Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 687 | 20 de agosto de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Preço do boi gordo abre a semana com alta em SP
De acordo com a Scot Consultoria, as cotações da arroba paulista sofreram reajuste de R$ 2/@ neste primeiro dia da semana, algo pouco comum para uma segunda-feira. No Paraná, o boi vale R$238,00 por arroba. Vaca a R$210,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abate de sete dias
Os preços do boi gordo paulista sofreram reajuste de R$ 2/@ no primeiro dia da semana, algo pouco comum para uma segunda-feira, quando, normalmente, o mercado fica praticamente paralisado, fazendo as contas das vendas de carne durante o fim de semana. A alta de ontem foi apurada pela Scot Consultoria, que acompanha diariamente o setor pecuário. Com isso, o animal terminado agora vale R$ 232/@ no mercado de São Paulo, no prazo, ante o preço de R$ 230/@ da última sexta-feira. Por sua vez, as cotações da vaca e a da novilha mantiveram-se estáveis na praça paulista, negociadas em R$ 207/@ e R$ 220/@, respectivamente, de acordo com Scot. A cotação do “boi-China” (base SP) também não mudou, mantendo-se em R$ 235/@, um ágio de R$ 3 sobre o boi “comum”. As escalas de abate recuaram um dia útil na média nacional, estabelecendo-se em 9 dias úteis na última sexta-feira (16). “Apesar deste cenário atual de redução nas programações de abate, os dados recentes do IBGE indicam que o Brasil deverá alcançar um recorde histórico em 2024, mesmo que o número de bovinos abatidos se reduza no segundo semestre deste ano”, observa a Agrifatto. Ao longo da última semana, relembra a Agrifatto, o mercado físico do boi gordo se manteve firme, com os preços se elevando em todo o País. Apesar da lentidão no escoamento da carne bovina no varejo, as exportações estão em bom ritmo, o que sustenta os preços do boi gordo, ressalta a consultoria. O indicador Agrifatto (baseado nos negócios envolvendo 17 praças brasileiras) apontou um acréscimo de 0,47% no preço do boi gordo, no comparativo semanal, apresentando um valor médio de R$ 233,68/@. De maneira semelhante, o indicador Cepea registrou um aumento de 0,53%, com o preço alcançando R$ 234,27/@. No mesmo sentido, o bezerro apresentou um acréscimo de 0,51%, situando-se em R$ 2.073/cabeça. Dessa forma, diz a consultoria, a relação de troca entre o bezerro de 200 kg e o boi gordo de 20 arrobas ficou em 2,26 cab./cab. na parcial de ago/24 e possivelmente deve encerrar com patamares próximos aos vistos em julho/24. Contrariando a tendência de firmeza no mercado físico, o mercado futuro apresentou desvalorizações em seus contratos na última semana, com o vencimento para outubro/24 indicando a maior queda, de 1,37%, encerrando a sexta-feira em R$ 240,65/@. “Apesar dessas quedas, o ágio do preço futuro na B3 sobre o preço físico do boi gordo continua, embora tenha ocorrido uma retração na comparação entre a semana retrasada e a semana passada”, relata a Agrifatto. Mesmo com o recuo semanal, o contrato com vencimento em outubro/24 ainda apresenta um ágio de 3,1% sobre o mercado físico, acrescenta. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na última sexta-feira (16/8): São Paulo — O “boi comum” vale R$235,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$237,50. Vaca a R$210,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abates de onze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$227,50. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de nove dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$235,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$237,50. Vaca a R$210,00. Novilha a R$220,00. Escalas de sete dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$212,50. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de nove dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de dez dias; Pará — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de doze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$230,00. Média de R$227,50. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de oito dias; Rondônia — O boi vale R$190,00 a arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00 185,00. Escalas de abate de treze dias; Maranhão — O boi vale R$200,00 por arroba. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de nove dias;
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
SUÍNOS
Suínos: segunda-feira (19) com altas consistentes
Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo subiu 3,13%, com preço médio de R$ 165,00, enquanto a carcaça especial aumentou 2,36%, fechando em R$ 13,00/kg, em média
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (16), houve alta de 2,36% em Minas Gerais, chegando a R$ 8,66/kg, incremento de 2,77% no Paraná, com preço de R$ 8,16/kg, avanço de 1,06% no Rio Grande do Sul, custando R$ 8,07/kg, e de 2,29% em São Paulo, fechando em R$ 8,50/kg.
