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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 692 DE 27 DE AGOSTO DE 2024

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 692|27 de agosto de 2024


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS

 

Semana começa com novas altas nas cotações do boi gordo em São Paulo

Na segunda-feira, 26 de agosto, foram registrados reajustes nas cotações dos animais terminados negociados no Estado de São Paulo, informou a Scot Consultoria. O boi gordo paulista subiu R$ 3/@, chegando a R$ 238/@, no prazo, valor bruto, apurou a Scot. No Paraná, o boi vale R$243,00 por arroba. Vaca a R$220,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abate de seis dias

 

Por sua vez, a vaca gorda e o “boi-China” em São Paulo tiveram alta diária de 1/@, atingindo R$ 211/@ e R$ 238/@ respectivamente, enquanto a novilha gorda manteve-se estável, em R$ 225/@. Note-se que, no mercado de São Paulo, não há mais ágio entre o boi gordo “comum” (destinado ao mercado interno) e o animal padrão exportação. Na última semana, o mercado físico do boi gordo manteve o viés de alta, recordou a Agrifatto. Mesmo diante de uma segunda quinzena de mês – período marcado pelo enfraquecimento no consumo doméstico de carne bovina -, o boi gordo avançou no mercado físico (e no futuro), completando a 11ª semana consecutiva de alta. De acordo com o Indicador Cepea, o preço do animal atingiu o valor médio de R$ 235,54/@ no fechamento da última semana, o que significa um avanço de 0,54% sobre a semana anterior. Por sua vez, o Indicador Agrifatto (baseado nos preços de 17 praças brasileiros) atingiu valor médio de R$ 237,60/@ na última sexta-feira, com incremento de 1,68% sobre a sexta-feira anterior. Segundo a Agrifatto, a necessidade de cumprir contratos para exportação e a demanda firme do mercado interno têm mantido as indústrias utilizando 100% da sua capacidade instalada. “Com isso, mesmo com a oferta de bovinos ainda aquecida, as escalas de abate não avançam e permanecem em 9 dias úteis”, afirmou a Agrifatto. O cenário positivo no mercado físico “contaminou” os contratos futuros do boi gordo na B3. Na semana passada, todos os vencimentos fecharam em alta, com destaque para o contrato de setembro/24, que encerrou a última sexta-feira (23/08) com alta semanal de 2,66%, chegando a R$ 243,20/@. Outro movimento significativo, recorda a Agrifatto, foi no contrato de outubro/24, que atingiu R$ 246,30/@ na última sexta-feira, o maior valor desde 10/07/2024.

“O vencimento de outubro/24 estava oscilando entre R$ 240/@ e R$ 245/@ nos últimos meses. Na última quinta-feira, rompeu uma resistência importante, que se mantinha desde o início do mês, superando os R$ 246/@”, observou a Agrifatto. Na avaliação dos analistas da consultoria, a valorização do dólar e as exportações pujantes devem limitar qualquer queda intensa da arroba, “mas é preciso ficar atento ao desempenho das vendas no mercado interno nas próximas semanas para cravar a continuidade de valorização do boi gordo no curto prazo”. As movimentações da segunda quinzena do mês seguiram o padrão de uma demanda mais tímida, típica para este período, avalia a Agrifatto. A cotação da carcaça bovina registrou recuo de 0,52% no mercado paulista, em comparação com a semana anterior, ficando cotada em média a R$ 15,75/kg. O corte que mais puxou essa queda foi o traseiro, que apresentou uma média de R$ 18,20/kg, com um recuo de 0,73% em relação à semana anterior. A vaca casada teve valorização de 0,14%, fechando a semana cotada em média a R$ 14,82/kg. Com isso, na parcial de agosto/24, a diferença de preço entre o boi casado e a vaca casada atingiu o menor patamar (6,69%) desde outubro/23, ficando abaixo da média histórica, relatou a Agrifatto. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na última quinta-feira (22/8): São Paulo — O “boi comum” vale R$242,00 a arroba. O “boi China”, R$242,00. Média de R$242,00. Vaca a R$220,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abates de doze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$30,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$230,00. Vaca a R$210,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de nove dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$243,00 a arroba. O “boi China”, R$243,00. Média de R$243,00. Vaca a R$220,00. Novilha a R$230,00. Escalas de sete dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de oito dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$217,50. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de treze dias; Pará — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de treze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$230,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$230,00. Média de R$230,00. Vaca a R$210,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de oito dias; Rondônia — O boi vale R$195,00 a arroba. Vaca a R$180,00. Novilha a R$180,00 185,00. Escalas de abate de treze dias; Maranhão — O boi vale R$205,00 por arroba. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de onze dias.

