Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 684 | 15 de agosto de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi gordo: escalas dos frigoríficos seguem confortáveis, mas preços da arroba estão firmes
O volume de animais gordos negociado no mercado brasileiro tem sido o suficiente para manter as escalas de abate confortáveis nos frigoríficos do país, afirma a Agrifatto, acrescentando que as programações continuam em 9 dias úteis, na média nacional. No Paraná, o boi vale R$238,00 por arroba. Vaca a R$210,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abate de sete dias.
A Agrifatto destaca a praça de Rondônia, que registrou a mais significativa variação diária entre as 17 regiões monitoradas, com alta de 0,78%, ficando cotado a R$ 188,26/@ – o maior valor desde 09/05/24. Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, na quarta-feira (14/8), os preços dos animais terminados ficaram firmes no mercado paulista. A arroba do boi gordo segue cotada em R$ 230, a da vaca em R$ 207 e a da novilha em R$ 220 (preços brutos e a prazo). O “boi-China” (base SP) está valendo R$ 235/@, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”. Na B3, os ajustes do boi gordo futuro foram negativos, em evidência o contrato com vencimento em outubro/24, que apresentou declínio de 0,57%, ficando cotado a R$ 242,65/@. Na avaliação da Scot, no curto prazo, a expectativa é de uma redução na demanda doméstica de carne bovina, decorrente dos gastos maiores durante a comemoração do “Dia dos Pais” e da chegada da segunda quinzena do mês. No mercado paulista, a carcaça casada do boi castrado está cotada a R$ 16,00/kg, ainda com estabilidade, mas que pode sofrer pressão a partir de quinta-feira (15/8), observa a Agrifatto. O início das preparações para as festividades do Ano Novo Chinês tem impulsionado as importações de carne bovina da China, relata a Agrifatto. Além disso, a recuperação da demanda por determinados cortes de carne tem se destacado, o que tem permitido um aumento nos preços da proteína importada. “Vale ressaltar também a recente valorização da moeda chinesa frente ao dólar, o que ajuda a dar impulso no mercado”, acrescenta a consultoria. Dessa forma, os negócios envolvendo carne bovina brasileira com destino a China demonstraram uma valorização, com o dianteiro bovino anotando alta de 1,10%, ficando cotado a US$ 4.600/toneladas, segundo apurou a Agrifatto. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto nesta quarta-feira (14/8): São Paulo — O “boi comum” vale R$235,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$237,50. Vaca a R$210,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abates de onze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$227,50. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de nove dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$235,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$237,50. Vaca a R$210,00. Novilha a R$220,00. Escalas de sete dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$212,50. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de nove dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de dez dias; Pará — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de doze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$230,00. Média de R$227,50. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de oito dias; Rondônia — O boi vale R$190,00 a arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00 185,00. Escalas de abate de treze dias; Maranhão — O boi vale R$200,00 por arroba. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de nove dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
SUÍNOS
Preços do suíno vivo em alta na quarta-feira (14)
Quarta-feira (14) com preços subindo para o suíno vivo. Segundo análise do Cepea, após uma leve desaceleração nas negociações de suíno vivo na última semana de julho, o mercado brasileiro voltou a se aquecer neste início de agosto
Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 159,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 12,40/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (13), houve aumento de 1,08% em Minas Gerais, chegando a R$ 8,45/kg, incremento de 0,38% no Paraná, com preço de R$ 7,91/kg, elevação de 0,53% no Rio Grande do Sul, valendo R$ 7,53/kg, alta de 1,05% em Santa Catarina, chegando a R$ 7,69/kg, e de 0,60% em São Paulo, fechando em R$ 8,32/kg.
