Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 703 | 11 de setembro de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi gordo sobe no mercado físico e na tela da B3
Sem apresentar sinais de reversão do movimento de alta no curto prazo, o contrato do boi com vencimento em outubro/24 (pico da entressafra) chegou a atingir a referência dos R$ 260/@ na máxima do pregão de segunda-feira (9/9) da B3, porém acabou retornando e fechou a sessão regular de ontem cotado a R$ 259,50/@. No Paraná, o boi vale R$255,00 por arroba. Vaca a R$230,00. Novilha a R$235,00. Escalas de abate de cinco dias.
Segundo os analistas da Agrifatto, o mercado físico está sentindo a pressão altista, puxado pelo movimento consistente do varejo doméstico na primeira quinzena de setembro/24 e pelo elevado volume de exportações de carne bovina nos últimos meses. “A prolongada entressafra tem causado redução na oferta de animais terminados, o que vem impulsionando os preços da arroba”, reforça a consultoria. O destaque do começo desta semana ficou para o boi gordo de Mato Grosso do Sul, que registrou incremento de 1,3% na comparação diária, fechando o primeiro dia desta semana em R$ 254,39/@. Enquanto isso, na B3, o movimento se assemelhou com o físico, e, além do papel de outubro/24, todos os outros contratos tiveram ajustes positivos, em especial o vencimento para setembro/24, que registrou alta de 1,28% na comparação diária, encerrando o dia em R$ 253,90/@. O início de setembro/24 demonstrou firmeza nas exportações brasileiras de carne bovina in natura. Foram embarcadas 70,98 mil toneladas nos primeiros cinco dias úteis do mês, indicando uma média diária de 14,19 mil toneladas, volume 32,87% superior ao registrado na última semana de agosto/24, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). “Com base nestes resultados parciais, a nossa projeção para este mês é que sejam embarcadas 220 mil toneladas de carne bovina in natura”, prevê a Agrifatto. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na última segunda-feira (9/9): São Paulo — O “boi comum” vale R$245,00 a arroba. O “boi China”, R$255,00. Média de R$250,00. Vaca a R$225,00. Novilha a R$235,00. Escalas de abates de dez dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$235,00 a arroba. O “boi China”, R$245,00. Média de R$240,00. Vaca a R$220,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abate de sete dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$255,00 a arroba. O “boi China”, R$255,00. Média de R$255,00. Vaca a R$230,00. Novilha a R$235,00. Escalas de cinco dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$220,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de sete dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$225,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de seis dias; Pará — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$225,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de nove dias; Goiás — O “boi comum” vale R$235,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$245,00. Média de R$240,00. Vaca a R$220,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abate de sete dias; Rondônia — O boi vale R$205,00 a arroba. Vaca a R$190,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de nove dias; Maranhão — O boi vale R$215,00 por arroba. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de sete dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
Preço da carne sobe em agosto, após seis meses em queda
Oferta menor no segundo semestre e estiagem pressionam inflação do produto, dizem analistas. Após seis meses consecutivos em queda, os preços das carnes para o consumidor brasileiro subiram 0,52% em agosto. É o que apontam dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) divulgados na terça (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
Foi a primeira variação positiva desde janeiro deste ano (0,08%). O IPCA é o índice oficial de inflação do Brasil. A alta das carnes em agosto já era esperada por parte dos analistas devido a uma redução da oferta na passagem do primeiro para o segundo semestre. A crise climática surge como mais um elemento que pressiona os preços. O registro de estiagem e queimadas em diferentes regiões do país reduz a qualidade das pastagens, o que dificulta e encarece a criação de bovinos. "O primeiro semestre costuma ter oferta maior do que o segundo. É a sazonalidade do mercado, é isso que a gente tem visto agora", afirma Fernando Iglesias, coordenador de pecuária da consultoria Safras & Mercado. "Para o restante do ano, vamos conviver com oferta mais limitada e arroba mais