Cepea/Esalq
Queda no faturamento e volume por média diária para carne suína exportada na 3ª semana de agosto
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações de carne suína in natura até a terceira semana de agosto (12 dias úteis), vieram com quedas em relação ao faturamento por média diária e toneladas por média diária embarcada
Vale lembrar que os embarques em julho bateram recorde. A receita obtida com as exportações de carne suína até este momento do mês, US$ 104,3 milhões, representam 43,90% do total arrecadado em todo o mês de agosto de 2023, que foi de US$ 237,7 milhões. No volume embarcado, as 43.240 toneladas representam 43,26% do total registrado em agosto do ano passado, quantidade de 99.936 toneladas. O faturamento por média diária até este momento do mês foi de US$ 8,6 milhões, quantia 15,8% a menos do que agosto de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve diminuição de 15,84% observando os US$ 10,3 milhões, vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 3.603 toneladas, houve queda de 17,1% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, observa-se retração de 17,07%, comparado às 4.345 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.413, ele é 1,5% superior ao praticado em agosto passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa leve aumento de 1,47% em relação aos US$ 2.378,846 anteriores.
Agência Safras
FRANGOS
Cotações em queda para o mercado do frango
Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, enquanto o preço da ave no atacado cedeu 1,56%, fechando, em média, R$ 6,30/kg.
Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, cotado a R$ 4,38/kg, da mesma maneira que no Paraná, custando R$ 4,66/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (16), a ave congelada cedeu 0,14%, com preço de 7,20/kg, enquanto o frango resfriado baixou 0,27%, fechando em R$ 7,41/kg.
Cepea/Esalq
Receita na média diária para exportação de carne de frango na 3ª semana de agosto cai 11,7%
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações de carne de aves in natura até a terceira semana de agosto (12 dias úteis), registrou queda de 11,7% no faturamento por média diária em comparação a agosto do ano passado
A receita obtida com as exportações de carne de frango até este momento do mês, US$ 346,6 milhões, representa 46,04% do total arrecadado em todo o mês de agosto de 2023, que foi de US$ 752,8 milhões. No volume embarcado, as 194.252 toneladas representam 48,30% do total registrado em agosto do ano passado, com 402.150 toneladas. A receita por média diária foi de US$ 28,8 milhões quantia 11,7% a menor do que a registrada em agosto de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve diminuição de 11,74% quando comparado aos US$ 32,7 milhões obtidos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 16.187 toneladas, queda de 7,4% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, recuo de 7,41% em relação às 17.484 toneladas da semana anterior. No preço pago por tonelada, US$ 1.784, ele é 4,7% inferior ao praticado em agosto do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa baixa de 4,67% no comparativo com os US$ 1.872 obtidos na semana passada.
