão expostos da maneira contrária nos futuros de boi gordo, ou seja, estão vendidos em futuros de boi gordo”, observou a consultoria.
Agrifatto
SUÍNOS
Mercado de suínos mantém cotações estáveis e altas pontuais para o animal vivo
Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 169,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 13,20/kg, em média.
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (12), houve tímida alta de 0,11% em Minas Gerais, chegando a R$ 8,97/kg, e de 0,12% no Paraná, com valor de R$ 8,48/kg. Os preços ficaram estáveis no Rio Grande do Sul (R$ 8,08/kg), Santa Catarina (R$ 8,38/kg), e São Paulo (R$ 8,95/kg).
Cepea/Esalq
FRANGOS
Preços estáveis na sexta-feira (13) para o mercado do frango
Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, assim como a ave no atacado, fechando, em média, R$ 6,75/kg.
Na cotação do animal vivo, o preço também não mudou no Paraná, cotado a R$ 4,66/kg, da mesma forma que em Santa Catarina, valendo a R$ 4,41/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (12), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, custando, respectivamente, R$ 7,31/kg e R$ 7,49/kg.
Cepea/Esalq
Frango/Cepea: Carne amplia competitividade frente a concorrentes
Levantamentos do Cepea mostram que a carne de frango vem ampliando a sua competitividade frente às suínas e bovina, visto que tem se valorizado em menor intensidade em relação às concorrentes
Segundo pesquisadores do Cepea, a oferta limitada explica os aumentos das carnes suína e de boi, enquanto o cenário altista da proteína de frango se deve, sobretudo, ao maior poder de compra da população no início de setembro e ao consequente incremento da procura. Logo, para atender a esta demanda firme, o setor atacadista tem se mostrado ativo nas compras, no intuito de refazer estoques de produtos de origem avícola, conforme explicam pesquisadores do Cepea.
Cepea
CLIMA
Seca continua sendo o maior desafio dos produtores
Na Região Sul, o Rio Grande do Sul e Santa Catarina apresentam melhores condições de armazenamento de água no solo, com níveis acima de 60,0%
A previsão de chuvas indica que o Rio Grande do Sul e o Paraná devem receber precipitações entre 40 e 80mm a partir 15 de setembro, o que trará boas condições para o desenvolvimento das culturas de inverno, como trigo e aveia. As temperaturas, por sua vez, permanecem amenas na maior parte da região, com médias entre 16,0°C e 22,0°C. Contudo, a chegada de frentes frias pode trazer episódios de queda acentuada de temperatura, com possibilidade de geadas em áreas de maior altitude no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Essa variação térmica pode impactar a produção de frutas e culturas de inverno, exigindo cuidados redobrados. A seca que atinge grande parte do Brasil continua sendo o maior desafio para os produtores. No entanto, com a previsão de chuvas a partir de meados de setembro, espera-se que a situação comece a melhorar em algumas regiões, especialmente no Sul e partes do Centro-Oeste. No curto prazo, o manejo adequado de pastagens e a suplementação de rações balanceadas serão essenciais para manter a produtividade. Para o restante de setembro, o grande desafio será a adaptação às condições climáticas adversas e a implementação de práticas regenerativas, como o uso de culturas de cobertura para conservar a umidade do solo. Para muitos, o mar de secura ainda continuará por mais alguns dias, mas com a chegada da chuva, haverá "terra à vista!"
