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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 697 DE 03 DE SETEMBRO DE 2024

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 697 | 03 de setembro de 2024

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS


Boi gordo e vaca gorda abrem a semana com valorizações em SP

Com a menor oferta de boiadas gordas e a redução nas escalas de abate, as indústrias frigoríficas de São Paulo abriram a segunda-feira (2/9) pagando de R$ 2/@ a mais pelos lotes de boi gordo e a vaca gorda, apurou a Scot Consultoria. No Paraná, o boi vale R$243,00 por arroba. Vaca a R$225,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abate de cinco dias

 

O animal “comum” (destinado ao mercado doméstico) vale agora R$ 240/@ no mercado paulista, enquanto a fêmea terminada subiu para R$ 217/@ (valores brutos, no prazo). Os preços da novilha gorda e do “boi-China” ficaram estáveis, em R$ 230/@ e R$ 245/@, respectivamente, de acordo com os dados da Scot. Na avaliação da Agrifatto, setembro/24 deve continuar trazendo valorizações para as cotações físicas do boi gordo.” A B3 aposta nestas altas”, observou a consultoria, acrescentando que na última sexta-feira (30/8), o contrato do boi gordo com vencimento para setembro/24 fechou em R$ 247/@, o que significa aumento de 7,25/@ relação ao preço físico registrado pelo indicador Cepea na mesma data (R$ 239,75/@). Pelos dados da Agrifatto, no último mês, o preço médio do boi gordo na praça paulista atingiu R$ 235,07/@, com um aumento mensal de 2,53% e o maior nível desde fevereiro/24. “As boas vendas de carne bovina no mercado doméstico e para as exportações deram tração para o avanço dos preços do boi gordo. Além disso, a redução na oferta de bovinos ao final do mês de agosto/24 atuou como mais um propulsor para as cotações”, destacou a Agrifatto. Segundo a consultoria, com uma maior dificuldade em encontrar bovinos terminados, os frigoríficos brasileiros observaram as suas programações de abate se reduzirem durante a última semana. Dessa forma, as escalas apresentaram o menor nível em seis meses, chegando a 7 dias úteis, na média nacional, reforçando o movimento de escassez de oferta. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na última quinta-feira (29/8): São Paulo — O “boi comum” vale R$245,00 a arroba. O “boi China”, R$245,00. Média de R$245,00. Vaca a R$220,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abates de onze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$235,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$237,50. Vaca a R$220,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abate de sete dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$243,00 a arroba. O “boi China”, R$243,00. Média de R$243,00. Vaca a R$225,00. Novilha a R$230,00. Escalas de cinco dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de sete dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$225,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de sete dias; Pará — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de onze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$235,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$240,00. Média de R$237,50. Vaca a R$220,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abate de cinco dias; Rondônia — O boi vale R$195,00 a arroba. Vaca a R$180,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de doze dias; Maranhão — O boi vale R$210,00 por arroba. Vaca a R$190,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de dez dias;

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto

 

Indústrias pagam mais pelo boi gordo das praças interioranas

Diferencial de base (em relação ao preço de SP) se encurta em quase todo o País, aponta Agrifatto

 