Agência Safras
CARNES
Abertura do Panamá para aves e suínos amplia oportunidades na América Central
ABPA comemora anúncio do Ministério da Agricultura para carne de frango e carne suína
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) comemorou o anúncio feito hoje pelo Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil sobre a abertura do mercado do Panamá para as carnes de frango e suína brasileiras. A Agência Panamenha de Alimentos – órgão do Governo do Panamá equivalente ao Ministério da Agricultura brasileiro – atende a um pedido setorial feito ao Governo Brasileiro e encaminhado às autoridades do país centro americano em 2023 para a abertura do mercado aos produtos de suínos e avícolas. País de 4,4 milhões de habitantes e com grande fluxo turístico, com um dos mais elevados consumos per capita da América Latina de carne de frango – em torno de 54 quilos per capita em 2023, de acordo com o Instituto Latino-americano del Pollo (ILP) – e com um consumo per capita de carne suína de 12,6 quilos, conforme a FAOSTAT – o Panamá é um mercado com significativa demanda externa por produtos. Em 2023, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o Panamá importou 15,5 mil toneladas de carne de frango – quase integralmente proveniente dos Estados Unidos e Canadá – e 17 mil toneladas de carne suína – também proveniente, em sua maioria, da América do Norte. A abertura do mercado oferece, neste sentido, uma oportunidade de diversificação para a população panamenha, complementando a produção local de proteínas – conforme o ILP, o Panamá produziu 218,4 mil toneladas de carne de frango em 2023. “Assim como tem atuado em outras nações, o Brasil deve atuar em complementaridade à produção local, ampliando a oferta de produtos e gerando oportunidades para processadores e outros fornecedores panamenhos. Este é mais um avanço internacional conquistado pelo ministro Carlos Fávaro e sua equipe, gerando mais oportunidades e parcerias para a avicultura e a suinocultura do Brasil”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
ABPA
EMPRESAS
BRF espera até 40 novas habilitações para exportação em 2024; cenário favorável para grãos
A BRF espera conquistar até 40 novas habilitações para exportações de seus produtos até o fim de 2024, além das 57 autorizações obtidas no primeiro semestre, segundo o presidente da companhia, Miguel Gularte, em teleconferência com analistas na semana passada
“Nós estamos trabalhando muito firmemente para 40 novas habilitações, mas principalmente para capitalizar essas 57 que nós já tivemos no ano de 2024”, disse Gularte. Ele disse que a empresa atua para agregar valor nos mercados em que já atua, buscando atender à crescente demanda com redução do grau de ociosidade do parque fabril e com a oferta de produtos de maior margem e valor agregado. A BRF registrou o seu melhor segundo trimestre da história neste ano, favorecida por forte aumento na demanda nos mercados em que atua, queda nos custos de grãos e melhoras operacionais e comerciais. O cenário para custos de ração (milho e farelo de soja) deve continuar favorável ao menos até 2025, segundo a companhia. “A gente entende que há espaço marginal para uma queda (no custo de ração) no segundo semestre, não na magnitude que a gente tem observado, mas há espaço marginal porque ainda há uma parte da comercialização da safrinha”, disse o diretor financeiro da BRF, Fabio Mariano. “Não é relevante. Boa parte da safrinha, os estados já tiveram 100% da colheita, mas tem uma parte que ainda será comercializada e a gente espera tirar vantagem dessas operações.” Mariano disse que os modelos preditivos para 2025 estimam altas próximas de 10% para a produção global de soja e de 4% para a de milho. “A gente espera um cenário positivo por um período mais prolongado de tempo”, disse ele.
Carnetec
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Nova ponte entre Paraná e Mato Grosso do Sul impulsionará o transporte rodoviário de cargas e a economia local
A nova estrutura reduzirá em até 130 quilômetros a distância até o terminal portuário de Paranaguá, trazendo eficiência e competitividade para o setor
Recentemente, foi anunciada a construção de uma nova ponte entre os estados do Paraná e Mato Grosso do Sul, cujo objetivo é diminuir distâncias no transporte rodoviário de cargas na região. Com a previsão de redução de até 130 quilômetros na rota até o terminal portuário de Paranaguá, a nova ponte trará uma série de benefícios econômicos e logísticos para o setor. A expectativa é que essa nova infraestrutura não só diminua os custos operacionais e o tempo de viagem, mas também fortaleça a competitividade das empresas de transporte rodoviário de cargas no Oeste do Paraná. A economia local, por sua vez, deve experimentar um crescimento significativo, impulsionado pela maior eficiência nas rotas de transporte. Para o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Oeste do Paraná (Sintropar), Antonio Ruyz, a nova ponte representa um marco importante para o setor. “Estamos muito otimistas com essa nova infraestrutura. A redução de 130 quilômetros na rota até Paranaguá significa uma economia substancial em combustível, tempo e custos operacionais para nossos transportadores. Isso nos permitirá oferecer um serviço mais ágil e competitivo, beneficiando toda a cadeia de suprimentos.” De acordo com Ruyz, o Sintropar está empenhado em maximizar os benefícios dessa nova estrutura para seus associados. “Estamos trabalhando em estreita colaboração com outras entidades e empresas para garantir que nossos associados possam aproveitar ao máximo essa nova oportunidade. Estamos promovendo capacitações, incentivando o uso de tecnologias inovadoras e facilitando parcerias estratégicas que possam potencializar os ganhos de eficiência proporcionados pela nova ponte.” Além dos benefícios econômicos, a nova ponte também deverá ter um impacto positivo no meio ambiente. “Com menos quilômetros a serem percorridos, haverá uma redução significativa nas emissões de gases de efeito estufa, contribuindo para uma operação mais sustentável e alinhada com os nossos compromissos ambientais,” ressaltou Ruyz.
