Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 678 | 07 de agosto de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi gordo: cotações seguem firmes nas principais praças do país
De um lado, diz a Agrifatto, “os frigoríficos estão operando com um volume significativo de contratos a termo e de animais confinados”. Do outro, “os pecuaristas brasileiros seguem ‘amparados’ pelo ritmo acelerado das exportações e pela diminuição do abate de fêmeas”.
No Paraná, o boi vale R$235,00 por arroba. Vaca a R$210,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abate de sete dias.
Segundo os analistas da Scot Consultoria, é notável uma redução na oferta de fêmeas ao mercado, “um cenário comum para esta época do ano, pois a participação da categoria no abate de bovinos no segundo semestre é tradicionalmente menor comparado ao primeiro”. Com isso, o mercado do boi gordo iniciou a terça-feira (6/8) oferecendo R$ 3/@ a mais para a vaca gorda na praça de São Paulo, agora negociada por R$ 205/@, no prazo, segundo a Scot. Por sua vez, o boi gordo, a novilha gorda e o “boi-China” continuam valendo R$ 227/@, R$ 217/@ e R$ 230/@, respectivamente, acrescenta a Scot, ainda se referindo ao mercado paulista. Pelos dados da Agrifatto, o preço da arroba (média entre o animal “comum” e o “boi-China) em São Paulo subiu para R$ 236,50 nesta terça-feira (6/8). As demais regiões monitoradas pela consultoria (16 no total, além de SP) acompanharam o ajuste na praça paulista, levando a cotação média para R$ 218,40/@. “Oito das 17 praças valorizaram a arroba nesta terça-feira (SP, GO, MG, MS, MT, PA, PR e TO); as outras 9 mantiveram suas cotações estáveis”, destaca a Agrifatto. A virada de mês trouxe um tom mais positivo para o mercado atacadista da proteína animal em São Paulo, observou a Agrifatto. A carcaça bovina, que vinha com dificuldades para se firmar durante a última quinzena de julho/24, conseguiu se firmar e registrar alta de 0,78% na última semana, ficando cotada em média a R$ 15,50/kg, o maior nível semanal desde a terceira semana de julho/24, ressaltou a consultoria. O traseiro bovino foi quem puxou essa valorização da carcaça, disse a Agrifatto, registrando alta de 0,46% no comparativo semanal, para R$ 17,89/kg, “mas demonstrando potencial para superar os R$ 18,00/kg nas semanas vindouras”. O mês de agosto/24, prevê a consultoria, deve marcar a continuação desse movimento de alta para as proteínas animais no atacado paulista, estimulada pelas comemorações do Dia dos Pais (data marcada pelo aquecimento da procura pelos cortes para churrasco), em conjunto com o recebimento de salários neste início de mês. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na terça-feira (6/8): São Paulo — O “boi comum” vale R$235,00 a arroba. O “boi China”, R$238,00. Média de R$236,50. Vaca a R$210,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abates de onze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$225,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de nove dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$230,00 a arroba. O “boi China”, R$235,00. Média de R$232,50. Vaca a R$208,00. Novilha a R$215,00. Escalas de sete dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$212,50. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de nove dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de doze dias; Pará — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$212,50. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de dezesseis dias; Goiás — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$225,00. Média de R$225,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de oito dias; Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$170,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de catorze dias; Maranhão — O boi vale R$200,00 por arroba. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de dez dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
Volume exportado de carne bovina in natura registra recorde com 237,2 mil toneladas em julho/24
Apesar do aumento no volume embarcado, preço médio pago pela carne teve queda de 7,00% em julho/24
O volume exportado de carne bovina in natura alcançou 237,2 mil toneladas até a quinta semana de julho/24, segundo a Secretária de Comércio Exterior (Secex). O volume embarcado é recorde para a série histórica, sendo que o segundo melhor desempenho do produto foi registrado em maio de 2024, com 211,9 mil toneladas. No comparativo anual, o volume exportado em julho deste ano teve um incremento de 47,6% frente ao exportado no mês de julho do ano anterior, com 160,7 mil toneladas em 21 dias úteis. Já no comparativo mensal, o volume embarcado em julho/24 teve um avanço de 21,33% se comparado com junho/24, em com 195,5 mil toneladas. A média diária movimentada até a quinta semana de julho/24 ficou em 10,3 mil toneladas com aumento de 35,53%, frente ao volume total exportado em julho/23 que ficou em 7,6 mil toneladas. No comparativo mensal, a média diária cresceu 7,29% frente a média diária observada em junho/24, com 9,6 mil toneladas. O preço médio até a quinta semana de julho/24 ficou com US$ 4.408 mil por tonelada, queda de 7,00% frente aos dados divulgados em julho de 2023, com US$ 4.740 mil por tonelada. O valor negociado para o produto ficou em US$ 1,046 bilhão. No ano anterior foi de US$ 762,267 milhões. A média diária ficou em US$ 45,4 milhões, avanço de 37,2%, frente ao observado no mês de julho do ano passado, que ficou em US$ 36,2 milhões.
