Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 699 | 05 de setembro de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Viés de alta no preço do boi gordo ganha força
A quarta-feira (4/9) marcou o quarto dia útil consecutivo de valorizações nos preços dos animais terminados abatidos nas regiões pecuárias paulistas, informou a Scot Consultoria. No Paraná, o boi vale R$255,00 por arroba. Vaca a R$230,00. Novilha a R$235,00. Escalas de abate de cinco dias.
“Semana movimentada em São Paulo”, relatou a Scot Consultoria, acrescentando que a quarta-feira (4/9) marcou o quarto dia útil consecutivo de valorizações nos preços dos animais terminados abatidos nas regiões pecuárias paulistas. As escalas de abates em SP vêm diminuindo gradativamente, disse a Scot, hoje em torno de 7-8 dias, um reflexo da oferta enxuta de boiadas. O mercado paulista abriu o dia ofertando mais R$ 5/@ para o “boi-China” e para o boi animal gordo “comum”, agora negociados em R$ 245/@ e R$ 250/@, respectivamente (no prazo, valores brutos). Para as fêmeas gordas, a alta da quarta-feira foi de R$ 3/@, alcançando R$ 220/@ (vaca) e R$ 235/@ (novilha), de acordo com a Scot. “Com boiadas ofertadas em sua maior parte oriundas de confinamento, vêm ocorrendo um estreitamento do ágio do “boi-China” em relação ao boi destinado ao mercado interno”, observa a Scot, referindo-se ao prêmio atual de 5/@ para o bovino padrão-exportação. Pelos dados da Scot, com apenas três dias úteis em setembro, no mercado de SP, foram registrados avanços de 2% para o “boi China”, 2,1% para o boi gordo, 1,4% para a vaca e 2,2% para a novilha. Na visão da Agrifatto, atualmente, o mercado do boi gordo enfrenta um cenário de baixa oferta de animais terminados, enquanto a demanda por carne bovina cresce, tanto no mercado interno quanto no externo. Na terça-feira (3/9), 6 das 17 praças monitoradas pela consultoria registraram valorização da arroba: GO, MG, MS, PR, RJ e SC. As outras 11 mantiveram as cotações laterais. Ontem, quarta-feira, a pressão altista se intensificou, segundo a Agrifatto. Em São Paulo, o preço médio da arroba subiu para R$ 250. Nas outras 16 regiões acompanhadas, a média foi ajustada para R$ 232,20/@. “Dez das 17 praças registraram valorização (SP, AC, BA, MA, MS, MT, PA, PR, RO e SC); as outras 7 mantiveram suas cotações estáveis (AL, ES, GO, MG, RJ, RS e TO)”, detalhou a Agrifatto. No mercado futuro, o contrato do boi gordo com vencimento em novembro/24 encerrou o pregão de terça-feira (3/8) cotado em R$ 257,70/@, com valorização de 0,78% em comparação ao dia anterior. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto nesta quarta-feira (4/9): São Paulo — O “boi comum” vale R$245,00 a arroba. O “boi China”, R$255,00. Média de R$250,00. Vaca a R$225,00. Novilha a R$235,00. Escalas de abates de dez dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$235,00 a arroba. O “boi China”, R$245,00. Média de R$240,00. Vaca a R$220,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abate de seis dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$255,00 a arroba. O “boi China”, R$255,00. Média de R$255,00. Vaca a R$230,00. Novilha a R$235,00. Escalas de cinco dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$220,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de sete dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$225,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de sete dias; Pará — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$225,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de dez dias; Goiás — O “boi comum” vale R$235,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$245,00. Média de R$240,00. Vaca a R$220,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abate de seis dias; Rondônia — O boi vale R$205,00 a arroba. Vaca a R$190,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de dez dias; Maranhão — O boi vale R$215,00 por arroba. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de oito dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
Abates bovinos devem cair em 2025 com início da reversão do ciclo pecuário
Os abates de bovinos no Brasil devem cair 1% em 2025, quando deve ser iniciada a reversão do atual ciclo pecuário, com maior retenção de animais levando ao aumento nos preços, segundo estimativa do escritório brasileiro do Departamento da Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em relatório recente.
