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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 686 DE 19 DE AGOSTO DE 2024

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 686|19 de agosto de 2024

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS

 

Boi gordo fechou a semana em marcha lenta

Ao longo da semana passada, o mercado brasileiro do boi gordo se manteve praticamente estável. Para esta semana é esperada uma redução no consumo doméstico de carne bovina na segunda quinzena de agosto, segundo a S&P Global Commodity Insight. No Paraná, boi vale R$238,00 por arroba. Vaca a R$210,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abate de sete dias.

 

Em São Paulo, disse a S&P Global, os preços do boi gordo e da vaca gorda permaneceram inalterados. Na avaliação da Scot Consultoria, o volume de bovinos ofertados tem sido suficiente para manter as escalas de abate de abate dos frigoríficos paulistas, que atualmente atendem de 5 a 10 dias úteis. Com isso, o boi gordo segue andando de lado, negociado em R$ 230/@, enquanto a vaca e a novilhas gordas são vendidas por R$ 207 e R$ 220/@ respectivamente (preços brutos e a prazo). O “boi-China” (base SP) está apregoado em R$ 235/@, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”. De acordo com análise da Agrifatto, os contratos a termo e a chegada de animais terminados em confinamento, além das negociações estrategicamente dosadas entre pecuaristas e frigoríficos, sustentaram a manutenção dos preços no mercado físico nas 17 regiões produtoras monitoradas pela consultoria. “O volume negociado de forma equilibrada entre produtores e indústrias assegurou o atendimento das programações em dez dias, em nível nacional”, ressaltou a Agrifatto. Nesta sexta-feira (16/8), segundos os dados da Agrifatto, o preço do boi gordo em São Paulo permaneceu em R$ 237,50 (valor médio entre o boi “comum” e o “boi-China). Nas outras 16 regiões, a média também seguiu estável, em R$ 221,10/@. “Pelo terceiro dia consecutivo, as 17 praças acompanhadas mantiveram suas cotações inalteradas”, informou a consultoria. No mercado futuro, após a desvalorização geral registrada na B3 na quarta-feira (14/8), na quinta-feira, todos os contratos tiveram ajustes positivos. O contrato com vencimento em janeiro de 2025 destacou-se, fechando a R$249,05/@, ligeiro aumento de 0,40% em comparação ao dia anterior. As negociações nos mercados varejista e atacado de carne bovina seguem fracas, influenciadas pela lentidão no escoamento dos estoques, relatou a Agrifatto. “Os preços que vinham estáveis durante a semana já mostram indícios de perda de sustentação”, observou a Agrifatto. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na sexta-feira (16/8): São Paulo — O “boi comum” vale R$235,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$237,50. Vaca a R$210,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abates de onze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$227,50. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de nove dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$235,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$237,50. Vaca a R$210,00. Novilha a R$220,00. Escalas de sete dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$212,50. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de nove dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de dez dias; Pará — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de doze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$230,00. Média de R$227,50. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de oito dias; Rondônia — O boi vale R$190,00 a arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00 185,00. Escalas de abate de treze dias; Maranhão — O boi vale R$200,00 por arroba. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de nove dias.

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto

 

SUÍNOS

 

Mercado de suínos teve leves altas

Segundo análise do Cepea, mesmo diante da recente valorização dos principais insumos utilizados na suinocultura (milho e farelo de soja), o poder de compra de produtores paulistas vem avançando. Isso está atrelado às fortes altas nos preços médios de comercialização do animal vivo no mercado independente. Trata-se do sétimo mês consecutivo de aumento no poder de compra do milho e o segundo do farelo de soja

 

Para a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo subiu 0,63%, com preço médio de R$ 160,00, enquanto a carcaça especial aumentou 0,79%, fechando em R$ 12,70/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (15), os preços ficaram estáveis no Rio Grande do Sul (R$ 7,53/kg) e em São Paulo (R$ 8,31/kg). Houve tímido aumento de 0,12% em Minas Gerais, com preço de R$ 8,46/kg, alta de 0,38% no Paraná, chegando a R$ 7,94/kg, e de 0,39% em Santa Catarina, fechando em R$ 7,72/kg.

