Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 675 | 02 de agosto de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi gordo: início de agosto com preços estáveis
O mercado do boi gordo encerrou julho/24 com preços estáveis, refletindo o maior equilíbrio efetivo das forças de oferta e demanda, segundo relataram os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). No Paraná, o boi vale R$230,00 por arroba. Vaca a R$208,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de sete dias
Segundo apurou o Cepea, cresceram as expectativas de aumento no consumo doméstico de carne bovina no curto prazo, em função da proximidade do Dia dos Pais, mas, até o momento, “não há mudanças importantes no segmento varejista”. No acumulado de julho (até o dia 30), o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 registrava alta de 3,2%, fechando a R$ 232,50 na quarta-feira (31/7). De acordo com levantamento da Scot Consultoria, no mercado paulista, o boi gordo começou agosto com estabilidade. “Apesar da redução na oferta observada em julho, as escalas de abate continuam confortáveis”, afirmam os analistas da Scot. Segundo a consultoria, em São Paulo, os preços de todas as categorias, exceto as novilhas, permanecem estáveis há 11 dias. Para as novilhas, a estabilidade tem duração de seis dias. Com isso, o boi gordo paulista segue valendo R$ 227/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 202/@ e R$ 217/@ (preços brutos e a prazo). O “boi-China” (base SP) está cotado em R$ 230/@, com ágio de R$ 3/@ sobre o boi gordo “comum”, acrescenta a Scot. Pelos dados apurados pela Agrifatto, na quinta-feira,1/8), o preço do boi gordo em São Paulo subiu para R$ 232,50/@ (média entre o animal “comum” e o “boi-China”). Nas outras 16 regiões monitoradas pela consultoria, o valor médio aumentou para R$ 216,70/@. “Três das 17 praças monitoradas valorizaram a arroba: SP, ES e RJ”, destaca a Agrifatto. As outras 14 regiões mantiveram suas cotações estáveis, acrescenta. No mercado futuro, o contrato do boi gordo com vencimento em agosto/24 encerrou a quarta-feira (31/7) cotado a R$ 236,20/@, com valorização de 0,21% em relação ao dia anterior. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na quinta-feira (1/8): São Paulo — O “boi comum” vale R$230,00 a arroba. O “boi China”, R$235,00. Média de R$232,50. Vaca a R$210,00. Novilha a R$218,00. Escalas de abates de onze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$2108,00. Escalas de abate de nove dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$235,00. Média de R$230,00. Vaca a R$208,00. Novilha a R$215,00. Escalas de sete de oito dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de nove dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de dez dias; Pará — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de nove dias; Goiás — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de sete dias; Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$170,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de treze dias; Maranhão — O boi vale R$200,00 por arroba. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de dez dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
SUÍNOS
Estabilidade nas cotações no mercado de suínos em 1º de agosto
O primeiro dia de agosto foi de cotações com predomínio de estabilidade para o mercado de suínos
Segundo análise do Cepea, os preços médios mensais do suíno vivo e da carne estão em alta há três meses seguidos. Em julho (até o dia 30), a média do animal vivo é a maior desde abril de 2021, em termos reais (deflacionamento pelo IGP-DI de junho/24), em algumas praças acompanhadas pelo Cepea. Segundo pesquisadores deste Centro, o impulso vem da maior procura por novos lotes de suínos para abate para atender às demandas interna e externa. De acordo com a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 149,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 11,80/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (31), houve tímida queda somente em Minas Gerais, na ordem de 0,13%, chegando a R$ 7,96/kg. Os valores ficaram estáveis no Paraná (R$ 7,63/kg), no Rio Grande do Sul (R$ 7,15/kg), em Santa Catarina (R$ 7,42/kg), e São Paulo (R$ 7,91/kg). A quinta-feira (1) mostrou preços em elevação para a suinocultura independente nas principais praças que comercializam o animal nesta modalidade. Oferta controlada de animais e demanda aquecida seguem sendo os motivos para esta tendência altista.
