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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 700 DE 06 DE SETEMBRO DE 2024

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 700 | 06 de setembro de 2024

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS


Valorizações da arroba em todo o País

Em um cenário de pouca oferta de animais e de uma demanda firme pela carne bovina (interna e externa), o mercado brasileiro de boi gordo tem favorecido o pecuarista com valorizações da arroba em todo o País, destaca a Agrifatto. No Paraná, o boi vale R$255,00 por arroba. Vaca a R$230,00. Novilha a R$235,00. Escalas de abate de cinco dias.

 

Entre as valorizações mais significativas, São Paulo se destacou nesta semana, com o boi gordo batendo a casa dos R$ 250/@ neste início de setembro, segundo informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). “O clima está bastante seco e a oferta de animais criados a pasto cada vez mais escassa”, informa a entidade, acrescentando que as escalas de abate dos frigoríficos devem ser supridas pelos animais de confinamentos. Do lado da demanda, os indicadores macroeconômicos indicam que o consumo do brasileiro de carne bovina pode se manter firme, acrescentou o Cepea. No setor das exportações, continua a entidade, as perspectivas também são favoráveis, “tanto pelos preços competitivos da carne brasileira quanto pelo impacto da produção deficitária dos Estados Unidos desde o ano passado”. Segundo a Agrifatto, nos últimos dias, o mercado paulista de carne bovina com ossos mostrou sinais de aquecimento, especialmente no segmento de varejo. “As vendas foram fortes na segunda-feira, apresentaram um desempenho regular na terça e voltaram a ser boas na quarta-feira”, relata a consultoria. De maneira semelhante, as distribuições do atacado se mantiveram estáveis desde o início da semana, impulsionadas por um volume expressivo de pedidos para reposição dos estoques de carne bovina no varejo, complementa a Agrifatto. Pelos dados da Agrifatto, na quinta-feira (5/9), o preço da arroba em São Paulo se manteve em R$ 250 (considerando a média entre o boi “comum” e o “boi-China”). Nas demais regiões monitoradas diariamente (16 praças) pela consultoria, a média também permaneceu estável, em R$232,20/@. Segundo apuração da Scot Consultoria, o mercado paulista andou de lado na quinta-feira, mas ainda com tendência altista nos preços da arroba. Com isso, pelos números da Scot, o boi “comum” paulista continua valendo R$ 245/@, a vaca gorda é vendida por R$ 220/@ e a novilha custa R$ 235/@ (todas as cotações a prazo). “A escala de abate também pouco mudou no Estado de São Paulo e atende de 6 a 10 dias, dependendo do frigorífico”, relata a Scot, que completa: “A manutenção do tamanho da escala, pode ser um dos motivos que têm segurado o avanço mais rápido dos preços”. Pelo dado da Scot, o “boi-China” é comercializado por R$ 250/@, com ágio de R$ 5/@ em relação ao boi gordo “comum”. No mercado internacional, a demanda chinesa permaneceu estável nesta semana, embora tenha começado a mostrar sinais de saturação, disse a Agrifatto. “Os exportadores brasileiros tentaram elevar os preços do dianteiro, mas enfrentaram resistência por parte dos importadores chineses, que rejeitaram os novos valores propostos de US$ 4.900 por tonelada”, relataram os analistas da Agrifatto. Como resultado, diz a consultoria, o preço da carne bovina destinada à China teve um aumento moderado de 0,53% no período, com a tonelada do produto sendo comercializada, em média, a US$ 4.725. No mercado futuro, o contrato com vencimento para setembro/24 foi cotado a R$ 248,50/@, ligeiramente abaixo (-0,04%) do preço do dia anterior. O contrato com entrega em novembro/24 encerrou o pregão a R$ 261,15 por arroba, com valorização diária de 1,34%. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na quinta-feira (5/9): São Paulo — O “boi comum” vale R$245,00 a arroba. O “boi China”, R$255,00. Média de R$250,00. Vaca a R$225,00. Novilha a R$235,00. Escalas de abates de dez dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$235,00 a arroba. O “boi China”, R$245,00. Média de R$240,00. Vaca a R$220,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abate de seis dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$255,00 a arroba. O “boi China”, R$255,00. Média de R$255,00. Vaca a R$230,00. Novilha a R$235,00. Escalas de cinco dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$220,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de sete dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$225,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de sete dias; Pará — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$225,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de dez dias; Goiás — O “boi comum” vale R$235,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$245,00. Média de R$240,00. Vaca a R$220,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abate de seis dias; Rondônia — O boi vale R$205,00 a arroba. Vaca a R$190,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de dez dias; Maranhão — O boi vale R$215,00 por arroba. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de oito dias.

