Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 683 | 14 de agosto de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
BOI GORDO: PREÇOS SE MANTÉM FIRMES
Na terça-feira (13/8), os preços do boi gordo continuaram firmes na maioria das praças brasileiras, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário. No Paraná, o boi vale R$238,00 por arroba. Vaca a R$210,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abate de sete dias
No estado de São Paulo, referência para as demais regiões pecuárias, as cotações dos animais terminados mantiveram a estabilidade neste segundo dia da semana, de acordo com apuração da Scot Consultoria. O boi gordo paulista segue negociado em R$ 230/@, enquanto a vaca e a novilha gordas valem R$ 207/@ e R$ 220/@, respectivamente. O “boi-China”, por sua vez, está cotado em R$ 235/@, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”, sem padrão-exportação. Pelo levantamento da Agrifatto, o boi gordo de São Paulo vale hoje R$ 237,50/@ (preço médio entre o animal “comum” e o “boi-China”). Nas demais 16 regiões monitoradas pela consultoria, o valor médio está em R$ 221,10/@. De acordo com a Agrifatto, 8 das 17 praças tiveram ajuste positivo na arroba nesta terça-feira: SP, AC, ES, PA, PR, RJ, RO e SC. As outras 9 regiões (AL, BA, GO, MA, MG, MS, MT, RS e TO) mantiveram as suas cotações estáveis. No mercado futuro, o contrato com vencimento em setembro/24 fechou a sessão de segunda-feira (11/8) em R$ 239,10/@, com ligeira alta de 0,13% em relação ao dia anterior. “Embora o possível declínio no consumo interno possa exercer alguma pressão sobre os preços da carne no varejo, as exportações indicam que permanecerão em ritmo crescente, com perspectiva de quebra de recorde mensal”, prevê a Agrifatto. Diante desta expectativa, continua a consultoria, as cotações do boi terminado podem entrar em um período temporário de estagnação, sem grandes variações, sejam elas positivas ou negativas. “Até mesmo dianteiro para carne de panela, que era para estar com rotatividade consistente, empacou”, destaca a consultoria. Nas negociações programadas para quinta-feira (15/8), voltadas para o suprimento da segunda quinzena de agosto, a expectativa é de preços estáveis, embora com uma sustentação frágil, apontam os analistas. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto nesta terça-feira (13/8): São Paulo — O “boi comum” vale R$235,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$237,50. Vaca a R$210,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abates de onze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$227,50. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de nove dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$235,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$237,50. Vaca a R$210,00. Novilha a R$220,00. Escalas de sete dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$212,50. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de nove dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de dez dias; Pará — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de doze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$230,00. Média de R$227,50. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de oito dias; Rondônia — O boi vale R$190,00 a arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00 185,00. Escalas de abate de treze dias; Maranhão — O boi vale R$200,00 por arroba. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de nove dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
China paga mais pela carne brasileira para garantir abastecimento
Importadores chineses aceitam negociar cargas de dianteiro bovino por um valor 7% acima do preço de junho/24, saindo dos US$ 4.250/t para US$ 4.550/t, informou a Agrifatto
Os chineses, que são responsáveis por mais de 50% das compras totais de carne brasileira, já estão aceitando negociar cargas de dianteiro bovino que serão embarcadas em outubro/24 por um preço 7% maior que pagavam no início de junho/24 – saindo dos US$ 4.250/toneladas para atingir US$ 4.550/toneladas no atual momento. Segundo a consultoria, os importadores chineses estão querendo garantir o abastecimento no segundo semestre deste ano e, por isso, aceitam pagar um pouco mais pela carne bovina brasileira. No entanto, em comparação aos preços de anos anteriores, a carne bovina do Brasil segue depreciada no mercado mundial. Em julho/24 uma mínima de 44 meses foi renovada, destaca a Agrifatto. O preço médio da carne bovina in natura brasileira foi de US$ 4.409/t, 1,29% a menos que o registrado em junho/24 e o menor patamar dos últimos 44 meses. “A principal justificativa para atingirmos esse nível de preço está no excesso de produção que o Brasil irá produzir em 2024”, afirma a Agrifatto, acrescentado que a oferta de carne bovina deverá bater recorde histórico neste ano. Além disso, diz a consultoria, os juros altos nos EUA e na Europa dificultam a liquidez e impactam nos valores que os importadores aceitam pagar pela proteína bovina. No entanto, nos últimos meses, as quedas nos preços da carne bovina brasileira têm ficado cada vez mais tímidas. “A pressão dos compradores por preços mais baixos tem ficado cada vez menor”, reforça a Agrifatto. Em julho/24, a China comprou 122,13 mil toneladas da proteína bovina brasileira, 33,60% acima do volume de junho/24 e a maior quantidade embarcado para o país asiático em 2024. “Foi o sexto maior volume adquirido pelos chineses durante um mês”, detalha a Agrifatto, lembrando que a máxima histórica (para a China) foi atingida em setembro/22, quando foram exportadas 136,51 mil toneladas. Segundo a consultoria, os chineses estão adquirindo grandes quantidades da proteína brasileira mesmo diante dos preços do boi gordo e da carne bovina no país atingindo os menores valores dos últimos 6 anos. “A proteína bovina brasileira está barata”, reforça a Agrifatto, acrescentando que, em julho/24, a China pagou 1,1% a menos que o valor médio de venda para os “outros países”.