alta do boi gordo. Isso pode chegar ao consumidor com preços um pouco mais altos", diz. Na última quinta (5), o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) disse que o mercado brasileiro de boi gordo apresenta tendência de avanço nas cotações desde julho. "Segundo pesquisadores do Cepea, o clima está bastante seco e a oferta de animais criados a pasto, cada vez mais escassa. As escalas devem ser supridas pelos animais de confinamentos", afirmou a instituição. No segundo trimestre de 2024, o abate de bovinos no país alcançou o recorde de uma série histórica do IBGE iniciada em 1997. O instituto contabilizou 9,96 milhões de cabeças abatidas sob algum tipo de inspeção sanitária. Houve salto de 17,5% ante o segundo trimestre de 2023 e alta de 6,7% na comparação com os três meses iniciais de 2024. Se considerados períodos mais longos, os preços das carnes no Brasil ainda apresentam queda no IPCA. No acumulado deste ano até agosto, a baixa foi de 2,45%. Em 12 meses, houve redução de 2,14%. As baixas são associadas por analistas ao ciclo da pecuária, que passa por um ano de ampliação no abate de bovinos, inclusive de fêmeas. "Isso traz efeito positivo para a oferta. Provavelmente, 2024 será o ano de maior oferta doméstica nesta década", aponta Fernando Iglesias, da Safras & Mercado. "Digo mais: os preços da carne só não caíram mais no atacado e no varejo devido ao forte ritmo de exportação", acrescenta. O cenário de previsões indica que a disponibilidade de animais deve ficar mais restrita em 2025, na comparação com 2024. Assim, espera-se uma reversão no ciclo da pecuária, com pressão sobre os preços. Esse movimento tende a ser intensificado em 2026, período de eleições presidenciais no Brasil. "A gente pode imaginar preços mais altos, sim. Todos os elos da cadeia pecuária devem conviver com isso", afirma Iglesias. O pesquisador Felippe Serigati, da FGV Agro, diz que a dinâmica dos preços nada tem a ver com "bondades ou maldades" de um governo. Está associada, em grande parte, ao ciclo da pecuária e à disponibilidade de mercadorias, aponta. O tamanho do impacto inflacionário de uma possível reversão no ciclo em 2025 ainda é incerto, afirma Serigati. Segundo o pesquisador, o nível de aumento dos preços também depende da capacidade de absorção pelos consumidores. O Brasil, lembra o especialista, passa por um período positivo no mercado de trabalho, com ganhos de renda em 2024. "Provavelmente veremos condições monetárias mais apertadas ao longo de 2025", diz.
Folha de SP
Canadá retoma a importação de carne bovina brasileira
Autorização vale para estados reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde Animal como zonas livres de febre aftosa sem vacinação
A Agência Canadense de Inspeção Alimentar (CFIA) comunicou ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a aprovação da atualização do Certificado Sanitário Internacional (CSI) para exportação de carnes frescas desossadas e produtos cárneos processados crus, derivados de bovinos, de origem Brasileira, para o Canadá. Com a aprovação, poderão exportar os produtos os estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Acre, Rondônia, além de 14 municípios nos estados do Mato Grosso e cinco no Amazonas que são reconhecidos, desde 2021, como livres de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Nesses locais, atualmente há onze estabelecimentos habilitados a exportar produtos cárneos de bovinos. Já Santa Catarina, único estado reconhecido pelo Canadá como livre de febre aftosa sem vacinação, possui apenas um frigorífico habilitado. “A retomada deste mercado já era aguardada pelo setor de proteína animal do Brasil, principalmente para esses estados, que desde a abertura do mercado canadense, em março de 2022, não estavam autorizados a exportar carne bovina crua para o Canadá em razão da não vacinação de seus rebanhos”, ressalta o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Já em relação a carne cozida, foi retirada a exigência de vacinação. Desta forma, qualquer estabelecimento habilitado, independentemente do estado de origem, pode exportar o produto ao Canadá. “Além dessa conquista para o setor, estamos junto da Embaixada do Brasil no Canadá buscando a retirada dessa exigência da vacinação também para a carne crua”, informa o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa. Em 2023, o Brasil exportou carne bovina no valor de mais de 10,541 bilhões de dólares, correspondendo a 2,28 milhões de toneladas. O Canadá importou US$ 39 milhões em carne bovina brasileira (8.192.380 kg), registrando um aumento de 18% em comparação com 2022.