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto

 

Exportação de carne bovina in natura em agosto teve aumento no faturamento e no volume

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, as exportações de carne bovina in natura até a quinta semana de agosto (22 dias úteis), teve melhor desempenho em relação a agosto do ano passado do que de julho deste ano, em que houve recorde de faturamento

 

A receita obtida, US$ 964,2 milhões, representa 15,37% a mais que o total arrecadado em todo o mês de agosto de 2023, que foi de US$ 835,7 milhões. No volume embarcado, as 217.458 toneladas representam 17,38% de elevação sobre o total registrado em agosto do ano passado, com 185.258 toneladas. Em relação ao mês de agosto, o faturamento representou queda de 15,41% em comparação com US$ 1,140 bilhão arrecadados em julho deste ano. No volume embarcado, as 217.458 toneladas são 8,75% a menor do que as 238.320 toneladas exportada em julho. O faturamento por média diária até o momento do mês foi de US$ 43,8 milhões valor 15,4% superior do que o registrado em agosto de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve aumento de 2,02% frente aos US$ 42,9 milhões vistos na semana passada.

Em toneladas por média diária, foram 9.884 toneladas, houve incremento de 17,4% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado da semana anterior, alta de 2,43% em relação às 9.649 toneladas da semana anterior. No preço pago por tonelada, US$ 4.434, ele é 1,7% inferior ao praticado em agosto do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representou baixa de 0,40% no comparativo ao valor de US$ 4.451 visto na semana passada.

Agência Safras

 

Boi/Cepea: Baixa oferta e demanda firme sustentam preços em alta

Desde julho, o mercado brasileiro de boi gordo apresenta tendência de alta, e, neste começo de setembro, alguns negócios já vêm sendo realizados na marca de R$ 250/arroba no estado de São Paulo

 

Na terça-feira, 4, o Indicador CEPEA/B3, que representa negócios no spot paulista, fechou a R$ 241,80. Ao longo de agosto, o ganho foi de 3,12%. Segundo pesquisadores do Cepea, o clima está bastante seco e a oferta de animais criados a pasto, cada vez mais escassa. As escalas devem ser supridas pelos animais de confinamentos. Do lado da demanda, indicadores macroeconômicos indicam que o consumo do brasileiro pode se manter firme. Na via das exportações, as perspectivas também são favoráveis, tanto pelos preços competitivos da carne brasileira quanto pelo impacto da produção deficitária dos Estados Unidos desde o ano passado.

Cepea

 

SUÍNOS

 

Preços no mercado de suínos sofre poucas mudanças nesta quinta-feira (5)

Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 169,00, da mesma forma que a carcaça especial, fechando em R$ 13,30/kg, em média

 

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (4), houve tímida queda de 0,12% em Santa Catarina, chegando a R$ 8,35/kg), e alta de 0,24% no Paraná, com valor de R$ 8,42/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 8,96/kg), Rio Grande do Sul (R$ 8,06/kg), e em São Paulo (R$ 8,92/kg). 

Cepea/Esalq

 

Exportação de carne suína diminui em agosto em comparação ao recorde obtido em julho deste ano

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, as exportações de carne suína in natura até a quinta semana de agosto (22 dias úteis), tiveram aumento em relação a agosto do ano passado, mas redução no comparativo a julho, que foi um mês de recorde.

 

A receita obtida, US$ 260,8 milhões, representou 9,7% de aumento sobre o total arrecadado em todo o mês de agosto de 2023, que foi de US$ 237,7 milhões No volume embarcado, as 106.031 toneladas representaram 6,09% de elevação sobre o total registrado em agosto do ano passado, com 99.936 toneladas. Em relação ao mês de julho, o faturamento de agosto representa diminuição de 9,31% em comparação com os US$ 287,5 milhões arrecadados em junho deste ano. No volume embarcado contabilizado até o final de agosto, 106.031 toneladas, ele é 11,16% inferior em relação às 119.359 toneladas exportadas em julho. O faturamento por média diária até este momento do mês foi de US$ 11,8 milhões, valor 9,7% maior do que agosto de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve elevação de 14,13% observando os US$ 10,3 milhões, vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 4.819 toneladas, aumento de 6,1% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, incremento de 12,77%, comparado às 4.273 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.459, ele é 3,4% superior ao praticado em agosto passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa tímida alta de 1,20% em relação aos US$ 2.430 anteriores.