O diferencial de base é a diferença entre o preço da arroba do boi gordo em São Paulo e a cotação desta mesma categoria nas demais praças pecuárias brasileiras. Como a precificação dos contratos no mercado futuro tem como referência a praça de São Paulo, o pecuarista de outras praças pecuárias tem de considerar esse diferencial para que seja possível utilizar com maior assertividade os mecanismos de proteção de preços (hedge) na bolsa B3. Na prática, o diferencial de base auxilia na gestão de risco da propriedade diante da volatilidade e sazonalidade do mercado. Segundo a Agrifatto, o maior destaque ficou para a praça de Mato Grosso do Sul, que registrou um encurtamento mensal de 4,5 pontos percentuais, saindo -3,9% em julho/24, para +0,7% em agosto – o menor nível da série histórico. “Os preços do boi gordo em MS registraram alta de 7,37% no comparativo mensal e ficaram em R$ 236,70/@, resultando em 0,69% superior a precificação da praça paulista”, apurou a Agrifatto, acrescentando que, em agosto/24, o preço médio do boi gordo em São Paulo atingiu R$ 235,07/@, com um aumento de 2,53% sobre julho/24 e o maior nível desde fevereiro/24. Outra praça que registrou forte valorização em agosto/24 foi a de Tocantins, onde o preço do animal teve um incremento de 4,99% no comparativo mensal, fechando o em R$ 214,56/@. “Mesmo com São Paulo apresentando uma alta significativa, o diferencial de base TO-SP encurtou 2,1 pontos percentuais, atingindo -8,7% no último mês, o menor nível desde novembro/23”, aponta a Agrifatto. Historicamente, a diferença de preços entre Tocantins e São Paulo é de -11,98%. Segundo a consultoria, nos últimos meses, o Estado do Norte do País vem demonstrando maior firmeza nos preços, impulsionado sobretudo pela menor oferta de fêmeas terminadas. Não à toa, diz a Agrifatto, em agosto/24, a valorização da fêmea foi mais intensa que a do macho não só em Tocantins, mas em todos os outros Estados monitorados pela consultoria, com destaque para Minas Gerais, onde a vaca gorda encerrou o último mês cotada a R$ 202,38/@, com valorização de 8,07% no comparativo mensal. Diferencial de preços sobre São Paulo – agosto/24. (Fonte: Agrifatto): Bahia:  -11,9%. Goiás: -4,5%. Minas Gerais: -3,4%. Mato Grosso do Sul: +0,7%. Mato Grosso: -9,9%. Pará: -9,3%. Rondônia: -19,4%. Tocantins: -8,7%. Maranhão: -14,6%.

Portal DBO

 

SUÍNOS

 

Suínos: segunda-feira com mudanças tímidas nas cotações

De acordo com a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 169,00, da mesma forma que a carcaça especial, fechando em R$ 13,30/kg, em média

 

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (30), houve aumento somente em São Paulo, na ordem de 0,23%, chegando a R$ 8,89/kg. Quedas foram registradas em Minas Gerais, de 0,11%, com valor de R$ 8,96/kg, e de 0,25% no Rio Grande do Sul, fechando em R$ 8,04/kg. Os preços não muraram no Paraná (R$ 8,40/kg), e em Santa Catarina (R$ 8,36/kg).

Cepea/Esalq

 

FRANGOS

 

Frango congelado e ave resfriada tiveram queda nas cotações

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, enquanto a ave no atacado subiu 0,79%, fechando, em média, R$ 6,40/kg

 

Na cotação do animal vivo, o preço não mudou no Paraná, cotado a R$ 4,66/kg, enquanto em Santa Catarina, houve aumento de 0,68%, chegando a R$ 4,41/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (30), a ave congelada teve queda de 0,70%, com preço de R$ 7,10/kg, enquanto o frango resfriado cedeu 0,68%, fechando em R$ 7,32/kg.

Cepea/Esalq

 

CARNES

 

Demanda aquecida eleva preços de carnes de frango e suína em agosto

Os preços das carnes de frango e suína coletados pela Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostraram recuperação em agosto, impulsionados por maior demanda e oferta reduzida, segundo notas e dados divulgados pelo Cepea no encerramento do mês

 

Os preços médios da carne de frango subiram principalmente devido ao aumento da demanda doméstica na primeira quinzena de agosto, período de recebimento de salários, e à disponibilidade interna mais enxuta. As exportações da carne in natura, porém, seguiram enfraquecidas. O frango congelado negociado no atacado da Grande São Paulo fechou agosto a R$ 7,10 por quilo, uma alta de 1,14% no acumulado do mês. O preço do frango resfriado subiu 0,83% no acumulado do mês, fechando em R$ 7,32/kg em 30 de agosto. Os preços da carne de frango subiram após registrarem queda em julho. As vendas mais aquecidas de carne suína e a oferta restrita de animais também impulsionaram os preços desta proteína e do suíno vivo em agosto. O preço da carcaça suína especial na Grande São Paulo subiu 13,1% em agosto, fechando a R$ 13,21/kg no dia 30. Na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), a média da parcial dos preços do suíno vivo em agosto, até o dia 27, foi de R$ 8,39/kg, alta de 9,3% em relação a julho e o maior avanço mensal desde agosto de 2014, segundo o Cepea.