MAPA
SUÍNOS
Mercado de suínos com predomínio de estabilidade
Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 169,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 13,20/kg, em média
Segundo informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (9), houve alta de 0,24% no Paraná, chegando a R$ 8,45/kg, e queda de 0,24% em Santa Catarina, atingindo R$ 8,36/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 8,96/kg), Rio Grande do Sul (R$ 8,07/kg), e São Paulo (R$ 8,95/kg).
Cepea/Esalq
Suínos/Cepea: Agosto fechou com preços em alta em praticamente todas as praças
Os preços médios do suíno vivo e da carne tiveram novas altas em agosto em praticamente todas as praças acompanhadas pelo Cepea. Em algumas regiões, a média do animal vivo foi a maior desde fevereiro/21, em termos reais (os valores mensais foram deflacionados pelo IGP-DI de agosto)
Os avanços foram resultado da oferta reduzida de animais em peso ideal para abate e de forte procura por novos lotes por parte da indústria para atender às demandas interna e, sobretudo, externa – essa combinação de fatores vem sendo observada há quatro meses. Apesar de caírem em relação a julho, as exportações brasileiras de carne suína (produtos in natura e processados) seguiram em patamares históricos em agosto, confirmando que a demanda externa pela proteína nacional se mantém aquecida. Além de corresponderem ao segundo melhor desempenho deste ano, atrás apenas de julho, os embarques de agosto atingiram recorde para o mês, considerando-se toda série da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), iniciada em 1997. O poder de compra de suinocultores paulistas frente ao milho aumentou em agosto pelo sétimo mês consecutivo. Em relação ao farelo de soja, foi o segundo mês de ganho ao produtor. Esse cenário favorável ao suinocultor se deve às fortes altas de preços do animal vivo no mercado independente. Na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o quilo do suíno vivo passou de R$ 7,68 em julho para R$ 8,46 em agosto, expressiva valorização de 10,2% no período. De julho para agosto, os preços médios da carne suína subiram fortemente. No mesmo período, as carnes bovina e de frango também se valorizaram, mas em um ritmo menos intenso. Esse contexto, por sua vez, resultou na perda de competitividade da proteína suinícola frente às concorrentes. Para a carcaça especial suína negociada no atacado da Grande São Paulo, a média passou de R$ 11,34/kg em julho para R$ 12,42/kg em agosto, expressiva elevação de 9,6%.
Cepea
FRANGOS
Frango no atacado em São Paulo subiu 1,50% na terça-feira
Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, enquanto a ave no atacado subiu 1,50%, fechando, em média, R$ 6,75/kg
Na cotação do animal vivo, o preço não mudou no Paraná, cotado a R$ 4,66/kg, da mesma forma que em Santa Catarina, valendo a R$ 4,41/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (6), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram com preços estáveis, cotados, respectivamente, em R$ 7,26/kg e R$ 7,45/kg.