Portal DBO
SUÍNOS
Preço do suíno CIF tem ganho de 1,27% em São Paulo
De acordo com as informações divulgadas pela Scot Consultoria, a carcaça suína especial apresentou ganho de 0,81% e está cotada em R$ 12,40/kg, enquanto o preço médio da arroba do suíno CIF também registrou alta de 1,27% e está próximo de R$ 159,00/@
Segundo levantamento realizado pelo Cepea na última segunda-feira (12), o Indicador do Suíno Vivo em Minas Gerais registrou alta de 1,95% e está cotado em R$ 8,36/kg. No Paraná, o preço do animal teve alta de 1,81% e está precificado em R$ 7,88/kg. Já na região do Rio Grande do Sul, o animal teve ganho 3,03% e está precificado em R$ 7,49/kg. Em São Paulo, o valor ficou próximo de R$ 8,27/kg e teve ganho de 1,35%. Em Santa Catarina, o valor do suíno registrou ganho de 0,53%% e está cotado em R$ 7,61/kg.
Cepea/Esalq
FRANGOS
Frango teve estabilidade na 3ª feira
A cotação do frango no atacado paulista registrou alta de 0,77% em São Paulo
A Scot Consultoria informou que os preços do frango na granja paulista ficaram estáveis e cotado em R$ 5,50/kg, enquanto os valores para o frango no atacado paulista registraram valorização de 0,77% no comparativo diário, sendo negociado em R$ 6,55/kg. A referência para o animal no Paraná está em R$ 4,57/kg e seguindo estável. A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) divulgou que o frango vivo seguiu com estabilidade, negociado em R$ 4,38/kg. Com base no levantamento realizado pelo Cepea na última segunda-feira (12), o preço do frango congelado permaneceu estável e cotado em R$ 7,12/kg. Já a referência para o frango resfriado também seguiu com estabilidade e está sendo comercializado em torno de R$ 7,37/kg.
Cepea/Esalq
CARNES
Abate de bovinos aumenta 17,2% no segundo trimestre de 2024, diz IBGE
Processamento de suínos e aves, aquisição de leite e produção de ovos também cresceram. Abate de bovinos alcançou 9,94 milhões de cabeças entre abril e junho de 2024
O abate de bovinos no país registrou total de 9,941 milhões de cabeças no segundo trimestre de 2024, aumento de 17,2% ante igual período de 2023. As informações constam das Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro, e da Produção de Ovos de Galinha. Primeiros resultados para o segundo trimestre de 2024, divulgadas na terça-feira (13/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o primeiro trimestre de 2024, houve aumento de 6,9% no abate de bovinos. Sobre bovinos, o IBGE informou ainda que houve produção de 2,573 milhões toneladas de carcaças bovinas no segundo trimestre deste ano. O volume representa uma alta de 17% frente ao segundo trimestre de 2023. Frente ao primeiro trimestre de 2024, houve aumento de 7,3%. Já o abate de suínos subiu 2,4% no Brasil no segundo trimestre de 2024, ante igual trimestre em 2023, para 14,545 milhões de cabeças. Na comparação com o primeiro trimestre de 2024, houve aumento de 4,3% no abate de suínos do país. No caso do abate de frangos no país, esse totalizou 1,609 bilhão de aves no segundo trimestre de 2024, o que representou aumento de 3,2% em relação ao segundo trimestre de 2023; e alta de 1,1% na comparação com o primeiro trimestre de 2024. O IBGE divulgou também dados sobre os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro. Os curtumes declararam ter recebido 10,08 milhões de peças inteiras de couro cru no segundo trimestre deste ano, ganho de 17% em comparação ao segundo trimestre de 2023; e aumento de 8,2% em relação ao primeiro trimestre de 2024. A Pesquisa Trimestral do Couro investiga os curtumes que efetuam curtimento de pelo menos 5 mil unidades inteiras de couro cru bovino por ano.