Carnetec

 

EMPRESAS

 

Copacol planeja retomar abate de frangos na próxima semana após incêndio

A Copacol espera retomar os abates de frango na unidade em Cafelândia (PR) na próxima segunda-feira (9), após o incêndio que atingiu a planta na semana retrasada, segundo o presidente da cooperativa, Valter Pitol, em programa de rádio da cooperativa na sexta-feira (30)

 

Pitol disse que o incêndio resultou em “prejuízos significativos” para a cooperativa, mas não tão grandes quanto o esperado. “Estamos fazendo investimentos provisórios para que possamos começar os abates nos próximos dias. A previsão é iniciar os abates em 9 de setembro”, disse Pitol. Os produtores cooperados estão atualmente comercializando frangos com outras empresas e cooperativas para assegurar a normalidade na programação da produção no campo. Os abates na unidade industrial de aves da Copacol em Cafelândia estão suspensos desde o último dia 22 de agosto, quando um foco de incêndio foi identificado na planta. A Brigada de Incêndio da cooperativa e o Corpo de Bombeiros controlaram o fogo na madrugada do dia seguinte. A cooperativa disse que não houve vazamento de amônia nem feridos durante a ocorrência.

Carnetec

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Número de desempregados no Paraná cai pela metade desde 2019, aponta IBGE

No 1º trimestre de 2019, cerca de 550 mil pessoas com 14 anos ou mais que residiam no Estado não possuíam ocupação, contra 279 mil nesta condição ao final do 2º trimestre de 2024.

 

O número de desempregados no Paraná caiu praticamente pela metade entre o 1º trimestre de 2019 e o 2º trimestre de 2024 em uma evolução que ficou acima da média nacional. No intervalo entre estes cinco anos e meio, as pessoas com mais de 14 anos aptas a trabalhar e que estavam sem ocupação no Estado passaram de 550 mil para 279 mil, uma redução de 49,3%. Os dados fazem parte da mais recente da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por meio do levantamento, também foi possível comprovar que o desempenho estadual ficou acima da média nacional no período analisado – no Brasil, o número de desempregados passou de 13,6 milhões no 1º trimestre de 2019 para 6,1 milhões no 2º trimestre de 2024, uma diminuição de 44,7%. No início de 2019, a proporção de desempregados em relação à força total de trabalho do Paraná era de 6%, caindo para apenas 4,4% ao final do primeiro semestre deste ano. Em todo o País, a taxa de desemprego está em 6,8%. O índice paranaense não melhorou apenas pela reinserção de pessoas que estavam sem ocupação, mas também pelo ingresso de novas pessoas no mercado de trabalho. Também chamado de população economicamente ativa, o grupo é formado por pessoas acima de 14 anos, excluindo pessoas que não estavam ocupadas nem desocupadas, como estudantes, aposentados, pessoas que realizam trabalho doméstico não remunerado e aqueles que, embora em idade de trabalhar, não procuraram emprego recentemente. No 1º trimestre de 2019, cerca de 6,1 milhões de pessoas compunham a força de trabalho no Paraná, dos quais 5,5 milhões estavam empregados. No 2º trimestre de 2024, a força de trabalho paranaense já está próxima de 6,3 milhões de pessoas, das quais mais de 6 milhões estão trabalhando atualmente. Com a redução contínua das taxas de desocupação, os 4,4% de taxa de desemprego atual coloca o Paraná em uma faixa considerada por economistas como de pleno emprego, que representa um equilíbrio desejável para a economia e estimula o crescimento econômico sustentável, a estabilidade nos preços e um alto nível de bem-estar social.

Agência Estadual de Notícias

 

Paraná atinge maior número de trabalhadores na indústria da história

790.004 pessoas ocupadas, a indústria do Paraná atingiu em julho de 2024 o maior número absoluto de pessoas ocupadas no setor em sua história, de acordo com dados do Caged. É o segundo setor que mais emprega no Estado, atrás apenas de serviços, com 1.393.907. O Paraná tem um estoque total de 3.216.048 pessoas com carteira assinada

 