Scot Consultoria
GOVERNO
Brasil precisa de US$ 2 bilhões para impulsionar plano de recuperação de pastagens, diz estudo
Recursos seriam em capital catalítico, modalidade de financiamento a custo mais baixo que ajuda a atrair outros investidores. Governo federal planeja recuperar 40 milhões de hectares de pastagens degradadas para elevar o nível da produção agropecuária sem desmatamento
Para ampliar a obtenção de investidores, um estudo do Boston Consulting Group (BCG) indica que serão necessários US$ 2 bilhões em capital catalítico. O capital catalítico é um tipo de investimento normalmente realizado por fundações, organizações internacionais ou bancos de fomento com condições mais "pacientes", flexíveis, de custo menor, e com retorno esperado para médio ou longo prazo. A análise do BCG foi desenvolvida em conjunto com o WWF-Brasil e a Iniciativa para Financiamento da Amazônia, Cerrado e Chaco (IFACC). Arthur Ramos, sócio e diretor-executivo do BCG, explica que, no mercado em geral, a cada US$ 1 bilhão aportado em um projeto via capital catalítico, é possível atrair mais US$ 4 bilhões vindos da iniciativa privada. "É um catalisador. Então, com os US$ 2 bilhões acreditamos que seria possível obter mais US$ 8 bilhões de investidores privados para o programa de recuperação de pastagens. É uma maneira de alavancar o projeto do governo", afirma. Segundo Ramos, o programa de recuperação de pastagens transformará terras improdutivas em áreas de férteis, o que contribui de maneira sustentável com a produção rural e leva à geração de renda. Porém, o projeto ainda não deslanchou porque o Brasil conta com um custo de capital alto, o que dificulta a atração de investidores. "E se você baixa a taxa de juros, inviabiliza investimentos mais longos, por isso precisamos começar de alguma forma e o uso de capital catalítico seria uma alternativa", argumenta o especialista, citando que com mais investidores o projeto reduz o custo de capital e se torna mais atrativo. "A gente precisa ter esse modelo de capital mais paciente para trazer os demais financiadores para o jogo", completa. Potenciais fontes de recursos com capital catalítico seriam os bancos ou entidades internacionais de fomento, além de outros países. As empresas envolvidas nesse processo podem cumprir metas de emissões, pois a recuperação de pastagens não só contribuirá para a produção de alimentos, mas também para a redução das emissões de gases de efeito estufa, resultando em benefícios econômicos. Na outra ponta, o tomador de crédito para recuperação das pastagens pode ser o próprio dono da terra, o produtor rural, ou bancos comerciais que ofereçam esse recurso. O projeto de recuperação dos 40 milhões de hectares de pastagens se torna mais relevante em um cenário em que o crédito subsidiado acessado por produtores para a recuperação de pastagens degradadas no Cerrado tem sido pouco efetivo, conforme estudo do Climate Policy Initiative/PUC-Rio (CPI/PUC-Rio). Até seis anos após a tomada dos recursos pela linha específica do programa ABC do Plano Safra, 72,5% das áreas financiadas permanecem inalteradas, sem melhoria significativa na qualidade do pasto nem conversão para lavouras, mostra o levantamento. Entre 2016 e 2018, foram financiados R$ 976,6 milhões para a recuperação de 358,3 mil hectares de pastos degradados no Cerrado. Um ano antes dos financiamentos, 72,3% dessa área era composta por pastagem (259,1 mil hectares), dos quais 71,5% (185,1 mil hectares) possuíam indícios de degradação com médio e baixo vigor. Após o cruzamento das imagens, os pesquisadores da PUC estimaram que apenas 3,8% da área total financiada no bioma foi recuperada até 2022, cerca de 13,7 mil hectares. Nesses locais houve melhoria do grau vegetativo das pastagens. Quando o estudo do CPI/PUC-Rio foi divulgado pela reportagem, o Ministério da Agricultura negou que a efetividade do crédito direcionado à recuperação de pastagens seja baixa. A pasta disse que 26,8 milhões de hectares degradados foram recuperados entre 2010 e 2020, quase o dobro da meta do Plano ABC para o período.