Os abates brasileiros de bovinos deverão cair para 47,5 milhões de cabeças em 2025, após um recorde de 48 milhões de cabeças esperado para 2024. O rebanho bovino brasileiro deverá recuar 3% em 2025 para 186,87 milhões de cabeças, ante 192,57 milhões estimadas em 2024. O escritório do USDA em Brasília (DF) estima que a produção brasileira de carne bovina some 11,75 milhões de toneladas (equivalente carcaça) em 2025, após 11,85 milhões em 2024. “Em 2025, prevê-se que o consumo interno diminua, uma vez que os produtores irão priorizar as exportações devido à forte procura externa, à desvalorização da moeda local e aos desafios enfrentados pelos concorrentes estrangeiros”, segundo o relatório. A expectativa é de que as exportações brasileiras de carne bovina registrem recordes de volume em 2024 e 2025.
Carnetec
SUÍNOS
Mercado de suínos estável na quarta-feira (4)
De acordo com a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 169,00, da mesma forma que a carcaça especial, fechando em R$ 13,30/kg, em média
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (3), houve tímida queda de 0,12% em Santa Catarina, chegando a R$ 8,36/kg, e alta de 0,34% em São Paulo, fechando em R$ 8,92/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 8,96/kg), Paraná (R$ 8,40/kg) e Rio Grande do Sul (R$ 8,06/kg).
Cepea/Esalq
FRANGOS
Mercado do frango segue estável
Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, enquanto a ave no atacado subiu 0,76%, fechando, em média, R$ 6,60/kg.
Na cotação do animal vivo, o preço não mudou no Paraná, cotado a R$ 4,66/kg, da mesma forma que em Santa Catarina, valendo a R$ 4,41/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à terça-feira (3), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, valendo, respectivamente, R$ 7,10/kg e R$ 7,32/kg.
Cepea/Esalq
INTERNACIONAL
Setor pecuário da Austrália pode atingir recordes em 2025
O rebanho de gado da Austrália atingiu e superou um pico cíclico após operar em sua capacidade máxima nos últimos 12 meses, de acordo com a atualização das Projeções da Indústria de Gado divulgada ontem pela Meat & Livestock Australia (MLA)
A atualização fornece uma perspectiva revisada em relação à previsão original de 2024, que foi emitida em fevereiro. Ela traz previsões sobre o rebanho, abate, produção e pesos de carcaça. Erin Lukey, analista sênior de informações de mercado da MLA, disse que o rebanho australiano de 2024 foi estimado em uma redução de 1,4% para 30,2 milhões de cabeças, uma diminuição de pouco mais de 400 mil cabeças de acordo com as projeções atualizadas da indústria pecuária. O rebanho do norte deverá se estabilizar em 2024 e 2025, à medida que as estações chuvosas médias continuarão apoiando um rebanho de reprodução grande e produtivo, além de um aumento no número de gados exportados para o Sudeste Asiático. O sul da Austrália será o responsável pela contração do rebanho ao longo do período de previsão, pois a forte demanda internacional por carne bovina sustentará um maior abate em um rebanho que já atingiu a maturidade. Essa diminuição no número de cabeças coloca o rebanho em uma fase de leve redução, como observado nas últimas estatísticas do Australian Bureau of Statistics. O perfil etário do rebanho continua amadurecendo após a reconstrução do rebanho ocorrida entre 2020 e 2023, e a forte demanda internacional incentiva o abate de gado pronto para o processamento. O abate de gado adulto na Austrália está previsto para aumentar 16% em 2024, alcançando 8,2 milhões de cabeças, o que representa o maior número desde o ano de seca de 2019. Para o futuro, a MLA sugere que o abate permanecerá relativamente estável em 2025 e 2026, já que o ritmo de abate continuará elevado. Os pesos elevados das carcaças impulsionarão a