Agência Safras

 

Suinocultura independente: primeira semana de setembro mostra preços estáveis

Em São Paulo, o preço ficou estável em R$ 9,07/kg vivo, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). 

 

No mercado mineiro, o preço ficou estável pela quarta semana consecutiva, valendo R$ 9,00/kg vivo pela terceira semana consecutiva, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). O preço é sugerido, uma vez que a Bolsa ficou em aberto,

sem acordo entre frigoríficos e suinocultores. Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve alta, passando de R$ 8,49/kg vivo para R$ 8,55/kg vivo. No Paraná, entre os dias 29/08/2024 e 04/09/2024, o indicador do preço do quilo do suíno vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 0,61%, fechando a semana em R$ 8,20/kg vivo.

Agrolink

 

Competitividade da carne suína cai frente às concorrentes, diz Cepea

Levantamento do Cepea mostra que a competitividade da carne suína frente à bovina e de frango diminuiu em agosto. Isso porque a proteína suinícola se valorizou mais que as concorrentes, em relação a julho

 

A média da carcaça especial suína negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo foi de R$ 12,42/kg em agosto, forte elevação de 9,6% sobre o mês anterior. Segundo pesquisadores do Cepea, além da boa liquidez, a oferta doméstica reduzida da proteína reforçou o movimento de alta. No mesmo período, o frango inteiro resfriado registrou aumento de 2,4%, a R$ 6,84/kg. Quanto à carne bovina também comercializada no atacado da Grande SP teve média de R$ 16,34/kg em agosto, leve avanço de 1,9% frente ao mês anterior.

Cepea               

 

FRANGOS

 

Altas do frango congelado ou resfriado em São Paulo

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, assim como a ave no atacado, fechando, em média, R$ 6,60/kg

 

Na cotação do animal vivo, o preço não mudou no Paraná, cotado a R$ 4,66/kg, da mesma forma que em Santa Catarina, valendo a R$ 4,41/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta-feira (4), a ave congelada teve alta de 7,97%, chegando a R$ 7,24/kg, e o frango congelado subiu 1,50%, fechando em R$ 7,43/kg. 

Cepea/Esalq

 

Frango: embarques em agosto/24 ficam abaixo de julho/24 e agosto/23

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, as exportações de carne de aves in natura até a quinta semana de agosto (22 dias úteis), ficaram abaixo do que foi registrado em agosto do ano passado e em julho deste ano

 

A receita obtida, US$ 738,3 milhões, representou 98,07% do total arrecadado em todo o mês de agosto de 2023, que foi de US$ 752,8 milhões. No volume embarcado, as 356.445 toneladas representam 88,63% do total registrado em agosto do ano passado, quantidade de 402.150 toneladas. Em relação ao mês de agosto, o faturamento de US$ 738,3 em agosto representa diminuição de 10,56% em comparação com US$ 825,5 milhões arrecadados em julho deste ano. No volume embarcado, 356.445 toneladas, ele é 18,37% a menor do que as 436.699 toneladas exportada em julho. O faturamento por média diária até o momento do mês foi de US$ 33,5 milhões quantia 1,9% a menor do que a registrada em agosto de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve aumento de 8,95% frente aos US$ 30,8 milhões vistos na semana passada. Nas toneladas por média diária, foram 16.202 toneladas, baixa de 11,4% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado da semana anterior, queda de 2,16% em relação às 16.560 toneladas da semana anterior. No preço pago por tonelada, US$ 2.071, ele é 10,6% superior ao praticado em agosto do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa elevação de 11,36% no comparativo com os US$ 1.860 visto na semana passada.

Agência Safras

 

CARNES

 

Abate de bovinos atinge recorde no segundo trimestre de 2024

Também houve aumento em frangos e suínos, na produção de ovos e na aquisição de leite cru.