Cepea/Esalq
Suinocultura independente: agosto começa com preços em alta
A quinta-feira (1) mostrou preços em elevação para a suinocultura independente nas principais praças que comercializam o animal nesta modalidade. Oferta controlada de animais e demanda aquecida seguem sendo os motivos para esta tendência altista
Em São Paulo, o mercado apresentou alta, saindo de R$ 8,11/kg vivo para R$ 8,27/kg vivo, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). No mercado mineiro, o preço ficou estável em R$ 8,00/kg vivo pela quarta semana consecutiva, agora, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal subiu, saindo de R$ 7,53/kg vivo para R$ 7,58/kg vivo.
Agrolink
Suínos/Cepea: Médias sobem por três meses consecutivos
Levantamentos do Cepea mostram que os preços médios mensais do suíno vivo e da carne estão em alta há três meses seguidos
Em julho (até o dia 30), a média do animal vivo é a maior desde abril de 2021, em termos reais (deflacionamento pelo IGP-DI de junho/24), em algumas praças acompanhadas pelo Cepea. Segundo pesquisadores deste Centro, o impulso vem da maior procura por novos lotes de suínos para abate para atender às demandas interna e externa. Quanto às exportações, a média diária nos primeiros 20 dias úteis de julho é de 5,2 mil toneladas de carne suína in natura, 10,5% acima da registrada no mês passado e 15,7% superior à do mesmo período de 2023 – dados Secex. Caso esse desempenho se mantenha, julho renovará o recorde de volume escoado, podendo alcançar 119,3 mil toneladas embarcadas no mês, considerando-se toda a série histórica da Secex, iniciada em 1997.
Cepea
Frigoríficos apostam em miúdos para ganhar o mercado chinês de carne suína
Objetivo é ocupar o espaço da União Europeia, caso a China decida impor medidas antidumping contra o bloco europeu. China é o principal destino das exportações brasileiras de carne suína, mas com queda acumulada de 40,3% nos embarques deste ano
A exportação de miúdos é a aposta da indústria brasileira de proteína animal para ocupar o espaço da União Europeia no mercado chinês de carne suína caso o país asiático decida, de fato, impor medidas antidumping contra o bloco europeu. Atualmente, a China é o principal destino das exportações brasileiras, mas com queda acumulada de 40,3% nos embarques deste ano, com 127,9 mil toneladas. “A gente entende que caso a China decida por adotar uma medida antidumping contra a União Europeia, que é o grande fornecedor desses miúdos internos para a China, o Brasil pode ser uma alternativa par prover esse produto”, avalia o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua. A previsão da entidade é de que o Brasil exporte até 1,325 milhão de toneladas de carne suína este ano, o que representará um crescimento de 7,7% em relação a 2023 quando foram registradas 1,23 milhão de toneladas. Para 2025, a expectativa é de que sejam exportadas até 1,375 milhão de toneladas. Atualmente, apenas o Estado de Santa Catarina pode exportar miúdos e carne suína com osso para a China por ser reconhecido pelo país como uma zona livre de febre aftosa sem vacinação. A expectativa do setor é de que os Estados de Rio Grande do Sul, Paraná e Acre recebam o mesmo reconhecimento a partir de um pedido já realizado pelo Brasil e que prevê também a inclusão de “miúdos vermelhos”, de maior valor agregado. Para o setor, este é um mercado estratégico na China. Destino de 21% das exportações brasileiras, o país registrou uma queda de 29% nas suas importações totais de carne suína nos cinco primeiros meses deste ano quando somada todos os cortes e países de origem. A queda é reflexo da recuperação da produção chinesa após a crise gerada pela Peste Suína Africana, mas o volume importado de miúdos no mesmo período cresceu 2,3%, para 474 mil toneladas, sendo 80% desse volume oriundo da Europa. “A China está se adequando e não está deixando de importar, mas adquirindo cortes complementares”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo. O cálculo da ABPA é de que, só do Rio Grande do Sul, a exportação e miúdos e carne com osso para a China gere uma receita entre US$ 100 e US$ 150 milhões. “Esta é uma pauta bastante presente, defendida pelo vice-presidente Alckmin na Cosban, e esperamos ter evolução nisso”, observou Santin.