Cepea/Esalq

 

FRANGOS

 

Preço do frango no atacado em São Paulo cai 1,54% nesta sexta-feira (16) em dia de mercado misto

Para a carne de frango, as valorizações têm sido menos intensas, o que eleva a competitividade desta proteína frente às demais

 

Segundo pesquisadores do Cepea, as altas de preços da carne de frango estão atreladas ao aumento do poder de compra da população na primeira metade do mês, com o recebimento de salários. Entretanto, já apontam sinais de enfraquecimento das vendas, o que pode pressionar as cotações da carne nos próximos dias. Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, enquanto o preço da ave no atacado cedeu 1,54%, fechando, em média, R$ 6,40/kg. Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, a R$ 4,38/kg, enquanto no Paraná foi registrado aumento de 1,97%, a R$ 4,66/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (15), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado não mudaram de preço, valendo, respectivamente, R$ 7,21/kg e R$ 7,43/kg.

Cepea/Esalq

 

Frango/Cepea: Carne de frango ganha competitividade frente a concorrentes

Levantamentos do Cepea mostram que as cotações das três principais proteínas consumidas pelo brasileiro (avícola, suína e bovina) estão em alta

 

Para a carne de frango, porém, as valorizações têm sido menos intensas, o que eleva a competitividade desta proteína frente às demais. Segundo pesquisadores do Cepea, as altas de preços da carne de frango estão atreladas sobretudo ao aumento do poder de compra da população na primeira metade do mês, com o recebimento de salários. Entretanto, colaboradores consultados pelo Cepea já apontam sinais de enfraquecimento das vendas, o que, por sua vez, pode pressionar as cotações da carne nos próximos dias. 

Cepea

 

EMPRESAS

 

Coamo inicia processamento de milho e vai investir R$ 1,6 bi em usina de etanol

Planta de biocombustível deverá ser inaugurada em 2026

 

A Coamo Agroindustrial Cooperativa inaugurou na sexta-feira (16/8) sua indústria de rações e lançou a pedra fundamental para a construção de uma usina de etanol de milho, ambas em Campo Mourão (PR). O investimento na indústria de rações foi de R$ 178 milhões. A cooperativa também prevê aportar R$ 1,67 bilhão na construção da usina do biocombustível, que deverá ser inaugurada em 2026. A planta será a primeira do Paraná a produzir etanol de milho. Com os dois empreendimentos, a Coamo passará a industrializar a produção de milho de mais de 31 mil cooperados. A cooperativa já processa soja, café, trigo e algodão. A fábrica de ração deve consumir 2% do cereal recebido anualmente. Com a usina de etanol em operação, o percentual vai a 20%, com capacidade para gerar 765 metros cúbicos do biocombustível por dia, 510 toneladas de DDGS (farelo) e 37,4 toneladas de óleo diariamente.

O presidente do Conselho de Administração da Coamo, José Aroldo Gallassini, disse que a linha de rações Coamo vai agregar valor para o desenvolvimento das atividades dos cooperados com fornecimento de produtos com qualidade comprovada. “Estamos inaugurando a fábrica de ração e iniciando a de etanol, dentro de um planejamento nosso de industrialização do milho, que era o último produto dos nossos cooperados que ainda não era processado”, disse ele no evento, segundo nota divulgada pela assessoria. “Temos um dos únicos parques industriais do mundo com tamanha diversidade de verticalização de produtos agrícolas. A indústria de etanol de milho está com o processo bastante adiantado de aquisição de equipamentos e será um marco, que vai mexer com esse mercado”, afirmou o presidente Executivo da Coamo, Airton Galinari. “Parte do milho que era ofertado como grão vai passar a ser processada, o que impacta na cadeia de preços, valorizando o produto, transformando em um novo negócio, chegando ao mercado de biocombustível”, concluiu.