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto

 

Volume exportado de carne bovina alcança 164,04 mil toneladas até a quarta semana de agosto/24

Média diária embarcada ficou em 9,6 mil toneladas

 

O volume exportado de carne bovina in natura alcançou 164,04 mil toneladas até a quarta semana de agosto/24, informou a Secretária de Comércio Exterior (Secex). O volume embarcado em agosto do ano anterior foi de 185,2 mil toneladas em 23 dias úteis. A média diária movimentada até a quarta semana de agosto/24 ficou em 9,6 mil toneladas alta de 19,80%, frente ao volume total exportado em agosto/23 com 8,05 mil toneladas. O preço médio ficou com US$ 4.452 mil por tonelada, queda de 1,3% frente aos dados divulgados em agosto de 2023, com US$ 4.511 mil por tonelada. O valor negociado para o produto ficou em US$ 330,315 milhões, tendo em vista que o preço comercializado durante o mês de agosto do ano anterior foi de US$ 835,7 milhões. A média diária ficou em US$ 42,9 milhões, avanço de 18,2%, frente ao observado no mês de agosto do ano passado, com US$ 36,3 milhões.

Agência Safras

 

Consumo per capita de carne bovina no Brasil pode alcançar recorde de 2013

Crescimento será impulsionado pela produção de carne bovina, que deve aumentar cerca de 15% em 2024

 

Segundo o relatório Visão Agro, divulgado pela consultoria Agro do Itaú BBA, o consumo per capita de carne bovina no Brasil deve retornar ao patamar recorde de 32 kg/habitante, registrado em 2013. Esse crescimento será impulsionado pela produção de carne bovina, que deve aumentar cerca de 15% em 2024, superando as 10 milhões de toneladas em equivalente carcaça. As exportações também devem crescer 20%, atingindo 3,4 milhões de toneladas, o que permitirá uma expansão da oferta interna de carne bovina em torno de 13%. Após anos de pressão sobre os preços pecuários e margens reduzidas para os produtores, o cenário começa a se reverter. O Itaú BBA projeta um aumento no volume de gado confinado no segundo semestre de 2024, impulsionado pelo baixo custo da ração, do boi magro e pelas boas oportunidades de fixação de preços no mercado futuro. Entretanto, com a oferta confortável é importante ter cautela, destacando a importância do hedge para o animal terminado. Para 2025, a expectativa é de recuperação no mercado de cria, uma vez que 2024 marcará o terceiro ano consecutivo de aumento dos abates de fêmeas. A redução na produção de crias deve iniciar um movimento de recuperação dos preços, incentivando a retenção de fêmeas e diminuindo o excesso de gado para abate. Enquanto os produtores devem experimentar uma melhora gradual, para a indústria o cenário permanecerá favorável, sustentado pelos preços retraídos do boi em comparação aos da carne, ainda que o spread no mercado doméstico possa se acomodar em níveis um pouco menores do que os atuais.

Agro Itaú BBA

 

SUÍNOS

 

Suínos: poucas mudanças nas cotações do setor na segunda-feira (26)

Segundo análise do Cepea, os preços do suíno vivo e da carne estão em alta em praticamente todas as regiões acompanhadas pelo órgão. Em algumas praças, a atual média do vivo é a maior desde fevereiro/21, em termos reais

 

Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 167,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 13,30/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (23), houve queda somente em Minas Gerais, na ordem de 0,11%, com preço de R$ 8,96/kg. Houve aumento de 0,12% no Paraná, chegando a R$ 8,37/kg, avanço de 0,63% no Rio Grande do Sul, alcançando R$ 8,01/kg, incremento de 0,12% em Santa Catarina, valendo R$ 8,29/kg, e de 0,46% em São Paulo, fechando em R$ 8,83/kg.