O abate de bovinos no país alcançou 9,96 milhões de cabeças no segundo trimestre de 2024

 

O abate de bovinos no país alcançou 9,96 milhões de cabeças no segundo trimestre de 2024, um novo recorde segundo as Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro, e da Produção de Ovos de Galinha: Resultados completos para o segundo trimestre de 2024, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A série histórica da pesquisa começa em 1997. O resultado significa um aumento de 17,5% ante igual período de 2023 e uma alta de 6,7% na comparação com o primeiro trimestre. Maio foi o mês de maior atividade do trimestre, com abate total de 3,38 milhões de cabeças, 11,6% de expansão ante o segundo trimestre de 2023. Regionalmente, 26 das 27 unidades da federação tiveram aumento no abate. Apenas o Rio Grande do Sul, devido aos problemas causados pelas enchentes de abril e maio, registrou redução no volume. O Mato Grosso se manteve como o Estado com maior parcela no abate nacional, com 18,4% da participação nacional, seguido por Goiás (10,5%) e Minas Gerais (10,1%). Segundo o IBGE, o abate de frangos no país totalizou 1,609 bilhão de aves no segundo trimestre de 2024, o que representou alta de 3,2% em relação a igual período de 2023; e crescimento de 1% na comparação com o primeiro trimestre deste ano. O resultado do segundo trimestre é o segundo maior da série histórica da pesquisa, iniciada em 1997. Só ficou atrás do primeiro trimestre de 2023 (1,61 bilhão de aves). O Paraná se manteve como o principal Estado no abate de frangos, respondendo por 35,1% de participação nacional, seguido por Santa Catarina (13,4%) e Rio Grande do Sul (11%). A posição gaúcha no ranking se manteve mesmo com a queda no abate de 24,81 milhões de aves, como consequência das enchentes no Estado. O abate de suínos subiu 2,5% no Brasil no segundo trimestre de 2024, ante igual trimestre em 2023, para 14,567 milhões de cabeças, de acordo com o IBGE. Na comparação com o primeiro trimestre do ano, houve aumento de 3,9% no abate de suínos do país. Das 24 unidades da federação acompanhadas pelo IBGE neste indicador, 17 tiveram alta no abate de suínos. O estado de Santa Catarina manteve a liderança no ranking, com parcela de 29,1% no abate nacional, seguido por Paraná (21,9%) e Rio Grande do Sul (16,8%).

Globo Rural

 

Com recordes, Paraná lidera aumento na produção de frangos e suínos em 2024

Dados do 2º trimestre do ano divulgados pelo IBGE apontam que o Estado ampliou a liderança no abate de frangos no Brasil, respondendo por 35,1% da produção nacional, além de manter a segunda colocação no abate de porcos, com 21,9% de participação neste tipo de proteína no País

 

O Paraná atingiu novos recordes na produção de carne suína e de frango no 2º trimestre de 2024 de acordo com dados da produção animal divulgados na quinta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estado foi o que mais aumentou a produção dessas duas proteínas animais no Brasil, mantendo a liderança isolada na produção de carne de frango e a vice-liderança de carne suína, além de aumentar a sua produção de leite, couro e ovos. Entre abril e junho deste ano, o Paraná abateu 565,50 milhões de cabeças de frango, 33,24 milhões a mais do que os mesmos meses de 2023. O resultado teve grande peso no desempenho nacional, que registrou alta de 50,35 milhões unidades abatidas, reforçando o peso dos granjeiros paranaenses para o segmento no Brasil. Com o desempenho, o Paraná segue na liderança com folga na produção nacional de carne de frango, ampliando de 34,6% para 35,1% a sua participação no resultado geral do País. O Estado é seguido por Santa Catarina (13,4%) e Rio Grande do Sul (11%), o que demonstra o protagonismo da região Sul para este segmento. Além do Paraná, as outras maiores variações positivas na produção de carne de frango foram registradas em Santa Catarina (+14,42 milhões de aves), São Paulo (+8,95 milhões) e Mato Grosso (+4,75 milhões). A maior queda no período ocorreu no Rio Grande do Sul (-24,81 milhões), ainda fortemente afetado pelas maiores enchentes já registradas no estado gaúcho. Com 178,12 mil unidades a mais abatidas no comparativo entre o 2º trimestre de 2024 e o mesmo período do ano passado, o agronegócio paranaense também foi o que mais ampliou a produção de carne suína em nível nacional. Santa Catarina, com 58,95 mil unidades a mais, Minas Gerais (+58,84 mil) e São Paulo (+30,89 mil) completam a lista de maiores altas no comparativo entre os dois trimestres. O resultado fez com que o Estado totalizasse 3,19 milhões de unidades produzidas entre abril e junho, alcançando a sua melhor marca trimestral da história. Até então, o recorde havia sido registrado no 3º trimestre de 2023, com 3,13 milhões de abates. Graças ao desempenho mais recente, o Paraná manteve a vice-liderança no segmento de carne suína, com 21,9% da produção nacional, e se aproximou de Santa Catarina, que lidera o ranking com 29,1% de participação. Com 16,8% da produção do Brasil, o Rio Grande do Sul completa o pódio.