Houve um salto de 7% em relação ao estoque de 2021 na indústria paranaense. Naquele ano o acumulado era de 736.429 pessoas empregadas. Em 2022 o número saltou para 751.313 e em 2023 foi para 758.327. Já a evolução em 2024 também tem sido constante, pulando de 763.668 em janeiro, passando para 779.892 em abril e chegando às atuais 790.004 carteiras assinadas. Em relação ao estoque nacional da indústria, de 8.912.786 pessoas, os empregos do Paraná representam 8,8% do setor em todo o País. Setorialmente, os maiores empregadores atuais são indústria de transformação (755.058), água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (19.579), eletricidade e gás (8.517) e indústria extrativa (6.850). Na indústria de transformação, os campeões de emprego são fabricação de produtos alimentícios (243.851, um terço do total), confecção de artigos de vestuário (51.379), fabricação de produtos de metal (45.228), fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (43.700), fabricação de móveis (39.998), fabricação de produtos de madeira (38.064), fabricação de máquinas (37.961), fabricação de produtos de borracha e material plástico (36,183) e fabricação de produtores de minerais não-metálicos (30.918). No segmento de água e esgoto, os maiores empregadores são os setores de coleta, tratamento de disposição de resíduos (11.060) e captação, tratamento e distribuição de água (6.700). Na indústria extrativista, os destaques são extração de minerais não-metálicos (6.040), minerais metálicos (326) e petróleo e gás natural (222). Alguns dos municípios com grandes estoques de emprego na indústria no Paraná são Curitiba (95.561), São José dos Pinhais (40.031), Maringá (29.500), Cascavel (25.610), Londrina (22.108), Ponta Grossa (21.071), Arapongas (17.622), Araucária (16.898), Rolândia (15.621), Pinhais (13.428), Colombo (13.175), Cianorte (10.823) e Medianeira (10.194). No acumulado de janeiro a julho, a indústria paranaense soma 31.677 novas contratações, sendo responsável por 25% de todas as 124.647 vagas geradas no Estado. O setor de serviços empregou 65.763 pessoas, a construção civil 15.532 e o comércio 11.085. Somente em julho, a indústria abriu 5.731 novas vagas de trabalho formal, tendo sido o setor que mais gerou empregos nesse mês no Paraná. O crescimento na abertura de vagas foi 14 vezes maior quando comparado com o mesmo mês de 2023 (398). Na comparação entre julho e junho deste ano, o resultado também foi positivo, com crescimento de 91% no saldo de empregos mensal. Em junho, a indústria estadual teve saldo de 2.996 novos postos de trabalho.

Agência Estadual de Notícias

 

CSN vai investir R$ 3 bilhões em fábrica na região de Curitiba

Obras da CSN em Itaperuçu devem começar em 2025

 

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) vai investir cerca de R$ 3 bilhões na instalação de uma fábrica de cimento e outra de calcário em Itaperuçu, na Região Metropolitana de Curitiba. As obras devem começar em 2025 e depois de prontas devem gerar 3 mil postos de trabalho. O maior volume de recursos – aproximadamente R$ 2,8 bilhões – será aplicado na fábrica de cimentos. A área aproximada da indústria de cimento terá 150 hectares, com outros 70 hectares de área de mineração, o que fará dela uma das maiores do segmento no Brasil. As fábricas deverão empregar equipamentos de alta tecnologia, com possibilidade de expansão futura e reservas superiores a 80 anos de matéria-prima. O empreendimento será implantado na área rural de Itaperuçu, município que tem vocação para a indústria mineradora e recebeu, recentemente, um outro investimento de R$ 145 milhões da Votorantim. Neste momento, o projeto está na etapa de obtenção das licenças ambientais junto ao Instituto Água e Terra (IAT) e a estimativa é de que as obras sejam iniciadas em 2025, com apoio do governo do estado. Entre os benefícios que podem ser concedidos ao projeto está a concessão de incentivos fiscais por meio do programa Paraná Competitivo. A iniciativa prevê, por exemplo, a extensão de prazos de pagamento do ICMS e a possível redução de alíquotas a empresas e indústrias de diferentes setores que queiram investir no Estado, tendo como consequência a geração de mais empregos e renda à população, bem como o aumento da arrecadação estadual.

Gazeta do Povo

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar interrompe série e cai ante o real em dia de novo leilão extra de swaps

O dólar à vista interrompeu na segunda-feira uma sequência de cinco sessões de altas, fechando em baixa ante o real, ainda que acima dos 5,60 reais, em um dia de novo leilão extra do Banco Central de swap cambial e liquidez reduzida em função do feriado nos Estados Unidos.

