Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 681 | 12 de agosto de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi gordo: preços da arroba continuam firmes
“Essa dinâmica deve persistir em agosto, com oscilações pontuais em algumas regiões”, prevê a S&P Global. Segundo a consultoria, a demanda interna pela carne bovina está aquecida no varejo e deve melhorar mais com as comemorações do Dia dos Pais, do domingo (11/8). No Paraná, o boi vale R$235,00 por arroba. Vaca a R$210,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abate de oito dias.
“Para a indústria, a procura por cortes dianteiros e carne desossada segue firme, com tendência de alta”, disseram os analistas da S&P Global. No setor de exportação, o Brasil registrou um recorde histórico em julho, com a venda de 266.000 toneladas de carne bovina in natura, miúdo e outros subprodutos exportados, relatou a S&P Global. Porém, diz a S&P Global, a semana trouxe uma frente fria ao Brasil, especialmente no Centro-Sul. “Essas condições climáticas podem impactar o manejo dos rebanhos”, alertaram os analistas. O mercado paulista do boi gordo fechou a sexta-feira (9/8) com preços estáveis para os animais terminados, segundo dados levantados pela Scot Consultoria. “Com escalas, em média, para 11 dias e oferta de boiadas razoáveis, os compradores estão pouco agressivos”, informou a Scot. Em contrapartida, continua a consultoria, neste momento, os pecuaristas de São Paulo olham para a subida das cotações no mercado futuro e começam a reter parte das boiadas, à espera de preços melhores. O boi gordo paulista seguiu cotado em R$ 230/@, a vaca em R$ 207/@ e a novilha em R$ 220/@, segundo dados da Scot. O “boi-China” (base SP) está apregoado em R$ 235/@, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”, acrescentou a consultoria. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na sexta-feira (9/8): São Paulo — O “boi comum” vale R$235,00 a arroba. O “boi China”, R$238,00. Média de R$236,50. Vaca a R$210,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abates de onze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$227,50. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de nove dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$235,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$237,50. Vaca a R$208,00. Novilha a R$215,00. Escalas de oito dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$212,50. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de nove dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de onze dias; Pará — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$212,50. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de catorze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$230,00. Média de R$227,50. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de oito dias; Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$170,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de treze dias; Maranhão — O boi vale R$200,00 por arroba. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de nove dias; Paraná — O boi vale R$235,00 por arroba. Vaca a R$210,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abate de oito dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
SUÍNOS
Alta no mercado de suínos na sexta-feira (9)
Preços reagiram em grande parte das regiões acompanhadas pelo Cepea
Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo subiu 1,31%, com preço médio de R$ 155,00, enquanto a carcaça especial teve elevação de 0,83%, fechando em R$ 12,20/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (8), o valor ficou estável somente no Rio Grande do Sul (R$ 7,20/kg). Houve aumento de 0,50% em Minas Gerais (R$ 8,01/kg), elevação de 0,26% no Paraná, chegando a R$ 7,73/kg), incremento de 0,27% em Santa Catarina, atingindo R$ 7,55/kg e de 0,25% em São Paulo, fechando em R$ 8,05/kg.
Cepea/Esalq
Suínos/Cepea: preços médios do suíno vivo e da carne registram três meses seguidos de alta
Em julho, especificamente, as cotações seguiram elevadas na maior parte do período, apesar dos leves recuos no final da segunda quinzena em algumas regiões acompanhadas pelo Cepea. Inclusive, para o animal vivo, a média chegou a ser a mais alta desde fevereiro/21 em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de julho/24).