Agência Estadual de Notícias

 

GOVERNO

 

Auditores agropecuários votarão greve ou paralisação das atividades

Insatisfação da categoria está relacionada a possíveis interferências em inspeções. Auditores temem alterações que comprometam a imparcialidade das fiscalizações em frigoríficos e outras operações essenciais

 

Os auditores fiscais federais agropecuários poderão paralisar os trabalhos devido a interferência nas inspeções. Para isso, haverá uma assembleia geral para votar sobre a possibilidade de decretar “estado de mobilização” da categoria, um passo que pode levar à paralisação ou greve. “A insatisfação da carreira está relacionada a uma proposta recente do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que circulou internamente, sugerindo mudanças na estrutura das superintendências regionais”, informou a nota do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) divulgada na quinta-feira (5/9).

Globo Rural           

 

EMPRESAS

 

BRF fará resgate antecipado de debêntures no valor de R$ 1,02 bilhão

Os resgates dos papéis serão efetivados em 18 de setembro. Segundo a BRF, medida faz parte da estratégia de redução do endividamento bruto e encargos financeiros da companhia

 

A BRF anunciou que exercerá o direito de resgate antecipado de debêntures DI da 4ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, com valor estimado total de R$ 735,1 milhões e da 4ª Série da 1ª emissão de debêntures simples, no valor de R$ 284,1 milhões. Os resgates das debêntures serão efetivados em 18 de setembro e fazem parte da estratégia de redução do endividamento bruto e encargos financeiros da companhia.

Globo Rural


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

ANTT aprova os editais de concessão dos lotes 3 e 6 das rodovias paranaenses

Os dois lotes somam mais de 1,2 mil quilômetros de estradas estaduais e federais, passando pelas regiões dos Campos Gerais, Vale do Ivaí e Norte (Lote 3) e Centro-Sul, Oeste e Sudoeste (Lote 6). São 22 municípios envolvidos no Lote 3 e 32 no Lote 6

 

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou na quinta-feira (05) a publicação dos editais de concessão dos lotes 3 e 6 das rodovias do Paraná, o que deve ocorrer já nesta sexta-feira (06). As datas previstas do leilão na B3, em São Paulo, são, para o Lote 3, 12 de dezembro, e para o Lote 6, 19 de dezembro. Os editais já passaram pela aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU). O período de concessão é de 30 anos. Os dois lotes somam mais de 1,2 mil quilômetros de estradas estaduais e federais, passando pelas regiões dos Campos Gerais, Vale do Ivaí e Norte (Lote 3) e Centro-Sul, Oeste e Sudoeste (Lote 6). São 22 municípios envolvidos no Lote 3 e 32 no Lote 6. Os editais devem prever investimento estimado de R$ 35,8 bilhões nesses trechos, o que inclui as grandes obras e os serviços operacionais e de manutenção. Serão mais de 500 quilômetros de duplicações, sete contornos, interseções que serão remodeladas ou construídas do zero, além de terceiras faixas, passarelas para pedestres, áreas de escape e paradas de descanso. Ambos os lotes contemplam ainda a construção de ciclovias, passagens de fauna e a instalação de pontos de ônibus, passarelas, áreas de escape. Segundo a ANTT, os projetos incluem a instalação de câmeras com tecnologia OCR para reconhecimento de placas, detecção automática de incidentes, painéis de mensagem variável, sistema de pesagem automático e monitoramento meteorológico. A conectividade será garantida em toda a concessão. Além disso, haverá iluminação nos trechos de serra, com 14,9 km no Lote 3 e 21,2 km no Lote 6. Os contratos também permitirão a migração do sistema de cobrança convencional (praça de pedágio) para o sistema eletrônico de livre passagem (Free Flow), a pedido do Governo do Estado. O leilão vai ocorrer por disputa com base na menor tarifa por quilômetro rodado, mantendo a existência de um aporte para descontos muito altos. O aporte começa a partir dos 18%, com o valor de R$ 100 milhões aportados a cada ponto percentual de desconto até os 23%. Entre 23% e 30% de desconto, o desconto adicional deverá ser de R$ 120 milhões a cada ponto, que passará a ser de R$ 140 milhões para descontos acima de 30%, sempre de forma cumulativa. Usuários frequentes e aqueles que pagam com TAG terão um desconto adicional a partir de 5%. "Com estes leilões, o Estado do Paraná contará com quatro concessões, destacando que desde fevereiro deste ano os paranaenses já experimentam os benefícios do programa de concessões de rodovias por meio dos lotes 1 e 2, que já realizaram importantes intervenções nas pistas e nas operações", disse o relator do projeto e diretor da ANTT, Luciano Lourenço. O Lote 3 faz parte da Malha Norte, que abrange 22 cidades e faz a ligação do Norte do Estado com o eixo rodoviário da BR-277, para chegar até o Porto de Paranaguá. Ele envolve 569 quilômetros das rodovias BR-369, BR-373, BR-376, PR-170, PR-323, PR-445 e PR-090. A previsão é que a concessionária vencedora do leilão invista R$ 16 bilhões em obras e serviços operacionais. As rodovias atendidas nesse trecho atravessam as cidades de Sertaneja, Sertanópolis, Londrina, Cambé, Ibiporã, Tamarana, Mauá da Serra, Marilândia do Sul, Califórnia, Apucarana, Arapongas, Cambira, Jandaia do Sul, Mandaguari, Ortigueira, Imbaú, Faxinal, Tibagi, Ipiranga, Ponta Grossa, Palmeira e Balsa Nova. Estão previstos 132 quilômetros de duplicações e 24,6 quilômetros de faixas adicionais. Entre as novidades também estão o Contorno de Apucarana, no Vale do Ivaí, ligando a BR-369 a BR-376 e com 13,8 quilômetros de extensão. A região também deve ganhar o Contorno de Arapongas, conectando dois trechos da BR-369, totalizando 10,11 quilômetros, além do Contorno de Califórnia, com pouco mais de cinco quilômetros, ligando dois trechos da BR-376. Já Ponta Grossa deve ganhar dois novos contornos: o Contorno Norte, com extensão total de 14,65 quilômetros, entre a BR-376 e a BR-373, e o Contorno Leste, que vai ligar a BR-373 a PR-151 e terá 27,7 quilômetros de extensão.