 

A moeda norte-americana à vista fechou em baixa de 0,34%, cotada a 5,6172 reais. No ano, a divisa acumula alta de 15,78%. As 17h04, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,21%, a 5,6355 reais na venda. O feriado do Labor Day (Dia do Trabalho) nos EUA manteve o mercado norte-americano fechado, o que reduziu a liquidez nos negócios com moedas em todo o mundo. Já na primeira hora da sessão o Banco Central promoveu leilão extra de swap cambial tradicional, em um total de 14.700 contratos (735 milhões de dólares), em operação que havia sido anunciada na noite de sexta-feira. O leilão de swap tem efeito equivalente à venda de dólar no mercado futuro -- o mais líquido no Brasil e, no limite, o que define as cotações no segmento à vista. O BC vendeu o total ofertado, o que deu certo alívio para as cotações naquele momento. Esta foi a terceira operação extra, com injeção de recursos novos no sistema, realizada desde sexta-feira pelo BC, e a quarta intervenção desde o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Estamos sem mercados em Nova York. Sem essa principal referência, a oscilação local (do dólar) fica mais sujeita a movimentos pontuais”, comentou o diretor da assessoria de câmbio FB Capital, Fernando Bergallo, citando ainda um movimento de realização de lucros por parte de alguns agentes quando a moeda se distanciou dos 5,60 reais. Apesar do alívio no dia, a moeda norte-americana seguiu acima dos 5,60 reais, com o mercado à espera de novas pistas sobre o futuro dos juros no Brasil e nos Estados Unidos. Na segunda-feira, a curva a termo brasileira seguiu precificando chances majoritárias de o Banco Central elevar a taxa básica Selic em 25 pontos-base este mês -- algo que pode aumentar o diferencial de juros brasileiro e atrair mais investimentos, com impactos no câmbio. Atualmente a Selic está em 10,50% ao ano.

Reuters

 

Ibovespa recua com Vale e Petrobras em dia de feriado nos EUA 

O aumento nos prêmios de risco nos juros futuros de longo prazo também penalizou ações sensíveis ao ciclo econômico 

 

O Ibovespa teve queda firme na segunda-feira (2), pressionado por Vale e Petrobras e em dia de pouca liquidez devido ao feriado nos Estados Unidos. No mercado doméstico, o aumento nos prêmios de risco nos juros futuros de longo prazo também penalizou ações sensíveis ao ciclo econômico. Além disso, o temor fiscal, as incertezas em relação à política monetária e a divulgação dos dados econômicos americanos seguem no radar dos investidores. No fim do dia, o Ibovespa caiu 0,81%, aos 134.906 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 10,13 bilhões no Ibovespa e R$ 13,90 bilhões na B3. A desvalorização do minério de ferro em Dalian pesou sobre as ações da Vale, que perderam 1,4%, cotadas a R$ 58,74. Mesmo com a alta do petróleo no mercado internacional, o papel preferencial da Petrobras recuou 0,94%, após a estatal assinar 26 contratos de concessão na Bacia de Pelotas, adquiridos com a Shell em leilão de 2023. A liquidez dos negócios foi bastante limitada por conta da falta de referencial dos mercados em Wall Street. “Sem grandes temas internos e externos”, aponta um operador. “Acredito que o resto da semana vai ser mais agitado com PIB aqui e ‘payroll’ no exterior.” Outro trader também destaca o relatório oficial de emprego nos EUA como um dado que pode balizar as apostas da magnitude do corte de juros pelo Federal Reserve (Fed). “Se vier muito abaixo da expectativa, vai voltar a ideia de recessão e a pressão para um corte de 0,5 ponto percentual vai aumentar”, avalia. Na contramão do exterior, o mercado doméstico de juros já precifica uma alta da Selic na próxima reunião. Além disso, uma piora na percepção de risco deixa os juros de longo prazo em alta, em uma realocação de prêmios de risco após as intervenções da autoridade monetária no mercado de câmbio, o que tem impacto em papéis sensíveis às taxas. No cenário macroeconômico, as despesas obrigatórias do governo federal vão subir R$ 132,2 bilhões em 2025, principalmente por benefícios previdenciários e salário do funcionalismo público, segundo o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA). O secretário-executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento, Gustavo Guimarães, afirmou que o PLOA usa todos os instrumentos para atingir a meta fiscal de déficit zero em 2025.