Agência Safras
Brasil deve ser confirmado em 2025 como livre de febre aftosa sem vacinação, diz ministro
Segundo Carlos Fávaro, isto será possível após uma auditoria da OMSA marcada para vir ao país em setembro. O Japão é um dos países mais exigentes para importação de carnes
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, espera que o Brasil receba no ano que vem o status de país livre de febre aftosa sem vacinação, uma chancela que é dada pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Segundo ele, isto será possível após uma auditoria da OMSA marcada para vir ao Brasil no próximo mês. "Isso significa mais oportunidades para abertura de mercados. Vamos abrir o mercado japonês, coreano, para bovinos e suínos", afirmou o ministro durante o Salão Internacional de Proteína Animal (Siavs). Fontes ouvidas pela Globo Rural disseram que Fávaro teria uma agenda marcada com técnicos e parlamentares japoneses nesta semana, após uma visita das autoridades do país asiáticos a uma unidade da JBS em Mozarlândia (GO). De acordo com pessoas a par do assunto, a delegação teria sido organizada pela embaixada do Japão e pode representar avanço na assinatura de um protocolo sanitário entre os dois países. O Japão é um dos países mais exigentes para importação de carnes e, normalmente, aceita a proteína bovina vinda de exportadores livres de febre aftosa sem vacinação. O governo brasileiro já confirmou esse status em maio, mas precisa da chancela da OMSA.
Globo Rural
SUÍNOS
Alta para o mercado de suínos em São Paulo; arroba sobe 2,68%
Segundo análise do Cepea, os preços médios mensais do suíno vivo e da carne estão em alta há três meses seguidos. Em julho (até o dia 30), a média do animal vivo é a maior desde abril de 2021, em termos reais (deflacionada pelo IGP-DI de junho/24), em algumas praças acompanhadas pelo Cepea
Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo subiu 2,68%, com preço médio de R$ 153,00, enquanto a carcaça especial teve elevação de 1,69%, fechando em R$ 12,00/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (6), os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 7,97/kg) e Rio Grande do Sul (R$ 7,17/kg). Houve leve alta de 0,26% no Paraná, chegando a R$ 7,63/kg, avanço de 0,27% em Santa Catarina, com preço de R$ 7,44/kg, e de 0,75% em São Paulo, fechando em R$ 8,02/kg.
Cepea/Esalq
Volume embarcado de carne suína em julho supera em 26% o registrado em julho/23
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações de carne suína in natura até a quinta semana de julho (23 dias úteis), encerraram julho superando em mais de 20% a receita e volume na comparação com julho de 2023
A receita obtida, US$ 287,5 milhões, representa 23,42% a mais do que o total arrecadado em todo o mês de julho de 2023, que foi de US$ 233 milhões. No volume embarcado, as 119.359 toneladas representam 26,28% de elevação em comparação ao total registrado em julho do ano passado, com 93.994 toneladas. Em relação ao mês de junho, o faturamento de US$ 287,5 milhões em julho representa aumento de 29,77% em comparação com US$ 221,6 milhões arrecadados em junho deste ano. No volume embarcado até o final de julho, 119.359 toneladas, ele é 27,14% superior em relação às 93.879 toneladas exportadas em junho. O faturamento por média diária foi de US$ 12,5 milhões, quantia 23,4% a maior do que julho de 2023. No comparativo com a semana anterior, alta de 0,20% observando os US$ 12,4 milhões vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 5.189 toneladas, houve elevação de 27% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado da semana anterior, incremento de 0,03%, comparado às 5.187 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.409, ele é 2,8% inferior ao praticado em julho passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa leve aumento de 0,16% em relação aos US$ 2.405 anteriores.