Outra obra emblemática prevista é a área de escape na Serra do Cadeado, em Mauá da Serra, que deve ser construída na altura do km 305 da BR-376. Com o Lote 6, o Paraná vai completar a concessão de todo o eixo da BR-277, desde a região Oeste, na fronteira com Paraguai e Argentina, até o Porto de Paranaguá. Isso porque os dois primeiros lotes que já foram concedidos pegam os outros trechos da rodovia, na região Central, Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e litoral. Além disso, ele coloca o Sudoeste no mapa das concessões paranaenses. O lote inclui 646,3 quilômetros das rodovias BR-163, BR-277, PR-158, PR-180, PR-182, PR-280 e PR-483, que passam pelas cidades de Prudentópolis, Guarapuava, Candói, Cantagalo, Virmond, Laranjeiras do Sul, Diamante do Sul, Nova Laranjeiras, Guaraniaçu, Ibema, Campo Bonito, Catanduvas, Cascavel, Santa Tereza do Oeste, Céu Azul, Lindoeste, Santa Lúcia, Capitão Leônidas Marques, Realeza, Ampére, Francisco Beltrão, Manfrinópolis, Marmeleiro, Renascença, Vitorino, Pato Branco, Céu Azul, Matelândia, Medianeira, São Miguel do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu e Foz do Iguaçu. Os investimentos devem chegar a R$ 20,2 bilhões, sendo R$ 12,9 bilhões em grandes obras (Capex) e R$ 7,3 bilhões em manutenção (Opex). Entre os principais que a concessionária vencedora deve tirar do papel estão 462 quilômetros de duplicações, a maior parte na BR-277, mas também na PR-182, no Sudoeste. A concessão vai de Cascavel até Pato Branco, onde se encontrará com o projeto de revitalização em concreto executado pelo Governo do Estado, de Pato Branco ao Trevo do Horizonte, em General Carneiro. Também está prevista a construção do Contorno de Marmeleiro, que fará a ligação da PRC-280 a PR-180 e terá quase sete quilômetros de extensão.