Cepea/Esalq
Produção de biogás a partir da suinocultura gera renda extra para produtores do Paraná
Limpa, renovável e rentável. Mais do que uma solução energética sustentável, que evita o despejo de resíduos no meio ambiente, a produção de biogás a partir dos dejetos e carcaças de porcos se transformou em uma fonte de renda extra para os suinocultores do Paraná
Com sistemas de biodigestores e geradores instalados dentro das propriedades, os granjeiros têm segurança energética para consumo próprio e ainda conseguem distribuir o excedente gerado para a rede, vendendo energia. O programa é uma iniciativa da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, por meio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná). Desde 2021, mais de 8 mil produtores rurais contaram com apoio do programa para levar energia renovável às suas propriedades, com repasse de R$ 231 milhões do Governo do Estado para subvenção dos juros. Juntos, esses projetos representam R$ 1,4 bilhão em investimentos. Para conseguir gerar a energia dentro da propriedade, é preciso instalar um biodigestor e um gerador. O biodigestor é o sistema onde são depositados os dejetos orgânicos para que eles passem por uma série de reações químicas que produzem o biogás. Em geral, o biodigestor é um tanque cavado no chão e coberto por uma lona especial que compõe um sistema próprio para a produção do gás. Dentro dele, os restos de ração, fezes, urina, resíduos da lavagem das baias dos porcos e carcaças se transformam em biogás. São as próprias bactérias desta massa orgânica que fazem a degradação deste composto e produzem o gás. Os gases vão para um gerador que os transforma em energia. No caso da propriedade da família Baratto, que tem 2,5 mil suínos, o gerador com capacidade para 60 kilowatts por hora tem material para produzir energia ao longo de 15 horas por dia. “Com mil porcos a mais, poderíamos gerar energia por até 22 horas por dia, aumentando a quantidade excedente que poderíamos comercializar jogando para a rede”, revelou Rodrigo. O processo químico de biodigestão ainda produz um composto líquido rico em nutrientes como nitrogênio e fósforo, que pode ser usado para a fertirrigação das áreas de pastagem e lavoura da propriedade. É o caso da propriedade dos Baratto que, além da produção de suínos, também conta com gado de corte e plantação de soja e milho, ao longo de 108 hectares. O processo também resolve um passivo ambiental dos produtores. Muitos granjeiros deixam de aumentar suas produções pela dificuldade de fazer a destinação correta dos resíduos orgânicos. Com o tratamento pelo biodigestor, e a consequente transformação dos dejetos em energia e fertilizante, o problema da destinação dos resíduos é resolvido de maneira sustentável.
Agência Estadual de Notícias
FRANGOS
Frango congelado ou resfriado têm leves altas em São Paulo
A quarta-feira (14) foi de manutenção na maior parte das cotações no mercado do frango, exceto por pequenas altas para a ave congelada ou resfriada em São Paulo. De acordo com análise do Cepea, os preços da carne de frango estão subindo neste início de agosto
Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, assim como a ave no atacado, fechando, em média, R$ 6,55/kg. No caso do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, cotado a R$ 4,38/kg, enquanto no Paraná houve aumento de 0,22%, custando R$ 4,57/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à terça-feira (13), a ave congelada teve leve aumento de 0,28%, chegando a R$ 7,14/kg, enquanto o frango resfriado subiu 0,27%, fechando em R$ 7,39/kg.