Cepea/Esalq
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Exportações do Paraná somam US$ 15,9 bilhões nos oito primeiros meses de 2024
Os principais produtos enviados ao exterior pelo Estado são os alimentos, que respondem por mais de US$ 10 bilhões comercializados com outros países no acumulado entre janeiro e agosto. A soja foi o principal produto, com US$ 4,3 bilhões; seguido pela carne de frango ‘in natura’, com US$ 2,4 bilhões
O Paraná exportou US$ 15,9 bilhões em produtos de janeiro a agosto de 2024. Os números fazem do Estado o maior exportador da região Sul do Brasil, superando Rio Grande do Sul (US$ 13 bilhões) e Santa Catarina (US$ 7,5 bilhões). No período, o Paraná foi responsável por 7% de todas as exportações brasileiras. Ao todo, o Brasil exportou US$ 227 bilhões em produtos. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MIDC), organizados e tabulados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Os principais produtos enviados ao Exterior pelo Paraná são os alimentos, que respondem por mais de US$ 10 bilhões comercializados com outros países entre janeiro e agosto. Entre eles, a soja foi o principal produto, com US$ 4,3 bilhões; seguido pela carne de frango ‘in natura’, com US$ 2,4 bilhões, farelo de soja, com US$ 995 milhões, e açúcar bruto, com US$ 857 milhões. De acordo com Jorge Callado, diretor-presidente do Ipardes, os resultados são fruto da grande capacidade produtiva do Paraná no segmento de alimentos e do prestígio dos produtos no mercado externo. Além dos produtos alimentícios, papel (US$ 568 milhões), celulose (US$ 426 milhões), madeira (US$ 376 milhões), automóveis (US$ 296 milhões) e óleos combustíveis (US$ 289 milhões) também se destacaram nas exportações paranaenses ao longo do ano. Na comparação mês a mês, o Paraná exportou um total de US$ 2,22 bilhões em agosto de 2024. O resultado é o melhor desde setembro de 2023, quando foram exportados US$ 2,24 bilhões pelo Estado. O resultado de agosto também é 5,7% superior ao registrado no mês imediatamente anterior, em julho de 2024. A China segue sendo o principal destino dos produtos paranaenses, correspondendo a quase 30% de todas as exportações do Estado ao longo do ano. Foram US$ 4,6 bilhões em produtos entre janeiro e agosto, sendo a grande maioria deles, US$ 4,3 bilhões, de alimentos. Na sequência da lista de maiores compradores de produtos do Paraná estão Estados Unidos (US$ 1 bilhão), México (US 645 milhões), Argentina (US$ 623 milhões), Chile (US$ 406), Paraguai (US$ (404 milhões), Emirados Árabes Unidos (US$ 381 milhões) e Holanda (US$ 380 milhões).
Agência Estadual de Notícias
Preços de alimentos e bebidas no Paraná têm segunda queda consecutiva em agosto
Reduções da preços de batata, cebola e tomate ajudaram na queda de -0,60% no IPR Alimentos e Bebidas, calculado pelo Ipardes. Valores para o cálculo são extraídos de aproximadamente 382 mil registros das Notas Fiscais ao Consumidor Eletrônica emitidas por 366 estabelecimentos comerciais no Estado
O mês de agosto repetiu a redução nos preços de alimentos e bebidas no Paraná, observada no período anterior, registrando uma queda de -0,60% do Índice Ipardes de Preços Regional Alimentos e Bebidas (IPR-Alimentos e Bebidas). Essa foi a segunda baixa consecutiva do índice, que em julho registrou -1,29%, algo que não era observado desde julho do ano passado. Entre os seis municípios que formam o índice, cinco deles observaram retração, com destaque para queda de 1,10% em Ponta Grossa; de 0,99% em Cascavel; de 0,67% em Curitiba; 0,65% em Londrina e 0,21% em Maringá. Somente Foz do Iguaçu verificou aumento, de 0,01%. As principais reduções de preços foram observadas em batata-inglesa, 24,49%, cebola, 19,51%, e tomate, 15,56%, que podem ser explicadas por fatores relacionados à produção desses alimentos. “Constatamos