Tanto o volume quanto a receita das exportações brasileiras de carne suína atingiram recordes em julho, considerando-se a série histórica da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), iniciada em 1997. No mês, o Brasil embarcou 137,1 mil toneladas de carne suína (produtos in natura e processados), superando a marca até então histórica, de 114,7 mil toneladas, registrada em agosto de 2022. Ainda segundo dados da Secex compilados pelo Cepea, o volume escoado em julho deste ano ficou expressivos 29,4% acima do de junho e significativos 31,5% maior que o de julho do ano passado. Relação de troca e insumos: diante das fortes valorizações do suíno vivo, o poder de compra do produtor paulista frente aos principais insumos da atividade (milho e farelo de soja) aumentou em julho. Frigoríficos nacionais intensificaram as compras de novos lotes de suínos para abate – algumas unidades, inclusive, adquiriram animais além da programação normal, para conseguir atender aos pedidos. Além da demanda doméstica firme as exportações brasileiras da carne foram recordes. Carnes concorrentes: enquanto os preços da carne suína registraram fortes altas em julho, as cotações da bovina subiram levemente e as da carne de frango caíram. Como resultado, a competitividade da proteína suinícola diminuiu frente às principais concorrentes. O valor médio da carcaça especial suína negociada no atacado da Grande São Paulo subiu fortes 9,9% de junho para julho, para R$ 11,34/kg.
Cepea
FRANGOS
Frango têm altas em alguns mercados
Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo teve elevação de 1,85%, custando, em média, R$ 5,50/kg, enquanto a ave no atacado subiu 1,85%, fechando, em média, R$ 6,45/kg
Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, cotado a R$ 4,38/kg, enquanto no Paraná houve aumento de 0,22%, custando R$ 4,57/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (8), tanto o preço da ave congelada quanto do frango resfriado ficou estáveis, valendo, respectivamente, R$ 7,11/kg, e R$ 7,34/kg.
Cepea/Esalq
Exportações de carne de frango crescem 7,3% em julho
Embarque é o quarto maior da história; receita mensal aumenta 3,6%
As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 463,6 mil toneladas em julho. Conforme levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o número supera em 7,3% o total exportado no mesmo período do ano passado, quando foram exportadas 432,1 mil toneladas. A receita gerada pelas exportações de julho alcançou US$ 889,2 milhões, saldo 3,6% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando foram obtidos US$ 858,7 milhões. No acumulado do ano (janeiro a julho), o volume exportado alcançou 3,052 milhões de toneladas embarcadas, resultado 0,3% inferior ao registrado no mesmo período de 2023, com 3,061 milhões de toneladas. A receita acumulada no período chegou a US$ 5,525 bilhões, desempenho 8,33% menor que o total registrado no mesmo período do ano passado, com US$ 6,027 bilhões. Retomando o ritmo positivo nas exportações, a China importou 61 mil toneladas em julho, número 20,1% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Em segundo lugar, o Japão importou 47,3 mil toneladas, volume 26% maior no mesmo período comparativo. Completando os 10 principais destinos estão os Emirados Árabes Unidos, com 38,7 mil toneladas (-16,6%), África do Sul, com 28,1 mil toneladas (+9,3%), Arábia Saudita, com 26,2 mil toneladas (-19,3%), México, com 25 mil toneladas (+123,9%), Filipinas, com 20,7 mil toneladas (+4,4%), União Europeia, com 16,9 mil tonelada (-5,6%), Iraque, com 15,3 mil toneladas (+118,6%) e Coreia do Sul, com 14,2 mil toneladas (-8,5%). “O expressivo desempenho das exportações de julho ajudou a restabelecer os níveis de exportações registrados em 2023, quando comparamos os sete primeiros meses de cada ano. O rápido levantamento dos embargos de grande parte dos mercados, em um esforço liderado pelo Ministério da Agricultura, é indicativos de volumes positivos para os próximos meses, em um cenário de demanda internacional aquecida, ressalta Ricardo Santin, presidente da ABPA. O Paraná segue como principal estado exportador, com 188,2 mil toneladas em julho (+5,1% em relação ao mesmo período do ano passado), seguido por Santa Catarina, com 103,2 mil toneladas (+14,7%), Rio Grande do Sul, com 59,6 mil toneladas (-6,6%), São Paulo, com 25,8 mil toneladas (+12,3%) e Goiás, com 21,9 mil toneladas (+15,8%). “O cenário internacional está positivo para as exportações brasileiras de carne de frango, especialmente em um contexto de redução significativa dos volumes embarcados pelos EUA, nosso principal concorrente, durante este ano de 2024”, analisa o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.