Cepea/Esalq
China reabre mercado para carne de aves do Brasil, com exceção do RS
Em todo o Brasil, são mais de 50 plantas com autorização para retomar as exportações. Comercialização estava suspensa desde 17 de julho, quando foi identificado um foco da doença de Newcastle em Anta Gorda (RS)
A China reabriu oficialmente seu mercado para as exportações de carne de frango do Brasil, com exceção do Rio Grande do Sul. A comercialização para o principal importador brasileiro estava suspensa desde 17 de julho, quando foi identificado um foco da doença de Newscastle em Anta Gorda (RS). Carta enviada pelos chineses à embaixada do Brasil em Pequim revoga a suspensão voluntária das exportações de carne de aves a partir do dia 12 de agosto, sem nenhum tipo de restrição. Já a produção gaúcha seguirá embargada. O governo brasileiro segue em tratativas para a retomada das vendas do Estado, disse o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa. As cargas provenientes do Rio Grande do Sul, que foram embarcadas depois do dia 17 de julho e antes de 2 de agosto, poderão ser aprovadas na inspeção e análise laboratorial que será feita lote por lote pela aduana da China. A certificação de produtos avícolas para o país asiático de frigoríficos gaúchos após 2 de agosto, portanto, segue suspensa. Oito plantas do Estado têm habilitação para exportar para a China. Em todo o Brasil, são mais de 50 plantas com autorização para retomar as exportações. O comunicado da Administração-Geral de Alfândegas chinesa (GACC, na sigla em inglês) também diz que os produtos a serem enviados para o país asiático devem ser provenientes "de aves de áreas livres da doença de Newscastle". Com isso, não serão aceitos animais do Rio Grande do Sul abatidos em plantas de Santa Catarina. "Depois de intensa negociação e entendimento com as autoridades chinesas, chegamos à liberação para exportação de aves do Brasil para a China com exceção do Rio Grande do Sul", disse o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa.
Uma reunião bilateral foi realizada na noite dessa terça-feira (13/8) para tratar do assunto. "Seguimos em tratativas para liberação do Estado", completou Perosa. A carta da GACC diz que podem ser retomadas, a partir de 12 de agosto, "as exportações de produtos dos estabelecimentos de carne de aves localizados nos Estados não atingidos pela doença [Newcastle]. Solicita-se que o lado brasileiro implemente rigorosamente os requisitos previstos no Art. 4 do protocolo bilateral". A correspondência pede ainda que o Brasil "realize devidamente o controle na origem de produção e a supervisão de inspeção sanitária da carne de aves destinada à exportação para a China, além de adotar medidas eficazes para evitar as exportações de produtos originários do Estado onde foi detectada a doença para a China por 'outros caminhos'". Os oito frigoríficos gaúchos habilitados para a China e que seguem sem poder exportar carne de aves são: Cooperativa Central Aurora de Alimentos, de Erechim (SIF 68), BRF, de Serafina Corrêa (SIF 103), Cooperativa Languiru, de Westfália (SIF 730), JBS Aves, de Passo Fundo (SIF 922), Companhia Minuano de Alimentos, de Lajeado (SIF 1661), BRF, de Marau (SIF 2014), JBS Aves, de Montenegro (SIF 2032), e Agrosul Agroavícola, de São Sebastião do Caí (SIF 4017). Apenas a Argentina mantém o bloqueio para exportações de todo o país. Outros destinos restringiram o embargo ao Estado do Rio Grande do Sul, caso de China e México até agora, ou ao raio de 10 quilômetros do foco, como a União Europeia e dezenas de outros países.
Valor Econômico
ABPA celebra a oficialização da retomada das exportações de carne de frango do Brasil pela China
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) celebrou a oficialização da retomada das exportações de carne de frango do Brasil pela China, anunciada hoje pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.
De acordo com o Ministério, apenas embarques provenientes do estado do Rio Grande do Sul seguem com embarques suspensos. O retorno ocorre 26 dias após a aplicação da autossuspensão decorrente da identificação de caso isolado de Doença de Newcastle em granja localizada em Anta Gorda (RS). A ABPA ressalta a rapidez e transparência com que a situação foi identificada, processada e finalizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, destacando a liderança do Ministro Carlos Fávaro frente ao desafio setorial, com o apoio dos Secretários de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa, e de suas equipes. Também vale ressaltar o grande engajamento da embaixada brasileira e especialmente da adidância agrícola no esclarecimento junto às autoridades chinesas. Ao mesmo tempo, a ABPA seguirá apoiando o Governo Brasileiro nos avanços das tratativas para o fim das suspensões temporárias aplicadas às exportações por determinados mercados ao estado do Rio Grande do Sul. Conforme levantamentos da ABPA, a China é o principal destino das exportações de carne de frango do Brasil. Entre janeiro e julho deste ano, o país importou 337,2 mil toneladas da proteína animal, gerando receita de US$ 745,6 milhões. Apenas no mês de julho, os embarques chegaram a 61 mil toneladas, com receita de US$ 144,6 milhões. Conforme a ABPA, apesar da suspensão, os impactos no fluxo de exportações foram baixos, já que houve redirecionamento temporário das cargas para outros mercados demandantes dos mesmos produtos que são enviados à China.