Agência Safras
FRANGOS
Frango no atacado em São Paulo sobe 1,42% na terça-feira (6)
O preço do frango no atacado paulista continuou subindo nesta terça-feira (6), em meio a cotações estáveis para demais setores. De acordo com análise do Cepea, os preços médios da carne de frango apresentaram movimentos distintos dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea em julho
Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo não mudou, custando, em média, R$ 5,30/kg, enquanto a ave no atacado subiu 1,42%, fechando em R$ 6,42/kg, em média, R$ 6,20/kg. Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, a R$ 4,38/kg, da mesma forma que no Paraná, custando R$ 4,56/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (5), a ave congelada teve tímido aumento de 0,14%, chegando a R$ 7,06/kg, enquanto o frango resfriado ficou estável em R$ 7,29/kg.
Cepea/Esalq
Receita das exportações de carne de frango em julho foi maior do que em julho/23
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) as exportações de carne de aves in natura até a quinta semana de julho (23 dias úteis), tiveram melhor desempenho na receita em comparação com junho deste ano do que com julho do ano passado
A receita obtida, US$ 825,5 milhões, representa 5,00% de aumento sobre o total arrecadado em todo o mês de julho de 2023, que foi de US$ 785,9 milhões. No caso do volume embarcado, as 436.699 toneladas representam aumento de 8,06% do total registrado em julho do ano passado, na quantidade de 404.124 toneladas. Em relação ao mês de junho, o faturamento de US$ 825,5 milhões em julho representa incremento de 13,20% em comparação com US$ 729,2 milhões arrecadados em maio deste ano. Já o volume embarcado até o final de julho, 436.699 toneladas, é 6,89% a maior do que as 408.543 toneladas exportada em maio. O faturamento por média diária até o momento do mês foi de US$ 35,8 milhões quantia 5% maior do que a registrada em julho de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 4,90% quando comparado aos US$ 37,7 milhões vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 18.986 toneladas, elevação de 8,1% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Comparado a semana anterior, retração de 4,54% em relação às 19.891 toneladas da semana anterior. No preço pago por tonelada, US$ 1.890, ele é 2,8% inferior ao praticado em julho do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa leve retração de 0,37% no comparativo com US$ 1.897 visto na semana passada.
Agência Safras
China ainda mantém embargo à carne de frango do Brasil, dizem autoridades
A China não voltou a comprar carne de frango do Brasil depois que um surto da doença de Newcastle foi detectado no mês passado, disseram dois funcionários do Ministério da Agricultura à Reuters na terça-feira
Falando nos bastidores de evento do setor, eles disseram que as conversas com as autoridades chinesas ainda estão em andamento, mesmo depois de o governo anunciar o controle do surto, o qual as autoridades disseram ter sido um caso isolado no Estado do Rio Grande do Sul.
As autoridades evitaram prever quando as vendas poderiam ser retomadas. A China é o parceiro comercial mais importante do Brasil, o maior exportador de carne de frango do mundo. Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura do Brasil, disse que a China pode entrar em contato com o Brasil sobre o fim do embargo nos próximos dias, possivelmente na próxima semana. Carlos Goulart, secretário de Defesa Agropecuária do Brasil, disse que estava aliviado pelo fato de o Brasil ter conseguido declarar na terça-feira o fim do "período de emergência sanitária" no Rio Grande do Sul, o que poderia ajudar na questão depois que ocaso de Newcastle foi confirmado, mas rapidamente controlado, em uma granja comercial na cidade de Anta Gorda. Goulart disse que, além da China, o México e a Argentina ainda não informaram quando voltarão a comprar produtos de frango do Brasil. Em relação à China em particular, Goulart disse que não pode prever quando Pequim autorizará novamente as importações. As autoridades do governo brasileiro afirmaram repetidamente que todas as informações necessárias. O governo também notificou a Organização Mundial de Saúde Animal sobre o fim do surto no final de julho. Em cerca de 90 dias, a organização deverá declarar o Brasil livre da doença viral, disse Goulart. Ele explicou que os países importadores não precisam esperar que isso aconteça para retomar as compras. A Newcastle é uma doença viral que afeta aves domésticas e selvagens, causando problemas respiratórios, entre outros sintomas, e pode levar à morte.