Globo Rural
EMPRESAS
Após prejuízo milionário em 2023, JBS lucrou R$ 1,7 bilhão no segundo trimestre
Conjuntura de 2024 é formada por fundamentos bem mais positivos que os do ano passado, como a queda nos preços dos insumos usados na ração animal. No mesmo período de 2023, a companhia obteve prejuízo de R$ 263,6 milhões
A JBS, uma das maiores empresas de proteína animal do mundo, lucrou R$ 1,7 bilhão no segundo trimestre. No mesmo período de 2023, a companhia obteve prejuízo de R$ 263,6 milhões. A conjuntura de 2024 é formada por dois fundamentos bem mais positivos que os do ano passado. O primeiro é a queda nos preços dos insumos usados na ração animal (milho e farelo de soja) que abrem caminho para menores custos e melhores margens na indústria, principalmente de aves e suínos. O segundo é o maior equilíbrio entre oferta e demanda nas principais proteínas em que a gigante frigorífica atua, a bovina, suína e de frango. Há exceção apenas na unidade de bovinos na América do Norte, onde as margens seguem apertadas pelo ciclo do gado, mas que teve os resultados negativos compensados pelo bom desempenho em todos os demais negócios do grupo. “O resultado [lucro] veio também das melhorias operacionais que fizemos”, disse o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni, destacando os ganhos obtidos na operação da Seara, por exemplo. A unidade de aves e suínos no Brasil elevou em 13,3 pontos percentuais a margem no comparativo anual, para 17,4%. Neste cenário, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado mais que dobrou, ao passar de R$ 4,47 bilhões no segundo trimestre de 2023 para R$ 9,88 bilhões no mesmo intervalo deste ano. A receita líquida consolidada cresceu 12,6% no período, para R$ 100,6 bilhões. Cerca de 75% das vendas globais da JBS foram realizadas nos mercados domésticos em que a companhia atua e 25% por meio de exportações. A geração de caixa livre saltou de R$ 1,26 bilhão no segundo trimestre do ano passado, para R$ 5,5 bilhões entre abril e junho deste ano, o que permitiu baixar a alavancagem — relação entre dívida líquida e Ebitda — para 2,77 vezes em dólares no segundo trimestre de 2024, versus 4,15 vezes um ano antes. “A gente chegou a esse patamar de alavancagem seis meses antes do previsto”, afirmou Guilherme Cavalcanti, CFO e diretor de Relações com Investidores da JBS. O executivo ressaltou que o terceiro e quarto trimestres, sazonalmente, também geram fluxo de caixa livre positivo, então “vamos apresentar Ebitdas no terceiro trimestre e no quarto trimestre acima do ano passado, porque essa alavancagem vai continuar caindo e vai se aproximar de duas vezes no final do ano”. O Ebitda ajustado da JBS Brasil, dona da marca Friboi, avançou 74,7% no segundo trimestre, para R$ 1,2 bilhão. Mesmo com os preços da tonelada de carne bovina menores no mercado internacional, a receita da companhia aumentou 11,2%, para R$ 15,5 bilhões. O único revés ficou para a unidade americana de bovinos, JBS Beef North America, onde o Ebitda ajustado caiu 65,1%, para R$ 151 milhões, pressionado pelo ciclo de baixa oferta de gado e custos altos — o contrário do que acontece no Brasil atualmente. A receita líquida, porém, avançou 8,7%, para R$ 31,3 bilhões.