ABPA
EMPRESAS
Marfrig registrou lucro líquido de R$ 75 milhões no segundo trimestre de 2024
No mesmo período, receita da empresa cresceu 16%, atingindo R$ 34,7 bilhões. Marfrig voltou a lucrar no segundo trimestre após prejuízo registrado um ano antes
Após resultado recorde nos três primeiros meses deste ano, a Marfrig fechou o segundo trimestre com lucro líquido atribuído ao controlador de R$ 75,4 milhões, com impulso da BRF. No mesmo período de 2023, a companhia havia registrado prejuízo de R$ 784 milhões. “Essa reversão é muito baseada na diversificação de proteínas, na diversificação geográfica e no foco em portfólios de maior valor agregado que a Marfrig passou a ter nos últimos anos” disse o vice-presidente de finanças e relações com investidores da companhia, Tang David, a jornalistas. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado consolidado subiu 64,8% em comparação com o segundo trimestre do ano passado, para R$ 3,38 bilhões, puxado pelo resultado da controlada BRF, que representou 78% desse total. Outros 14% foram gerados pela Operação América do Norte e 8% pela Operação América do Sul, focadas em carne bovina. A receita líquida da Marfrig, por sua vez, cresceu 16,5% e chegou a R$ 34,7 bilhões no segundo trimestre. Aves e suínos — mercados nos quais a BRF está entre as líderes globais — representaram 43% desse resultado, enquanto o segmento de carne bovina respondeu pelos 57% restantes. Como os cálculos da Marfrig consideram suas operações continuadas na América do Sul, a empresa excluiu as unidades descontinuadas do resultado de 2023 para que a base comparativa fosse a mesma. O volume de comercialização das operações continuadas da empresa na América do Sul, contudo, cresceu 30,9% em relação ao mesmo período de 2023, para 190 mil toneladas. A receita da unidade avançou 17,2%, para R$ 3,67 bilhões, refletindo o aumento da capacidade de abate e o maior nível de ocupação industrial. “Esse crescimento é baseado principalmente nos investimentos que a gente fez e já se traduzem no aumento da capacidade das operações, com foco de transformar em complexos industriais com várias alternativas de produtos processados e de valor agregado juntos”, disse o presidente da companhia na América do Sul, Rui Mendonça. Os investimentos consolidados da Marfrig no segundo trimestre somaram R$ 958,8 milhões. Além do melhor desempenho do mercado interno, onde houve crescimento de 6% nas operações da Marfrig no último trimestre, o executivo destacou o papel das exportações e da abertura de novos mercados no resultado da empresa na América do Sul. Desde janeiro deste ano, a Marfrig recebeu 29 novas habilitações. Com a abertura de novos mercados, a participação chinesa no total exportado pela Marfrig caiu de 69% no segundo trimestre do ano passado para 46% este ano. “Durante um bom tempo a China navegou sozinha como principal mercado e hoje ela já se situa no meio das várias opções que temos. Então, a busca é exatamente essa: alternativas que nos levem a maior rentabilidade”, ele afirmou. Na Operação América do Norte, o ciclo de baixa oferta do gado bovino ainda continuou a pressionar as margens da Marfrig. O Ebitda ajustado da unidade caiu 41,3% no segundo trimestre, para US$ 90 milhões, embora a receita tenha subido 5,5%, para US$ 3,1 bilhões, impulsionada pelas vendas locais.