produção de carne bovina em 2024 e deverão levar a produção a níveis recordes em 2025, quando se espera que alcance 2,55 milhões de toneladas. A demanda internacional por carne bovina permanece forte, já que as dinâmicas de oferta no exterior criam oportunidades no mercado global. “O rebanho de gado dos Estados Unidos provavelmente entrará em 2025 menor do que era em 2024, um ano em que o rebanho atingiu seu ponto mais baixo em 72 anos”, disse Lukey. “Independentemente de quando os EUA entrarem em uma fase de reconstrução, sua oferta de gado continuará baixa, já que as taxas de natalidade nos últimos cinco anos estiveram abaixo da média e a disponibilidade de gado já começou a diminuir. “A atual escassez de carne bovina nos EUA continuará impulsionando a demanda por carne bovina australiana globalmente, tanto nos EUA como substituto direto do produto doméstico, quanto nos principais mercados de exportação do norte da Ásia, onde Austrália e EUA competem por participação de mercado.” As projeções da indústria da MLA são uma ferramenta importante para a indústria e a cadeia de suprimentos em geral entenderem a direção do setor de carne vermelha nos próximos anos, incluindo questões macroeconômicas que impactam a indústria e uma compreensão mais profunda da oferta prevista, disse Lukey.
Beef Central
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Alerta de tempo seco no Paraná: governador decreta emergência de estiagem
Governador Carlos Massa Ratinho Junior decretou na quarta-feira (4) emergência em todo o Estado pelo tempo seco que atinge vários municípios desde o mês passado. Risco de incêndios deve persistir pelo menos até metade de setembro, de acordo com o Simepar
O governador Carlos Massa Ratinho Junior decretou nesta quarta-feira (4) emergência em todo o Estado por causa da estiagem que atinge vários municípios do Paraná desde o mês passado. Somente em agosto, o Estado registrou cerca de 20 mil focos de calor, aproximadamente seis vezes mais do que foi registrado em julho. A decisão consta no Decreto 7258. O decreto autoriza a dispensa de licitação em contratos de prestação de serviços, obras e aquisição de bens necessários ao combate à estiagem pelo prazo máximo de 180 dias. A medida também reforça a mobilização dos órgãos estaduais sob coordenação da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil. A situação é causada pela sequência de dias com altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar, aumentando os riscos de incêndios florestais. Nos primeiros oito meses do ano, foram registradas mais de 10 mil ocorrências de incêndios no Estado, segundo o Corpo de Bombeiros. A situação deve persistir pelo menos até metade de setembro, de acordo com o Simepar e a Defesa Civil. A previsão é de que praticamente todas as regiões do Estado registrem baixa umidade relativa do ar e temperaturas altas entre os dias 7 e 15 de setembro. De acordo com a previsão do instituto, a média da umidade relativa do ar mínima para a semana pode ser inferior a 20% nas regiões Norte e Noroeste e menor do que 30% nas regiões Central e Sudoeste do Paraná. Somente o Litoral deve registrar umidade relativa mínima superior a 60% no período. Já a temperatura máxima média deve ser superior a 30ºC em quase todo o Estado. Nas regiões Norte e Noroeste, os termômetros podem registrar uma anomalia de temperatura de até 8º C, que significa que as temperaturas estarão acima das médias históricas para o período. “Teremos uma onda de calor e clima seco em quase todo o Estado, exceto no litoral. Quando isso acontece por dias seguidos, as condições ficam favoráveis para a ocorrência dos incêndios, por isso o cuidado deve ser redobrado neste período”, afirmou o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib.
