Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 689 | 22 de agosto de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi gordo: cotações firmes
Segundo dados apurados pela consultoria Agrifatto, na terça-feira (20), 5 das 17 regiões monitoradas registraram valorizações nos preços do boi gordo – SP, MA, MS, PR e TO. As outras 12 praças mantiveram suas cotações estáveis. Na quarta-feira (21), diz a Agrifatto, o quadro foi de estabilidade nas principais praças do País. No Paraná o boi vale R$240,00 por arroba. Vaca a R$215,00. Novilha a R$225,00. Escalas de abate de seis dias
Dessa maneira, o preço médio da arroba do boi gordo em São Paulo permaneceu em R$ 240 (média entre o animal “comum” e o “boi-China”). Nas demais regiões, a média ficou em R$ 222/@. “Todas as 17 praças mantiveram suas cotações estáveis”, ressaltou a Agrifatto. De acordo com apuração da Scot, após a alta de terça, o mercado de São Paulo abriu a quarta-feira estável. “Apesar disso, é observado uma pressão de alta, em razão da redução da oferta de boiadas que chegam nas indústrias”, observou a Scot. Outro indicador dessa pressão é a redução das escalas de abate dos frigoríficos paulistas, que, em julho, eram maiores que 10 dias, e hoje a média está em oito dias. Pelos dados da Scot, o boi gordo segue apregoado em R$ 235/@ no mercado de SP, a vaca em R$ 210/@ e a novilha em R$ 225/@. O “boi-China” está sendo comercializado a R$ 237/@, com ágio de R$ 2/@ sobre o animal “comum”. No mercado futuro, as oscilações foram mistas na terça-feira (20/8). O contrato com vencimento em outubro/24 foi negociado a R$ 241,85, com desvalorização de 0,70% em relação ao dia anterior. Nos primeiros três dias desta semana, tanto as vendas no varejo quanto as distribuições de carne bovina do atacado foram muito fracas, com pedidos de reposição de estoques quase inexistentes, relatou a Agrifatto. Em relação ao desempenho por produto, as carcaças, especialmente as de boi castrado, têm apresentado certa frouxidão. No entanto, dianteiros e ponta de agulha, que estavam com baixa liquidez, mostraram uma ligeira melhora, indicando demanda razoável, relatou a Agrifatto. “Esses fatores sugerem que o mercado de carne, tanto com osso quanto sem osso, perdeu força e deve permanecer assim até o final do mês”, reforçam os analistas. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na última terça-feira (20/8): São Paulo — O “boi comum” vale R$240,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$240,00. Vaca a R$215,00. Novilha a R$225,00. Escalas de abates de onze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$227,50. Vaca a R$210,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de nove dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$240,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$240,00. Vaca a R$215,00. Novilha a R$225,00. Escalas de seis dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$212,50. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de oito dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$217,50. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de treze dias; Pará — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de treze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$230,00. Média de R$227,50. Vaca a R$210,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de oito dias; Rondônia — O boi vale R$190,00 a arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00 185,00. Escalas de abate de treze dias; Maranhão — O boi vale R$205,00 por arroba. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de onze dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
SUÍNOS
Preços do suíno vivo subiram nas principais praças
De acordo com a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 167,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 13,20/kg, em média
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (20), houve alta de 1,47% em Minas Gerais, chegando a R$ 8,96/kg, aumento de 1,22/kg no Paraná, com valor de R$ 8,29/kg, incremento de 2,45/kg no Rio Grande do Sul, alcançando R$ 7,96/kg, avanço de 1,60/kg em Santa Catarina, custando R$ 8,26/kg, e valorização de 1,27% em São Paulo, fechando em R$ 8,79/kg.