Valor Econômico

 

Projeto de Orçamento de 2025 prevê superávit primário de R$3,7 bi no ano

O governo Luiz Inácio Lula da Silva prevê fechar 2025 com um superávit primário de 3,7 bilhões de reais, segundo dados do Orçamento do próximo ano divulgados na segunda-feira pelo Ministério do Planejamento

 

Na sexta-feira, quando o texto foi enviado ao Congresso Nacional, a pasta havia se limitado a dizer que o texto previa que a meta de déficit primário zero para o ano -- que tem um intervalo de tolerância -- seria alcançada. De acordo com o Planejamento, o resultado será obtido após a dedução de 44,1 bilhões de reais de gastos com precatórios e calamidade pública que não são contabilizados na meta.

Reuters

 

Focus: Mercado faz pequenos ajustes em projeções do IPCA e PIB em 2024 e mantém perspectiva para Selic

Analistas consultados pelo Banco Central subiram ligeiramente suas expectativas para a alta do IPCA e o crescimento do PIB ao fim deste ano, enquanto mantiveram novamente sua projeção de manutenção da Selic em 2024, de acordo com a mais recente pesquisa Focus divulgada na segunda-feira

 

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que o IPCA agora deve subir 4,26% neste ano, ante avanço de 4,25% estimado na semana anterior. Em 2025, a projeção é de alta de 3,92%, de 3,93% anteriormente. O resultado vem na esteira da divulgação de dados oficiais do IPCA-15 na semana passada, que mostraram os preços desacelerando para um avanço de 0,19% na base mensal. Em 12 meses, o índice atingiu alta de 4,35%. O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que o crescimento do PIB agora é projetado em 2,46% em 2024, ante 2,43% há uma semana, na terceira semana consecutiva de melhora no indicador. No próximo ano, a expectativa é de aumento de 1,85%, de 1,86% antes. Pela 11ª semana consecutiva, a mediana das projeções dos analistas ainda apontou que o BC irá manter a Selic, agora em 10,50% ao ano, até o fim de 2024, na contramão de um número crescente de entidades que passaram a ver uma alta na taxa de juros já no encontro do Copom deste mês.

Em 2025, a Selic é vista em 10,00%. No mês passado, a XP Investimentos e o BTG Pactual alteraram suas projeções para mostrar o início de um ciclo de aumento dos juros em setembro. A XP vê a Selic atingindo 11,75% ao fim deste ano, enquanto o BTG espera que a taxa chegue a 12% no início de 2025. Vários membros do BC, incluindo o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, e o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, têm sinalizado que não hesitarão em elevar os juros a fim de levar a inflação para o centro da meta.

Reuters

 

Indústria tem pior desempenho do ano em agosto, com queda de produção e alta de custos

O setor industrial brasileiro cresceu ao menor ritmo desde o início do ano em agosto, quando as empresas reduziram sua produção e novas contratações de pessoal em meio a uma desaceleração de novos negócios e aumentos dos preços de insumos

 

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) da indústria brasileira, compilado pela S&P Global e divulgado na segunda-feira, ficou em 50,4 em agosto, indicando pelo oitavo mês seguido expansão da atividade, mas apenas um pouco acima da marca de 50,0 que indica estabilidade. As indústrias reduziram sua produção pela primeira vez no ano no mês passado, ainda que modestamente, citando redução de vendas, enfraquecimento da demanda subjacente e aumento das pressões sobre os custos. Agosto foi marcado por uma desaceleração do volume de novos negócios, que teve o menor crescimento em oito meses, e das vendas internacionais. A taxa de inflação do setor foi a mais alta em 29 meses, com o índice sazonalmente ajustado quase 14 pontos acima de sua média de longo prazo. As empresas relataram aumentos nos preços de produtos químicos, tecidos e alimentos, entre outros, que atribuíram com frequência à desvalorização do câmbio. “As empresas esperam uma melhoria na taxa de câmbio do real em breve para ajudar a aliviar um pouco as pressões sobre os custos e levar a uma revitalização do crescimento nos próximos meses", disse a diretora associada de Economia da S&P Global Market Intelligence, Pollyanna de Lima, em nota. Apesar da perda de potência em agosto, as empresas monitoradas se mostraram mais otimistas com as perspectivas de produção para os 12 meses à frente, e o nível de confiança ficou bem acima da média de longo prazo. Nesse contexto, a criação de vagas de trabalho no setor desacelerou no mês para o menor ritmo de alta do ano, mas ainda assim mostrou "ritmo sólido" de aumento, segundo a S&P Global.

Reuters

 

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