Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 679 | 08 de agosto de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Sobe a cotação do “boi-China” em São Paulo
"A alta (do animal padrão-exportação) está pautada, em especial, pelo bom desempenho do volume de carne bovina in natura exportada”, explicam os analistas da Scot Consultoria. No Paraná, o boi vale R$235,00 por arroba. Vaca a R$210,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abate de sete dias.
Após a alta registrada na terça-feira (6/8) para a novilha, ontem foi a vez da cotação do “boi-China” subir no mercado paulista, informou a Scot Consultoria. “Apesar do aparente bom volume de contratos a termo, a alta (do animal padrão-exportação) está pautada, em especial, pelo bom desempenho do volume de carne bovina in natura exportada”, disseram os analistas da Scot. Com isso, o bovino abatido mais jovem (com até 30 meses de idade) registrou alta diária de R$ 2/@, atingindo R$ 232/@ em São Paulo (preço bruto e a prazo), com ágio de R$ 5/@ sobre o animal destinado ao mercado doméstico. Para as demais categorias terminadas, apurou a Scot, os preços não mudaram. Desse modo, a arroba do boi gordo “comum” está cotada em R$ 227/@, enquanto a vaca e a novilhas gordas seguem valendo R$ 205/@ e R$ 217/@, respectivamente. Segundo a Agrifatto, a oferta mais enxuta faz com que as cotações do boi gordo continuem a se valorizar, principalmente nas praças interioranas. Pelos dados levantados pela consultoria, no início desta semana, o destaque ficou para o boi gordo do Paraná, que registrou acréscimo de 1,54% no comparativo diário, atingindo e R$ 230,50/@. Na B3, todos os contratos futuros do boi gordo passaram por variações positivas na terça-feira (6/7). O vencimento para agosto/24 teve incremento de 0,55%, ficando precificado a R$ 238,30/@. O mês de julho/24 entrou para a história para o mercado de exportação de carne bovina brasileira. Foram embarcadas um volume recorde mensal de 237,27 mil toneladas do produto in natura no último mês, com um acréscimo de 47,56% em comparação a julho/23. Nesta semana, o mercado chinês tornou-se mais fluído e apresentou uma demanda um pouco mais forte pela carne bovina, devido à valorização do yuan frente ao dólar, informa a Agrifatto. “Isso tem desempenhado um papel importante, melhorando o ânimo dos importadores chineses”, acrescenta a consultoria. Dessa forma, continua a Agrifatto, os negócios de carne bovina com destino à China ficaram mais ativos, com a referência para o dianteiro bovino brasileiro atingindo US$ 4.550/tonelada. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na última terça-feira (6/8): São Paulo — O “boi comum” vale R$235,00 a arroba. O “boi China”, R$238,00. Média de R$236,50. Vaca a R$210,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abates de onze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$225,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de nove dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$230,00 a arroba. O “boi China”, R$235,00. Média de R$232,50. Vaca a R$208,00. Novilha a R$215,00. Escalas de sete dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$212,50. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de nove dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de doze dias; Pará — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$212,50. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de dezesseis dias; Goiás — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$225,00. Média de R$225,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de oito dias; Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$170,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de catorze dias; Maranhão — O boi vale R$200,00 por arroba. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de dez dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
SUÍNOS
Mercado dos suínos seguiu com preços estáveis na 4ª feira
Segundo informações divulgadas pela Scot Consultoria, a carcaça suína especial seguiu estável e está cotada em R$ 12,00/kg, enquanto o preço médio da arroba do suíno CIF também seguiu sem alteração e está próximo de R$ 153,00/@.