Cepea/Esalq

 

Exportações de carne suína na 4ª semana de agosto tem queda em relação a agosto de 2023

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações de carne suína in natura, até a quarta semana de agosto (17 dias úteis), tiveram resultados mais fracos na comparação com agosto do ano passado

 

A receita obtida com as exportações de carne suína até este momento do mês, US$ 176,5 milhões, representa 74,27% do total arrecadado em todo o mês de agosto de 2023, que foi de US$ 237,7 milhões. No volume embarcado, as 72.650 toneladas representam 72,69% do total registrado em agosto do ano passado, com 99.936 toneladas. O faturamento por média diária até este momento do mês foi de US$ 10.3 milhões, valor 0,5% a mais do que agosto de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve elevação de 19,41%, observando os US$ 8.6 milhões vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 4.273 toneladas, houve queda de 1,6% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparada a semana anterior, observa-se incremento de 18,59%, frente às 3.603 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.430, ele é 2,2% superior ao praticado em agosto passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa alta de 0,68% em relação aos US$ 2.413,997 anteriores.

Agência Safras

 

FRANGOS

 

Preços do frango congelado ou resfriado em SP subiram na segunda-feira (26)

A segunda-feira (26) foi de altas apenas para o frango congelado ou resfriado no mercado paulista.

 

Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, assim como a ave no atacado, fechando, em média, R$ 6,20/kg. Na cotação do animal vivo, o preço não mudou em Santa Catarina, cotado a R$ 4,38/kg, da mesma maneira que no Paraná, custando R$ 4,66/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (23), houve aumento de 2,79% para a ave congelada, chegando a R$ 7,37/kg, e de 0,56% para o frango resfriado, fechando em R$ 7,24/kg.

Cepea/Esalq

 

Exportação de Carne de frango crescEU na 4ª semana de agosto

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações de carne de aves in natura até a quarta semana de agosto (17 dias úteis), tiveram aumento no comparativo com os dados da semana anterior

 

A receita obtida até este momento do mês, US$ 523,6 milhões, representa 69,55% do total arrecadado em todo o mês de agosto de 2023, que foi de US$ 752,8. No volume embarcado, as 281.526 toneladas representam 70% do total registrado em agosto do ano passado, com 402.150 toneladas. O faturamento por média diária foi de US$ 30,8 milhões, valor 5,9% a menor do que o registrado em agosto de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve aumento de 6,63% frente aos US$ 28,8 milhões vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 16.560 toneladas, com baixa de 5,3% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Comparado ao resultado da semana anterior, incremento de 2,30% em relação às 16.187 toneladas da semana anterior. No preço pago por tonelada, US$ 1.860, ele é 0,6% inferior ao praticado em agosto do ano passado. O resultado representa elevação de 4,23% no comparativo ao valor de US$ 1.784 visto na semana passada.

Agência Safras

 

EMPRESAS

 

MPF cobra mais de R$ 16 mi em multas de frigoríficos que não cumprem TAC da Carne

O Ministério Público Federal (MPF) do Pará entrou na Justiça Federal contra quatro frigoríficos que assinaram o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) da Carne, mas não apresentaram auditorias previstas no acordo

 

O anúncio foi feito na quinta-feira (22) durante evento de comemoração dos 15 anos de lançamento do TAC da Carne no Pará, segundo nota divulgada pelo MPF-PA. O MPF pede que a Justiça Federal obrigue as empresas a cumprirem o compromisso estabelecido no TAC, já que este tem força de sentença judicial, sob pena de multa e de outras punições previstas. De um frigorífico é cobrada multa de cerca de R$ 3,8 milhões. O MPF também processou um segundo frigorífico, cobrando multa de R$ 5,45 milhões. O terceiro foi processado com a cobrança de multa de cerca de R$ 770 mil, e o quarto, com multa de R$ 6,2 milhões. Se as empresas não pagarem as multas, o MPF pede que a Justiça determine a penhora dos estabelecimentos comerciais e a expropriação de bens dos frigoríficos. O Ministério Público disse ainda que irá enviar recomendações a varejistas que compram produtos dos frigoríficos processados e aos bancos financiadores para que suspendam as tratativas com as empresas. A cada novo ciclo de auditorias dentro dos procedimentos do TAC da Carne, o MPF disse que irá ajuizar novas ações contra empresas signatárias que não apresentarem os resultados das auditagens. O TAC da Carne vem sendo atualizado desde seu lançamento para facilitar a participação de mais frigoríficos. Entre as atualizações, as multas são agora definidas proporcionais à extensão das irregularidades cometidas, conforme resultados de auditorias. O MPF também padronizou as regras do TAC em toda a Amazônia para permitir que as empresas possam gerenciar o cumprimento de seus deveres com mais eficiência e para que possa haver igualdade de concorrência entre os frigoríficos. Neste ano, o MPF também enviou recomendação para que bancos promovam a desclassificação e a liquidação antecipada das operações de crédito autorizadas para propriedades localizadas em terras indígenas, unidades de conservação e florestas públicas na Amazônia. O percentual de animais comercializados com alguma inconformidade em cinco ciclos de auditorias na pecuária no Pará caiu de 10,4% do total de transações auditadas para 4,8%, segundo o mais recente relatório das auditorias.