Valor Econômico

 

GOVERNO

 

Brasil chega a 99 mercados abertos para o agro em 2024

Ministério da Agricultura divulga abertura de mercados no Panamá e em Angola. Brasil poderá vender miúdos de suínos ao Panamá

 

O Ministério da Agricultura anunciou mais duas aberturas de mercado para produtos do agronegócio brasileiro. O Panamá autorizou a importação de carnes e miúdos de aves e de suínos produzidos no Brasil. Já Angola abriu seu mercado para ovinos e caprinos vivos para reprodução, além de material genético desses animais. Segundo a Pasta, as aberturas deverão contribuir para o aumento do fluxo comercial com esses mercados. Nos primeiros sete meses de 2024, o Brasil exportou mais de US$ 55 milhões em produtos agrícolas para o Panamá, com destaque para produtos florestais, cereais, farinhas e preparações. No mesmo período, as exportações brasileiras para Angola somaram mais de US$ 211 milhões, com ênfase em carnes e produtos do complexo sucroalcooleiro. Com esses anúncios, o agronegócio brasileiro alcança 99 aberturas de mercado em 2024.

Globo Rural

 

China é o principal destino de exportações brasileiras

Em 15 de agosto de 1974, Brasil e China davam início as relações diplomáticas que anos depois faria do país asiático o principal parceiro comercial do Brasil. Na quinta-feira (15/08), comemorou-se 50 anos de diplomacia entre os dois países

 

“É determinação do presidente Lula que retomemos as boas relações diplomáticas com os países. Nestes 50 anos, tivemos muitas oportunidades comerciais com a China, tanto que ela se tornou nosso maior parceiro. Aqui no Mapa trabalhamos para que tenhamos mais progressos bilaterais econômicos”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Segundo o Ministério de Relações Exteriores (MRE), a relação bilateral está estruturada na Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), criada em 2004, foi alçada ao nível de parceria estratégica global em 2012 e neste ano comemora-se 20 anos da criação. Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa (SCRI), entre julho de 2023 e julho de 2024, a China foi o principal destino das exportações brasileiras do agronegócio, totalizando US$ 57,94 bilhões. Houve um aumento de 8,9% em comparação ao período anterior. Houve recorde em 2023 com as exportações de mais de US$ 60 bilhões, um aumento de mais de US$ 9 bilhões em relação a 2022. O Brasil exportou US$ 28,44 bilhões em produtos agrícolas para a China no primeiro semestre de 2024. Os principais produtos exportados para a China são soja, milho, açúcar, carne bovina, carne de frango, celulose, algodão e carne suína in natura. Sendo uma relação bilateral, assim como exportou, o Brasil também importou produtos do país asiático, como produtos florestais e têxteis. As importações somam aproximadamente US$ 1,18 bilhão. "As relações diplomáticas entre Brasil e China, especialmente sob a gestão do presidente Lula e do ministro Carlos Fávaro, alcançaram um patamar sem precedentes. Da diplomacia bem-sucedida, colhemos os frutos de negociações comerciais robustas, que consolidaram a China como o nosso principal parceiro estratégico no agronegócio”, ressaltou o secretário da SCRI, Roberto Perosa. Um importante fator para o crescimento das exportações foi que apenas em março de 2024 a China habilitou 38 novas plantas frigoríficas brasileiras, sendo 34 frigoríficos e 4 entrepostos comerciais, sendo o maior número de habilitações concedidas. O número de empresas brasileiras aumentou de 106 para 144. O ministro Carlos Fávaro já realizou duas missões ministeriais a China. A última foi realizada em junho deste ano em comitiva com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. Durante a missão, o Governo Federal fechou um acordo para promover o café brasileiro na maior rede de cafeterias chinesa, prevendo a compra de aproximadamente 120 mil toneladas de Café. Para manter o diálogo e as boas relações comerciais, atualmente a China é o único país que conta com dois postos de adidos agrícolas brasileiras em Pequim. Perosa ainda afirma que a restauração de um diálogo frutífero com o país asiático permite avanços significativos, como expansão de exportações de produtos-chave, fortalecendo ainda mais o papel do Brasil no cenário global.