Reuters
México deve responder até esta quarta sobre retomada de compras de frango do Brasil
Importações foram suspensas após a confirmação de um caso da doença de Newcastle. Segundo o ministério da Agricultura, a expectativa é de retornar em breve os embarques de carne de frango ao mercado chinês
O governo do México deve responder até esta quarta-feira (7/8) sobre o retorno das importações de frango do Brasil, que foram suspensas temporariamente após a confirmação de um caso da doença de Newscastle em uma granja de Anta Gorda (RS) no mês passado, disse o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa. "Com a ajuda do Itamaraty, tivemos uma reunião ontem com o órgão de controle do México e devemos ter uma resposta entre hoje e amanhã. Estou muito otimista, eles entenderam, não há nenhuma questão técnica a ser vencida, é mais uma formalização", afirmou a jornalistas nos bastidores do Salão Internacional de Proteína Animal (Siavs). Segundo Perosa, a China mandou um comunicado ontem ao governo brasileiro dizendo que recebeu todas as informações necessárias sobre a ocorrência de Newcastle e agora deve processar para dar o retorno.
"Estou muito confiante, tanto com a China quanto com o México. Eu não tenho dúvida nenhuma que em breve teremos os dois mercados abertos", enfatizou. Mais cedo, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, também havia citado durante o evento que a expectativa é de retornar em breve os embarques ao mercado chinês. O Ministério da Agricultura informou à Globo Rural que estão sendo providenciadas todas as informações técnicas necessárias para que haja uma reavaliação de risco e a redução das restrições para o raio de 10 km ao redor da propriedade onde o foco foi notificado. As informações foram enviadas para México, China e Argentina, que ainda restringem as exportações de carne3 de aves de todo o país, e para aqueles que restringem produtos do Rio Grande do Sul, como Rússia e Arábia Saudita. "Essa é uma redução considerável na área de restrição e reflete a ausência de novas suspeitas de foco", disse a pasta em nota. No dia 31 de julho, o Departamento de Saúde Animal atualizou a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) com um relatório das ações de vigilância realizadas na região, destacando a ausência de novas suspeitas de casos da doença, o que justificaram a limitação da área de restrição às exportações.
Globo Rural
EMPRESAS
Câmbio derrubou lucro da Frigol no 2º trimestre
Empresa encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 1,7 milhão, forte queda em relação aos R$ 24,1 milhões registrados no mesmo período de 2023. “Variação cambial afeta nosso endividamento de forma imediata”, disse Eduardo Miron, da Frigol
A Frigol encerrou o segundo trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 1,7 milhão, uma queda de quase 93% em relação aos R$ 24,1 milhões registrados no mesmo período de 2023. Segundo a empresa, quinto maior frigorífico de carne bovina do país, o resultado foi impactado pela variação cambial no período. Em contrapartida, o desempenho operacional da companhia se mostrou mais robusto, refletindo uma “estratégia de aumento de produção, custos diluídos, foco em mercados mais rentáveis e clientes mais estratégicos”, disse o CEO da Frigol, Eduardo Miron, à reportagem. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) avançou 58,7% no segundo trimestre, para R$ 46,1 milhões — um ano antes atingira R$ 29 milhões. A receita líquida alcançou R$ 786,9 milhões no período, alta de 4,4% no comparativo anual. Na avaliação de Miron, o efeito negativo da variação cambial é temporário e natural no resultado líquido da empresa. A variação cambial não caixa do semestre foi de R$ 24,5 milhões. “Afeta nosso endividamento negativamente de forma imediata, mas sem efeito caixa, porém afeta positivamente nossas vendas em dólar (que são mais de 50% de nosso faturamento hoje)”, afirmou ele. Segundo o CEO, a expectativa é que esse efeito do câmbio se alinhe ao longo do tempo, e que o impacto sobre a alavancagem da Frigol também seja dissipado. Apesar de a dívida líquida ter crescido 5% no segundo trimestre, para R$ 253,7 milhões, a alavancagem — medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda — baixou de 2,4 vezes no segundo trimestre de 2023 para 1,3 vez no mesmo período deste ano. “Caso tenhamos uma diminuição da taxa do dólar, esse efeito sobre o endividamento se reverte. Caso o câmbio suba ainda mais, teremos novamente uma perda temporária no balanço, com o aumento dos ganhos operacionais em reais esperados para os próximos períodos”, disse. A Frigol abateu cerca de 169 mil bovinos no segundo trimestre do ano, um crescimento de 23,4% em relação ao segundo trimestre de 2023, em função dos investimentos feitos para aumento da produção em suas três unidades no ano passado. As vendas de carne bovina foram mais focadas no mercado interno, disse Miron, onde a empresa encontrou margens melhores, principalmente em produtos de maior valor agregado. Na exportação, o destaque foi a alta de 143,2% nas vendas para Israel. “Ainda neste ano, estamos trabalhando em novas emissões [de certificados de recebíveis do agronegócio ou títulos verdes] em continuidade ao nosso processo de ‘liability management’, incluindo operações suportadas pelas nossas ações de sustentabilidade”, disse Eduardo Masson, CFO da Frigol.