Valor Econômico
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Com crescimento de 14,1%, indústria paranaense tem melhor mês de julho em 14 anos
Dados da Pesquisa Industrial Mensal Regional do IBGE, divulgada nesta sexta-feira (13), mostram crescimento em todos os recortes no Estado: 4,4% entre junho e julho, 3,2% no acumulado do ano e 5,1% nos últimos 12 meses
O Paraná registrou a maior alta da atividade industrial do País para o mês de julho, com 14,1% na comparação com o mesmo mês de 2023. Foi também o melhor julho da indústria paranaense em 14 anos, quando, em 2010, o crescimento frente ao mês no ano anterior foi de 23,7%. Os dados constam na Pesquisa Industrial Mensal Regional PIM), divulgada na sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento da indústria paranaense é mais do que o dobro da média registrada no Brasil, de 6,1%, entre julho de 2024 e o mesmo mês do ano passado. Completam o pódio neste recorte os estados do Amazonas (12%) e Santa Catarina (11,8%). Rio Grande do Sul aparece em 6º lugar (8,4%), enquanto as maiores quedas foram registradas no Mato Grosso do Sul (-1,6%), Maranhão (-1,9%) e Mato Grosso (-2,2%). Na passagem de junho para julho, a indústria paranaense também foi bem, com o terceiro melhor resultado a nível nacional. O setor teve 4,4% de crescimento, atrás apenas do Amazonas (6,9%) e do Espírito Santo (5,8%). Na contramão, a média do País teve recuo, de -1,4%, puxada principalmente por São Paulo (-1,8%), Bahia (-2,3%) e Pará (-3,8%). Já no acumulado do ano, entre janeiro e julho, a indústria do Paraná cresceu 3,2%, o mesmo índice da média do Brasil. É o segundo melhor resultado da Região Sul. Santa Catarina teve aumento de 6,5% no período, enquanto o Rio Grande do Sul praticamente ficou estável, com 0,4%. Nos últimos 12 meses, período entre agosto de 2023 e julho de 2024, a indústria paranaense teve o 5º melhor resultado do Brasil, com 5,1%, empatado com o Mato Grosso e acima da média nacional (2,2%). No Sul, foi o melhor desempenho entre os três estados, com Santa Catarina registrando 4,8% e Rio Grande do Sul queda de -1,2%. A pesquisa do IBGE também aponta que o índice de média móvel trimestral para a indústria no Paraná teve o segundo maior avanço do País, com 2,1%, bem acima da variação nacional, de 0,4% no trimestre encerrado em julho de 2024 frente ao mês anterior, mantendo a trajetória de crescimento iniciada em agosto do ano passado. Além do Estado, Pará (6,1%), Minas Gerais (0,7%), Santa Catarina (0,7%) e Região Nordeste (0,6%) registraram os maiores aumentos. Segundo a pesquisa do IBGE, os principais setores que puxaram a alta paranaense em julho deste ano (14,1%), na comparação com o mesmo mês de 2023, foram as fabricações de veículos automotores, reboques e carrocerias (85,5%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (38,6%), de móveis (36,1%) e de produtos de madeira (15,1%). Indústria de transformação (14,1%) e fabricação de bebidas (13,6%) completam as maiores altas. No acumulado dos últimos 12 meses, na comparação com o mesmo período anterior, as fabricações de produtos derivados do petróleo (20,4%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (14,2%) e de produtos de madeira (14,1%) foram os principais responsáveis pelo crescimento de 5,1%. Já o acumulado de janeiro a julho, as fabricações de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (30,9%), de produtos de madeira (13,2%), de móveis (11,6%) e de bebidas (11,8%) foram responsáveis pelo aumento de 3,2% no período. A indústria brasileira registrou queda de -1,4% na passagem entre o mês de junho e julho de 2024. No comparativo entre julho de 2024 e julho de 2023, no entanto, cresceu 6,1%, enquanto no acumulado do ano registrou crescimento de 3,2% e nos últimos 12 meses, 2,2%.
Agência Estadual de Notícias
Com fim do vazio sanitário, plantio de soja começa em 5,8 milhões de hectares no Paraná
O vazio sanitário da soja, período em que é proibida a existência de qualquer planta da oleaginosa emergida no campo, terminou em 31 de agosto para a região 2 do Paraná – Norte, Noroeste, Oeste e Centro-Oeste. No entanto, o tempo seco inviabilizou o plantio mais intenso, com semeaduras bastante isoladas e ainda não mensuráveis em percentual