decréscimos atrelados à maturação no ciclo da produção de tomate, um pouco mais adiantada, uma normalização na colheita da batata e uma produção satisfatória no caso da cebola. Tudo isso possibilitou uma maior oferta desses produtos ao consumidor interno”, disse o diretor de Estatística do Ipardes, Marcelo Antonio. Em relação ao item que sofreu maior queda, a batata-inglesa, o maior decréscimo foi observado em Cascavel (-25,88%), seguido de Maringá (-25,53%), Curitiba (-24,71%), Londrina ( -24,15%), Foz do Iguaçu (-23,95%) e Ponta Grossa (-22,65%). Entre as maiores altas mensais, o destaque ficou para os reajustes de 23,97% em banana-caturra, 9,23% em coxa e sobrecoxa de frango e 5,65% em pernil suíno, relacionados, segundo os registros feitos pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, a baixas ofertas, aquecimentos na demanda interna e elevação dos custos da nutrição de animais. “A queda da produção de banana é algo sazonal, pois trata-se de um período marcado por essa redução. Nas carnes, observamos aquecimento na demanda interna, tanto por corte de suíno, como por cortes de aves, além da elevação no custo da proteína usada na nutrição desses animais”, diz o diretor de Estatística do Ipardes. A alta da banana-caturra foi mais expressiva em Ponta Grossa, com 32,69%; seguida por Curitiba, 30,91%; Londrina, 23,56%; Maringá, 23,07%; Cascavel, 18,76% e Foz do Iguaçu, 15,72%. Nos últimos 12 meses o IPR apresentou, no Paraná, alta acumulada de 7,40%. Em termos regionais, entre setembro de 2023 a agosto de 2024, o índice aumentou 9,35% em Foz do Iguaçu; 8,38% em Cascavel; 7,79% em Londrina; 7,55% em Ponta Grossa; 7,28% em Maringá e de 4,08% em Curitiba. Também pelo indicador dos últimos 12 meses, as principais altas acumuladas ocorreram em laranja-pera (75,85%), batata-inglesa (54,45%) e alho (38,08%). O maior aumento da laranja-pera foi em Cascavel, 84,12%, acompanhado por Londrina, 83,95%, Curitiba, 75,33%, Foz do Iguaçu, 74,36%, Maringá, 69,12% e Ponta Grossa, 68,89%. Em contrapartida, as quedas mais relevantes nesses últimos 12 meses foram observadas em tomate (-25,58%), margarina (-10,94%) e ovo de galinha (-7,91%). No caso do tomate, a maior queda ocorreu em Curitiba (-34,04%) seguida de Maringá (-30,29%), Cascavel (-27,19%), Ponta Grossa (-24,50%), Londrina (-22,03%) e Foz do Iguaçu (-13,83%).
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Índice que mede inflação oficial tem deflação em agosto
IPCA registrou queda de preços de 0,02%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no país, registrou deflação (queda de preços) de 0,02% em agosto deste ano. Essa foi a primeira vez que o indicador teve deflação desde junho de 2023 (-0,08%). O dado foi divulgado na terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA havia registrado taxas de inflação de 0,38% em julho deste ano e de 0,23% em agosto do ano passado. Com o resultado, o IPCA acumula taxa de 2,85% no ano. Em 12 meses, a taxa acumulada é de 4,24%, abaixo do teto da meta estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5%. A queda de preços em agosto foi puxada principalmente pelos alimentos, que tiveram deflação de 0,44%, e pelo grupo de despesas habitação, que recuou 0,51%. O grupo alimentação e bebidas já tinha apresentado queda de preços de 1% em julho. Em agosto, a deflação foi puxada pela alimentação no domicílio, graças ao recuo de preços de itens como batata inglesa (-19,04%), tomate (-16,89%) e cebola (-16,85%). A deflação em habitação foi influenciada pela queda do preço na energia elétrica (-2,77%). Os transportes não tiveram variação de preços no mês. Por outro lado, seis grupos de despesas apresentaram inflação: artigos de residência (0,74%), vestuário (0,39%), saúde e cuidados pessoais (0,25%), despesas pessoais (0,25%), educação (0,73%) e comunicação (0,10%).