Mapa

 

INTERNACIONAL

 

Carne bovina: na busca pela menor dependência da China, Uruguai sai na frente

Embarques da proteína uruguaia avançam no bloco dos países da América Norte, deixando a China como segundo principal destino em valores arrecadados

O Uruguai é o país que, até o momento, mais teve êxito nessa missão, embora Brasil, Austrália, Nova Zelândia também tenham reduzido as suas participações no mercado chinês ao longo deste ano (a exceção fica para a Argentina). No acumulado de janeiro até 10 de agosto deste ano, considerando exclusivamente as exportações de carne bovina – que responderam por 81% do total de divisas obtidas por todas as carnes –, os embarques uruguaios atingiram US$ 1,223 bilhão, praticamente (avanço de 0,1%) a mesma arrecadação obtida em igual período do ano passado 0,1%, segundo dados do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC). Em volume, considerando a mesma base de comparação, as vendas externas da proteína bovina cresceram 7,1%, atingindo 299,95 mil toneladas. Por sua vez, o preço médio da carne uruguaia sofreu queda de 6,5% relação ao mesmo período de 2023, ficando em US$ 4.079/tonelada. China parou de liderar A grande novidade este ano é que, no segmento de carne bovina, a China deixou de ser a principal fonte de arrecadação dos exportadores, informa o INAC. O país asiático foi superado pelo bloco de países da América do Norte, com grande destaque para os Estados Unidos (Canadá e México participaram minimamente das compras de proteína uruguaia). No acumulado deste ano (até 10 de agosto), EUA, Canadá e México responderam, em receita, por 32% do total de carne bovina exportada pelo Uruguai, alcançando US$ 390,8 milhões, com 97.375 mil toneladas vendidas, de acordo com o INAC. Por sua vez, a China ocupou a segunda posição, com participação de 30%, chegando US$ 371,5 milhões e 115.324 toneladas embarcadas. União Europeia aparece na terceira colocação do ranking, respondendo por 16% das compras, no valor de US$ 196.1 milhões (27.736 toneladas). Israel e Mercosul ocuparam a quarta e a quinta posição, gerando receitas de US$ 69,8 milhões (15.077 toneladas) e US$ 61,6 milhões (9.644 toneladas), respectivamente. Na sexta, sétima e oitava colocações surgem Japão, com US$ 24,8 milhões (6.270 toneladas) e Reino Unido, US$ 23,4 milhões (3.555 toneladas) e Rússia, com US$ 22,3 milhões (10.941 toneladas).

Portal DBO

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Paraná inicia exportação de carne suína para as Filipinas

Estado está ampliando mercado internacional

 

O Paraná realizou, em julho de 2024, seus primeiros embarques de carne suína para as Filipinas, marcando uma nova etapa no comércio internacional do estado. Segundo dados do Boletim de Conjuntura Agropecuária, elaborado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o Paraná exportou aproximadamente 56 toneladas de cortes congelados de carne suína, gerando receitas de cerca de 186 mil dólares. De acordo com o Boletim, essa nova parceria com as Filipinas é particularmente, uma vez que o país asiático se destacou como o principal destino da carne suína brasileira durante o período, representando 20% do total exportado pelo Brasil. Historicamente, Santa Catarina dominava esse mercado, exportando cerca de 24 mil toneladas para as Filipinas, o que corresponde a 33% do total exportado pelo estado e a 95% da carne suína enviada ao país asiático. Além do Paraná, os estados do Rio Grande do Sul e São Paulo também realizaram suas primeiras exportações para as Filipinas em julho, com volumes de 1.200 toneladas e 81 toneladas, respectivamente. Essa expansão do mercado brasileiro para a carne suína ocorreu cerca de quatro meses após as Filipinas reconhecerem a equivalência do sistema de inspeção sanitária brasileiro, o que permitiu ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) certificar e habilitar estabelecimentos aptos a atender os requisitos do país asiático, conforme o o Boletim de Conjuntura Agropecuária. A entrada do Paraná e de outros estados nesse mercado reforça a posição do Brasil como um dos principais exportadores de carne suína no mundo, ampliando as oportunidades para o setor agropecuário brasileiro.