Globo Rural
INTERNACIONAL
Uruguai: Exportações de carne bovina para a China são as mais baixas desde 2016
A menor produção de carne bovina devido ao menor abate e os preços relativamente baixos oferecidos pelos importadores chineses continuam pressionando para baixo os volumes exportados pelo Uruguai para a China
Em julho, de acordo com dados dos pedidos de exportação da alfândega, o Uruguai exportou 26.324 toneladas de carne bovina fresca, 2.500 toneladas a menos do que em junho e a menor quantidade mensal até agora neste ano. Desse volume, apenas 10.054 toneladas foram embarcadas para a China, 38% do total, longe dos mais de 70% quando em 2021/22 o país asiático dominava a demanda por essa proteína. As exportações para a China em julho foram as mais baixas para esse mês desde 2016, oito anos atrás. As exportações de carnes desossadas e congeladas para a China totalizaram 6.603 toneladas, quase a mesma quantidade exportada para os Estados Unidos (6.596 toneladas). O valor médio de exportação para os EUA (US$/t 5.534) é quase US$/t 900 mais alto do que o valor médio de exportação para a China. Além disso, 3.318 toneladas de carne bovina com osso foram embarcadas para a China a um valor médio de US$/t 2.957. Nos primeiros sete meses do ano, as exportações de carnes desossadas e congeladas para a China caíram 28%, enquanto as exportações para os Estados Unidos aumentaram 105%. Entre os principais destinos, há também um crescimento significativo nas exportações para a Rússia, Israel, Japão e Itália. As exportações de carne bovina uruguaia para os países da União Europeia cresceram 21% em volume até o momento neste ano. De acordo com as solicitações de exportação informadas pela Alfândega, elas acumulam 20.731 toneladas, com um crescimento percentual maior no caso de cortes congelados (30% anual para 7.713 toneladas) do que em cortes resfriados (17% para 13.018 toneladas). O aumento nas exportações de carne congelada se deve principalmente ao crescimento de 78% nas vendas para a Itália (3.391 toneladas), o principal destino desses produtos. No caso dos produtos resfriados, os volumes enviados para todos os destinos da UE aumentaram.
Tardáguila Agromercados
Governo argentino reduz taxa de exportação de carne bovina para 6,75%
O governo da Argentina reduziu na terça-feira em 25% um imposto sobre as exportações de carne bovina, para 6,75%, ante 9% previamente, cumprindo parcialmente a promessa que o presidente libertário Javier Milei fez aos produtores agrícolas
A Argentina é tradicional exportador mundial de carne bovina, que se destina principalmente ao mercado chinês. A medida foi tomada "para promover vendas para mercados externos, melhorar o nível de renda dos produtores e processadores, favorecendo a inserção nos mercados internacionais", afirma o decreto publicado no Diário Oficial. Milei, um ultraliberal de direita, havia prometido durante sua campanha presidencial no ano passado que eliminaria impostos sobre as exportações de produtos agrícolas caso se elegesse.
Reuters
EVENTOS
Maior salão da proteína animal do Brasil começou na terça-feira, com a presença de cooperativas paranaenses
Começou na terça-feira (06) o "Salão Internacional de Proteína Animal (Siavs)", o maior evento da indústria frigorífica do Brasil, no novíssimo Distrito Anhembi, em São Paulo (SP)
Começa na terça-feira (06) o "Salão Internacional de Proteína Animal (Siavs)", o maior evento da indústria frigorífica do Brasil, no novíssimo Distrito Anhembi, em São Paulo (SP). Organizado pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o evento tem entrada gratuita e reunirá mais de 100 marcas brasileiras de empresas e cooperativas produtoras e exportadoras de aves, suínos, bovinos, ovos e peixes, em meio aos mais de 30 mil metros quadrados dedicados exclusivamente ao Siavs. Único do tipo no Brasil, o "Siavs" reunirá empresas produtoras e exportadoras e fornecedores das indústrias – unindo toda a cadeia produtiva em um único espaço, de ponta a ponta. Entre os expositores, estão as cooperativas paranaenses C. Vale, Lar, Copacol, Frimesa e a cooperativa de crédito Sicoob.