Agência Estadual de Notícias

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar tem queda forte e fecha abaixo de R$5,60 após dados fracos dos EUA

O dólar à vista fechou a quinta-feira em queda firme no Brasil, superior a 1%, com a cotação encerrando abaixo dos 5,60 reais, acompanhando o recuo firme da moeda norte-americana também no exterior, após a divulgação de números piores que o esperado do mercado de trabalho privado nos EUA

 

O dólar à vista fechou em baixa de 1,19%, cotado a 5,5726 reais. No ano, porém, a divisa acumula elevação de 14,86%. Às 17h03, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,18%, a 5,5925 reais na venda. A moeda norte-americana se firmou em baixa ante o real ainda nos primeiros minutos da sessão, em sintonia com o exterior, onde a divisa dos EUA também cedia ante outras moedas de emergentes e exportadores de commodities.

O principal gatilho para isso foi o relatório da ADP indicando que foram abertas 99.000 vagas de emprego no setor privado dos EUA em agosto, o menor número desde janeiro de 2021, contra 111.000 em julho. Os números fizeram os rendimentos dos Treasuries apresentarem quedas firmes, em meio à leitura de que a economia dos EUA pode abrir margem para o Federal Reserve cortar os juros em 50 pontos-base em setembro -- e não apenas em 25 pontos-base. Em paralelo, o dólar perdeu força ante as demais divisas. No Brasil o movimento foi intensificado pela percepção de que, enquanto os EUA podem cortar mais os juros, o Banco Central do Brasil tende a elevar a taxa básica Selic. A precificação na curva a termo brasileira indicava nesta tarde 90% de probabilidade de alta de 25 pontos-base da Selic este mês e 10% de chance de elevação de 50 pontos-base. Atualmente a taxa básica está em 10,50% ao ano.

“No mundo o dólar vem perdendo força com este receio de recessão nos Estados Unidos. E o diferencial de juros também está considerável aqui”, comentou Rafael Sueishi, head de renda fixa da Manchester Investimentos. “O mercado já precifica a possibilidade de corte de 50 pontos-base nos EUA e de alta da Selic por aqui, o que gera o enfraquecimento do dólar.” No exterior, a expectativa agora recai sobre a divulgação do relatório "payroll" sobre o mercado de trabalho dos EUA na manhã de sexta-feira. Em evento durante a tarde, o diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, afirmou que as três intervenções realizadas pela autarquia no mercado de câmbio entre sexta e segunda-feira -- uma no mercado à vista e duas com contratos de swap cambial -- ocorreram para "fornecer liquidez".

Reuters

 

Ibovespa sobe com apoio de Vale à espera de ‘payroll’ 

O recuo dos juros futuros também beneficiou papéis de companhias ligadas à economia doméstica

 

O Ibovespa encerrou em leve alta, apoiado por ações da Vale e de bancos, em meio à cautela de investidores à espera da divulgação do relatório oficial de emprego dos Estados Unidos (“payroll”) hoje. O recuo dos juros futuros também beneficiou papéis de companhias ligadas à economia doméstica. No fim do dia de ontem, o Ibovespa subiu 0,29%, aos 136.502 pontos. Na mínima intradiária, tocou os 135.959 pontos e, na máxima, os 136.656 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 13,60 bilhões no Ibovespa e R$ 18,10 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 recuou 0,30%, o Dow Jones fechou em queda de 0,54%, e o Nasdaq ganhou 0,25%.

Valor Econômico

 

Superávit comercial do Brasil cai 50% em agosto, para US$4,8 bi, diz MDIC

A balança comercial brasileira registrou um superávit de 4,828 bilhões de dólares em agosto, uma queda de 50% sobre o saldo apurado no mesmo mês do ano passado, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) na quinta-feira

 

No período, houve queda das exportações, em meio a volumes menores de embarques de soja e minério de ferro, e aumento das importações. As exportações somaram 29,078 bilhões de dólares no mês, uma baixa de 6,5% em relação a agosto de 2023. As importações, por outro lado, cresceram 13%, totalizando 24,250 bilhões de dólares. Nos primeiros oito meses do ano, o saldo comercial foi de 54,078 bilhões de dólares, uma queda de 13,4% em relação ao observado no mesmo período de 2023. No período, as exportações somaram 227,003 bilhões de dólares (+1,1%), e as importações, 172,924 bilhões de dólares (+6,6%). A indústria de transformação foi o setor que teve maior aumento de exportações, com alta de 0,6% frente a agosto de 2023, para 16,137 bilhões de dólares. No mesmo período, as exportações das demais indústrias recuaram. A agropecuária registrou a maior baixa de 19,1%, para 6,182 bilhões de dólares, seguida pela indústria extrativa com queda de 8,1%, para 6,613 bilhões de dólares. Já nas importações, as vendas do setor de bens de capital saltaram 28,7% e as do setor de bens de consumo avançaram 22,6%, seguido pelo setor de bens intermediários, com alta de 9,8%. O setor de combustíveis teve a menor alta subindo 2,9%. Segundo o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do MDIC, Herlon Alves Brandão, a queda no saldo da balança reflete principalmente volumes menores de exportações de soja e minério de ferro, além da alta nas importações. Questionado se esses movimentos podem levar o governo a revisar para baixo a projeção de superávit de 79,2 bilhões de dólares para 2024, o diretor afirmou que os resultados já eram esperados e estavam refletidos na previsão. Brandão ponderou, no entanto, que uma desaceleração econômica global pode prejudicar as exportações e uma alta da demanda doméstica devido ao crescimento econômico pode ter efeito nas importações.