Notícias Agrícolas
Projeto de privatização da Ferroeste é aprovado em primeira discussão na Alep
Foi aprovado em primeira discussão na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) o projeto de lei de autoriza a privatização da Ferroeste. O texto recebeu 41 votos favoráveis e sete contrários em análise no plenário. Após a votação, o projeto seguiu para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da casa, onde foi alvo de um pedido de vista por parte do deputado Arilson Chiorato, o que travou a tramitação na Alep.
A Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A. administra cerca de 250 km de malha ferroviária entre Cascavel e Guarapuava. A companhia foi idealizada como uma empresa privada em 1988, mas em 1991 foi estatizada por lei estadual e passou a ser uma sociedade de economia mista controlada pelo governo do Paraná. A obra levou quatro anos para ser concluída e custou US$360 milhões.
Gazeta do Povo
Importação pelos portos paranaenses cresce 49% em julho
Em julho deste ano foram movimentadas 2.227.392 toneladas para importação ante 1.494.748 toneladas no mesmo período em 2023. Os fertilizantes apresentaram o maior volume, passando de 623.831 toneladas no ano passado para 918.321 toneladas em 2024 (47%)
Em julho deste ano foram movimentadas 2.227.392 toneladas para importação nos portos paranaenses, 49% a mais do que o total alcançado no mesmo período em 2023 (1.494.748 toneladas). Os fertilizantes apresentaram o maior volume, passando de 623.831 toneladas no ano passado para 918.321 toneladas em 2024 (47%). “O preço atrativo da commodity e o mercado agro aquecido permitiram estes números elevados de movimentação, consolidando o Paraná como a principal porta de entrada de fertilizantes no Brasil”, explicou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. Contêineres corresponderam ao segundo maior volume, em importação, passando de 332.042 TEUs (medida para 20 pés de comprimento de contêiner), para 444.546 TEUs (+34%). Eletroeletrônicos, produtos químicos e automotivos lideraram a demanda. Os derivados de petróleo estão em terceiro lugar no ranking de volume de importação no mês. De 273.173 toneladas em 2023, a commodity passou para 465.085 toneladas em 2024, apresentando um crescimento de 70%. “Os números expressivos de importação em julho são resultado de uma tendência que notamos ao longo do ano”, comentou o diretor de Operações da Portos do Paraná, Gabriel Vieira. A importação registrada de janeiro a julho deste subiu de 12.249.836 toneladas, em 2023, para 14.746.500 toneladas em 2024, alta de 20%. “A perspectiva é que os números de importação de fertilizantes sigam elevados, considerando a promessa de uma boa performance da próxima safra no País, o que exige uma demanda ainda maior do produtor pelo produto”, pontuou o diretor de Operações. De janeiro a junho de 2024, os portos do Paraná alcançaram a marca de 33.780.236 toneladas movimentadas, um recorde histórico de movimentação num primeiro semestre, 9% a mais em comparação ao mesmo período em 2023 (30.898.006 toneladas). A importação foi a que mais cresceu, com uma movimentação de 12.519.108 toneladas, 16% superior que em 2023 (10.755.875 toneladas).