Agrolink

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar fecha dia em queda e marca segunda semana de baixa

O dólar registrou a segunda queda semanal consecutiva no Brasil, encerrando a sexta-feira em baixa ante o real, numa sessão marcada pelo recuo firme da moeda norte-americana também no exterior e pelo aumento das apostas de que o Banco Central poderá elevar juros já em setembro

 

O dólar à vista fechou a sexta-feira em baixa de 0,31%, cotado a 5,4673 reais. Na semana, a divisa dos EUA acumulou queda de 0,87%, após ter cedido 3,43% na semana anterior. Às 17h27, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,23%, a 5,4775 reais na venda. A redução do temor de uma recessão iminente nos Estados Unidos, após a divulgação de dados fortes sobre a economia norte-americana na véspera, favoreceu novamente a baixa do dólar ante as demais divisas nesta sexta-feira. Além da influência vinda do exterior, a queda do dólar era favorecida pela alta das taxas curtas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros), que precificavam probabilidade ainda maior de o Banco Central subir em setembro a Selic, hoje em 10,50% ao ano. A perspectiva de uma Selic mais alta vem sendo sustentada por discursos de autoridades do Banco Central. Na semana passada o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, afirmou que toda a diretoria da instituição está disposta a fazer o que for necessário para perseguir a meta de inflação, de 3%. Na última segunda-feira, Galípolo afirmou que uma possível alta da Selic “está na mesa” do Copom. Na sexta-feira foi a vez de o presidente do BC, Roberto Campos Neto, reforçar que a instituição busca cumprir a meta e que subirá a Selic “se necessário”. "Todos os diretores estão adotando nosso discurso oficial. Estamos reforçando que não estamos dando nenhum guidance, mas que faremos o que for necessário para levar a inflação à meta", disse Campos Neto durante participação no evento Barclays Day, promovido pelo Banco Barclays, em São Paulo. "Elevaremos a taxa de juros se for necessário." Durante o evento do Barclays, Campos Neto também reafirmou que a instituição decidiu não intervir no câmbio recentemente, quando o dólar atingiu picos ante o real, por avaliar que grande parte da volatilidade se devia a prêmios de risco.

Reuters

 

Ibovespa fecha em queda e encerra sequência de altas após tocar máxima histórica

O Ibovespa fechou com variação negativa nesta sexta-feira, quebrando a série de oito pregões consecutivos de alta e abaixo do patamar recorde atingido durante o dia, com agentes financeiros recalibrando suas posições antes do final de semana.

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,15%, a 133.953,25 pontos, abaixo da máxima histórica de fechamento de 134.193,72 pontos alcançada em 27 de dezembro do ano passado. Na semana, subiu 2,56%. No melhor momento da sessão, o Ibovespa marcou 134.781,44 pontos, superando a máxima histórica anterior intradia de 34.574,50, estabelecida na véspera. O volume financeiro somou 28,6 bilhões de reais, em sessão marcada ainda pelo vencimento de opções sobre ações na B3. Em Nova York, uma série de dados econômicos encorajadores dissiparam preocupações em relação a uma desaceleração econômica na maior economia do mundo, levando os principais índices de Wall Street a cravarem seu melhor desempenho semanal do ano. Aliada a isso está a crescente confiança de que o Federal Reserve fará um primeiro corte de juros já no próximo mês. O S&P 500, referência do mercado acionário norte-americano, avançou 0,2%. Na cena doméstica, dados acima do esperado do IBC-Br, calculado pelo Banco Central e considerado um sinalizador do PIB, apoiaram o otimismo no começo da sessão. O indicador subiu 1,4% em junho ante maio, contra expectativa de analistas consultados pela Reuters de alta de 0,50% no mês. A sessão também marcou o fim da temporada de balanços corporativos no Brasil, que trouxe um impulso adicional para os ativos na bolsa. Mas o índice não conseguiu estender sua série de altas, perdendo fôlego no início da tarde, com analistas apontando para alguma realização de lucros. Analistas do Itaú BBA destacaram que, para os próximos dias, será importante acompanhar o índice, pois se ele superar a marca histórica atingida na sexta-feira, "o mercado abrirá espaço para seguir em direção aos 137.000, 141.000 e 150.000 pontos", conforme análise técnica Diário do Grafista. O indicador também permanece em um patamar historicamente elevado. Apenas 4,5% dos fechamentos do Ibovespa ocorreram em um patamar igual ou superior a 130 mil pontos, segundo levantamento da Quantum Finance. O analista Bruno Benassi, da corretora Monte Bravo, disse que os "drivers" positivos incluem um maior apetite por risco no mercado externo e uma mudança de postura do governo brasileiro em relação ao compromisso com as contas públicas. "Os receios fiscais estão lá ainda, não sumiram, mas a comunicação agora parece um pouco melhor", afirmou.