ABPA
EMPRESAS
Fabricante de produtos para frangos pretende construir laboratório no Paraná
Startup fundada no Chile garante dinheiro de volta a cliente caso o "coquetel" não funcione. A chilena Phage Lab possui 90% do seu mercado no Brasil e isso deve aumentar ainda mais
Com mais de 90% do seu mercado no Brasil, a startup chilena Phage Lab quer crescer ainda mais no país. A empresa produz coquetéis para combater a Salmonella e a Escherichia coli, além de ser uma das maiores produtoras de fagos do mundo. Em 2024, a startup lançou o Fórmida-A, o primeiro produto para combate da E. coli a base de fagos aprovado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e que já está em uso por produtores brasileiros de grande porte. Para o segundo semestre de 2024, o próximo passo é a construção de um laboratório de diagnóstico em Toledo, no Paraná, maior Estado produtor de carne de frango do país. E até o fim de 2025, o objetivo é participar de uma nova rodada de investimento para instalar um laboratório de produção e facilitar a distribuição aos clientes brasileiros. A capacidade atual da empresa é de tratar 590 milhões de frangos por ano. Com a chegada da parte produtiva no Brasil, a meta é atingir a capacidade de 1,8 bilhão de frangos até o fim de 2025 e aumentar ainda mais a participação do Brasil nos negócios da biotech. Hans Pieringer, CEO da PhageLab, conta que os negócios ganharam ainda mais força no Brasil depois de uma rodada de investimento de US$11 milhões em janeiro. O aporte possibilitou a empresa a fazer uma “proposta agressiva” ao mercado. “Estamos garantindo que os produtos vão funcionar e controlar as bactérias presentes nas granjas mediante a um modelo de performance. Se o produto não funcionar, o produtor não paga”. Segundo Pieringer, nenhuma empresa do mundo já fez isso. A startup aproveita as margens apertadas das indústrias de frango que querem reduzir o uso de antibióticos para a E.Coli. “Nosso produto não tem modificação genética nos fagos, é eliminado totalmente pelo frango e é muito mais seguro que o antibiótico”, explica a brasileira Sabrina Torgan, diretora financeira responsável por encurtar os caminhos da companhia no Brasil. Pieringer destaca a dificuldade que os produtores brasileiros têm para competir com as restrições que existem importantes importadores de proteína animal como os Estados Unidos, por exemplo. “O produtor pode ganhar até seis vezes mais se exporta um produto livre de salmonella”. O coquetel que combate a salmonella - o Inspektor-B - produzido pela startup foi aprovado pelo Ministério da Agricultura em 2023 e já é amplamente adotado no Brasil. A diretora financeira ressalta como a salmonella engargala a exportação de frango no Brasil. “O Mapa é muito rígido porque a salmonella não causa sintomas no frango, mas causa sérios problemas em humanos”. De acordo com o CEO, os tipos de produtos desenvolvidos na Europa e Estados Unidos não têm o mesmo funcionamento na América Latina. Enquanto as moléculas usadas em químicos são estudadas por anos, o desenvolvimento de produtos da PhageLab pode acontecer em 30 dias. “A grande diferença é que nós temos uma coleção de quase 7 mil bactérias provenientes de granjas do Brasil que estão sequenciadas e com essa informação sabemos exatamente o que o produtor precisa”. Fundada em 2010 no Chile, a empresa foi reconhecida como uma das 100 startups pioneiras em tecnologia pelo Fórum Econômico Mundial em 2024, realizado na China. A empresa tem cerca de 100 funcionários no total, sendo 12 brasileiros em um escritório em Curitiba. A projeção é terminar 2024 com 27.