Valor Econômico
BRF lucrou R$ 1,09 bilhão e teve melhor 2º trimestre da história
Resultado foi impulsionado pela queda nos preços dos grãos, demanda firme nos mercados interno e externo, e a captura de resultados vindos de melhorias operacionais. A receita líquida avançou 22,3% no período, para R$ 14,93 bilhões
No ano do frango, a BRF alcançou seu melhor segundo trimestre da história. Impulsionado pela queda nos preços dos grãos usados na ração das aves, demanda firme nos mercados interno e externo e pela captura de resultados decorrentes de melhorias operacionais, o lucro líquido da empresa somou R$ 1,09 bilhão no período. Um ano antes, a BRF havia amargado um prejuízo de R$ 1,34 bilhão. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado da empresa alcançou no período R$ 2,62 bilhões, alta de 160,4% no comparativo anual. Esse resultado também foi a maior companhia para o período. “Em função dos eventos climáticos ocorridos no Rio Grande do Sul durante o segundo trimestre, a companhia incorreu em perdas e gastos adicionais no montante total de R$ 113 milhões para a manutenção de suas operações, o qual foi excluído do Ebitda ajustado do trimestre para facilitar a compreensão dos resultados recorrentes no período”, informou a empresa sobre as fortes chuvas que atingiram o Estado entre abril e maio. No segundo trimestre, a receita líquida da BRF totalizou R$ 14,93 bilhões, uma alta de 22,3% em comparação a igual intervalo em 2023. Os volumes de venda cresceram 5,4% no comparativo anual, para 1,24 milhão de toneladas, enquanto o preço médio do portfólio de produtos subiu 16%. “Nenhum fator sozinho consegue explicar o desempenho que tivermos, é uma combinação. Seguimos na trilha que planejamos para 2024”, disse a jornalistas o CEO da BRF, Miguel Gularte. Fábio Mariano, vice-presidente de finanças e relações com investidores da empresa, acrescentou que houve um crescimento relevante no volume comercializado no mercado interno, sobretudo na área de processados. Também houve recuperação de preços de exportação para diversos países, com destaque para o frango. “Com 32 novas habilitações em três meses e quase 60 habilitações somadas no ano, temos capacidade de acessar novos mercados e uma demanda adicional para a companhia”, afirmou Mariano, em referência às aberturas de mercado que a BRF conquistou no segundo trimestre e acumuladas no semestre, que totalizaram 57. Leonardo Dall’Orto, vice-presidente de mercado internacional e planejamento da BRF, ressaltou que o maior número de compradores no exterior que a empresa consegue acessar permite a ela escolher os destinos para exportação, o que contribui na precificação das vendas. “Quando você escolhe onde vai vender, não precisa fazer renúncia de preço”, acrescentou o CEO da companhia. Para Gularte, essa diversificação de importadores foi fundamental para que a companhia conseguisse arbitrar as vendas durante o período mais crítico de suspensão temporária das exportações de frango do Brasil, ocorrida após um caso da Doença de Newscastle em Anta Gorda (RS). Olhando para frente, o executivo acredita que o equilíbrio entre oferta e demanda por carnes, sobretudo pelo frango, deve permanecer no decorrer do ano. Para os preços dos grãos, Dall’Orto disse esperar estabilidade, o que contribui para margens favoráveis na companhia. Fábio Mariano lembrou que a aplicação dos R$ 5,4 bilhões captados pela BRF em 2023 se materializa agora com a queda no endividamento. A alavancagem da empresa atingiu 1,14 vez no segundo trimestre, o menor nível dos últimos nove anos — estava em 3,75 vezes no ano passado.