Globo Rural
FRANGOS
Frango congelado ou resfriado em SP com altas na quinta-feira (1)
Altas tímidas para a ave congelada ou resfriada no mercado paulista nesta quinta-feira (1) no mercado do frango, com demais preços estáveis
Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo não mudou, custando, em média, R$ 5,30/kg, assim como a ave no atacado, fechando em R$ 6,25/kg, em média, R$ 6,20/kg. Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, cotado a R$ 4,37/kg, da mesma forma que no Paraná, custando R$ 4,53/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta-feira (31), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado tiveram ligeira alta de 0,14%, custando, respectivamente, R$ 7,02/kg e R$ 7,26/kg.
Cepea/Esalq
CARNES
ABPA faz projeções para produção e exportação de aves, suínos e ovos em 2024 e expectativa inicial para 2025
ABPA traz ainda previsões de consumo do setor
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) projeta que o ano de 2024 será positivo para a produção de carne de frango no país, com estimativa de crescimento de 1,8% no volume produzido, podendo chegar a 15,1 milhões de toneladas neste ano e com perspectivas iniciais de até 15,35 milhões de toneladas em 2025 (+2,3% em relação à 2024). O consumo anual da proteína habitante neste ano deve se manter nos patamares do ano passado, em torno de 45 kg per capita/ano, com possibilidade de incremento para 46 kg per capita/ano no ano seguinte (+2% em relação à 2024). Por sua vez, as exportações de carne de frango devem crescer até 2,2% este ano, com estimativas de vender ao exterior 5,25 milhões de toneladas em 2024, com expectativa de chegar a 5,35 milhões de toneladas em 2025 (+1,9% em relação à 2024). “Em relação às projeções divulgadas no final do ano passado, estamos estimando uma leve redução. Ainda assim, os volumes projetados de produção e exportação de carne de frango deverão novamente renovar o recorde neste ano de 2024, em um ano seguramente mais positivo para a avicultura quando comparado aos últimos dois anos e mesmo com os desafios do caso isolado de Newcastle que já está sendo superado pelo Brasil” explica o presidente da ABPA, Ricardo Santin. Já a produção brasileira de carne suína poderá crescer 1% em 2024, atingindo um volume de 5,2 milhões de toneladas, com o consumo per capita interno estabilizado em 18 kg por habitante/ano (estável). Para 2025, as previsões iniciais indicam possibilidade de aumento de até 1%, chegando eventualmente a 5,25 milhões de toneladas (+1% em relação à 2024), mantendo o consumo per capita em torno de 18 kg por habitante/ano (estável). As exportações de carne suína devem encerrar 2024 com volume recorde de até 1,325 milhão de toneladas, crescimento de até 7,7% em relação ao ano anterior. Para 2025, a projeção inicial indica exportações de até 1,375 milhão, alta estimada de até 3,8% em relação a 2024. “Em um contexto internacional no qual o principal exportador, a União Europeia, tem reduzido sistematicamente as suas exportações, o Brasil vem ganhando espaço no mercado internacional. Aliado às recentes aberturas ou ampliações de mercado conquistadas, as projeções indicam volumes recordes neste ano de 2024, com diversificação dos mercados compradores de nossa carne suína”, destaca o diretor de mercados da ABPA, Luis Rua. A produção de ovos no Brasil poderá chegar a 56,9 bilhões de unidades em 2024, crescimento de até 8,5% se comparado ao ano passado. A projeção da Associação indica ainda que para 2024 o consumo também vai crescer 8,5%, totalizando 263 unidades por habitante/ano. Para 2025, a estimativa inicial de produção é de até 57,5 bilhões de unidades, crescimento estimado de 1% em relação a 2024. Já as exportações deverão apresentar recuo de até 20%, com 20 mil toneladas previstas. Contudo, em 2025, está prevista uma retomada do crescimento do volume exportado, com 22 mil toneladas exportadas e alta de 10%. “Tivemos um primeiro semestre com demanda bastante aquecida no mercado interno, o que diminuiu o ímpeto de exportações do setor. Estimamos um consumo per capita recorde em nosso país neste ano de 2024”, destaca o presidente.