Valor Econômico
GOVERNO
Abertura de mercado no Egito para exportação de carne bovina com osso
Com esta nova autorização, o agronegócio brasileiro alcança sua 91ª abertura de mercado no ano, totalizando 169 aberturas em 56 destinos desde o início de 2023
O governo brasileiro recebeu com satisfação o anúncio, pelo governo egípcio, da autorização para que o Brasil exporte carne bovina com osso para aquele país. As exportações agrícolas brasileiras para o Egito ultrapassaram US$ 1,73 bilhão em 2023, dos quais mais de US$ 384 milhões corresponderam a vendas de proteína animal. No primeiro semestre deste ano, o Brasil já exportou mais de US$ 1,31 bilhão em produtos agrícolas para o país. Em março, foi aberto também o mercado egípcio para carne, produtos cárneos e miúdos de caprinos e ovinos. Com esta nova autorização, o agronegócio brasileiro alcança sua 91ª abertura de mercado no ano, totalizando 169 aberturas em 56 destinos desde o início de 2023. Esses resultados são fruto do trabalho conjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
MAPA
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Serviços e turismo do Paraná crescem acima da média nacional no 1º semestre
Dados do IBGE apontam um aumento de 4% no volume de atividades e de 9% na receita das empresas prestadoras de serviços instaladas no Estado entre janeiro e junho deste ano contra variações de 1,6% e 5,8% no Brasil no mesmo período, respectivamente. Turismo acumula alta de 5% nos seis primeiros meses de 2024, quase quatro vezes acima do crescimento médio de 1,3% do País.
O Paraná terminou o primeiro semestre de 2024 com um crescimento acumulado de 4% no volume de serviços prestados por empresas, um índice 2,5 vezes maior do que a variação do Brasil no mesmo período, que foi de 1,6% neste segmento. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada na terça-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, e que também aponta para um desempenho acima da média do Estado no turismo. Entre maio e junho, o Paraná registrou um aumento de 3% no volume de serviços prestados, o que, segundo o IBGE, representa a segunda maior contribuição para o crescimento mensal do setor no Brasil em números gerais. O Estado ficou atrás apenas de São Paulo, que teve uma variação de 2,6% entre os dois meses, porém com um peso maior no volume total em nível nacional. No comparativo entre junho de 2024 com o mesmo mês do ano passado, o volume das atividades ligadas aos serviços cresceu 2,1% no Paraná. Já nos últimos 12 meses mais recentes analisados pelo Instituto, o Estado acumula alta de 7,4%. Todos os ramos de atividades de serviços definidos pelo levantamento do IBGE registraram variação positiva em seus volumes de atividades em 2024. Os serviços profissionais, administrativos e complementares acumulam crescimento de 4,4%, seguido pelos serviços prestados às famílias, com alta de 4%, os serviços de informação e comunicação, com 3,8%, e os serviços de transportes e correios, com 2,2%. A maior ampliação, no entanto, foi para os outros serviços, que abrange uma variedade de atividades com menor peso econômico, e que cresceram 8,3% de janeiro a junho. No indicador de receita nominal, as empresas paranaenses que prestam serviços acumulam alta de 9% no primeiro semestre de 2024, superando o desempenho médio do Brasil no ano, que é de 5,8%. Os indicadores do Paraná também são melhores em outros recortes temporais: na variação mensal, a alta no Estado é de 3,2% contra 2,7% na média do País. No comparativo entre os meses de junho de 2023 e 2024, as empresas instaladas no Estado ampliaram em 8,8% as suas receitas, frente a uma variação de 6,3% de todas as empresas brasileiras. As empresas ligadas aos serviços profissionais, administrativos e complementares aumentaram em 10,3% as suas receitas no primeiro semestre de 2024. Na sequência, aparecem os serviços de transportes e correios, com alta acumulada de 9,6% na receita nominal, os serviços prestados às famílias (9%) e os serviços de informação e comunicação (8,9%). As demais atividades, agrupadas em ‘outros serviços’, tiveram um ganho de receita na ordem de 13,1% até agora no ano. No Paraná, houve crescimento de 2,1% no turismo entre maio e junho e uma alta acumulada 5% nos seis primeiros meses de 2024, quase quatro vezes acima da média nacional, que foi de 1,3% no ano. Também foi o quarto melhor resultado do semestre, atrás de Bahia, Minas Gerais e Santa Catarina. No comparativo com junho do ano passado, o aumento em nível estadual foi de 5,8% contra 3,9% de todo o segmento no Brasil.