Agência Estadual de Notícias
PR garante equalização de juros no Banco do Agricultor Paranaense
Programa de incentivo já beneficiou 5.940 projetos
Desde o lançamento em abril de 2021, o Banco do Agricultor Paranaense já possibilitou a liberação de R$ 829,5 milhões em financiamentos rurais. A medida, que concede subvenção econômica para a tomada de crédito com o objetivo de ampliar e modernizar a produção agropecuária, é viabilizada por meio do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE), administrado pela Fomento Paraná. Até o momento, o estado investiu R$ 253,4 milhões na equalização de juros, com benefícios integrais para algumas finalidades. As informações foram divulgadas pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná. O programa oferece diversas linhas de crédito para os agricultores que desejam investir no meio rural. Os interessados devem procurar as unidades locais do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná) ou se dirigir diretamente às instituições financeiras parceiras para obterem o benefício. O montante atual destinado à subvenção das taxas de juros é de R$ 63,28 milhões, distribuído entre agentes conveniados como Banco do Brasil, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BDRE), e as centrais de crédito Sicredi, Cresol, Sicoob/Unicoob e Credialiança. Até o final de agosto deste ano, 5.940 projetos foram contemplados com subvenção, com destaque para os projetos de energia renovável no meio rural, que lideram a demanda com 4.382 operações no valor de R$ 693 milhões. Para essas iniciativas, o Estado destinou R$ 229,2 milhões para a equalização de juros. Na sequência, estão os projetos de pecuária leiteira, com 1.081 operações no montante de R$ 87,7 milhões e equalização de R$ 11,2 milhões. Outras áreas de investimento também foram beneficiadas pelo programa. Na irrigação, 151 projetos foram financiados desde o início do Banco do Agricultor Paranaense, com um valor total de R$ 20,8 milhões e participação estadual de R$ 7,5 milhões em subvenção. Projetos voltados para cadeias produtivas de seda, café, olericultura, floricultura, fruticultura e sistemas de produção orgânica e agroecológica totalizam R$ 13,7 milhões em financiamento, com equalização de R$ 2,7 milhões. No segmento de piscicultura, 37 projetos foram contratados até agora, somando R$ 5,1 milhões em financiamento e R$ 736 mil em equalização de juros. Já as cooperativas da agricultura familiar protocolaram seis projetos desde o início do programa, totalizando R$ 3 milhões com equalização de R$ 387 mil. Também foram financiados 13 projetos de turismo rural no valor de R$ 1,9 milhão, com R$ 471,5 mil destinados pelo Estado. Projetos de apicultura também foram contemplados, com 20 operações aprovadas no valor de R$ 1,67 milhão e equalização de R$ 529 mil. Além disso, o programa financiou 18 projetos de agroindústrias, totalizando R$ 1,64 milhão e R$ 520 mil de participação estadual. A produção, captação e preservação de água teve seis projetos aprovados para financiamento no valor de R$ 358,7 mil e equalização de R$ 61 mil. Também foram concedidos R$ 173 mil para seis projetos voltados à produção de pinhão e erva-mate, com equalização de R$ 35,3 mil por parte do Estado.
Agrolink
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha estável ante real em dia de queda de commodities e dados fracos dos EUA
O dólar à vista fechou a quarta-feira praticamente estável ante o real, numa sessão marcada, por um lado, pelos receios em torno da economia global após a divulgação de dados fracos do mercado de trabalho nos EUA e, por outro, pela queda do minério de ferro e do petróleo no exterior
O dólar à vista fechou em leve baixa de 0,08%, cotado a 5,6395 reais. No ano, a divisa acumula elevação de 16,24%. Às 17h09, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,19%, a 5,6520 reais na venda. Em mais um dia de queda forte do petróleo e do minério de ferro -- dois produtos importantes na pauta de exportação brasileira -- o real foi pressionado no início da sessão. As cotações também refletiam a cautela dos investidores antes da divulgação de novos dados sobre a economia dos EUA. O cenário mudou durante a manhã, após a divulgação do relatório Jolts do mercado de trabalho norte-americano. O Departamento do Trabalho dos EUA informou que as vagas de emprego em aberto -- uma medida da demanda por mão de obra -- caíram em 237.000, para 7,673 milhões no último dia de julho, o nível mais baixo desde janeiro de 2021. Os dados de junho foram revisados para baixo, para mostrar 7,910 milhões de postos de trabalho não preenchidos, ante 8,184 milhões relatados anteriormente. Os números do Jolts somaram-se aos dados fracos do setor industrial norte-americano divulgados na terça-feira, reforçando as preocupações em torno de uma possível recessão nos EUA. Em reação, os rendimentos dos Treasuries caíram e o dólar perdeu força ante a maior parte das demais divisas no exterior. “A taxa dos Treasuries recuando trouxe alívio para a curva de juros brasileira, mas também para o câmbio”, disse o estrategista-chefe e sócio da EPS Investimentos, Luciano Rostagno, ao avaliar os efeitos do relatório Jolts sobre os ativos globais na quarta-feira. Em meio à queda das commodities e às preocupações com a economia norte-americana, o dólar retornou para perto da estabilidade ante o real durante a tarde, ainda que no exterior prevalecesse o viés negativo.