ABPA
LEGISLAÇÃO
Governo Federal assina decreto que regulamenta as atividades de autocontrole dos agentes privados regulados pela defesa agropecuária
Documento foi assinado pelo presidente Lula e pelo ministro Carlos Fávaro durante evento em Mato Grosso
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, assinaram, na quarta-feira (31) em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá (MT), o decreto que regulamenta os programas de autocontrole dos agentes privados regulados pela defesa agropecuária. O documento ainda regula o Programa de Incentivo à Conformidade em Defesa Agropecuária para os setores de produtos de origem animal, comestíveis e não comestíveis, e de produtos destinados à alimentação animal. O decreto, que será publicado em edição extra do Diário Oficial da União, dispõe também sobre os procedimentos de inspeção e fiscalização da defesa agropecuária baseados em risco. Permitindo, a partir de agora, que o estado destine recursos priorizando situações de maior risco à coletividade, em vez de desperdiçá-los em casos de baixo risco ou risco desprezível. “Esta regulamentação reflete a preocupação do Governo em preservar os objetivos da defesa agropecuária e de respeito à autonomia da iniciativa privada, marcando uma mudança de abordagem no modelo regulatório da defesa agropecuária, permitindo a aplicação pioneira de um ‘modelo regulatório responsivo’”, destaca o ministro Carlos Fávaro, enfatizando a importância do diálogo entre reguladores e regulados, propiciando um aumento da transparência nos processos. As novas regulamentações refletirão em modernização, retirando o intervencionismo do poder público e estabelecendo o princípio do autocontrole, de modo a permitir que os procedimentos de inspeção e fiscalização agropecuária passem a ter um perfil mais “inteligente”. “O Decreto do Autocontrole oportuniza ao Estado direcionar seus recursos para situações de maior risco à coletividade, e, simultaneamente, confere mais responsabilidade ao agente privado, sem prejuízo das ações de regulação e fiscalização, competências indelegáveis do Estado”, explica o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart. No autocontrole, os agentes privados têm a obrigatoriedade de implantar, executar, monitorar, verificar e corrigir procedimentos, processos de produção e distribuição de insumos agropecuários, alimentos e produtos de origem animal ou vegetal, visando garantir sua inocuidade, identidade, qualidade e segurança. Os programas de autocontrole foram criados para garantir a inocuidade, identidade, qualidade e segurança dos produtos agropecuários e serão implantados, monitorados, verificados e mantidos pelos agentes privados regulados. A Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Mapa será a responsável por estabelecer em normas complementares os requisitos específicos para cada setor produtivo necessários ao desenvolvimento dos programas de autocontrole, bem como os procedimentos e periodicidade para a sua verificação oficial, considerando as avaliações de risco. O Programa de incentivo à conformidade em defesa agropecuária, instituído em 2020, tem como objetivo estimular o aperfeiçoamento de sistemas de garantia da qualidade, robustos e auditáveis, visando consolidação de um ambiente de confiança recíproca entre o Poder Executivo e os agentes regulados. O programa exige por parte do estabelecimento regulado o compartilhamento em tempo real de dados operacionais e de qualidade com a fiscalização agropecuária, tendo como contrapartida benefícios e incentivos, na forma do regulamento. A adesão é voluntária, podendo ser solicitada por sistema eletrônico por estabelecimentos de produtos de origem animal, comestíveis e não comestíveis e de produtos destinados à alimentação animal, registrados junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária.