Valor Econômico
INTERNACIONAL
Exportação de carne bovina da Argentina bate recorde histórico no 1º semestre/24
Embarques do país atingiram 454,7 mil toneladas no período, volume 10% acima do resultado de igual intervalo de 2023 e avanço de 18% sobre a média dos últimos 5 anos
Enquanto o mercado interno de carne bovina da Argentina sofre com o enfraquecimento da demanda interna, as exportações da proteína seguem em ritmo forte, destaca relatório divulgado pela Bolsa de Comércio de Rosário. No primeiro semestre de 2034, os embarques de carne bovina argentina alcançaram 454,711 mil toneladas, um volume recorde para este período, de acordo com série histórica iniciada em 1990. O resultado representou um aumento de 10% em relação ao primeiro semestre de 2023 e avanço de 18% quando comparado à média dos últimos cinco anos para o mesmo período. Segundo o relatório, as exportações de carne bovina no primeiro semestre deste ano representaram 30,6% da produção total da proteína no país. Trata-se de uma participação recorde e 5 pontos percentuais acima da média dos últimos cinco anos para o mesmo período, que é de 25,6%. Um dos fatores que explicam os bons resultados dos embarques é o aumento das vendas para a China, o principal comprador internacional da carne argentina, com 57% de participação no total dos embarques efetuados nos primeiros seis meses deste ano. Embora as exportações tenham crescido 10% em volume, o faturamento obtido no primeiro semestre do ano permaneceu praticamente inalterado, somando US$ 1,346 bilhão – apenas 0,1% acima do valor obtido em igual período de 2023, e em linha com a média dos últimos cinco anos. No entanto, o valor arrecadado no período só fica atrás do recorde obtido no primeiro semestre de 2022, de US$ 1,676 bilhões. A estabilidade na receita com os embarques é explicada pela queda dos preços da carne argentina exportada. No primeiro semestre de 2022, o valor médio das exportações ficou em US$ 4.406 por tonelada, enquanto neste ano o preço médio caiu para US$ 2.959/tonelada – ou seja, houve desvalorização de 33% nos últimos dois anos. Porém, na visão dos analistas da Bolsa de Comércio, os fundamentos dos preços para os próximos meses parecem promissores, em razão da grande demanda internacional, que, segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), levaria os estoques finais de carne bovina a caírem 9,7% neste ano. Até 2025, diz o relatório, projeta-se uma retomada nos preços internacionais da carne bovina, na esteira da reversão da fase de liquidação do ciclo pecuário em fornecedores importantes, como Brasil, Estados Unidos, Argentina e Uruguai.
Portal DBO
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Comércio do Paraná cresce acima da média nacional em junho, com alta de 2%
Paraná registrou o quinto maior aumento mensal do Brasil, de acordo com o IBGE. Em relação à receita nominal das vendas, crescimento paranaense em junho foi de 2,1%.
O comércio paranaense cresceu 2% em junho de 2024 em relação ao mês de maio, de acordo com os dados da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada na quarta-feira (14) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O aumento foi superior à média nacional no período, de 0,4% de alta. Os números da pesquisa dizem respeito à variação no volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui todos os segmentos do setor, como a comercialização de materiais de construção, veículos e motocicletas, por exemplo. O Paraná também teve a quinta maior alta mensal do País, atrás de Rio Grande do Sul (13,8%), Mato Grosso do Sul (4,8%), Paraíba (4,5%) e Santa Catarina (2%); e à frente do Rio Grande do Norte (1,1%), Mato Grosso (0,6%), Alagoas (0,4%), Maranhão (0,4%), Pernambuco (0,3%), Ceará (0,1%), Goiás (0,1%), Amazonas (0,1%) e Sergipe (0%). Os outros 12 estados registraram queda ao longo do mês. No acumulado do ano, considerando todo o primeiro semestre de 2024, o volume de vendas do comércio paranaense cresceu 4,3%. Na comparação dos últimos 12 meses, a pesquisa mostra que o crescimento do setor no Paraná foi de 1,8%. Em relação à receita nominal das vendas, o comércio paranaense teve crescimento de 2,1% no mês de junho, em relação a maio. É a sexta maior alta do País e é mais do que o dobro do crescimento nacional, que foi de 0,8%. No acumulado do ano a alta foi de 6,5%, à frente de São Paulo (5,5%) e Rio de Janeiro (5,2%). Algumas atividades do comércio do Paraná tiveram crescimento acima da média que impulsionaram o resultado do setor no mês de junho, frente ao mesmo mês do ano anterior, segundo a pesquisa do IBGE. O maior aumento mensal ficou por conta da venda de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, que teve alta de 30,5%. Também registraram forte crescimento nas vendas as atividades de comércio de veículos, motocicletas, partes e peças (22,8%), móveis e eletrodomésticos (15,9%), materiais de construção (11,5%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,3%). No primeiro semestre, os destaques são os crescimentos nas vendas de veículos, motocicletas, partes e peças (16%), eletrodomésticos (15,7%), materiais de construção (12%), artigos de uso pessoal e doméstico (10,7%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (7,8%), hipermercados e supermercados (7,1%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,3%).