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar cai quase 1% ante real em novo dia de otimismo
O dólar chegou a oscilar abaixo dos 5,40 reais na segunda-feira, para depois encerrar o dia pouco acima deste patamar, com queda próxima de 1%, em meio à expectativa por cortes de juros nos Estados Unidos
O dólar à vista fechou em baixa de 0,99%, cotado a 5,4134 reais, no menor valor de fechamento desde 10 de julho, quando encerrou em 5,4132 reais. Em agosto a divisa acumula queda de 4,29%. Às 17h14, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,16%, a 5,4215 reais na venda. A moeda norte-americana se firmou em baixa logo no início da sessão, em sintonia com o recuo firme do dólar ante outras divisas no exterior, com investidores otimistas quanto ao início do ciclo de cortes de juros nos EUA em setembro. No Brasil, a curva de juros também seguiu precificando alta da taxa básica Selic em setembro. Ainda que o dólar não tenha se sustentado abaixo dos 5,40 reais até o fechamento, profissional ouvido pela Reuters chamou atenção para o fato de, nas últimas semanas, as cotações terem despencado após os picos do ano. Em 5 de agosto o dólar fechou perto dos 5,75 reais, em meio aos receios de recessão nos EUA, às liquidações globais de operações de carry-trade com o iene e ao temor de escalada do conflito no Oriente Médio, entre outros fatores. Desde então o dólar já cedeu cerca de 35 centavos de real, em paralelo à melhora do cenário no exterior. É por isso que as atenções estarão voltadas para a próxima sexta-feira, quando o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, falará no simpósio de Jackson Hole. Investidores estarão em busca de pistas sobre o tamanho do corte de juros nos EUA em setembro -- 25 pontos-base ou 50 pontos-base -- e sobre o ritmo da política monetária nos encontros seguintes do Fed. Antes disso, na quarta-feira, o Fed divulgará a ata de seu último encontro de política monetária.
Reuters
Ibovespa avança e renova máximas ao redor de 136 mil pontos com expectativa sobre Fed
No setor de proteínas, MARFRIG ON fechou em alta de 13,19%, ajudada por relatório do Bank of America mantendo a recomendação de "compra" e elevando preço-alvo das ações de 18,50 para 21,50 reais, na esteira da melhora no preço-alvo de BRF -- de 22 para 24 reais --- e menor dívida líquida
O Ibovespa renovou máximas históricas na segunda-feira, ultrapassando os 136 mil pontos no melhor momento, ainda embalado pelas perspectivas de que o Federal Reserve começará a cortar os juros da maior economia do mundo em setembro. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou em alta de 1,36%, a 135.777,98 pontos, pontuação recorde para fechamento, superando a marca histórica de 134.193,72 pontos apurada em 27 de dezembro de 2023. "Se o índice continuar marcando novas máximas ou fechar três pregões pelo menos acima dos 134.400 pontos, mostrará resiliência no movimento e os próximos objetivos estão em 137.000, 141.000 e 150.000 pontos", estimou o Itaú BBA. Na máxima da sessão, o Ibovespa atingiu 136.179,21 pontos, novo topo histórico intradia. Na mínima, registrou 133.953,32 pontos. O volume financeiro no pregão somou 25,5 bilhões de reais.
Pesquisa da Reuters realizada com economistas de 14 a 19 de agosto mostrou uma pequena maioria esperando que o Fed reduzirá sua taxa de juros em 25 pontos-base em cada uma das três reuniões de política monetária restantes em 2024. "Isso domina o comportamento dos fluxos no exterior, e qualquer fluxo marginal para mercados emergentes representa uma entrada relevante em Brasil", pontuou o gestor de renda variável Tiago Cunha, da Ace Capital. De acordo com dados da B3, em agosto até o dia 15, as compras de estrangeiros no mercado secundário superaram as vendas em cerca de 4 bilhões de reais. Além da perspectiva sobre os próximos passos do Fed, amparada em dados melhores de inflação nos Estados Unidos, o fluxo de capital externo para a bolsa paulista é fomentado pelo alívio nos temores de uma eventual recessão naquele país. Além do cenário norte-americano, uma avaliação de modo geral positiva da temporada de balanços do segundo trimestre contribuiu para a performance recente do Ibovespa, que já sobe 6,37% em agosto. Na visão de estrategistas do BTG Pactual, à primeira vista, os resultados -- excluindo Petrobras e Vale -- parecem bons, com receitas, Ebitda e lucro líquido 3,1%, 2,3% e 5,3% acima das estimativas dos analistas da casa, respectivamente.