MAPA
Governo publica decreto que regulamenta programas de autocontrole agropecuário
O ato torna efetiva a lei nº 14.515/22 relatada pelo senador Luis Carlos Heinze
Na quinta-feira, 1, foi publicado no Diário Oficial da União – DOU – o decreto que regulamenta a Lei do Autocontrole. O texto traz regras gerais para implementação do Programa de Incentivo à Conformidade em Defesa Agropecuária incluindo competências, mensuração de riscos, princípios e penalidades impostas em caso de descumprimento. O senador Luis Carlos Heinze – PP/RS –, que relatou a matéria e atuou pela aprovação destacou a importância da medida. “Demorou um ano e sete meses para regulamentação ser publicada, mas ainda assim é uma grande conquista. O sistema atual está sobrecarregado. Agora temos um caminho viável que propõe um trabalho conjunto entre Estado e o setor privado, sem renunciar à segurança”, afirmou Heinze. O texto contempla 31 artigos que trazem conceitos e orientações para criação de programas de autofiscalização, a exemplo da classificação geral de riscos que deverá considerar a natureza, severidade e probabilidade. A adesão ao modelo é voluntária. O decreto define ainda que o manual de orientações deverá ser produzido pelas entidades representativas, considerando a legislação vigente. As normas específicas para cada setor deverão ser publicadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, bem como os procedimentos e periodicidade da chamada verificação oficial, que serão aplicadas a depender das avaliações de risco.
• Íntegra do decreto 12.126/24
Agência Senado
EMPRESAS
Unidade da BRF pega fogo no Paraná
O incêndio já está controlado e não houve feridos no incidente; segundo a empresa, a produção foi destinada a unidades próximas. Incêndio na unidade da BRF em Carambeí (PR)
Um incêndio de grandes proporções atingiu a unidade de frangos de corte da BRF, em Carambeí, no interior do Paraná, na madrugada da quinta-feira (1/8). O fogo, que começou por volta da 1 hora e atingiu o setor de produção, no frigorífico da empresa, foi controlado nas primeiras horas da manhã. Não há registro de feridos no incidente, segundo informações do Corpo de Bombeiros. A planta está com as operações paralisadas preventivamente, embora o fogo já tenha sido contido. Por ficar no centro da cidade paranaense, ruas no entorno da unidade estão com o trânsito interrompido. Durante a manhã, bombeiros e integrantes da Defesa Civil de Carambeí acompanharam o rescaldo do incêndio e devem permanecer no local no período da tarde. A quadra em que a indústria é instalada permanece isolada. Segundo Laucenir Andrade, diretor do Departamento de Segurança, Trânsito e Defesa Civil do Corpo de Bombeiros de Carambeí, ainda não há informações sobre as causas do incêndio. Por meio de nota, a BRF confirmou que o incêndio ocorrido em uma parte da unidade de Carambeí foi totalmente contido e não houve fatalidades. “Seguindo protocolos de segurança, o local foi imediatamente evacuado e os colaboradores enviados para suas casas”, diz a nota. A companhia informou ainda que “possui seguro para este tipo de ocorrência e, seguindo o seu plano de contingência, a produção foi destinada a outras unidades próximas”.