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar à vista fecha em alta de 0,37%, a R$5,4691 na venda
O dólar interrompeu uma sequência de seis sessões consecutivas de baixa e fechou a quarta-feira em leve alta ante o real, com parte dos investidores recompondo posições compradas na moeda norte-americana no Brasil, em um dia de sinais mistos para a divisa dos EUA no exterior
Após ter acumulado queda de 5,09% em seis dias úteis, o dólar à vista fechou a quarta-feira em alta de 0,37%, cotado a 5,4691 reais. Em agosto, a moeda norte-americana acumula baixa de 3,30%. Às 17h02, na B3 o dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,22%, aos 5,4800 reais.
Reuters
Ibovespa fecha acima de 133 mil pontos e encosta em máxima histórica
O Ibovespa fechou em alta na quarta-feira, perto da máxima histórica, endossado por dados de inflação nos Estados Unidos reforçando a perspectiva de corte dos juros pelo Federal Reserve em setembro, enquanto uma bateria de resultados também ocupou as atenções
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,66%, a 133.274,03 pontos, na sétima alta seguida, maior patamar de fechamento desde 28 de dezembro de 2023, conforme dados preliminares. O recorde histórico de fechamento do Ibovespa foi registrado em 27 de dezembro do ano passado, quando terminou o dia aos 134.193,72 pontos. No dia seguinte, chegou à máxima histórica intradia de 134.391,67 pontos. Na máxima do desta quarta-feira, o Ibovespa chegou a 133.777,18 pontos. Na mínima, a 132.112,23 pontos. O volume financeiro somava 33,47 bilhões de reais antes dos ajustes finais, em sessão marcada pelos vencimentos de opções sobre o Ibovespa e de contrato futuro do índice.
Reuters
Mercado melhora projeções para déficit fiscal em 2024 e 2025, mas vê dívida pública maior, mostra Prisma
Economistas consultados pelo Ministério da Fazenda melhoraram suas previsões para o resultado primário do governo em 2024 e 2025, mas elevaram as projeções para a dívida pública bruta nos dois anos, mostrou na quarta-feira o relatório Prisma Fiscal de agosto
Segundo o boletim, a expectativa mediana agora é de saldo primário negativo de 73,500 bilhões de reais em 2024, antevisão anterior de déficit de 81,424 bilhões de reais. Para 2025, a expectativa para o resultado primário também melhorou, a um déficit de 91,689 bilhões de reais, ante 95,341 bilhões no mês passado. A melhora na previsão ocorreu após o governo ter anunciado no final de julho um congelamento de 15 bilhões de reais em verbas de ministérios com o objetivo de levar o resultado das contas federais de 2024 para o intervalo de tolerância da meta de déficit primário zero. A meta também é de déficit zero para o próximo ano, quando o governo prometeu cortar quase 26 bilhões de reais em despesas previdenciárias e de benefícios sociais a partir da revisão de cadastros e combate a fraudes. Em relação à dívida bruta do governo geral, os economistas consultados pela Fazenda agora esperam que ela chegue a 77,72% do Produto Interno Bruto (PIB) ao final de 2024, de 77,46% projetados em julho. Em 2025, a previsão é de que a dívida chegue a 80,32% do PIB, ante projeção anterior de 80,10%. Para a arrecadação, a expectativa mediana subiu para 2024 e 2025. A nova projeção indica a entrada de 2,622 trilhões de reais neste ano, contra 2,613 trilhões estimados no mês anterior. Em 2025, a arrecadação federal é vista em 2,751 trilhões de reais, ante 2,744 trilhões em julho. Os economistas consultados no Prisma mantiveram a projeção para as despesas totais do governo central neste ano em 2,209 trilhões de reais. Para 2025, a previsão subiu a 2,343 trilhões de reais, de 2,333 trilhões em julho.