Esse é um dos assuntos analisados no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 6 a 12 de setembro do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. Diferente do ano passado, quando o vazio sanitário iniciou em 10 de setembro para todo o Estado, em 2024 ele foi escalonado. Parte dos produtores já pode plantar desde o início do mês. A região 1 – Sul, Leste, Campos Gerais e Litoral – tem permissão para plantas emergidas a partir de 19 de setembro, enquanto no Sudoeste o período começa em 20 de setembro. Segundo levantamento do Deral, há relatos somente de plantios isolados, em razão da falta de chuva. Em anos anteriores, pelo menos 1% da área já teria plantas de soja emergindo. Para a safra 2024/25 a estimativa é de 5,8 milhões de hectares plantados para colheita de 22,3 milhões de toneladas. Outro assunto abordado é a pecuária, O Paraná, assim como o Brasil, teve o melhor primeiro semestre em produção de carne suína de sua história, com 565 mil toneladas, de acordo com a Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, do IBGE. Em relação ao mesmo período em 2023 o incremento é de 0,1%, o que corresponde a 764 toneladas a mais. Esse aumento foi observado exclusivamente em frigoríficos com inspeção municipal e estadual. No caso dos empreendimentos com inspeção federal, a redução foi de 0,05%, ou 237 toneladas. “Considerando que os frigoríficos com chancela dos serviços de inspeção municipal e estadual comercializam exclusivamente no mercado interno, esses dados sugerem maior produção de carne suína para atender à crescente demanda interna”, disse a veterinária Priscila Cavalheiro. Em bovinos, o abate em estabelecimentos inspecionados no primeiro semestre foi de aproximadamente 19,3 milhões de cabeças no Brasil. O Paraná se coloca na nona posição, com 704 mil cabeças, ou 3,65% do total. Os abatedouros paranaenses produziram 182 mil toneladas de carne bovina, com peso médio de 17,33 arrobas por animal. O IBGE apontou também que a produção nacional de ovos de galinha alcançou mais de 2,2 bilhões de dúzias no primeiro semestre. É uma elevação de 8% sobre igual período de 2023, quando foram produzidas perto de 2,1 bilhões de dúzias. O Paraná mantém a segunda colocação, com 225,5 milhões de dúzias, tendo crescido 5,4% em relação às 213,9 milhões de dúzias do primeiro semestre de 2023. O Estado de São Paulo lidera a produção, com 595,5 milhões de dúzias.
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar cai abaixo dos R$5,60 com expectativa de corte maior de juros nos EUA
O dólar fechou a sexta-feira em queda firme ante o real, retornando para abaixo dos 5,60 reais, com as cotações acompanhando o forte recuo da moeda norte-americana também no exterior, em meio às apostas de que o Federal Reserve poderá aplicar corte maior de juros na próxima semana.
O dólar à vista fechou em baixa de 0,89%, cotado a 5,5675 reais. Na semana, a divisa acumulou baixa de 0,39%. Às 17h04, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,12%, a 5,5740 reais na venda. A moeda norte-americana cedeu ante o real durante praticamente toda a sessão, em meio ao recuo firme do dólar ante as demais divisas no exterior. O movimento estava em sintonia com a queda dos rendimentos dos Treasuries, com investidores apostando que o Fed poderá cortar os juros em 50 pontos-base na quarta-feira que vem, e não apenas em 25 pontos-base. As mudanças nas apostas foram motivadas por comentários do ex-presidente do Fed de Nova York Bill Dudley, defendendo que há um forte argumento a favor de um corte de 50 pontos, já que os juros nos EUA estão atualmente de 150 a 200 pontos acima da chamada taxa neutra para a economia. Além disso, os jornais The Wall Street Journal e Financial Times publicaram artigos indicando que a decisão do Fed na próxima semana está mais incerta do que os mercados têm projetado. “Hoje o motivo para o dólar estar cedendo é o aumento das chances de o Fed cortar 50 pontos-base. O mercado estava precificando 25, mas a inflação está arrefecendo”, pontuou Guilherme Suzuki, sócio da Astra Capital. A curva de juros brasileira seguiu precificando na sexta-feira aumento de 25 pontos-base da Selic na próxima semana, para 10,75% ao ano. Com a possibilidade de o Fed cortar seus juros em 50 pontos, para a faixa de 4,75% a 5,00%, o diferencial a favor do Brasil ficaria ainda maior, tornando o país ainda mais atrativo ao capital internacional.