De acordo com o levantamento realizado pelo Cepea na última terça-feira (06), o Indicador do Suíno Vivo em Minas Gerais seguiu sem alteração e está cotado em R$ 7,97/kg. No Paraná, o preço do animal teve alta de 1,05% e está precificado em R$ 7,71/kg. Já na região do Rio Grande do Sul, o animal não teve ganho 0,42% e está precificado em R$ 7,20/kg. Em São Paulo, o valor ficou próximo de R$ 8,02 /kg e seguiu estável. Em Santa Catarina, o valor do suíno registrou ganho de 1,21% e está cotado em R$ 7,53/kg. Segundo as informações do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (IFAG), a carne suína registrou uma média de R$8,00/kg, sem variações em relação à semana passada. Durante o evento Salão Internacional de Proteína Animal (SIAVS), o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, destacou que o setor vive um momento de margens boas e com custos mais baixos de produção. “O setor está trabalhando com margens interessantíssimas de rentabilidade e custos mais baixos de produção. Com as exportações em ritmo aquecido, devemos ter essa consolidação da rentabilidade em 2025, somada à menor oferta de carne bovina, que favorece a demanda por suínos”, explicou. De acordo com o presidente da APCS, Valdomiro Ferreira, o mercado de suínos na praça paulista vem se recuperando de um cenário desafiador dos últimos anos. “Nós estamos iniciando uma recuperação e os preços praticados já trazem uma rentabilidade ao produtor, sendo que atualmente os preços estão em R$ 150,00 a R$ 152,00 por arroba”, destacou. Com relação aos custos de produção, a liderança paulista destacou que está próximo de R$ 142,00 por arroba, isso considerando os preços do milho de R$ 60,00 por saca e o farelo de soja em torno de R$ 2.200 a tonelada.
Cepea/Esalq
FRANGOS
Firmeza nos preços do mercado do frango
No fechamento da quarta-feira (07), a referência para o animal no Paraná ficou próxima de R$ 4,56/kg e seguiu estável. A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) divulgou que o frango vivo seguiu com estabilidade e sendo negociado em R$ 4,38/kg
A Scot Consultoria reportou que os preços do frango na granja paulista ficaram estáveis e cotado em R$ 5,30/kg, enquanto os valores para o frango no atacado paulista registraram valorização de 1,30% no comparativo diário e está sendo negociado em R$ 6,42/kg. Com base no levantamento realizado pelo Cepea na última terça-feira (06), o preço do frango congelado registrou alta de 0,42% e cotado em R$ 7,09/kg. Já a referência para o frango resfriado também teve ganho de 0,41% e está sendo comercializado em torno de R$ 7,32/kg.
Cepea/Esalq
EMPRESAS
Lucro da Minerva caiu 21% no segundo trimestre com impacto do câmbio
Ganho líquido foi de R$ 95,4 milhões no período. Apesar da queda no lucro líquido, a Minerva conseguiu expandir seus resultados operacionais ao longo dos 12 meses encerrados em junho
A Minerva, a maior exportadora de carne bovina da América do Sul, fechou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 95,4 milhões, o que representou uma queda de 21% em relação ao mesmo período do ano passado. Os impactos da variação cambial sobre o endividamento da companhia pesaram sobre o resultado. Segundo o diretor financeiro da companhia, Edison Ticle, houve uma despesa não caixa de mais de R$ 1 bilhão decorrente do aumento da cotação do dólar, mas a Minerva conseguiu minimizar esse impacto com a adoção de ferramentas de proteção. “A política de ‘hedge’ quase anulou a desvalorização cambial, e conseguimos manter o lucro positivo”, disse ele ao Valor. No segundo trimestre do ano passado, a Minerva ainda não havia fechado a compra de 16 plantas da Marfrig. Embora o acordo ainda não tenha recebido aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), ele já teve impacto sobre a dívida bruta da Minerva, que “gera uma despesa financeira muito maior neste ano”, pontuou Ticle. Questionado sobre a expectativa para a aprovação do Cade, Fernando Galletti de Queiroz, o principal executivo da Minerva, disse apenas que o processo está seguindo o prazo legal, que vai até o último trimestre do ano. Ainda que o lucro líquido tenha diminuído, a empresa conseguiu aumentar seus resultados operacionais. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) subiu 4,7% em comparação com o segundo trimestre de 2023, para R$ 744,6 milhões. A receita líquida, por sua vez, aumentou 5,4%, para R$ 7,66 bilhões. Galletti de Queiroz destacou que o ciclo de baixa oferta de gado nos Estados Unidos segue complicado para os americanos. Segundo ele, esse quadro permite que a carne da América do Sul ocupe mais espaço no mercado internacional como um todo. “Um exemplo é o Paraguai, que foi habilitado recentemente para exportar aos EUA e que, assim como Brasil, Argentina e Uruguai, está se beneficiando desse cenário”, afirmou ele. No segundo trimestre, os Estados Unidos representaram 13% da receita bruta da Minerva, uma fatia que a empresa considera expressiva. Ao todo, as vendas ao mercado externo foram responsáveis por R$ 5 bilhões da receita bruta no segundo trimestre. Com a queda dos preços médios, o faturamento caiu 1,9% no comparativo anual. Ásia e Oriente Médio também seguem relevantes para as exportações da companhia, respondendo, nessa ordem, por 21% e 8% da receita bruta no trimestre. A comercialização em mercados domésticos, que respondeu por R$ 3,15 bilhões da receita bruta, cresceu 18,9%. “Eles têm sido muito importantes”, disse Queiroz sobre os mercados em que a empresa faz vendas locais. No Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Colômbia, a Minerva tem plantas de produção de carne bovina, e na Austrália, dedicada a ovinos. Entre esses países, o mercado interno mais forte é o brasileiro. O volume de abates da empresa subiu 7,7%, para 1,099 milhão de cabeças de gado, e o de vendas aumentou 15,5%, para 362,7 mil toneladas. “Estamos abatendo mais animais pesados, por isso os volumes cresceram”, disse Queiroz. Para o executivo, a alimentação animal — composta por insumos como farelo de soja e milho — segue em patamares competitivos para a pecuária, o que é positivo também para a indústria.
Valor Econômico
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
China reduz embargo a exportação de carne de frango apenas para o Rio Grande do Sul
A Câmara de Comércio da China, CFNA, afirmou na quarta-feira que, a partir de 2 de agosto, as restrições às vendas de carnes de aves do Brasil só se aplicam aos produtos do estado do Rio Grande do Sul, que teve um surto isolado da doença de Newcastle no mês passado
Falando nos bastidores de uma conferência sobre alimentos em São Paulo, a vice-presidente da CFNA, Madame Yu Lu, citou uma declaração da autoridade alfandegária chinesa e do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais na quarta-feira. De acordo com um autoembargo brasileiro, o Brasil suspendeu a emissão de certificados sanitários de fornecedores para exportar produtos avícolas para a China a partir de 19 de julho, disse ela. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou que não havia recebido nenhuma informação oficial das autoridades brasileiras sobre a redução do embargo apenas para o Rio Grande do Sul. Em uma declaração enviada por e-mail, o Ministério da Agricultura do Brasil não comentou a posição mais recente das autoridades alfandegárias chinesas. O ministério disse que as restrições nacionais às exportações brasileiras de aves permanecem para a China, México e Argentina.
Reuters
México retoma compra de frango do Brasil, com exceção do Rio Grande do Sul
Os embarques estavam suspensos desde o dia 18 de julho, por causa da identificação de um foco de doença de Newcastle em uma granja, em Ata Gorda (RS)
Com a liberação do México, apenas China e Argentina mantém os embargos ao frango de todo o território brasileiro. O governo do México informou o Brasil que autorizou a retomada das exportações de carnes de aves brasileiras para lá. Os mexicanos, no entanto, ainda mantiveram a suspensão para os produtos do Rio Grande do Sul. O comunicado foi feito na noite de terça-feira (6/8). Na mesma data, o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa, havia comentado a expectativa de evoluir nessas negociações.