OCEPAR
ABPA anuncia recorde de exportação de carne suína durante abertura do SIAVS
Salão Internacional de Proteína Animal ocorre entre os dias 6 e 8 de agosto, em São Paulo. Começou na terça-feira (6), em São Paulo (SP), o Salão Internacional de Proteína Animal (SIAVS). Com participação de mais 100 marcas brasileiras de empresas e cooperativas produtoras e exportadoras de aves, suínos, bovinos, ovos e peixes, presença de delegações de cerca de 50 países, o evento é considerado um dos maiores encontros do setor no mundo
Na cerimônia de abertura, estiveram presentes ministros, três governadores, parlamentares e representantes da cadeia produtiva nacional. Em sua fala inaugural, Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), organizadora do evento, anunciou o recorde de mais de 120 mil toneladas de carne suína brasileira exportada somente no mês de julho. Santin ressaltou ainda a importância da suinocultura e da avicultura para a economia nacional. Juntos, os segmentos são responsáveis por um valor bruto anual de produção que supera os R$ 350 bilhões, além de gerarem mais de 10 milhões de postos de trabalho, entre diretos e indiretos. Nos últimos 30 anos, a cadeia também gerou R$ 1,5 trilhão de receita fiscal em exportação. Com um discurso otimista, de reforço à resiliência e à força do agro brasileiro, Santin enumerou os principais desafios e oportunidades para que o país amplie ainda mais sua representatividade no cenário global a partir da agroindústria. Na terça, horas antes da abertura do SIAVS, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) declarou oficialmente o fim do estado de emergência zoossanitária no Rio Grande do Sul em decorrência da doença de Newcastle, identificada no município de Anta Gorda em 17 de julho. Presente no evento, o ministro Carlos Fávaro aproveitou para ressaltar a organização do segmento e a parceria do estado brasileiro com entidades como a ABPA para a rápida solução do caso. "Faz pouco mais de 20 dias que identificamos essa situação e ela está resolvida", disse. "Isso mostra a importância da organização e a estrutura que temos na cadeia de proteína animal", completou, ressaltando também a transparência durante todo o processo. O compromisso com a biosseguridade também foi um dos diferenciais mencionados pelo presidente da ABPA. No entanto, segundo ele, é preciso avançar em outras frentes. Ao fim do evento, a entidade entregou para o ministro e demais autoridades presentes um documento com as intenções do setor para que o Brasil amplie não apenas a sua competitividade internacional, mas também a produtividade e eficiência da produção no campo. Além do ministro Carlos Fávaro, participaram da cerimônia de abertura o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, de Santa Catarina, Jorginho Mello, e do Paraná, Ratinho Jr.; a senadora e ex-ministra Tereza Cristina, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado, Pedro Lupion; o secretário de Agricultura de São Paulo, Guilherme Piai; o secretário de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco, Cícero Moraes; entre outros. O SIAVS acontece no Distrito Anhembi, na capital paulista, nos dias 6, 7 e 8 de agosto. O credenciamento para o congresso pode ser realizado pelo site www.siavs.com.br e a entrada para a visita à feira é gratuita. Para conferir a programação completa do evento, acesse o site siavs.com.br.
ABPA
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Deral indica colheita do milho chegando ao final no Paraná
Trabalhos já passam dos 92% no estado
Segundo levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná, 92% das lavouras da segunda safra de milho já foram colhidas no estado, avançando dos 85% da semana passada. O restante está totalmente em maturação. Os técnicos do Deral ainda classificaram 27% das áreas como em boas condições, 46% como em médias e 27% em ruins. Esses índices ficaram inferiores aos 38%, 38% e 24%, respectivamente, da semana anterior. Detalhando a situação do milho paranaense, o Deral indica que, a “colheita do milho está se aproximando da conclusão e continua com produtividades abaixo da média, ainda que não de forma generalizada”. A publicação acrescenta ainda que, “com os preços praticados, que muitas vezes não cobrem os custos operacionais da cultura, a comercialização segue lenta”.