Agência Estadual de Notícias
Deral indica colheita do milho perto do fim no Paraná e "dificuldades para cobrir os custos"
Restando apenas 4% das lavouras ainda em campo, algumas regiões do estado têm comercialização lenta e produtores enfrentando dificuldades
O Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou seu relatório semanal trazendo as condições de tempo e cultivo para as principais culturas do estado. De acordo com o levantamento, 96% das lavouras da segunda safra de milho já foram colhidas no estado, avançando dos 92% da semana passada. O restante está totalmente em maturação. Os técnicos do Deral ainda classificaram 29% das áreas como em boas condições, 45% como em médias e 26% em ruins. Esses índices ficaram superiores aos 27%, 46% e 27%, respectivamente, da semana anterior. Detalhando a situação do milho paranaense, o Deral indica que, “ainda restam alguns talhões a serem colhidos e os trabalhos foram parcialmente interrompidos devido à alta umidade dos grãos. Ainda assim, os trabalhos estão bastante adiantados em relação à safra anterior”. Sobre os rendimentos, os técnicos apontam que “em regiões onde a pluviometria ajudou o desenvolvimento, alguns produtores que haviam semeado milho para ensilar acabaram colhendo grãos. Já em regiões afetadas pela seca, os produtores enfrentam dificuldades para cobrir os custos e a comercialização segue lenta”. A publicação acrescenta ainda que, “foram registradas geadas em grande parte do Paraná neste fim de semana, inclusive em áreas mais ao norte do estado, porém em sua maioria fracas ou em baixadas. As chuvas que a precederam foram favoráveis, de maneira geral”.
SEAB-PR/DERAL
Safra de grãos de 2024 deve cair 5,5%, diz IBGE
Previsão é de uma colheita de 298 milhões de toneladas neste ano. Algodão é a cultura onde é estimado o maior crescimento de produção, diz IBGE
A safra brasileira de grãos, leguminosas e oleaginosas deve atingir 298 milhões de toneladas em 2024, 5,5% abaixo de 2023. Em números absolutos, é um recuo de 17,4 milhões de toneladas. Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de julho, divulgados nesta terça-feira (13/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa de safra do IBGE, no entanto, é 0,7% maior que a previsão anterior, relacionada ao mês de junho (acréscimo de 2,2 milhões de toneladas). O IBGE informou ainda que a área a ser colhida é de 78,6 milhões de hectares, na safra atual. Isso significa aumento de 0,9% frente à área colhida em 2023; crescimento de 727,2 mil hectares ante ano anterior; e aumento de 0,3% (acréscimo de 264.488 hectares) em relação a junho. O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos deste grupo, representam 91,7% da estimativa da produção e respondem por 87,3% da área a ser colhida. O instituto detalhou ainda que, na safra 2024 ante safra 2023, estão previstos acréscimos de 13,1% na área a ser colhida do algodão herbáceo (em caroço); de 4,9% na do arroz em casca; de 6,0% na do feijão e de 3,2% na da soja. Por outro lado, estão previstos declínios, na área a ser colhida, de 3,2% na área do milho (reduções de 8,7% no milho 1ª safra e de 1,5% no milho 2ª safra); de 11,2% na do trigo e de 5,3% na do sorgo. O IBGE informou ainda estimativas de produção, por produtos, para safra de 2024 bem como comparação com a safra de 2023. Em relação à produção, houve acréscimos, nas estimativas de produção, de 10,8% para o algodão herbáceo (em caroço); de 1,9% para o arroz; de 7,1% para o feijão e de 22,7% para o trigo. Por outro lado, ocorreram decréscimos de 4,3% para a soja, de 10,3% para o milho (reduções de 15,7% no milho de 1ª safra e de 8,9% no milho de 2ª safra) e de 10,9% para o sorgo.