Agência Brasil
Dólar sobe mais de 1% ante real em dia negativo para moedas commodities
O dólar fechou a terça-feira em forte alta ante o real, superior a 1%, acompanhando o avanço da moeda norte-americana ante outras divisas de exportadores de commodities no exterior, após a divulgação de dados fracos da economia chinesa
O dólar à vista fechou em alta de 1,32%, cotado a 5,6552 reais. Em setembro, a divisa acumula alta de 0,34%. Às 17h06, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,14%, a 5,665 reais na venda. A moeda norte-americana chegou a oscilar em baixa ante o real no início da sessão, mas ainda na primeira hora de negócios se firmou no território positivo, acompanhando o exterior. Por trás do movimento estavam receios em torno da economia da China, maior comprador de commodities do mundo e um dos principais destinos dos produtos brasileiros. O país asiático informou na terça que suas importações cresceram apenas 0,5% em agosto, abaixo da expectativa de alta de 2% e do avanço de 7,2% em julho, o que impactou negativamente os preços do minério de ferro -- um dos principais itens da pauta exportadora brasileira. O petróleo também sustentava perdas firmes. No caso específico do Brasil, a alta do dólar também foi amparada pela percepção de que o Banco Central elevará a Selic em 25 pontos-base na próxima semana -- e não em 50 pontos-base. Atualmente a Selic está em 10,50% ao ano. Pela manhã, antes da abertura dos negócios, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA teve deflação de 0,02% em agosto, após inflação de 0,38% em julho. Foi a primeira taxa negativa desde junho de 2023 (-0,08%). O resultado ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters com economistas, de inflação de 0,01%. Em 12 meses até agosto, o IPCA acumulou alta de 4,24%, ante 4,50% em julho e expectativa de 4,29%. Os números benignos do IPCA, na visão de um profissional ouvido pela Reuters, reforçaram a expectativa por uma alta de apenas 25 pontos-base da Selic, o que retirou parte do suporte do real durante a sessão. De fato, a curva de juros brasileira passou a precificar na terça-feira chances ainda maiores de alta de 25 pontos-base da Selic, com probabilidade reduzida de aumento de 50 pontos-base.
Reuters
Ibovespa encerra em queda puxado por Petrobras e Vale
Números mais fracos vindos da China e reduções na previsão de crescimento da demanda por petróleo afetaram as ações de empresas de commodities
O Ibovespa terminou a sessão desta terça-feira (10) em queda. Mesmo com um dado de IPCA melhor do que o esperado e que ajudaria a diminuir apostas por um corte de juros mais duro do Copom na reunião de setembro, números mais fracos vindos da China e reduções na previsão de crescimento da demanda por petróleo afetaram as ações de empresas de commodities, como Petrobras e Vale. O índice terminou o dia em queda de 0,31%, aos 134.320 pontos. Na mínima intradiária, o Ibovespa tocou os 133.754 pontos, e na máxima bateu 134.738 pontos. O volume financeiro negociado na sessão foi de R$ 14,9 bilhões no Ibovespa e de R$ 18,9 na B3. As importações chinesas subiram 0,5% ao ano em agosto, bem abaixo da estimativa de uma alta de 2,5%. Os dados foram divulgados hoje pela Administração Geral de Alfândegas. “Tivemos dados de importação da China muito ruins. Isso acabou gerando um mal-estar por falta de algo novo que desse mais ânimo ao apetite do investidor”, observou o analista da Nova Futura Investimentos Alan Martins. O profissional alertou que os números reforçaram uma “sinalização ruim” em termos de demanda chinesa. Commodities como o minério de ferro terminaram o dia em leve queda de 0,07%, a 675 yuans (US$ 94,88) a tonelada. O sócio fundador da Encore Asset Management, João Braga, afirma que, desde a divulgação do relatório oficial de empregos dos EUA, o chamado “payroll”, na última sexta-feira (6), agentes financeiros colocaram na conta de que uma sinalização em torno de um corte de 0,25 ponto nos “Fed Funds” poderá colocar a economia americana numa desaceleração mais dura, diante de dados mais fracos de atividade. “O mercado dá essa pista quando você olha para a grande queda do petróleo, recuo dos juros longos e do Russell 2000 caindo e o S&P 500 subindo”, destaca Braga. Apesar do fluxo de saída no começo do mês, o executivo acredita que o movimento anterior, em julho e agosto, foi positivo e rápido e que tende a não ser revertido com agilidade.
Valor Econômico
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