Reuters

 

Contas públicas têm déficit de R$ 9,3 bi em julho, mostra Tesouro

No mesmo mês do ano passado, resultado deficitário tinha sido maior, de R$ 35,9 bilhões

As contas do governo central tiveram um déficit de R$ 9,3 bilhões em julho, apesar da expansão das receitas e da queda das despesas, informou na quinta-feira (5) o Tesouro Nacional. No mesmo mês do ano passado, o resultado deficitário tinha sido de R$ 35,9 bilhões. As contas do governo central incluem Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social

 

Em julho, houve crescimento expressivo da receita líquida (descontadas as transferências para estados e municípios), com alta real de 9,5% ante igual mês de 2023. Essa variação decorre principalmente do efeito conjunto de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), com aumento de R$ 4,3 bilhões, IR (Imposto sobre a Renda), alta de R$ 8,3 bilhões, e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), elevação de R$ 3,2 bilhões. Em entrevista coletiva, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, exaltou o crescimento bem difundido nas receitas administradas pela Receita Federal, com crescimento de dois dígitos, e antecipou que o mês de agosto também veio forte em arrecadação, sem antecipar valores. "O que é um ótimo sinal, não só no que tange ao resultado fiscal que consolida esse processo de recuperação, mas também vai corroborando que a atividade econômica está com bom desempenho", afirmou. Do lado das despesas, houve redução de 6% em termos reais –o equivalente a R$ 12,3 bilhões– em julho, contra mesmo mês do ano passado. Destaca-se a queda de R$ 21,2 bilhões em benefícios previdenciários, efeito da antecipação do calendário do 13º salário pago a aposentados e pensionistas. Também houve influência da questão sazonal. No acumulado do ano, o déficit primário somou R$ 77,86 bilhões. A cifra representa uma ligeira melhora em relação ao resultado de janeiro a julho do ano passado, quando o rombo totalizou R$ 79,15 bilhões. "Como nós também optamos pela antecipação de algumas despesas que tradicionalmente ocorreriam em meados do ano, até no segundo semestre, não ficou tão evidente no resultado primário. Agora começa a ter reversão de tendência nesse resultado acumulado", afirmou Ceron. De janeiro a julho, na comparação com o mesmo período de 2023, a receita líquida apresentou elevação de 8,7% (R$ 99,6 bilhões) em termos reais, enquanto a despesa total apresentou elevação de 7,8% (R$ 95,4 bilhões), já descontada a inflação. A trajetória dos gastos com benefícios previdenciários, que teve aumento de R$ 18,9 bilhões nos primeiros sete meses do ano, é um dos focos de preocupação do governo. Segundo Ceron, é possível que uma despesa adicional da Previdência exija um novo bloqueio orçamentário. "Não me parece, neste momento, que vai ocorrer uma pressão de bloqueio dos níveis que observamos no bimestre passado, mas vamos observar", afirmou o secretário.

O resultado das contas também é influenciado pelas despesas extras para enfrentar a calamidade no Rio Grande do Sul. O governo federal destinou R$ 3,4 bilhões em despesas primárias em julho para combater os efeitos da tragédia. No acumulado até julho, o valor chega a R$ 11,11 bilhões. De acordo com Ceron, a equipe econômica está caminhando para entregar até 2026 "o maior ciclo de crescimento econômico da década, combinado com um processo forte de recuperação fiscal, o menor nível de desemprego da história e o menor ciclo de inflação desde o Plano Real." "Esse resultado está muito próximo de se materializar", projetou.

Folha de São Paulo

 

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