Globo Rural
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar cai no Brasil em novo dia de busca por ativos de risco
O dólar emplacou na quarta-feira a segunda sessão consecutiva de queda no Brasil, se reaproximando dos 5,60 reais, em sintonia com a baixa da moeda norte-americana ante outras divisas emergentes no exterior, em uma sessão marcada pela busca global por ativos de risco
O dólar à vista fechou o dia em queda de 0,62%, cotado a 5,6236 reais. Em dois dias a moeda norte-americana à vista acumulou baixa de 2,05%. Às 17h12, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,57%, a 5,6405 reais na venda. Na terça-feira investidores retomaram a busca por ativos mais arriscados, como ações e moedas de países emergentes, em movimento que teve continuidade na quarta-feira. “O exterior está definindo a queda do dólar ante o real. Os investidores esqueceram um pouco a história de possível recessão nos Estados Unidos e foram em busca do risco”, comentou durante a tarde o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik. Outro fator que contribuía para o movimento era a queda do iene, após uma autoridade do Banco do Japão minimizar as chances de nova alta de juros no curto prazo. Nas últimas semanas, o avanço da moeda japonesa vinha provocando uma desmontagem de posições de carry trade em todo o mundo -- inclusive de operações realizadas com o real. A queda do dólar ante o real estava em sintonia com os recuos da moeda norte-americana ante outras divisas de emergentes, como o peso mexicano, o rand sul-africano, a lira turca e o peso chileno. Por outro lado, em meio à baixa firme do iene, o dólar sustentava ganhos ante uma cesta de divisas fortes. Pela manhã o Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional em leilão para fins de rolagem do vencimento de 1º de outubro de 2024. À tarde o BC informou que o Brasil registrou fluxo cambial total positivo de 1,743 bilhão de dólares em julho, com saídas líquidas de 3,302 bilhões de dólares pelo canal financeiro e entradas de 5,046 bilhões de dólares pela via comercial.
Reuters
Ibovespa fecha em alta com alívio na curva de juros e balanços no radar
O Ibovespa fechou em alta na quarta-feira, em meio ao alívio na curva futura de juros, enquanto GPA disparou 9,5% após o balanço do segundo trimestre mostrar prejuízo menor, queda no endividamento e avanço operacional
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,87%, a 127.369,39 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo marcado 127.485,47 na máxima e 126.267,7 na mínima do dia. O volume financeiro movimentado no pregão somava 19,1 bilhões de reais antes dos ajustes finais.
Reuters
IGP-DI acelera mais do que o esperado em julho sob peso de commodities, diz FGV
O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) acelerou sua alta mais do que o esperado em julho devido principalmente ao avanço nos preços de commodities agrícolas e minerais para os produtores, além de preços mais altos aos consumidores, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na quarta-feira
O IGP-DI subiu 0,83% em julho, depois de avanço de 0,50% no mês anterior, acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,69%. O resultado levou o índice a subir 4,16% em 12 meses. "A taxa do índice ao produtor acelerou impulsionada pelo aumento dos preços de commodities agrícolas e minerais, além da alta no preço da gasolina. A taxa não foi ainda mais expressiva devido à retração dos preços de alimentos in natura", disse André Braz, coordenador dos índices de preços. No período, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do indicador geral, subiu 0,93%, de alta de 0,55% no mês anterior. No IPA, a alta no estágio de Matérias-Primas Brutas se fortaleceu a 1,54% em julho, ante 0,80% no mês anterior, sendo que as principais contribuições para esse movimento foram dos subgrupos de minério de ferro, que registrou no mês uma alta de 1,34%, e de bovinos, com avanço de 1,89%. Braz ainda destacou a aceleração no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) -- que responde por 30% do IGP-DI -- como um fator para o resultado do índice geral. O IPC teve alta de 0,54% em julho, de 0,22% em junho. Cinco das oito classes de despesa que compõem o índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (-0,75% para 3,48%), Transportes (0,19% para 1,09%), Habitação (0,13% para 0,61%), Despesas Diversas (0,44% para 1,84%) e Comunicação (-0,08% para 0,11%). O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), por sua vez, ficou próximo a estabilidade, com alta de 0,72% em julho, de 0,71% antes. O IGP-DI calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre o 1º e o último dia do mês de referência.
Reuters
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