Carnetec

 

INTERNACIONAL

 

Carne bovina: exportadores australianos reforçam embarques da proteína com gado alimentado com grãos

País da Oceania exportou volume recorde de 90.500 toneladas ao longo do 2º trimestre de 2024

 

Os exportadores australianos têm exportado volumes recordes de carne bovina alimentada com grãos, apoiados pelo crescimento da demanda global, informa texto publicado pelo portal Beef Central. No segundo trimestre deste ano, a Australia exportou o maior volume de carne bovina alimentada com grãos da história, chegando a 90.500 toneladas – 15% acima da média de cinco anos. “Japão, China e Coreia continuam fortes como os principais destinos de mercado de exportação de carne australiana oriunda de animais alimentados com grãos”, disse à Beef Central a analista sênior de informações de mercado da Meat & Livestock Australia (MLA), Erin Lukey. Porém, o aumento na demanda dos Estados Unidos não pode ser ignorado. As exportações australianas da proteína (de gado confinado) para o mercado norte-americano aumentaram 25% no último trimestre, para 2.900 toneladas. Na avaliação da analista Erin Lukey, o acesso ao mercado dos EUA continuará dando suporte à indústria de carne da Austrália nos próximos trimestres, já que a oferta norte-americana da proteína continua contraída, devido ao drástico encolhimento do rebanho do país. A redução das exportações dos EUA para o Japão e a Coreia do Sul também está criando oportunidades adicionais para a Austrália, ressalta a analista.

Portal DBO

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


35 municípios do Paraná têm Valor Bruto da Produção Agropecuária superior a R$ 1 bilhão

O Paraná tem 35 municípios com Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) acima de R$ 1 bilhão. As informações são do relatório final relativo a 2023, publicado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) na sexta-feira (23).

 