Globo Rural
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Lotes 3 e 6: TCU determina alteração em projetos e contratos do pedágio no Paraná podem durar até 60 anos
Contratos de 30 anos, com possibilidade de renovação podem atrair mais investidores
O Tribunal de Contas da União (TCU) deliberou, em sessão plenária na última quarta-feira (7), 10 determinações, sendo que nove devem ser adotadas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e uma pelo Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI). Há ainda 14 recomendações para alteração, inclusão ou melhorias nos projetos que vão resultar em editais para os contratos dos lotes 3 e 6 do pedágio no Paraná. A principal imposição é relacionada ao período de concessão de 30 anos, que pode ser prorrogado por mais 30 anos, totalizando 60 anos de contratos nos trechos. O objetivo, segundo o gerente de Assuntos Estratégicos da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), João Arthur Mohr, é tornar os processos mais atrativos para que players internacionais possam se interessar pelos lotes na Bolsa de Valores (B3). A duração dos contratos dos lotes 1 e 2 do pedágio no Paraná, leiloados em 2023, é de 30 anos de concessão com mais cinco prorrogáveis. A determinação não altera as primeiras concessões, que estão em vigor desde o começo do ano com gestão das rodovias pelas novas administradoras. Para Mohr, do ponto de vista de tornar os lleilões mais atrativos a ampliação do prazo é positiva, mas há ressalvas. “Se existe a previsão no contrato, geralmente, há a prorrogação. Isso precisa ser visto no fim dos primeiros 30 anos, ver se os trabalhos são satisfatórios. Essa é a principal determinação feita pelo TCU entre as 10 apresentadas. É uma novidade para o modelo de concessões”, reforçou. O setor produtivo participou da discussão e elaboração do novo modelo de concessões no estado. Para o gerente de Assuntos Estratégicos da Fiep, as determinações são, de modo protocolar, fáceis de serem resolvidas e podem ser adequadas em poucos dias. “A ANTT pode cumprir por formalidades, com um ofício a ser enviado ao TCU”, completou ao avaliar que os pedidos não devem atrasar o processo previsto para ser concluído com leilão na B3 ainda neste ano. O voto com determinações e sugestões aos lotes 3 e 6, apresentado pelo ministro relator Walton Alencar Rodrigues e acompanhado por unanimidade pelos demais ministros, também determina que as obras não necessárias que impactariam nas tarifas aos usuários precisam ser incluídas aos contratos. O Paraná ainda precisa estruturar para os lotes 4 e 5 que só devem ter os processos encaminhados para análise do TCU em 2025. O TCU também determinou à ANTT e ao Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos providências para que 27,3km da rodovia estadual PR-090 no Norte do Paraná no lote 3 e em torno de 500 metros da rodovia federal BR-469, em Foz do Iguaçu, no lote 6, sejam incluídos nos respectivos projetos. Para o TCU, os trechos devem ser qualificados no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e inseridos no Programa Nacional de Desestatização (PND). A ANTT deve ainda revisar o Modelo Econômico-Financeiro (MEF) e retirar dos projetos custos de investimentos desnecessários ou não constantes no Programa de Exploração da Rodovia (PER) em trechos da PR-445, de Tamarana e Lerroville (distrito do município de Londrina) e na BR-277. A agência deverá ainda listar em ambos os Programas de Exploração da Rodovia os trechos urbanos que serão devolvidos ao poder concedente – ao governo federal, governo do estado ou municipal – diante da construção de contornos e adote os preços iniciais do contrato original de duplicação na estimativa dos custos dos investimentos necessários na BR-163, no oeste do Paraná.