Globo Rural
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Terminal de Contêineres de Paranaguá bate recorde de produtividade
Terminal de Contêineres de Paranaguá cresceu 37% no primeiro semestre
A TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, alcançou um recorde histórico de produtividade para o primeiro semestre: 37% de crescimento acumulado na movimentação de contêineres, número que chegou a 780.457 TEUs (medida equivalente a um contêiner de 20 pés). No ano passado, 569.601 TEUs haviam sido movimentados no mesmo período. As exportações de contêineres pelo terminal alcançaram uma alta 35%, chegando a 296.396 TEUs, enquanto as importações cresceram 19%, atingindo a marca de 148.902 TEUs. Segundo o gerente comercial, de logística e de atendimento da TCP, Giovanni Guidolim, “o aumento da produtividade no Ttrminal mostra a confiança do mercado em operar por Paranaguá, uma vez que conseguimos oferecer serviços personalizados e atendimento especializado aos nossos clientes de diversos segmentos." No primeiro semestre 2024, os setores que mais exportaram foram o de carnes e congelados (127.136 TEUs), madeira (66.648 TEUs), e papel e celulose (49.582 TEUs), que registraram um crescimento de 5%, 78%, e 106%, respectivamente. Já nas importações, os mercados de maior destaque foram o automotivo e de veículo (42.691 TEUs), e de químicos e petroquímicos (21.792 TEUs), com altas de 10% e 49%, respectivamente. Todo este volume de cargas também trouxe um novo recorde de produtividade no cais do terminal: 511 navios atracam nos primeiros seis meses, número 30% superior aos 393 registrados no mesmo período de 2023. Carolina Merkle Brown, gerente comercial de armadores destaca que “o recorde está alinhado com a estratégia da TCP de atuar como um hub portuário, centralizando as operações dos armadores de maneira segura e eficiente, garantindo, assim, maior capacidade de movimentação e novas oportunidades de negócios para o trade brasileiro." Com a chegada de duas novas linhas de longo curso e duas de cabotagem neste ano, a TCP conta hoje com 20 serviços marítimos e 24 escalas semanais.
Gazeta do Povo
Paraná é o segundo principal exportador de suínos reprodutores de raça pura
Este é um dos principais temas do Boletim de Conjuntura Agropecuária produzido pela Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento. No 1º semestre apenas Paraná e São Paulo enviaram animais de raça pura ao Exterior. Estado arrecadou US$ 83 mil com esse segmento vendendo para Argentina e Paraguai
Dados do Agrostat, plataforma que acompanha o setor no comércio exterior, do Ministério da Agricultura e Pecuária, mostram que São Paulo liderou as receitas do segmento com US$ 314 mil, o que representa 79% do valor total. O Paraná ficou com 21%, ou US$ 83 mil. O Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 26 de julho a 1º de agosto, preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, aponta que neste ano dois países adquiriram os suínos brasileiros para aprimoramento genético de rebanhos: Argentina e Paraguai. A Argentina investiu 89% dos recursos destinados a suínos reprodutores de raça pura no Estado de São Paulo (US$ 314 mil) e o restante (US$ 39,7 mil) no Paraná. Já os paraguaios concentraram 100% de suas compras no plantel paranaense, deixando US$ 43,3 mil no Estado. No sentido contrário, o Brasil investiu US$ 2,3 milhões na importação de suínos de alto valor genético no primeiro semestre de 2024. São Paulo também liderou esse ranking com US$ 918 mil na compra de animais dos Estados Unidos, Canadá e França. Minas Gerais pagou US$ 831 mil por suínos da Dinamarca, enquanto o Paraná buscou alta genética na Noruega e Canadá, por US$ 627 mil. “O Brasil investe continuamente no setor devido ao aporte de granjas especializadas em genética, que trazem ao País suínos reprodutores com características aprimoradas de desempenho, qualidade da carne e reprodução”, disse a veterinária Priscila Cavalheiro Marcenovicz, analista de suinocultura do Deral. “Esse investimento é essencial para melhorar a produtividade do rebanho nacional e manter a competitividade do país na produção global de suínos”. O Agrostat também mostrou que no primeiro semestre o Brasil exportou 29.571 toneladas de carne de peru, o que resultou em US$ 74,3 milhões em receitas. Comparativamente com o mesmo período do ano anterior, a queda é de 16,7% em volume (35,5 mil toneladas) e de 32,2% em valores (US$ 109,8 milhões). Neste ano a liderança na exportação ficou com Santa Catarina, que vendeu 13.164 toneladas e arrecadou US$ 32,8 milhões. Rio Grande do Sul, com 10.121 toneladas e US$ 25,5 milhões, ficou em segundo; e o Paraná foi o terceiro, com 6.269 toneladas e US$ 15,9 milhões em receitas. A colheita do milho da segunda safra 23/24 avançou durante a semana, atingindo 85% dos 2,5 milhões de hectares. A expectativa é que o trabalho esteja encerrado ainda na primeira quinzena de agosto.