Cepea/Esalq
Preços do suíno vivo sobem em todo o país
Alta nos preços do suíno vivo marca primeira quinzena de agosto
Os preços do suíno vivo registraram um aumento na primeira quinzena de agosto, conforme análise do Boletim Agropecuário de agosto do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa). As altas foram observadas em todos os principais estados produtores do país, refletindo o bom desempenho das exportações brasileiras, uma oferta limitada de animais prontos para abate, e uma demanda aquecida no mercado interno. Esses fatores combinados geraram uma elevação substancial dos preços em comparação ao mês anterior. Segundo o Boletim Agropecuário, quando comparados os preços preliminares deste mês com os de agosto de 2023, nota-se um crescimento expressivo em todos os estados analisados. Em São Paulo, os preços subiram 29,8%, enquanto no Paraná houve um aumento de 27,8%. Minas Gerais e Rio Grande do Sul registraram elevações de 26,3% e 23,7%, respectivamente. Em Santa Catarina, a alta foi de 19,2%. É importante destacar que esses percentuais se referem aos valores nominais, sem ajuste pela inflação do período. Em Santa Catarina, um estado que é referência na produção de suínos, os preços também refletiram essa tendência de alta. Na região Oeste, que é a principal praça para suínos vivos, os preços na primeira quinzena de agosto apresentaram uma alta de 5,1% para produtores independentes, enquanto os produtores integrados viram uma queda de 3,4%. Em comparação com agosto de 2023, os preços para produtores independentes subiram 17,5%, e para os produtores integrados, a alta foi de 9,3%, considerando os valores corrigidos pelo IGP-DI, conforme os dados do boletim. De acordo com os dados, o mercado de carne suína em Santa Catarina também apresentou aumentos em todos os cortes no início de agosto, com destaque para a carcaça, que teve uma alta de 5,2% em comparação ao mês anterior. Os outros cortes, como pernil, carrê, costela e lombo, também mostraram aumentos, com uma variação média de 2,9% no período. No acumulado do ano, esses cortes registram uma alta de 7,0% em termos nominais. No entanto, ao comparar os valores ajustados de agosto deste ano com os de 2023, observa-se uma predominância de quedas, exceto pela carcaça, que apresentou um aumento de 12,1%. De acordo com a Embrapa Suínos e Aves, o custo de produção de suínos em ciclo completo em Santa Catarina foi de R$ 5,85 por quilo de peso vivo em julho, marcando uma leve alta de 0,2% em relação ao mês anterior, mas ainda 0,2% abaixo do custo de julho de 2023. Mesmo com as variações positivas nos últimos meses, os custos de produção acumulam uma queda de 5,6% no ano. Santa Catarina, que responde por uma parte das exportações brasileiras de carne suína, também registrou resultados recordes. O estado exportou 72,8 mil toneladas de carne suína em julho, gerando receitas de US$ 174,9 milhões, ambas as maiores marcas mensais desde o início da série histórica em 1997. Por fim, a produção de suínos em Santa Catarina de janeiro a julho de 2024 registrou um ligeiro aumento de 0,1% em relação ao mesmo período de 2023, totalizando 10,55 milhões de suínos abatidos.
Agrolink
FRANGOS
Estabilidade predominou no mercado do frango na quarta-feira (21)
Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, assim como o preço da ave no atacado, fechando, em média, R$ 6,25/kg.
Na cotação do animal vivo, o preço não mudou em Santa Catarina, cotado a R$ 4,38/kg, da mesma maneira que no Paraná, custando R$ 4,66/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à terça-feira (20), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram com preços estáveis, valendo, respectivamente, R$ 7,20/kg e R$ 7,40/kg.
Cepea/Esalq
CARNES
Abertura de mercado amplia oportunidade para carne de frango e suína na América Central
O Panamá autorizou a abertura do mercado para as carnes e miúdos de aves e suínos do Brasil, o que ampliará as oportunidades para os exportadores brasileiros destas proteínas na América Central, segundo avaliação da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA)
“Assim como tem atuado em outras nações, o Brasil deve atuar em complementaridade à produção local, ampliando a oferta de produtos e gerando oportunidades para processadores e outros fornecedores panamenhos”, disse o presidente da ABPA, Ricardo Santin, em nota.