Reuters
Mercado eleva projeção da Selic em 2025 no Focus, mas não vê mudança em 2024
Analistas consultados pelo Banco Central elevaram a projeção para o nível da Selic ao fim do próximo ano, enquanto mantiveram novamente a expectativa para a taxa básica de juros em 2024, de acordo com a mais recente pesquisa Focus divulgada na segunda-feira
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que os economistas agora veem a Selic fechando 2025 em 10,00% ao ano, ante 9,75% na semana anterior. Pela nona semana consecutiva, por outro lado, eles mantiveram a expectativa para a taxa de juros ao fim deste ano no patamar atual de 10,50%, projetando, portanto, que o BC não fará movimentações nas reuniões de política monetária que restam em 2024. As estimativas dos analistas ocorrem após uma série de eventos com autoridades do BC na semana passada, incluindo o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, e o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, que transmitiram a mensagem de que é possível a elevação da taxa de juros neste ano caso seja apropriado para controlar a inflação. No início do mês, dados do IBGE mostraram que a inflação de julho em 12 meses atingiu o teto da meta do BC em 4,50%. O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. As expectativas de inflação para este ano e o próximo, outro fator de preocupação para os membros da autarquia, também seguem distantes do centro da meta. No levantamento desta segunda, os economistas elevaram a projeção para a alta do IPCA ao fim de 2024, agora em 4,22%, de 4,20% há uma semana. Em 2025, o índice é visto com avanço de 3,91%, recuo ante os 3,97% previstos anteriormente. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que a expectativa para a alta do PIB neste ano subiu para 2,23%, ante 2,20% na semana anterior. No próximo ano, o país deve ter crescimento de 1,89%, segundo os analistas, de 1,92% antes. A previsão para o valor do dólar ficou próximo da estabilidade para 2024, agora visto em 5,31 reais, de 5,30 reais há uma semana. Para 2025, foi mantida a projeção de 5,30 reais.
Reuters
Exportações brasileiras ultrapassam US$ 215 bilhões em agosto
Balança comercial registra superávit de US$ 1,37 bilhão na 3ª semana de agosto
Na terceira semana de agosto de 2024, a balança comercial brasileira apresentou um superávit de US$ 1,37 bilhão, com uma corrente de comércio totalizando US$ 12,4 bilhões. Esses resultados refletem exportações no valor de US$ 6,9 bilhões e importações de US$ 5,5 bilhões, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (19) pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC). Segundo o balanço, no acumulado do mês, as exportações somam US$ 16,9 bilhões, enquanto as importações atingiram US$ 12,8 bilhões, resultando em um saldo positivo de US$ 4,1 bilhões e uma corrente de comércio de US$ 30 bilhões. No contexto anual, as exportações totalizam US$ 215,1 bilhões, com as importações chegando a US$ 161,5 bilhões, gerando um saldo positivo de US$ 53,7 bilhões e uma corrente de comércio acumulada de US$ 376,6 bilhões. Os dados da Secex/MDIC indicam que ao comparar as médias diárias até a terceira semana de agosto de 2024 (US$ 1,4 bilhão) com as do mesmo período em 2023 (US$ 1,3 bilhão), observou-se um crescimento de 4,4% nas exportações. As importações, por sua vez, registraram um aumento de 14,4% na mesma base de comparação, passando de US$ 933,41 milhões em 2023 para US$ 1,06 bilhão em 2024. Até a terceira semana de agosto, a média diária da corrente de comércio totalizou US$ 2,479 bilhões, com o saldo médio diário em US$ 342,93 milhões. Em relação à média de agosto de 2023, houve um crescimento de 8,5% na corrente de comércio. Nas exportações, o desempenho dos setores, em termos de média diária, mostrou uma queda de 18,4% (US$ 61,21 milhões) na Agropecuária, enquanto a Indústria Extrativa registrou um crescimento de 18% (US$ 56,43 milhões) e a Indústria de Transformação apresentou um aumento de 9,6% (US$ 66,7 milhões). Quanto às importações, a Agropecuária cresceu 21,6% (US$ 3,47 milhões), a Indústria Extrativa teve um aumento de 24,4% (US$ 12,19 milhões), e os produtos da Indústria de Transformação subiram 13,8% (US$ 118,73 milhões).
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