SEAB-PR/DERAL
Brasil deve ser confirmado em 2025 como livre de febre aftosa sem vacinação, diz ministro
Segundo Carlos Fávaro, isto será possível após uma auditoria da OMSA marcada para vir ao país em setembro. O Japão é um dos países mais exigentes para importação de carnes
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, espera que o Brasil receba no ano que vem o status de país livre de febre aftosa sem vacinação, uma chancela que é dada pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Segundo ele, isto será possível após uma auditoria da OMSA marcada para vir ao Brasil no próximo mês. "Isso significa mais oportunidades para abertura de mercados. Vamos abrir o mercado japonês, coreano, para bovinos e suínos", afirmou o ministro durante o Salão Internacional de Proteína Animal (Siavs). Fontes ouvidas pela Globo Rural disseram que Fávaro teria uma agenda marcada com técnicos e parlamentares japoneses nesta semana, após uma visita das autoridades do país asiáticos a uma unidade da JBS em Mozarlândia (GO). De acordo com pessoas a par do assunto, a delegação teria sido organizada pela embaixada do Japão e pode representar avanço na assinatura de um protocolo sanitário entre os dois países. O Japão é um dos países mais exigentes para importação de carnes e, normalmente, aceita a proteína bovina vinda de exportadores livres de febre aftosa sem vacinação. O governo brasileiro já confirmou esse status em maio, mas precisa da chancela da OMSA.
Globo Rural
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar cai abaixo de R$5,70 com alívio externo e ata do Copom
Após um salto nas sessões mais recentes, o dólar encerrou a terça-feira em queda firme ante o real, abaixo dos 5,70 reais, com as cotações refletindo o ambiente de menor estresse nos mercados globais e a ata do último encontro do Copom, com indicações de que a Selic pode subir no curto prazo se necessário
Depois de encerrar a segunda-feira no maior valor desde 20 de janeiro de 2021, o dólar à vista fechou a terça-feira em queda de 1,44%, cotado a 5,6588 reais. Em agosto, a moeda norte-americana passou a acumular alta de apenas 0,05%. Às 17h20, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,14%, a 5,6705 reais na venda. Na segunda-feira o dólar à vista chegou a oscilar acima dos 5,86 reais durante o dia, em meio a receios de que os EUA possam entrar em recessão rapidamente. Na terça os mercados globais operaram com a percepção de que houve certo exagero na leitura da véspera, o que favoreceu a queda do dólar ante boa parte das divisas de emergentes, incluindo o real. Internamente, a ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada pela manhã, contribuiu para o movimento de queda do dólar ante o real, ao sugerir chances maiores de a taxa básica Selic subir no curto prazo para segurar a inflação -- algo que, em tese, favorece a moeda brasileira. Na ata, o BC indicou que não hesitará em elevar a Selic para assegurar a convergência da inflação à meta se julgar apropriado. A mensagem foi considerada por parte do mercado como hawkish (dura) e, em reação, a curva de juros brasileira passou a precificar chances majoritárias de o Copom elevar em 25 pontos-base a Selic já em sua reunião de setembro. A possibilidade de juros mais baixos nos EUA e mais altos no Brasil no curto prazo -- algo que torna o mercado brasileiro mais atrativo ao capital internacional -- fez o dólar ceder ante o real durante todo o dia. No exterior, no fim da tarde o dólar tinha leve alta ante seus pares fortes, mas cedia ante outras divisas de emergentes, como o peso chileno e o peso colombiano. O real era a moeda que mais se valorizava globalmente ante o dólar.
Reuters
Ibovespa fecha em alta puxado por bancos e melhora externa
O Ibovespa fechou em alta na terça-feira, com as ações de bancos entres os destaques positivos, com Bradesco ainda embalado pela repercussão positiva ao balanço divulgado na véspera, enquanto Itaú reporta seu resultado após o fechamento
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,86%, a 126.345,63 pontos, de acordo com dados preliminares, apoiado ainda na melhora do cenário externo, com Wall Street fechando com ganhos ao redor de 1%. Durante a sessão, o Ibovespa marcou 126.966,28 pontos na máxima e 125.261,37 pontos na mínima. O volume financeiro no pregão somava 20,3 bilhões de reais antes dos ajustes finais.
Reuters
Balança comercial brasileira tem superávit de US$7,640 bi em julho, diz ministério
A balança comercial brasileira registrou superávit de 7,640 bilhões de dólares em julho, apontaram dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados na terça-feira. Pesquisa da Reuters com economistas apontava expectativa de saldo positivo de 7,7 bilhões de dólares para o período.
Reuters
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