A lista se ampliou com a entrada de Corbélia (R$ 1,05 bilhão), Chopinzinho (R$ 1,05 bilhão), Ortigueira (R$1,02 bilhão), Nova Santa Rosa (R$ 1,01 bilhão) e São Mateus do Sul (R$ 1,01 bilhão) no grupo de municípios bilionários, que inclui ainda Toledo, Castro, Cascavel, Santa Helena, Guarapuava, Carambeí, Marechal Cândido Rondon, Dois Vizinhos, Assis Chateaubriand, Tibagi, Palotina, Francisco Beltrão, São Miguel do Iguaçu, Nova Aurora, Piraí do Sul, Palmeira, Lapa, Londrina, Arapoti, Ubiratã, Prudentópolis, Cianorte, Ponta Grossa, Cafelândia, Astorga, Missal, Pitanga, Medianeira, Pinhão e Irati. Após as revisões dos números preliminares, o VBP total do Paraná em 2023 ficou em R$ 198,02 bilhões. O grupo também teve algumas saídas. Os municípios de Candói (R$ 992,43 milhões), Pato Branco (R$ 905,38 milhões), General Carneiro (R$ 886,26 milhões) e Mangueirinha (R$ 840,89 milhões) que atingiram VBP de R$ 1 bilhão em anos anteriores, desta vez mostraram redução no faturamento, por diferentes fatores. Entre os novos bilionários, a soja e a avicultura foram os produtos determinantes para o crescimento do VBP, segundo a economista do Deral Larissa Nahirny. “Esse perfil também é observado no estado como um todo. A produção recorde de soja em 2023 proporcionou um incremento significativo no faturamento dos municípios. Na avicultura, embora os preços praticados tenham se desvalorizado no período, a expansão nos abates e na comercialização de pintinhos para recria e engorda sustentou o resultado do setor”, analisa. Em Corbélia, na região Oeste do Paraná, a produção de soja quase triplicou de 2022 para 2023, de 42 mil toneladas para 163,7 mil toneladas. Com isso, o VBP do grão passou de R$ 119,9 milhões para R$ 357,5 milhões, um crescimento de 198%. O frango de corte e o milho também têm participação expressiva no rendimento. Em Chopinzinho, no Sudoeste, mais da metade do VBP vem da soja e do frango de corte. Essas culturas renderam, respectivamente, R$ 238,3 milhões e R$ 235,4 milhões para o município em 2023. Destaque para o aumento no volume produzido do grão, que subiu 158%, de 50,3 mil toneladas em 2022 para 129,8 mil toneladas em 2023. Além do frango para reprodução (R$ 252,79 milhões) e da soja (R$ 247,65 milhões), que compõem metade do VBP de Ortigueira, na região dos Campos Gerais, os produtos florestais têm uma participação importante na geração de renda no campo. Em 2023, papel e celulose renderam R$ 136,76 milhões para o município, 31% a mais do que em 2022, quando o VBP desses produtos somou R$ 104, 27 milhões. Nova Santa Rosa, no Oeste, se beneficia principalmente da produção de suínos, que gerou VBP de R$ R$ 355,77 milhões no ano passado, seguida do frango de corte (R$ 179,16 milhões) e do pescado de água doce (R$ 95,93 milhões), que inclusive registrou aumento de 41% no rendimento comparativamente a 2022, quando rendeu R$ 68,23 milhões. Os três principais produtos na composição do VBP de São Mateus do Sul, no Sudeste do Estado, são a soja (R$325,17 milhões), a erva-mate (R$ 192,06 milhões) e o fumo (R$ 118,79 milhões). Em termos de segmento, o relatório aponta a liderança da produção pecuária na formação do VBP pelo segundo ano consecutivo. O setor representa 49% do valor gerado nas propriedades rurais do Paraná em 2023, com R$ 96,63 bilhões. A agricultura de forma geral foi responsável por 46,5% do faturamento bruto, somando R$ 92,14 bilhões, contra R$ 85,1 bilhões de 2022, quando as condições climáticas foram desastrosas. O VBP florestal, de R$ 9,25 bilhões em 2023, foi inferior aos R$ 9,6 bilhões do ano anterior, principalmente devido à desvalorização dos preços dos produtos florestais.

Deral/ Seab-PR

 

Estudos sobre “nova” malha ferroviária vão ditar futuro da economia paranaense

Após a autorização da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para a venda da Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A., a Ferroeste, os próximos meses se tornaram cruciais na definição do potencial de crescimento – ou estagnação – da economia paranaense. Estudos conduzidos em Brasília e em Curitiba vão determinar o futuro da malha ferroviária no estado, inclusive para aquela de responsabilidade de outra concessionária, a Malha Sul, operada pela empresa Rumo.

 