Reuters
Ibovespa sobe com Vale e bancos em meio a dados de emprego fracos dos EUA
As declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçando o compromisso fiscal do governo, também contribuíram para o bom humor dos investidores
O Ibovespa encerrou a sessão em alta na quarta-feira (4), acima dos 136 mil pontos, apoiado por ações da e de bancos, em meio à queda dos juros futuros. A bolsa acelerou a alta após vagas em aberto do mercado de trabalho dos Estados Unidos terem vindo abaixo das estimativas, o que abre espaço para um corte de juros maior do Federal Reserve (Fed). As declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçando o compromisso fiscal do governo, também contribuíram para o bom humor dos investidores. No fim do dia, o Ibovespa subiu 1,31%, aos 136.111 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 1715h) foi de R$ 16,99 bilhões no Ibovespa e R$ 21,7 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 recuou 0,16%, o Dow Jones fechou em alta de 0,09%, e o Nasdaq perdeu 0,30%. O dia foi positivo para os ativos de risco domésticos, enquanto os principais índices acionários em Wall Street fecharam próximos à estabilidade. Os juros futuros aceleraram a queda e a bolsa subiu ainda mais após o número de vagas em aberto na economia dos Estados Unidos vir abaixo do esperado, com a criação de 7,673 milhões postos de trabalho, segundo o relatório Jolts. A expectativa era de abertura de 8,10 milhões. Operadores apontam que o mercado passou a ignorar o risco de recessão na economia americana — que aumentou ontem após o índice gerente de compras ficar abaixo do esperado — e se empolgou com a chance de um corte de juros de 0,5 ponto percentual pelo Fed. “Todos os olhos estão agora voltados para o Fed. Acreditamos que, se o Fed entrar em um cenário de pouso suave, isso pode ser positivo para os mercados latino-americanos. Mas os fatores locais também são importantes”, aponta relatório do Bank of America (BofA). Além disso, as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista à GloboNews atenuaram as desconfianças com a política fiscal. O ministro defendeu revisão do auxílio-gás e que gastos com expansão do programa devem cumprir regras fiscais em 2025. “Os sinais de que ficará dentro do teto dão um pouco mais de alívio do lado fiscal”, afirma o gestor de ações Tiago Cunha, da Ace Capital. Para ele, "houve um movimento de alívio no lado externo e recuperação parcial de commodities, o que ajudou a bolsa aqui”. Outro operador, na condição de anonimato, também destacou a aceleração do PIB brasileiro, que subiu 1,4% no segundo trimestre, como um fator essencial para explicar a valorização da bolsa. “Ontem o mercado queria muito subir porque tinha saído um PIB muito forte, surpreendentemente bom”, e não conseguiu pelo exterior, mas hoje fez “uma recomposição do que faria ontem”, afirma.