Globo Rural
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar cai pela 6ª sessão e fica abaixo de R$5,45
Em mais um dia de otimismo nos mercados, o dólar emplacou na terça-feira a sexta queda consecutiva no Brasil, para abaixo dos 5,45 reais, em sintonia com o recuo generalizado da moeda norte-americana ante as demais divisas, após a divulgação de dados favoráveis de inflação ao produtor nos EUA
O dólar à vista fechou o dia em queda de 0,90%, cotado a 5,4491 reais. Esta é a menor cotação de fechamento desde 16 de julho, quando encerrou em 5,4293 reais. Nos últimos seis dias úteis o dólar acumulou baixa de 5,09%. Às 17h04, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,89%, a 5,4585 reais na venda. Desde 5 de agosto, quando chegou a ser cotado acima dos 5,86 reais, o dólar vem apresentando baixas firmes ante o real, em um processo de ajuste de preços. Por trás do movimento está a diminuição dos receios de que os EUA possam entrar numa recessão iminente, além da perspectiva de início do processo de corte de juros pelo Federal Reserve em setembro. Outro fator é a relativa acomodação do iene nos últimos dias, reduzindo a desmontagem de operações de carry trade. Na terça-feira a queda global do dólar -- inclusive ante o real -- foi favorecida pela divulgação do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA, que subiu 0,1% na base anual em julho, depois da alta de 0,2% em junho. Economistas consultados pela Reuters previam um avanço de 0,2% no mês passado. O dado abaixo do esperado fortaleceu as apostas de corte de juros pelo Fed em setembro, o que se somou à perspectiva de manutenção ou mesmo alta da taxa básica Selic no Brasil no mesmo mês, como precificado na curva a termo brasileira. Durante audiência pública conjunta das Comissões de Desenvolvimento Econômico e de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, voltou a abordar a questão de possíveis intervenções no câmbio em momentos de estresse. Em discurso semelhante ao adotado na véspera pelo diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, Campos Neto afirmou que a autarquia não atuou no período recente porque entendeu que não havia disfuncionalidade no mercado.
Reuters
Ibovespa avança e fecha na máxima desde janeiro
No setor de proteínas, a JBS ON fechou em alta de 4,21%, antes da divulgação do balanço do segundo trimestre após o fechamento dos negócios nesta terça-feira. Analistas do Goldman Sachs esperam que a companhia relate lucro sólido, dada a sua exposição ao aquecido mercado global de frango
O Ibovespa fechou em alta pelo sexto pregão seguido na terça-feira, com CSN e CSN Mineração entre os maiores ganhos na esteira de resultado trimestral, enquanto Natura&Co desabou após a companhia anunciar pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos da sua subsidiária Avon Products Inc. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa avançou 0,98%, a 132.397,97 pontos, maior patamar de fechamento desde 8 de janeiro, tendo marcado 132.429,5 pontos na máxima e 131.115,4 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somou 24,1 bilhões de reais. O recorde histórico de fechamento do Ibovespa foi registrado em 27 de dezembro do ano passado, quando terminou o dia aos 134.193,72 pontos. No dia seguinte, chegou à máxima histórica intradia de 134.391,67 pontos. O cenário externo, na visão do advisor e sócio da Blue3 Willian Queiroz, foi o principal "driver" para a alta na bolsa paulista. Ele também chamou a atenção para fluxo positivo de capital externo na bolsa no mês, como mais um componente apoiando a sequência recente de altas do Ibovespa. Novos balanços corporativos também ocuparam as atenções nesta sessão, enquanto uma nova bateria está reservada para o final do dia, incluindo os números de Localiza, JBS, Rede D'Or, Raízen, LWSA, Eneva, entre outros. Do ponto de vista da análise técnica, Queiroz, da Blue3, acrescentou que o desempenho do Ibovespa em agosto reforça o sinal de alta de julho e cria uma expectativa para superar a máxima histórica de 134 mil pontos. No mês, o Ibovespa já acumula uma valorização de 3,72%.
Reuters
Volume de serviços prestados no País sobe 1,7% em junho, diz IBGE
Resultado ante maio veio acima da mediana das previsões de analistas; na comparação com junho de 2023, houve avanço de 1,3%
O volume de serviços prestados no País subiu 1,70% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços divulgados na terça-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado superou a mediana das previsões de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que apontava alta de 0,9%. O intervalo das estimativas ia de alta de 0,3% a avanço de 2,0%. Na comparação com junho de 2023, houve avanço de 1,30%, já descontado o efeito da inflação. A taxa acumulada no ano, que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior, foi de alta de 1,60%. No acumulado em 12 meses, houve alta de 1%, ante avanço de 1,20% até maio. A receita bruta nominal do setor de serviços subiu 2,70% em junho ante maio. Na comparação com junho de 2023, houve avanço de 6,30% na receita nominal. Cinco das cinco atividades de serviços registraram ganhos na passagem de maio para junho, segundo o IBGE. Os serviços prestados às famílias avançaram 0,30%, enquanto os serviços de informação e comunicação subiram 2%. Houve avanço de 1,30% em serviços profissionais, administrativos e complementares, e alta de 1,80% em transportes. Outros serviços, por sua vez, registraram avanço de 1,60% em junho. Na comparação com junho de 2023, quatro das cinco atividades de serviços registraram avanço. Os serviços prestados às famílias avançaram 4,10%, enquanto os serviços de informação e comunicação subiram 5,80%. Houve avanço de 0,50% em serviços profissionais, administrativos e complementares e queda de 2,70% em transportes. Outros serviços, por sua vez, registraram avanço de 5% em junho, na comparação com junho de 2023.