As movimentações do governo federal e do governo estadual podem tanto viabilizar a expansão do agronegócio pelo escoamento facilitado ou prejudicá-lo, caso permaneça o gargalo na ligação entre a região oeste paranaense e o porto de Paranaguá. O temor do setor produtivo é de que União e estado trabalhem de forma independente, com interesses próprios. O anseio é por uma solução conjunta, única, para dar vazão às cargas de todas as regiões paranaenses. Atualmente, dos cerca de 12 milhões de toneladas que chegam ao porto de Paranaguá via trem, 11 milhões são do norte do Paraná, e apenas 1 milhão de toneladas é do Oeste, aponta o superintendente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), João Arthur Mohr. Essa discrepância decorre dos custos de transporte e das características dos diferentes trechos que cortam a malha ferroviária do Paraná. A Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A, sociedade de economia mista com 99% de participação do governo estadual, tem uma malha ferroviária moderna, construída entre 1992 e 1994 pelo Executivo paranaense. São 248 quilômetros da Ferroeste entre Cascavel e Guarapuava, com traçado que favorece maior velocidade. A partir daí, as cargas enfrentam a concessão da Rumo, uma ferrovia defasada até Ponta Grossa, feita na primeira metade do século passado, muito sinuosa, com curvas de raio pequeno e rampas elevadas, impedindo ganhos de velocidade, com alto consumo de combustível, impactando todo o custo logístico da malha ferroviária. O trecho da Serra do Mar, apesar de antigo, é tido como ótima obra de engenharia, feito no início do século passado pelos irmãos Rebouças, com capacidade para absorver mais cargas, sob operação da Rumo. “Se não houver a obrigatoriedade de transportar de todas as regiões que tenham carga, a concessionária vai continuar dando preferência para onde é mais barato”, resume Mohr. A Malha Sul é composta por cerca de 7 mil quilômetros de ferrovias nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com ramais que ligam as regiões norte e o norte pioneiro do Paraná a vários portos. A oportunidade de resolver o gargalo ferroviário do Paraná está justamente na concessão da Malha Sul, que vence em fevereiro de 2027. A Rumo pleiteou a renovação antecipada, com alguns compromissos como investimentos na ordem de R$ 10,3 bilhões para a prorrogação da concessão até 2057. O processo teve início no fim de 2020, mas ainda está na fase de estudo de vantajosidade. Em junho de 2024, o Ministério dos Transportes publicou a Portaria nº 532/2024, com diretrizes mais rígidas para autorização de prorrogações antecipadas dos contratos de concessão de ferrovias. Uma nova licitação não é descartada. O setor produtivo, porém, clama por mais transparência. “Está faltando informação para nós, usuários. Quais são as cláusulas, quais investimentos serão feitos, qual volume a Rumo pretende transportar? Essa informação tem que ser aberta para um grupo de trabalho. Nós entregamos um estudo que mostra os volumes de carga que tem plenas condições de ser captadas, com escoamento para os portos de Paranaguá e dois de Santa Catarina, São Francisco e Itapoá", argumenta Mohr, da Fiep. De acordo com ele, o setor demonstrou números muito expressivos, mas reiterou a crítica de não se saber o que a concessionária está ofertando e quanto tempo vai levar para transportar um contêiner de Cascavel ao porto. Em relação à alienação da Ferroeste, o superintendente da Fiep lista as principais demandas do setor produtivo: informações quanto ao volume que pode ser carregado, o compromisso com o atendimento a todas as regiões do Paraná, quais serão os investimentos e cronograma, os parâmetros de desempenho e o relatório final que mostre ao usuário a vantajosidade da decisão escolhida. “Um ponto primordial é saber quanto tempo vai levar o trem. Hoje são necessários sete dias para a carga de Cascavel chegar em Paranaguá. Se reduzir para dois dias, ou um dia e meio, será um grande avanço”. Em audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa no último dia 19, antes da aprovação do projeto que deu aval para a venda da Ferroeste, representantes das indústrias, das cooperativas e dos transportadores de carga do Paraná demonstraram insatisfação com o regime de urgência solicitado pelo governo estadual. Na impossibilidade de conseguir mais tempo para debater, eles negociaram cinco emendas ao projeto com alguns deputados, que foram aceitos na forma de um substitutivo-geral. Para o advogado Samuel Gomes, ex-presidente da Ferroeste, o projeto dá margem à desconfiança, mesmo com emendas. “Até parece que os deputados sabem de interesses escusos, porque se é preciso colocar uma emenda exigindo que não se pare a operação da ferrovia, é de se pensar quais riscos existem para a Ferroeste”, avalia. Uma nota técnica assinada pelo grupo “Amigos da Ferroeste”, com integrantes do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR), criticou a aprovação do projeto antes de esclarecimentos sobre a renúncia da Ferroeste aos pedidos de autorização para construção e uso dos trechos Guarapuava-Paranaguá, Maracaju-Dourados (MS), Cascavel-Foz do Iguaçu e Cascavel-Chapecó. Esses trechos faziam parte de um plano ambicioso de expansão da chamada “Nova Ferroeste”, planejada para atender regiões produtoras de grãos. Gomes avalia que uma concessão conjunta para a Malha Sul e a Ferroeste é a melhor solução do ponto de vista da sociedade. Para ele, o ideal é uma conjunção de esforços para concretização do projeto ferroviário. “É um momento do Paraná se unir e conversar com o governo federal, com todas as forças políticas, econômicas e dar um stop em qualquer disputa para garantir essa ferrovia para o nosso estado”, reiterou.