Gazeta do Povo
Paraná tem melhor semestre da história na exportação de ovos
Foram 5.515 toneladas exportadas para 36 países, contra 3.721 toneladas no primeiro semestre de 2023, até então o melhor resultado. A receita também aumentou em 24,5%, passando de US$ 18,7 milhões no ano passado para US$ 23,3 milhões em 2024
A exportação de ovos e derivados cresceu 48,2% no Paraná no primeiro semestre de 2024, em relação ao mesmo período do ano anterior. É o melhor resultado da série histórica, iniciada em 1997. Foram 5.515 toneladas exportadas para 36 países, contra 3.721 toneladas no primeiro semestre de 2023, até então o melhor resultado. A receita também aumentou em 24,5%, passando de US$ 18,7 milhões no ano passado para US$ 23,3 milhões em 2024. Os dados constam no Boletim de Conjuntura Agropecuária, divulgado na quinta-feira (08) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Os itens que compõem o “complexo ovos” são os ovos férteis destinados à incubação e pintos (material genético), ovos frescos com casca, ovos cozidos e secos, gemas frescas e cozidas e ovoalbumina. O item mais representativo é de ovos de aves da espécie Gallus domesticus, para incubação, representando 98% da pauta total do Paraná. Segundo o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o México foi o principal destino dos produtos do complexo ovo no primeiro semestre deste ano no Paraná. Foram 2.302 toneladas exportadas, com receita de US$ 10,1 milhões. Dois países do continente africano aparecem na sequência. O Senegal importou do Paraná 1.109 toneladas, com receita de US$ 4,3 milhões, seguido de perto pela África do Sul, com 1.089 toneladas e US$ 4,7 milhões de receita cambial. Outros dois países da América do Sul completam o top cinco de maiores importadores. O Paraguai é o quarto destino dos ovos paranaenses, com 647 toneladas e US$ 2,4 milhões, e a Venezuela, com 294 toneladas e US$ 1,4 milhão, ocupa o quinto lugar. O ovo paranaense também possui mercado em países menores do que o próprio Estado. Chipre, no Oriente Médio, por exemplo, comprou 375 quilos no primeiro semestre. O país tem uma população de 1,2 milhão de habitantes, quase dez vezes menor que o Paraná. Antígua e Barbuda, no Oceano Pacífico, tem 93 mil habitantes e comprou dos produtores paranaenses 158 quilos. Além de estar entre os principais exportadores de ovoprodutos do Brasil, o Paraná também figura entre as principais portas de saída dos ovos e seus derivados para outros países. A Alfândega de Foz do Iguaçu registrou a saída de 1.157 toneladas no primeiro semestre deste ano, o quinto maior índice do Brasil. Ao todo, foram US$ 4,6 milhões em receita que passaram pela cidade do Oeste do Paraná. Outra porta de saída é o Porto de Paranaguá. Foram exportadas por lá 55 toneladas de ovo e seus derivados, com receita de US$ 94 mil. É o 14º destino de saída do Brasil, dentre 35 que registraram esse tipo de exportação.
SEAB-PR/DERAL
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar cai pelo 4º dia com exterior mais ameno e acumula queda de 3,43% na semana
O dólar à vista emplacou na sexta-feira a quarta sessão consecutiva de queda ante o real, chegando a oscilar abaixo dos 5,50 reais durante o dia, com as cotações refletindo novamente a busca por ativos de risco em todo o mundo
A moeda norte-americana à vista fechou o dia em queda de 1,05%, cotada a 5,5151 reais. Esta é a menor cotação de fechamento desde 17 de julho, quando encerrou em 5,4850 reais. Com o recuo dos últimos quatro dias, o dólar à vista acumulou baixa de 3,43% na semana. Foi a primeira queda semanal após três semanas consecutivas de ganhos. Às 17h05, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,38%, a 5,5285 reais na venda. A semana foi marcada por forte volatilidade nos mercados globais, que se refletiu nos negócios também no Brasil. Desde terça-feira novos dados sobre a economia norte-americana reduziram a expectativa por uma recessão iminente nos EUA, o que fez os investidores retomarem a busca por ativos de maior risco, como ações e moedas de países emergentes como o real, o peso chileno e o peso mexicano. O enfraquecimento do iene ante o dólar em sessões anteriores era outro fator, apontado por profissionais do mercado, para que as moedas de emergentes como o real tenham se fortalecido nos últimos dias. O movimento interrompeu desmontagens de operações de carry trade que, nas últimas semanas, vinham penalizando as divisas de emergentes. “Iniciamos a semana com um sentimento muito ruim em relação à recessão nos EUA, mas isso deu uma normalizada, o que se reflete nos juros e no câmbio”, comentou Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital, ao avaliar a queda firme do dólar ante o real e o fechamento da curva de juros brasileira na sexta. “Por mais que ainda tenha problemas fiscais, o Brasil ainda é um país com entrada de capital estrangeiro”, acrescentou. Neste cenário, o dólar oscilou em baixa durante toda a sessão. A baixa firme do dólar era vista também no exterior em relação às divisas de países emergentes e ante uma cesta de moedas fortes. Às 17h22 o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,14%, a 103,140.