Reuters
Vendas no varejo caem 1% em junho, após cinco meses de alta
As vendas no varejo brasileiro recuaram mais do que o esperado em junho sobre maio, após cinco meses de alta, sob o impacto de uma retração no comércio de hiper e supermercados, mostraram dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quarta-feira
A queda foi de 1% na comparação com o mês anterior, em dado livre de efeitos sazonais, na maior queda desde dezembro de 2022 (-1,3%) e mesmo resultado registrado em maio do ano passado. Frente a junho de 2023, as vendas cresceram 4%. O desempenho veio abaixo do estimado por economistas em pesquisa da Reuters, de baixa de 0,20% na comparação mensal e avanço de 5,50% sobre um ano antes. O IBGE ainda revisou a alta de maio para um crescimento de 0,9%, ante 1,2% informado há um mês. Para o gerente da pesquisa do IBGE, Cristiano Santos, a tendência é que a queda em junho tenha sido pontual, sinalizando, em parte, um "efeito rebote" após um crescimento forte nas vendas nos meses anteriores. "Não dá para falar em mudança de trajetória, nesse momento a queda parece um ponto em meio a um cenário positivo", afirmou a jornalistas. As vendas de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo -- grupo que concentra a maior parte da atividade do comércio varejista -- caíram 2,1% em junho sobre maio. Considerando apenas as vendas de super e hipermercados, a queda foi de 2,7%, maior recuo desde maio do ano passado. Para Santos, essa retração tem relação com custos de empréstimos e inflação de alimentos elevados e foi contida pelo crescimento do emprego e da massa salarial. Entre os destaques de alta em junho, estão as vendas de móveis e eletrodomésticos (+2,6%), equipamento e material para escritório, informática e comunicação (+1,2%) e combustíveis e lubrificantes (+0,6%). No semestre, o volume de vendas acumulou alta de 5,2% sobre o mesmo período de 2023. Em 12 meses a alta foi de 3,6%. No chamado comércio varejista ampliado, que inclui veículos motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, houve aumento de 0,4% nas vendas em junho sobre maio, na série com ajuste sazonal. No total, 20 unidades da federação tiveram queda nas vendas em maio. Em nota, o diretor de pesquisa macroeconômica para América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, disse esperar que o varejo siga sendo beneficiado à frente pelas transferências do governo às famílias de baixa renda, pela expansão da renda e pelo crédito, mesmo em um cenário de juros altos e níveis elevados de endividamento das famílias.
Reuters
Brasil tem fluxo cambial negativo de US$302 mi em agosto até dia 9, diz BC
O Brasil registrou fluxo cambial total negativo de 302 milhões de dólares em agosto até o dia 9, em movimento puxado pela via financeira, informou na quarta-feira o Banco Central. No ano Brasil registra fluxo cambial total positivo de 12,880 bilhões de dólares.
Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. Pelo canal financeiro, houve saídas líquidas de 1,374 bilhão de dólares em agosto até o dia 9. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Pelo canal comercial, o saldo de agosto até o dia 9 foi positivo em 1,072 bilhão de dólares. Na semana passada, de 5 a 9 de agosto, o fluxo cambial total foi negativo em 836 milhões de dólares. No acumulado do ano até 9 de agosto, o Brasil registra fluxo cambial total positivo de 12,880 bilhões de dólares.
Reuters
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