Reuters

 

Atividade econômica brasileira cresce bem acima do esperado em junho e mostra resiliência no trimestre

A economia brasileira cresceu bem acima do esperado por economistas em junho, mostrando resiliência no trimestre marcado pela calamidade das enchentes no Rio Grande do Sul e cenário de juros elevados, de acordo com indicador considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado na sexta-feira

 

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) avançou 1,4% em junho na comparação com maio e fechou o segundo trimestre com alta de 1,1% sobre os três meses imediatamente anteriores, de acordo com dados dessazonalizados. Economistas consultados pela Reuters esperavam uma alta de 0,50% no mês. O número de maio ainda foi revisado para cima, apontando agora para um crescimento de 0,42% da atividade no mês em que as enchentes afetaram o RS, ante alta de 0,25% informada inicialmente. O Banco Central tem destacado em sua comunicação o dinamismo "maior do que o esperado" dos indicadores de atividade e do mercado de trabalho no país, ressaltando que o fato de a economia estar operando perto de sua capacidade máxima impõe um desafio para a redução da inflação. A autoridade monetária já indicou a possibilidade de elevação dos juros, atualmente em 10,5%, em meio à piora das expectativas do mercado para a inflação. O governo trabalha com uma projeção oficial de crescimento de 2,5% do PIB este ano, mas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o número deve ser revisto para cima em breve. Economistas consultados pelo Banco Central preveem alta de 2,2%, segundo a mediana das projeções mais recentes, mas algumas casas estão revisando para cima suas estimativas. Em nota na sexta-feira, o Goldman Sachs informou que, diante dos fortes resultados recentes, aumentou sua estimativa para o crescimento do PIB no ano para 2,5%, de 2,3%. A projeção para o segundo trimestre passou para 0,8%, de 0,6%. O Santander elevou de 2,0% para 2,3% sua projeção para a alta do PIB este ano na sexta-feira, ainda antes da divulgação do IBC-Br, com os economistas do banco dizendo-se "impressionados com a força atual da economia do Brasil". Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgados desde o início do mês mostraram que a produção industrial e serviços cresceram acima do esperado em junho, enquanto as vendas no varejo desapontaram ao encolher mais do que o previsto por economistas, após cinco meses seguidos de alta.

Reuters

 

IGP-10 acelera para 0,72% e fica acima do esperado em agosto, mostra FGV

O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) acelerou e registrou alta de 0,72% em agosto, após avançar 0,45% no mês anterior, em resultado bem acima do esperado por analistas, mostraram dados divulgados na sexta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV)

 

Em 12 meses, o IGP-10 passou a subir 4,26%. A expectativa de analistas em pesquisa da Reuters era de uma desaceleração para uma alta de 0,35% na base mensal. "O reajuste dos combustíveis autorizado pela Petrobras em 09/07 foi integralmente refletido no IGP-10, impactando tanto o IPA quanto o IPC, com a gasolina emergindo como a principal influência em ambos os índices", disse André Braz, economista da FGV IBRE. No início de julho, a Petrobras anunciou a elevação em cerca de 7% do preço médio de venda da gasolina às distribuidoras, no primeiro ajuste no combustível fóssil em oito meses. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve alta de 0,84% em agosto, depois de subir 0,49% no mês anterior. No IPA, o subgrupo de combustíveis para o consumo registrou alta de 6,56% na base mensal em agosto, após subir 0,73% em julho. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do índice geral, registrou alta de 0,33% no mês, depois de subir 0,24% em julho. No IPC, houve alta em cinco das oito classes que compõem o índice: Transportes (0,28% para 1,52%), Educação, Leitura e Recreação (0,67% para 1,88%), Habitação (0,14% para 0,31%), Despesas Diversas (0,95% para 1,34%) e Comunicação (0,08% para 0,30%). O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) subiu 0,59% em agosto, depois de uma alta de 0,54% em julho. O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

Reuters

 

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