O Estado de São Paulo
Câmara aprova texto-base de regulação da reforma tributária com mudanças em imóveis e herança
Proposta altera ITBI e tributo sobre herança; deputados analisarão destaques nesta quarta (14)
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite de terça-feira (13) o texto-base do segundo projeto de lei complementar da regulamentação da reforma tributária. A proposta trata das regras do Comitê Gestor do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) de estados e municípios que será criado pela reforma e altera regras do ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis), tributo cobrado pelos municípios e do Distrito Federal, e do ITCMD, o imposto sobre herança e doações. Na sessão desta terça, foram votos 303 favoráveis e 142 contrários —eram necessários 257 votos. Os deputados precisarão analisar os destaques ao texto. Assim que o resultado foi proclamado, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), anunciou que os destaques serão votados na quarta-feira (14), o que indica uma falta de acordo em pontos nevrálgicos da matéria. Poucos minutos antes do início da sessão de votação, o relator do projeto, deputado Mauro Benevides (PDT-CE), protocolou um novo parecer atendendo uma das principais demandas do setor imobiliário e da construção civil ao tornar opcional o pagamento do ITBI com alíquota reduzida na formalização do negócio. Ou seja, no momento da assinatura de qualquer documento que formalize a compra e venda de imóvel, como o contrato de promessa de compra e venda. O projeto original tornava obrigatória a cobrança antecipada. Hoje, o ITBI é cobrado após a transferência ser formalizada. A queixa era de que, ao antecipar o fato gerador para o momento da assinatura do contrato, a regulamentação da reforma criaria mais um ônus ao comprador que adquire seu imóvel. O ITBI pode chegar a 5% do valor total da aquisição e é pago à vista. Com a mudança, o segmento foi parcialmente atendido. Não conseguiu, porém, alterar a base de cálculo do ITBI estabelecida no projeto como "o valor pelo qual o bem ou direito seria negociado à vista, em condições normais de mercado", ou seja, não considera o valor efetivo da compra e venda, mas sim, um valor fixado pelo Fisco municipal. O projeto também determina que estados poderão taxar recursos aportados em planos de previdência privada transmitidos a beneficiários por meio do ITCMD (Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos). Segundo o texto que foi aprovado pelos deputados, não serão alvo de cobrança os valores que tenham sido aportados em planos do tipo VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) com prazo superior a cinco anos, contados da data do aporte até a ocorrência do fato gerador. Hoje, alguns estados já cobram o ITCMD sobre planos de previdência privada do tipo PGBL e VGBL. No entanto, as regras não são homogêneas e enfrentam questionamentos na Justiça. "Havia uma preocupação de como as pessoas mais ricas estavam fazendo em relação ao VGBL, eles aplicavam em fundos, em CDBs, em letras as mais variadas possíveis, e quando alcançavam os 70 anos, migravam todas essas aplicações e iam para o VGBL numa tentativa de um planejamento tributário, de não pagar o ITCMD", justificou. Esse é o segundo projeto da regulamentação da reforma tributária que é aprovado pelos deputados. O projeto trata das regras de funcionamento do Comitê Gestor do IBS, órgão que será criado para gerir e arrecadar o novo imposto, de fiscalização e do sistema pelo qual os contribuintes poderão questionar autuações feitas pelos fiscais. Segundo o projeto aprovado, o conselho será instalado em até 120 dias, contados a partir da publicação da lei. A proposta inclui dispositivo no texto para oferecer maior segurança jurídica à aplicação das normas dos novos tributos. A medida é uma demanda do setor empresarial, que teme que haja interpretações diferentes das regras no caso da necessidade de recorrer aos tribunais administrativos contra aplicações de multas pelos fiscais. O relatório do projeto vai vincular as decisões do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) à orientação dada pelo fórum de harmonização da reforma. O fórum é uma instância de deliberação para unificar as normas dos dois novos impostos que serão criados com a entrada em vigor da reforma tributária: a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), cobrado pelo governo federal, e o IBS.
Folha de São Paulo
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