Gazeta do Povo

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar tem leve alta no Brasil em dia de busca global por segurança

O dólar à vista fechou a segunda-feira em leve alta ante o real, ainda abaixo dos 5,50 reais, influenciado por um lado pelo exterior, onde houve certa procura por segurança após o aumento das tensões no Oriente Médio, e por outro pela perspectiva de que o Banco Central vá subir a taxa Selic em setembro

 

O dólar à vista fechou em leve alta de 0,24%, cotado a 5,4928 reais. Em agosto, porém, a divisa acumula baixa de 2,88%. Às 17h11, Na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,24%, a 5,4930 reais na venda. A sessão começou com os ativos ainda repercutindo as declarações de sexta-feira do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, em defesa do início dos cortes de juros nos Estados Unidos, o que trazia um viés de baixa para as cotações do dólar. Por outro lado, o aumento das tensões no Oriente Médio, após o Hezbollah lançar centenas de foguetes e drones contra Israel no domingo, trouxe cautela para os negócios em todo o mundo -- ainda que as reações mais intensas tenham sido vistas nos preços internacionais do petróleo, que tiveram altas firmes. A busca por ativos de maior segurança, como o dólar, fez as cotações da moeda norte-americana subirem ante a maior parte das divisas de emergentes. Operador ouvido pela Reuters ponderou que a perspectiva de que o BC vá subir a taxa Selic, hoje em 10,50% ao ano, no próximo mês, ao mesmo tempo em que o Fed iniciará o processo de corte de juros, têm segurado a taxa de câmbio. Segundo ele, como o diferencial de juros se tornará mais favorável ao Brasil, permitindo a atração de investimentos e a queda das cotações, ficou “muito caro” para os investidores montarem novas posições compradas (no sentido de alta do dólar). O mercado de DIs (Depósitos Interfinanceiros) seguiu precificando nesta segunda-feira mais de 90% de probabilidade de o BC subir a Selic no mês que vem.

Reuters

 

Ibovespa renova máxima histórica com disparada de Petrobras

 

O Ibovespa fechou em alta na segunda-feira, renovando máxima histórica e voltando a flertar com os 137 mil pontos, em desempenho sustentado pela disparada da Petrobras na esteira do avanço do petróleo no exterior e "upgrade" das ações pelo Morgan Stanley

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,94%, a 136.888,71 pontos, novo recorde de fechamento, tendo marcado 137.013,05 pontos na máxima e 135.608 pontos na mínima do dia. O volume financeiro no pregão somou 20,6 bilhões de reais. As ações brasileiras permanecem beneficiadas pela procura global por ativos de risco, dada a perspectiva de um corte de juros iminente nos Estados Unidos, que ganhou ainda mais força após declarações do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, na última sexta-feira. Em discurso no simpósio anual do Fed de Kansas City em Jackson Hole, Powell afirmou que "chegou a hora de ajustar a política" monetária, acrescentando que "direção a ser seguida é clara", embora tenha ponderado que o momento e o ritmo dos cortes nos juros dependerão de dados. Dados da B3 mostram que as compras de estrangeiros na bolsa paulista superam as vendas em 6 bilhões de reais em agosto até o dia 22. De acordo com analistas do Itaú BBA, no relatório Diário do Grafista, o Ibovespa está em tendência de alta no curto prazo, mas o risco de uma realização de lucros segue na mesa. "Aos poucos, os mercados avançam e buscam convencer os investidores de que mais uma rodada de alta pode estar por vir. Mas o fato é que a briga entre compradores e vendedores ao redor das resistências tem amarrado os demais índices, deixando uma possibilidade de realização de lucros", escreveram. Depois do rali recente, a equipe do Itaú BBA avalia que o mercado continua esticado e mostra, até o momento, que pode continuar a subida. "Frente a isso, é um olho na compra e o outro no stop para proteger os ganhos dos últimos pregões."