O Ministério da Agricultura e Pecuário (Mapa) brasileiro anunciou a abertura do mercado panamenho na sexta-feira (16). Angola também autorizou a importação de ovinos e caprinos vivos brasileiros para reprodução, além de material genético destes animais. A Agência Panamenha de Alimentos atendeu a um pedido setorial feito ao governo brasileiro e encaminhado às autoridades do país centro-americano em 2023 para a abertura do mercado aos produtos suínos e avícolas, segundo a ABPA. O Panamá tem um dos mais elevados consumos per capita de carne de frango da América Latina, de cerca de 54 quilos em 2023, segundo dados do Instituto Latino-americano del Pollo (ILP) citados pela ABPA. O consumo per capita de carne suína é de 12,6 quilos, segundo o FAOSTAT. O país tem 4,4 milhões de habitantes e, em 2023, importou 15,5 mil toneladas de carne de frango, quase integralmente proveniente dos Estados Unidos e Canadá, e 17 mil toneladas de carne suína, em sua maioria, da América do Norte.
Carnetec
EMPRESAS
Incêndio atinge silos e estruturas da BRF em Lucas do Rio Verde (MT)
Foi necessário o uso de três caminhões de combate a incêndio do Corpo de Bombeiros. A BRF afirmou em nota que o incêndio foi considerado pequeno e não afetou a operação da unidade
A unidade da BRF em Lucas do Rio Verde (MT) foi atingida por um incêndio na madrugada desta quarta-feira (21/8), que alcançou três silos, dois túneis de transporte de grãos e uma esteira aérea de transporte de grãos, conforme informações do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso. A equipe foi acionada através da 13º Companhia Independente Bombeiro Militar (CIBM) de Lucas do Rio Verde, e chegou ao local por volta da 01h27. "Após 4h de combate o incêndio foi totalmente extinto, e os brigadistas da empresa ficaram monitorando os locais, bem como reforçando a atividade de rescaldo", informou o tenente dos bombeiros Wolf, que esteve no local. Foi necessário o uso de três caminhões de combate a incêndio do Corpo de Bombeiros, com o apoio de alguns caminhões pipas, sendo três da Prefeitura local, e dois de terceiros. "A empresa BRF disponibilizou um guindaste para auxiliar no combate", ressaltou. O tenente ainda acrescentou que foram usados cerca de 60 mil litros de água para combater as chamas. Apesar da operação, a BRF afirmou em nota que o incêndio foi considerado pequeno e não afetou a operação da unidade. "A BRF informa que o incêndio de pequenas proporções ocorrido no sistema de abastecimento de silos na unidade Lucas do Rio Verde foi prontamente controlado e não houve feridos. Todos os protocolos de segurança foram acionados e a unidade segue operando", disse a empresa. No início deste mês, um outro incêndio atingiu parte de uma indústria de frango de cortes BRF, em Carambeí, nos Campos Gerais do Paraná. Segundo o Corpo de Bombeiros, a companhia possuía seguro para este tipo de ocorrência e seguindo o seu plano de contingência, a produção foi destinada a outras unidades próximas. Na ocasião, houve vazamento de 8 toneladas de amônia, um gás usado na refrigeração de carnes que é considerado tóxico se for inalado. A amônia vazou após o rompimento de uma tubulação e o incidente só não foi maior porque o sistema de contenção da empresa fechou as outras tubulações. A unidade de Carambeí não ficou totalmente paralisada após o acidente, e voltou a operar normalmente nesta semana.