Valor Econômico
Alíquota média do IVA vai ficar entre 21% e 22%, afirma Haddad
Segundo o ministro da Fazenda, em alguns casos a alíquota máxima vai se aproximar de 28% para compensar outros produtos, que não pagarão o IVA ou terão incidência de alíquota de aproximadamente 12%
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na quarta-feira (04) que a alíquota média do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) implantado pela reforma tributária “vai ficar entre 21% e 22%”. “A alíquota média já está contratada pela Emenda Constitucional”, disse em entrevista à GloboNews. “Vamos fazer cair a alíquota média do imposto sobre [consumo] no Brasil.” Segundo Haddad, em alguns casos a alíquota máxima vai se aproximar de 28%, mas somente porque outros produtos não pagarão o IVA ou terão incidência de alíquota de aproximadamente 12%. Possível movimento de revisão dos gastos obrigatórios 'precisa ser muito bem pensado', diz Haddad. Na entrevista, o ministro também defendeu que a arrecadação do governo federal suba para patamares mais próximos de 19% do Produto Interno Bruto (PIB), a fim de trazer maior equilíbrio para as contas públicas da União. “Herdamos o Orçamento [em 2023] com arrecadação de 17% do PIB”, disse. Ele ainda defendeu a importância da diminuição das despesas nesse processo e disse que os gastos primários do governo federal em relação ao PIB “vão cair neste ano em relação ao ano passado”.
Valor Econômico
Indicador Antecedente de Emprego do Brasil sobe em agosto e atinge maior nível em quase 2 anos, mostra FGV
O Indicador Antecedente de Emprego do Brasil subiu pela terceira vez consecutiva em agosto, atingindo o maior nível em quase dois anos, de acordo com dados divulgados na quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV)
O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, subiu 1,5 ponto em agosto, a 83,1 pontos, maior leitura desde os 83,8 pontos registrados em setembro de 2022. "A alta do IAEmp de agosto mantém o indicador em trajetória favorável, com recuperação consistente nos últimos 10 meses, registrando apenas uma queda nesse período e acumulando alta de mais de oito pontos", disse Rodolpho Tobler, economista da FGV Ibre, em nota. "Apesar da melhora em sequência, a velocidade tem se mostrado um pouco mais lenta, sugerindo que a geração de vagas deve seguir em ritmo mais brando também", completou. Os componentes do IAEmp mostram que a alta em agosto foi influenciada por avanço em cinco dos sete componentes do indicador. O destaque positivo foi o indicador de Situação Atual dos Negócios no setor da indústria, que subiu 0,6 ponto. O único destaque negativo foi o indicador de Tendência dos Negócios no setor de serviços, que teve queda de 0,2 ponto. Outro componente a não contribuir para a alta no IAEmp, o indicador de Situação Atual dos Negócios em serviços ficou estável. "O cenário macroeconômico mais favorável e a melhora da atividade econômica mais disseminada entre as atividades nesse ano ajudam a explicar esse momento mais favorável do indicador", afirmou Tobler. Na terça-feira, dados do IBGE mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro expandiu 1,4% de abril a junho deste ano na comparação com o primeiro trimestre, no que foi o resultado mais forte desde o quarto trimestre de 2020.
Reuters
Produção da indústria do Brasil cai mais do que o esperado em julho
A indústria brasileira iniciou o segundo semestre com queda da produção em julho maior do que a esperada, marcando o quarto mês negativo no ano e devolvendo parte do forte ganho do mês anterior com a retomada no Rio Grande do Sul
A produção industrial recuou 1,4% em julho na comparação com o mês anterior, pior do que a expectativa de retração de 0,9% em pesquisa da Reuters e depois de salto de 4,3% no mês anterior. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, os dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram avanço de 6,1%, ante projeção de ganho de 6,3%. Os resultados deixam a indústria 1,4% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020, mas 15,5% aquém do ponto mais alto da série histórica, de maio de 2011. "Grande parte do recuo registrado neste mês tem relação com o avanço expressivo visto no mês anterior, mas também se observa que importantes plantas industriais realizaram paralisações no seu processo produtivo", explicou André Macedo, gerente da PIM Brasil. Ele lembrou que o resultado de junho foi influenciado pelo retorno à produção de unidades afetadas pelas chuvas que devastaram o Rio Grande do Sul neste ano. No segundo trimestre, o setor industrial brasileiro apresentou crescimento de 1,8%, abandonando o recuo de 0,1% nos três primeiros meses do ano, de acordo com os dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados pelo IBGE na véspera. A expectativa é de que a indústria contribua para a atividade econômica brasileira neste ano, ainda que de forma modesta, em um cenário de mercado de trabalho aquecido e inflação sob controle. O IBGE destacou que em julho os resultados negativos ficaram centrados em apenas sete dos 25 ramos industriais pesquisados, mas que foram atividades com relativa importância na estrutura industrial. As principais influências negativas foram exercidas por produtos alimentícios (-3,8%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,9%), indústrias extrativas (-2,4%) e celulose, papel e produtos de papel (-3,2%). “Houve queda na produção de açúcar, impactada pelos efeitos da seca no Centro-Sul do país, de carnes de bovinos e de produtos derivados da soja. Esses itens foram os que mais contribuíram negativamente neste mês”, disse Macedo. Em relação às grandes categorias econômicas, o setor de bens de consumo apresentou recuo de 2,5% na produção em julho em relação a junho, enquanto os bens intermediários tiveram queda de 0,3%. Por outro lado, a fabricação de bens de capital apresentou ganhos de 2,5%.