Reuters

 

Mercado eleva projeção para o crescimento do PIB em 2024 no Focus

Analistas consultados pelo Banco Central subiram de forma acentuada sua expectativa para o crescimento do PIB ao fim deste ano, mas elevaram novamente a projeção para a alta do IPCA em 2024, de acordo com a mais recente pesquisa Focus divulgada na segunda-feira

 

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a economia brasileira é vista crescendo 2,43% ao fim de 2024, ante avanço de 2,23% na semana anterior. Em 2025, a projeção é de que o PIB cresça 1,86, de 1,89% anteriormente. A mediana das expectativas dos economistas para o PIB deste ano quase se igualou a projeção de crescimento do Ministério da Fazenda, atualmente em 2,5%. O chefe da pasta, Fernando Haddad, disse neste mês que a equipe econômica deve elevar em breve sua previsão para além do esperado neste momento. Por outro lado, o Focus ainda evidenciou que o mercado subiu pela sexta semana consecutiva a projeção para a alta do IPCA neste ano, agora em 4,25%, de 4,22% há uma semana. No próximo ano, o índice é visto subindo 3,93%, de 3,91% antes. O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Na terça-feira, o IBGE divulgará os números do IPCA-15 de agosto, um medidor inicial sobre o comportamento dos preços neste mês. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda manutenção da expectativa pela décima semana consecutiva de que o Banco Central deixará a Selic em 10,50% até o fim deste ano. Em 2025, a taxa básica de juros ainda é projetada em 10,00%. Em declarações recentes, uma série de membros do BC, incluindo o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, e o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, têm indicado que a possibilidade de alta na Selic será considerada na próxima reunião do Copom, em setembro, diante da aceleração da inflação local e do aumento das incertezas no exterior. Por fim, o mercado subiu ligeiramente a previsão para o valor do dólar ao fim deste ano, agora em 5,32 reais, de 5,31 reais na semana anterior. Em 2025, a divisa norte-americana ainda é projetada em 5,30 reais.

Reuters

 

Confiança do consumidor brasileiro tem 3ª alta consecutiva em agosto, mostra FGV

A confiança dos consumidores brasileiros subiu pela terceira vez consecutiva em agosto em meio a ligeiras melhoras nas expectativas para os próximos meses e na percepção sobre a situação atual, mostraram dados da Fundação Getúlio Vargas divulgados na segunda-feira

 

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) teve alta de 0,3 ponto em agosto, chegando a 93,2, após avanço de 1,8 ponto em julho. "A confiança do consumidor sobe pela terceira vez seguida, embora em um ritmo mais lento. O resultado modesto foi influenciado igualmente pela melhora das percepções sobre o presente e as expectativas futuras", disse Anna Carolina Gouveia, economista da FGV IBRE. Em agosto, o Índice de Expectativas (IE) avançou 0,3 ponto, para 101,4, também registrando uma terceira alta consecutiva. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu igualmente 0,3 ponto no mês, a 81,9, mantendo-se no maior patamar desde novembro de 2023 (82,0 pontos). A alta no ICC se deu principalmente pelo avanço do componente sobre a perspectiva para a situação futura da economia, que subiu 2,0 pontos, para 111,4, maior nível desde abril deste ano (113,0 pontos). Por outro lado, o componente sobre a perspectiva para as finanças futuras das famílias sofreu queda de 2,3 pontos em agosto, a 104,8 pontos. "A resiliência da atividade doméstica, com mercado de trabalho aquecido e inflação controlada tem contribuído para sustentar a confiança dos consumidores, mas o menor ritmo indica cautela para o futuro", afirmou Gouveia.

Reuters

 

Balança comercial tem superávit de US$ 412 milhões na quarta semana de agosto

No mês, balança soma superávit de US$ 4,504 bilhões e, no ano, o saldo está positivo em US$ 54,06 bilhões 

 

A balança comercial registrou superávit de US$ 412,5 milhões na quarta semana de agosto, informou a Secretaria do Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/Mdic). O valor é resultado de US$ 6 bilhões em exportações e US$ 5,59 bilhões em importações no período. Em agosto, a balança soma superávit de US$ 4,504 bilhões e, no ano, o saldo está positivo em US$ 54,06 bilhões. A média diária de exportações em agosto, até a quarta semana, recuou 0,4% sobre o mesmo mês do ano passado, para US$ 1,35 bilhão. O recuo foi puxado pelos embarques da agropecuária (-15,9%) e só não foi maior pelo avanço nas vendas da indústria de transformação (6,5%) e indústria extrativa (1,7%). Já os desembarques no período avançaram 16% para US$ 1,08 bilhão, pela média diária, sobre agosto de 2023. A alta foi puxada pelas compras da agropecuária (30,3%) e da indústria de transformação (16,8%). As importações da indústria extrativa recuaram 0,1%.

Valor Econômico

 

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