Reuters
Ibovespa fecha em alta com investidor à espera de decisões de BCs
O Ibovespa fechou em alta na sexta-feira, com agentes financeiros na expectativa das decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil na próxima semana
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,64%, para 134.881,95 pontos, acumulando um ganho de 0,23% na semana. O volume financeiro no pregão somou 19,96 bilhões de reais. Nos EUA, o Federal Reserve anuncia sua decisão na quarta-feira, às 15h (horário de Brasília), com o comunicado acompanhado por projeções e seguido por fala do chair, Jerome Powell, em meio a um mercado ainda relativamente dividido sobre o tamanho do corte na taxa, que está atualmente entre 5,25% e 5,50%. No final da tarde, de acordo com a ferramenta FedWatch, da CME, os futuros dos Fed Funds embutiam uma chance de 51% de um corte de 0,25 ponto percentual e uma probabilidade de 47% de uma redução de 0,50 ponto. Na véspera, o percentual de 0,50 ponto era de 28%. A mudança ocorreu após declarações do ex-presidente do Fed de Nova York Bill Dudley, que afirmou que há forte argumento a favor de um corte de 0,50 ponto na taxa de juros dos Estados Unidos. Nesse contexto, os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano mostraram alívio, apoiando também a queda nas taxas dos contratos de DI com vencimentos mais longos na B3 e apoiando papéis de empresas de setores cíclicos, sensíveis a juros. Investidores na bolsa paulista também aguardam decisão do Banco Central do Brasil na quarta-feira, mas após o fechamento do mercado, com a maioria das apostas e expectativas sinalizando uma alta de 0,25 ponto na Selic, atualmente em 10,50% ao ano. "O mercado está em compasso de espera para a semana que vem", afirmou o gestor de renda variável César Mikail, da Western Asset, acrescentando que, além da decisão em si, as atenções estarão voltadas para os comunicados e, no caso do Fed, da fala de Powell, logo após o anúncio. Na visão dele, a performance dos mercados acionários no Brasil e nos EUA nesta sessão refletiu a repercussão de falas que elevaram as apostas de um corte maior pelo Fed. Em Nova York, o S&P 500 fechou em alta de 0,54%.
Reuters
Governo eleva projeção de alta do PIB em 2024 para 3,2% e vê inflação mais alta
A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda elevou sua projeção para o crescimento econômico do Brasil em 2024 a 3,2%, ante estimativa anterior de 2,5%, prevendo também um nível mais alto de inflação à frente, mostrou boletim divulgado na sexta-feira
Apesar de prever um Produto Interno Bruto (PIB) mais forte neste ano, a pasta piorou a expectativa para o crescimento da economia em 2025, de 2,6% para 2,5%. A secretaria informou que o resultado observado no PIB do segundo trimestre deste ano foi superior ao esperado, elevando o carregamento estatístico para o crescimento de 2024.Na avaliação da pasta, haverá desaceleração moderada no ritmo de atividade no terceiro trimestre deste ano, se comparado com o desempenho do segundo trimestre. A secretaria espera que o período registre um recuo de 0,5% na atividade do setor agropecuário e elevações de 1,2% na indústria e 0,7% em serviços. A revisão para baixo no PIB de 2025, segundo o boletim, reflete "a perspectiva de início de novo ciclo de alta nos juros pelo Banco Central". A diretoria do BC se reúne na próxima semana após incluir em seu cenário uma possível elevação na taxa básica de juros se necessário para levar a inflação à meta de 3%. O documento apontou uma deterioração na visão do governo para a inflação, com a projeção para o IPCA indo a 4,25% em 2024, ante previsão de 3,9% feita em julho, enquanto o índice para 2025 foi ajustado de 3,3% para 3,4%. Para a SPE, a desaceleração nos preços acumulados em 12 meses era esperada para ocorrer a partir de agosto, mas deve ser observada a partir de outubro após a adoção da bandeira vermelha 1 nas tarifas de energia a partir deste mês. “Até o final do ano, deverá haver recuo na inflação de (preços) monitorados, contrabalanceado parcialmente pelo avanço na inflação de (preços) livres. Essa estimativa já leva em consideração os impactos do câmbio mais depreciado nos preços”, disse a SPE. As projeções da SPE balizam a programação de receitas e despesas orçamentárias do governo. O novo relatório bimestral de avaliação fiscal, a ser divulgado na próxima sexta-feira, pode indicar um cenário mais benigno para a arrecadação diante da previsão melhor para a atividade. Ainda assim, frustrações de receitas, como no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), podem levar o governo a apresentar medidas adicionais para fechar as contas do ano. Do lado das despesas, a equipe econômica antevê uma possível necessidade de bloqueio adicional de verbas para respeitar o limite de gastos do arcabouço fiscal, diante de pressões registradas em despesas obrigatórias, como as previdenciárias.
Reuters
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