Reuters
Ibovespa tem 4ª alta seguida e fecha na máxima desde fevereiro
O Ibovespa engatou a quarta alta consecutiva na sexta-feira e fechou na máxima desde o final de fevereiro, acima de 130 mil pontos, em meio à repercussão de uma bateria de balanços corporativos
Na contramão, Petrobras encerrou em baixa, um dia após reportar o primeiro prejuízo trimestral em quase quatro anos, além de ter cortado previsão de investimentos e anunciado 13,57 bilhões de reais em remuneração a acionistas, utilizando para o pagamento 6,4 bilhões de reais das reservas de capital. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou em alta de 1,52%, a 130.614,59 pontos, maior patamar de fechamento desde 27 de fevereiro (131.689,37), acumulando um acréscimo de 3,78% na semana, após três semanas acumulando sinal negativo. O volume financeiro no pregão somou 26,6 bilhões de reais. O cenário externo favorável a ativos de risco endossou a performance das ações brasileiras, com alta nos pregões em Wall Street, recuo nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, avanço do petróleo. A queda do dólar ante o real e o alívio na curva de juros no Brasil reforçaram o tom positivo. A equipe da Santander Asset Management afirmou que segue com posicionamento neutro na bolsa brasileira, conforme carta mensal enviada a clientes. Eles avaliam que tanto o valuation das empresas como as projeções de lucros seguem construtivos, podendo sustentar uma eventual alta do Ibovespa. No entanto, ponderam que o patamar elevado de juros no Brasil e nos EUA retira a atratividade por investimentos em ativos de risco. "Ainda não observamos um fluxo relevante do investidor estrangeiro na bolsa local e seguimos com poucos gatilhos que possam impactar positivamente o Ibovespa no curto prazo", afirmaram. Na pauta doméstica, o IPCA acelerou mais do que o previsto no mês passado, com alta de 0,38%, colocando a taxa em 12 meses em 4,50%, no limite da meta de inflação perseguida pelo Banco Central, o que referenda perspectivas de manutenção da taxa Selic em patamar restritivo, com risco de aumento. Para o economista-chefe da G5 Partners, Luis Otávio Leal, o IPCA contribui para a percepção de que o processo desinflacionário no Brasil será, de fato, mais desafiador e reforça a cautela externalizada pelo Banco Central, bem como a expectativa de que a Selic permaneça em 10,5% até o fim do ano.
Reuters
IPCA sobe 0,38% em julho e encosta no teto da meta em 12 meses, mostra IBGE
A inflação ao consumidor acelerou no país em julho, conforme o esperado, com a alta de preços de produtos como gasolina, passagens aéreas e energia elétrica compensando o custo menor de alimentação e bebidas
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,38 por cento em julho, após alta de 0,21 por cento no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira. No acumulado de 12 meses até julho, o IPCA teve alta de 4,50 por cento, teto da meta de inflação do Banco Central. Em junho, o índice estava em 4,23 por cento. Os números vieram um pouco acima das expectativas apontadas por pesquisa da Reuters com economistas de aumento de 0,35 por cento em julho, acumulando em 12 meses alta de 4,47 por cento. A alta da inflação no mês passado foi puxada pelos preços da gasolina, que subiram 3,15%, e das passagens aéreas, com salto de 19,39% no mês de férias escolares. As tarifas de energia elétrica aumentaram 1,93%, com a entrada em vigor da bandeira amarela, que impõe custo adicional aos consumidores. Os preços do grupo alimentação e bebidas, por outro lado, recuaram 1%, com queda de 1,51% na alimentação no domicílio. Na ata da mais recente reunião de política monetária do Banco Central, divulgada nesta semana, os diretores destacaram o arrefecimento da desinflação medida pelo IPCA cheio e notaram mais uma vez que a inflação subjacente -- que desconsidera alguns preços mais voláteis -- estava acima da meta nas divulgações recentes. Eles também disseram que não hesitarão em elevar os juros se considerarem necessário para assegurar a convergência da inflação à meta, que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Reuters
POWERED BY
EDITORA ECOCIDADE LTDA
041 3289 7122
041 99697 8868
Comments