Globo Rural
INTERNACIONAL
Austrália eleva fortemente abates, com destaque para fêmeas
País da Oceania registrou a maior produção trimestral de carne bovina (abril-junho/24) desde o 2º trimestre de 2015 e o quarto maior volume da história
A Austrália, forte concorrente no mercado internacional da proteína, elevou 17% os abates de animais no segundo trimestre do ano (abril-junho), para 2,1 milhões de cabeças, na comparação com o primeiro trimestre/24, segundo o Australian Bureau for Statistics, o departamento de estatísticas do governo australiano. A produção de carne bovina aumentou 14% considerando a mesma base de comparação, para 648.763 toneladas período. Foi a maior produção trimestral desde o segundo trimestre de 2015 e o quarto maior volume já registrado na história. Segundo análise da empresa de pesquisa agropecuária Meat & Livestock Australia (MLA), a taxa trimestral de abate de fêmeas sobre o total de animais levados aos ganchos aumentou para 53,1%. O setor pecuário australiano tem como referência a taxa de 47% de abates de fêmeas para saber se a indústria está em uma fase de reposição, estabilidade ou desestocagem do rebanho. O percentual de 53% é o segundo trimestre consecutivo acima dessa referência, o que indica que o rebanho bovino do país entrou em um período de eliminação dos estoques. “Os dados atuais revelaram aumentos na taxa de abate de fêmeas em todos os Estados produtores, atingindo a maior liquidação de matrizes desde 2019”, disse a analista sênior de informações de mercado da MLA, Erin Lukey. Segundo ela, graças a quatro anos consecutivos de reconstrução e manutenção, o rebanho bovino australiano está alto quando comparado às médias históricas. “A retenção de vacas durante esse período criou um grande rebanho de fêmeas, que agora estão prontas para o abate”, ressalta Erin.
Meat & Livestock Australia (MLA)
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Produção da agroindústria nacional reagiu em junho e teve alta de 3,9%
PIMAgro, elaborado pelo FGV Agro, reverteu queda registrada em maio, quando atividade foi afetada por enchentes no Rio Grande do Sul. No acumulado do ano, produção agroindustrial cresceu 3,9%
A produção da agroindústria reagiu em junho depois que as enchentes no Rio Grande do Sul abalaram o resultado nacional em maio. O Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro), elaborado pelo Centro de Estudos do Agronegócio FGV Agro, subiu 3,9% em junho na comparação anual. O resultado de junho foi 3,1% superior ao de maio, e mais do que compensou a retração de 1,9% daquele mês. Com isso, no acumulado do ano, o setor registra crescimento de 3,9%. Houve expansão tanto dos setores da indústria alimentícia e de bebidas como da indústria não alimentícia. O segmento que mais cresceu foi o de biocombustíveis, que avançou 19,9%, puxado pelo aumento da moagem de cana no Centro-Sul e da produção de etanol, cuja demanda está em alta. O resultado reverteu a retração do início do ano e resultou em uma alta acumulada de 11% no ano. Ainda dentro do segmento de produtos não alimentícios, outro destaque foi o da indústria de produtos florestais, que cresceu 7,5% em junho, refletindo o aumento da produção de papel, celulose e produtos de madeira. Já os segmentos de insumos agropecuários, produtos têxteis e fumo registraram retração em junho. Segundo o FGV Agro, o resultado possivelmente ainda reflete os efeitos das chuvas excessivas no Rio Grande do Sul. Dentre os segmentos de produtos alimentícios e bebidas, o maior aumento de produção foi da indústria de bebidas alcoólicas, com crescimento de 8,5%.