Reuters
Brasil tem fluxo cambial negativo de US$2,696 bi em agosto, diz BC
No acumulado do ano até o fim de agosto, o Brasil registra fluxo cambial total positivo de 10,824 bilhões de dólares
O Brasil registrou fluxo cambial total negativo de 2,696 bilhões de dólares em agosto, em movimento puxado pela via financeira, informou nesta quarta-feira o Banco Central. Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. Pelo canal financeiro, houve saídas líquidas de 5,180 bilhões de dólares em agosto. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Pelo canal comercial, o saldo de agosto foi positivo em 2,484 bilhões de dólares. Na semana passada, de 26 a 30 de agosto, o fluxo cambial total foi positivo em 839 milhões de dólares.
Reuters
Expansão de serviços no Brasil perde força em agosto, aponta PMI
O setor de serviços do Brasil perdeu força em agosto devido à piora da demanda e atingiu o nível mais fraco desde abril em meio a fortes pressões de custos, mas permaneceu em território expansionista, segundo uma pesquisa do setor privado divulgada na quarta-feira (4)
O PMI (Índice de Gerentes de Compras, na sigla em inglês) de serviços do Brasil da S&P Global caiu a 54,2 de agosto, de 56,4 em julho, quando bateu o nível mais alto desde junho de 2022. Apesar do recuo, o PMI permaneceu acima da marca de 50, que separa crescimento de contração, pelo 11º mês seguido. "A perda de força observada entre os fornecedores de serviços em agosto não levanta preocupações imediatas, já que as taxas de crescimento continuam a ser historicamente robustas", avaliou a diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence, Pollyanna De Lima. O total de novos trabalhos aumentou pelo 11º mês consecutivo em agosto, mas a alta foi a mais fraca desde o início de 2024. Em relação aos preços, a depreciação cambial e um mercado inflacionado foram os motivos mais citados para os maiores gastos das empresas no mês, seguidos de secas em partes do país e os efeitos ainda das enchentes no Rio Grande do Sul. Cerca de um terço dos entrevistados citou aumento nos custos de insumos, com o restante falando que não houve mudanças em relação a julho, e a taxa de inflação na pesquisa foi a mais intensa em 25 meses. As vendas e projeções de crescimento ajudaram a manter a criação de empregos entre os fornecedores de serviços, com a taxa de criação de vagas chegando ao ritmo mais forte em três meses. As empresas de serviços ainda permaneceram otimistas com as perspectivas para os próximos 12 meses, com 52% prevendo aumento na produção. O otimismo foi sustentado por esforços de marketing e investimento, além de expectativas de que a inflação irá recuar e de que outras partes da economia registrarão recuperação. No entanto, o subíndice de confiança caiu para o menor patamar em quatro meses devido a preocupações com inadimplência, incertezas legais e questões políticas.
Reuters
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