SEAB-PR/DERAL
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar salta ao maior valor desde dezembro de 2021 influenciado por exterior e Copom
O dólar continuou o movimento mais recente de alta ante o real, fechando a quinta-feira na maior cotação desde dezembro de 2021, acima dos 5,70 reais, em um dia de aversão a ativos de risco em todo o mundo e de reação do mercado doméstico a sinalizações dadas na véspera pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central
O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,7364 reais na venda, em alta de 1,43%. Esta é a maior cotação de fechamento desde 21 de dezembro de 2021, no terceiro ano do governo de Jair Bolsonaro, quando encerrou a 5,7394 reais. Em 2024, o dólar acumula valorização de 18,24%.
Às 17h20, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,42%, a 5,7545 reais na venda. A quinta-feira foi marcada pela aversão dos investidores a ativos de maior risco, como o real brasileiro, o peso chileno, o peso mexicano e ações listadas em bolsa, entre outros.
O dólar sustentou ganhos firmes ante a maior parte das demais divisas, em meio a receios de que a guerra entre Israel e Hamas se espalhe pelo Oriente Médio após o líder do Hamas Ismail Haniyeh ter sido assassinado na véspera em Teerã, capital do Irã. No Brasil, o dólar chegou a ceder durante a manhã em alguns momentos, mas a pressão altista vinda do exterior acabou se sobrepondo. Depois das 11h o dólar iniciou uma escalada ante o real que colocou as cotações acima dos 5,70 reais durante a tarde. Outro fator externo de sustentação do dólar, na visão do diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik, foram os dados decepcionantes do setor industrial chinês, um dos maiores compradores de commodities do Brasil. Apesar de a aversão ao risco ser global, o real era a moeda que mais se desvalorizava ante o dólar em todo o mundo. Isso porque o dólar também reagia ao comunicado do Copom na noite de quarta-feira, quando a taxa básica de juros foi mantida em 10,50%. O colegiado pediu cautela "ainda maior" na política monetária, avaliando também que a percepção dos agentes econômicos sobre o cenário fiscal tem impactado preços de ativos e expectativas de mercado, mas não deu sinalizações claras sobre seus próximos passos. "O movimento do dólar no Brasil está alinhado com o externo, mas está um pouco mais forte aqui em função de vários fatores", comentou durante a tarde o gerente da mesa de Derivativos Financeiros da Commcor DTVM, Cleber Alessie Machado. Segundo ele, ainda que o Copom tenha indicado estar preocupado com os efeitos do câmbio e das expectativas sobre a inflação, o colegiado não demonstrou intenção de subir a taxa básica Selic nos próximos meses -- ainda em 2024 ou no início de 2025 -- como era esperado por parte do mercado. "Isso é negativo para o real no curto prazo", avaliou Machado. A curva de juros brasileira também refletiu esta percepção na quinta-feira, com a queda das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) de curto prazo.
Reuters
Ibovespa fecha em queda com piora externa
O Ibovespa fechou em queda na quinta-feira, com a piora em Wall Street abrindo espaço para alguns movimentos de realização de lucros na bolsa paulista no primeiro pregão de agosto, enquanto WEG voltou a renovar máximas após sinalizar que as margens devem permanecer resilientes no curto prazo
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou em queda de 0,19%, a 127.412,95 pontos, de acordo com dados preliminares, após tocar 128.761,54 pontos na máxima da sessão. Na mínima, chegou a 127.149,63 pontos. O recuo ocorre após o Ibovespa acumular em julho uma alta de 3%. O volume financeiro na bolsa nesta quinta-feira somava 21,2 bilhões de reais antes dos ajustes finais.
Reuters
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