Globo Rural
Após ser vendida, Compagas anuncia investimento de R$ 2,5 bi no Paraná
A Companhia Paranaense de Gás (Compagas) anunciou na terça-feira, o investimento de R$ 2,5 bilhões para os próximos 30 anos no Paraná previsto no novo contrato de concessão que acaba de entrar em vigor. Deste montante, serão R$ 505 milhões já nos primeiros cinco anos
O valor total será aplicado nas próximas três décadas para a ampliação da rede de distribuição com a construção de mais de mil quilômetros de novos gasodutos de distribuição em todo o Estado, na interiorização e expansão com atendimento à todas as regiões do Estado, para a inclusão do biometano no portfólio de suprimento, sempre com o compromisso com a sustentabilidade. Após a Copel, que era a maior acionista, com 51%, vender sua participação, a nova concessão teve início no mês passado e é válida até julho de 2054. Nesse período, a projeção inicial da Companhia é de ampliar em 122% a rede canalizada de distribuição com a construção dos novos gasodutos no Paraná e conectar mais de 60 mil novos clientes, o que significa um crescimento de 108% nos números. “Estamos entusiasmados em anunciar o novo capítulo da história da Compagas, certos de que os próximos 30 anos serão marcados por ainda mais desenvolvimento para nosso Estado e para o crescimento da produtividade em indústrias aqui instaladas”, explicou Rafael Lamastra Jr, CEO da Companhia. A previsão também é de fornecer gás canalizado para 22 novas cidades no Paraná, chegando a um total de 34 municípios atendidos, o que representa o atendimento a 70% do PIB do Estado. A Compagas ainda tem como objetivo atender todas as 10 mesorregiões do Paraná estimulando o uso do biometano como combustível sustentável em suas redes. “Estamos com um movimento importante na Companhia de fomentar o uso do biometano em nossas operações. Temos um olhar atento às transformações para descarbonização, em especial pelas indústrias, e por isso, vamos contribuir para o fornecimento de um gás renovável e eficiente para todos os nossos clientes”, explicou Lamastra. O investimento de R$ 505 milhões para os próximos cinco anos será direcionado para a expansão do fornecimento de gás natural e biometano nas redes de distribuição e para conectar clientes no Norte do Paraná e na Lapa. Este volume integra o valor projetado no novo contrato de concessão válido até 2054. Até 2029, a Compagas tem o objetivo de conectar mais de 34 mil novos usuários, construir 250 km de redes de distribuição e modernizar o serviço de operação e distribuição. Segundo Lamastra, a expectativa é um crescimento de 47% na base de usuários, além da ampliação do volume de gás natural distribuído no residencial (84%), industrial (34%), comercial (21%) e veicular (16%). Com isso, espera-se atingir 342 novos comércios, 87 indústrias e seis novos postos de GNV (gás natural veicular). Para os próximos cinco anos, a Compagas tem como foco investir R$ 100 milhões para a construção de 60 km de rede que atenderá os segmentos industrial, residencial, comercial e veicular da região Norte, abrangendo as regiões de Londrina e Maringá. Além disso, o atendimento será 100% a biometano, conectando mais de 3 mil clientes comerciais e residenciais na Gleba Palhano, zona sul de Londrina. Outros R$ 108 milhões em investimento serão para a construção de 50 km de gasoduto a partir de Araucária, passando por Contenda até a Lapa para abastecer a fábrica do Grupo Potencial. “Também será feita a expansão da infraestrutura de gás canalizado para atender mais um eixo agroindustrial do Estado. Este é o primeiro passo para chegar à região Sul do Paraná”, afirma Lamastra. São mais de R$ 13,9 milhões para levar o gás canalizado a novos bairros de Curitiba e a municípios da região metropolitana, para atender milhares de novos consumidores. O primeiro contrato para fornecimento de biometano para inserção na rede de distribuição de gás no Paraná foi assinado com a empresa H2A, que vai fornecer 20 mil m³/dia a partir de julho de 2025. A parceria viabiliza a construção de uma usina em Carambeí, nos Campos Gerais, para a produção do gás renovável em uma cadeia circular, a partir de dejetos do polo leiteiro. O compromisso da Compagas é ter 15% de biometano no volume de distribuição até 2026 e, para isso, novos contratos serão firmados nos próximos meses. “O objetivo é integrar a rede de distribuição às principais áreas produtoras de biometano, para viabilizar o escoamento do combustível renovável por meio de dutos, ampliando a capacidade de expansão da utilização do gás renovável”, destacou Lamastra.
Folha de Londrina
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha estável com mercado em busca de pistas sobre juros nos EUA e no Brasil
O dólar fechou a quarta-feira perto da estabilidade ante o real, após ter alternado altas e baixas em diferentes momentos da sessão, com investidores em busca de pistas sobre o futuro dos juros nos Estados Unidos e no Brasil
A moeda norte-americana à vista fechou em leve baixa de 0,07%, cotada a 5,4823 reais. Em agosto a divisa acumula queda de 3,07%. Às 17h03, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,02%, a 5,4875 reais na venda. Em um dia de agenda esvaziada no Brasil, investidores se voltaram na quinta-feira para o exterior em busca de indicações sobre a política monetária dos EUA. Um relatório do Departamento do Trabalho dos EUA solidificou a expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve em setembro, ao mostrar redução de 818.000 empregos, ou 0,5% a menos do que o inicialmente informado, nos dados de criação de vagas no país de abril de 2023 a março de 2024. Já a ata do último encontro de política monetária do Fed, em julho, divulgada à tarde, mostrou as autoridades fortemente inclinadas a um corte de juros em sua reunião de setembro e que várias delas estariam até mesmo dispostas a reduzir as taxas imediatamente. Neste cenário, os rendimentos dos Treasuries cederam -- em especial entre os títulos de dois anos, que refletem a política monetária de curto prazo. O dólar também caiu ante as divisas fortes e em relação a boa parte das moedas de emergentes. No Brasil, porém, outros fatores davam certa sustentação à moeda norte-americana ante o real. Como na véspera, as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) de curto prazo cediam, com investidores reduzindo as apostas de que o Banco Central elevará a taxa básica Selic, hoje em 10,50% ao ano, em setembro. “Pela primeira vez a gente tem uma redução de juros totalmente precificada lá fora. E nosso ponto é que ainda há dúvidas sobre qual vai ser a postura do Banco Central frente a isso”, comentou Matheus Massote, especialista em câmbio da One Investimentos, lembrando que, apesar dos movimentos recentes, o mercado segue precificando uma elevação da Selic em setembro. Até lá as atenções estarão voltadas para o discurso da próxima sexta-feira do chair do Fed, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole, com investidores em busca de pistas sobre o tamanho do corte de juros nos EUA.
Reuters
Ibovespa renova máximas e flerta com 137 mil pontos ajudado por Vale
O Ibovespa fechou em alta na quarta-feira, renovando máximas históricas e ultrapassando no melhor momento os 137 mil pontos pela primeira vez, apoiado principalmente na alta das ações da Vale, enquanto a pauta norte-americana ocupou as atenções
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou com um acréscimo de 0,28%, a 136.463,65 pontos, após chegar a 137.039,54 pontos no melhor momento do dia. O volume financeiro somou apenas 21,35 bilhões de reais, de uma média diária de quase 29 bilhões de reais em agosto. Nos Estados Unidos, dados mostraram uma criação bem menor de empregos de abril de 2023 a março de 2024 do que anteriormente divulgado, enquanto a ata da última decisão de política monetária do Federal Reserve reforçou o sinal de corte de juros em setembro. Na visão do estrategista-chefe da Avenue, William Castro Alves, a forte revisão para baixo nos dados de emprego -- 818 mil postos a menos -- reforça a leitura de um mercado de trabalho menos pujante que os dados preliminares sugeriam. "Diante disso, o cenário se torna cada vez mais favorável ao início de uma mudança na política monetária pelo Fed, possivelmente resultando em cortes de juros na próxima reunião", avaliou, referindo-se ao encontro de 17 e 18 de setembro. A ata da reunião de julho do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), por sua vez, que manteve os juros 5,25% a 5,50%, mostrou integrantes do Fed fortemente inclinados a um corte em setembro e vários deles dispostos a reduzir a taxa ainda no mês passado. Em julho, "a grande maioria" dos membros do Fed "destacou que, se os dados continuassem a vir de acordo com o esperado, provavelmente seria apropriado flexibilizar a política monetária na próxima reunião", disse a ata. Para Castro Alves, o documento indica a disposição ou a elevada probabilidade do Fed em mudar sua política monetária e começar a reduzir os juros em setembro. "O que pudemos ver nessa ata foi um aumento das preocupações com o mercado de trabalho e a desaceleração da economia, o que corrobora a percepção de aumento de probabilidade de cortes de juros", acrescentou. A consolidação de apostas de que o BC norte-americano começará a reduzir os juros da maior economia do mundo em setembro tem apoiado o fluxo de capital externo para a bolsa paulista, principal suporte para o avanço recente do Ibovespa.
Reuters
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