CLIPPING DO SINDICARNE Nº 670 DE 26 DE JULHO DE 2024
- prcarne
- 26 de jul. de 2024
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 670 | 26 de julho de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Preço da novilha gorda sobe em São Paulo
Após um período de cinco dias úteis de acomodação na cotação, mercado paulista abriu as compras ofertando mais R$ 2/@ pela categoria, apontou a Scot Consultoria. No Paraná o boi vale R$230,00 por arroba. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de oito dias.
O mercado pecuário de São Paulo abriu a quinta-feira (25/7) ofertando R$ 2/@ pela novilha gorda, que agora vale R$ 217/@, segundo apuração da Scot Consultoria. O preço desta categoria subiu após um período de cinco dias úteis de acomodação no preço, acrescenta a Scot. Para as demais categorias, os preços ficaram estáveis na comparação diária. Dessa maneira, na região paulista, o boi gordo está cotado em R$ 227/@, a vaca gorda em R$ 202/@ e o “boi-China” é negociado por R$ 230/@ (ágio de R$ 3/@ sobre o animal macho destinado ao mercado interno) – preços brutos e a prazo. “Apesar da alta de 0,9% na comparação dia a dia para a novilha, as indústrias frigoríficas de São Paulo vêm comprando apenas o necessário para manter as escalas de abate, que estão, em média, para 10 dias”, observa a Scot, que acrescenta: “Muitos dos abates estão sendo para o cumprimento dos contratos a termo, o que deixa o mercado spot sem firmeza”. Pelos dados levantados pela Agrifatto, nesta quinta-feira, o preço médio da arroba em São Paulo (entre o “boi comum” e o animal com padrão-China) ficou citado em R$ 230/@ no mercado paulista. Nas outras 16 regiões acompanhadas pela Agrifatto, a média permaneceu em R$ 219,10/@. Todas as 17 praças monitoradas mantiveram as suas cotações laterais para o boi gordo, ressaltaram os analistas da Agrifatto. “O mercado físico manteve os preços estáveis na maioria das regiões de produção, com viés de alta em algumas poucas áreas”, ressalta a consultoria. Além disso, continua a Agrifatto, alguns compradores estenderam o prazo de pagamento do animal abatido para além de trinta dias nas ofertas de balcão. No mercado futuro, na quarta-feira (24/7), os contratos futuros voltaram a subir de forma tímida na B3. O papel com vencimento em julho de 2024 fechou a R$ 231,55/@, registrando acréscimo de 0,41% em relação ao dia anterior. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na última quarta-feira (24/7): São Paulo — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$235,00. Média de R$230,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abates de onze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$222,50. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de dez dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$227,50. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de oito dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de onze dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de doze dias; Pará — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de onze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$225,00. Média de R$222,50. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de sete dias; Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$170,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de doze dias; Maranhão — O boi vale R$200,00 por arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de dez dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
Associações perderão direito sobre nomes de raças
O Projeto de Lei 1220/24, que estabelece regras para a rotulagem de carne bovina, está em análise na Câmara dos Deputados
O objetivo é assegurar transparência ao consumidor e a participação de profissionais qualificados no processo. A proposta permite que frigoríficos e outros estabelecimentos indiquem a raça do animal abatido em seus rótulos, seguindo diretrizes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Este será responsável por definir critérios técnicos para a certificação da rotulagem, incluindo a caracterização fenotípica das raças de bovinos, em colaboração com associações de raças e profissionais qualificados. O texto proíbe a apropriação dos nomes das raças pelas associações de criadores. Além disso, permite que, mediante autorização, profissionais de medicina veterinária ou de zootecnia implementem o controle de qualidade e a certificação. “O projeto de lei busca garantir a participação democrática e plural na definição das normas de rotulagem, impedindo que as associações tenham monopólio descabido”, afirmou o deputado Marco Brasil (PP-PR), autor da proposta. O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, também precisará ser aprovado n Desenvolvimento Rural; de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
SUÍNOS
Poucas mudanças nos preços do mercado de suínos
Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 149,00, enquanto a carcaça especial caiu 0,84%, fechando em R$ 11,80/kg, em média
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (24), houve tímida queda de 0,13% no Paraná, chegando a R$ 7,63/kg, e alta sutil de 0,14% em Santa Catarina, valendo R$ 7,41/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 7,97/kg), Rio Grande do Sul (R$ 7,16/kg), e em São Paulo (R$ 7,89/kg). O mercado da suinocultura independente nesta quinta-feira (25) esfriou em relação às semanas anteriores. Lideranças do setor apontam o fator 'fim de mês', que reduz o consumo na ponta final, além do aumento dos preços desestimulares, em certa medida, as compras.
Cepea/Esalq
Suinocultura independente: mercado arrefece no encaminhamento para o final do mês
O mercado da suinocultura independente na quinta-feira (25) esfriou em relação às semanas anteriores com o fator 'fim de mês', que reduz o consumo na ponta final, além do aumento dos preços que desestimulou, em certa medida, as compras.
Em São Paulo, o mercado ficou estável em R$ 8,11/kg vivo, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). No mercado mineiro, o preço ficou estável em R$ 8,00/kg vivo pela terceira semana consecutiva, agora, sem acordo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal caiu, saindo de R$ 7,55/kg vivo para R$ 7,53/kg vivo. No Paraná, entre os dias 18/07/2024 e 24/07/2024, o indicador do preço do quilo do suíno vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) informou alta de 0,52%, fechando a semana em R$ 7,82/kg vivo.
Agrolink
Suínos/Cepea: Preços têm movimentos distintos
Os preços do suíno vivo e da carne vêm apresentando movimentos distintos dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea
Segundo pesquisadores deste Centro, os aumentos foram influenciados pela firme demanda da indústria por novos lotes de animais para abate. Esse foi o caso dos mercados independentes do suíno vivo nos estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul. As quedas em algumas praças, por sua vez, decorreram do típico enfraquecimento da procura na segunda quinzena do mês, devido ao menor poder de compra da população, ainda conforme explicam pesquisadores do Cepea.
Cepea
FRANGOS
Brasil comunica fim do foco de doença de Newcastle a órgão internacional de saúde animal
Indústria de aves prioriza retomada das exportações
O governo brasileiro comunicou a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) do encerramento do caso de doença de Newscastle no Rio Grande do Sul, afirmou o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Carlos Goulart. Os países importadores também serão informados sobre a conclusão dos trabalhos para erradicação do foco, identificado no município de Anta Gorda. A expectativa é de que a rápida resposta do serviço sanitário brasileiro para identificar, conter e eliminar o vírus do plantel comercial ajude no levantamento dos embargos às exportações, medida obrigatória em situações de ocorrência da Doença de Newscastle. “Tivemos um foco, que já foi sanitizado. Foram adotados todos os procedimentos do Plano de Contingência e que hoje o Departamento de Saúde Animal conclui e notifica a OMSA. Isso não significa que as ações na região serão interrompidas", afirmou Goulart em entrevista à Globo Rural. Ele disse que a comunicação com os países importadores é diária para atualização das medidas adotadas na região de Anta Gorda, mas que a notificar à OMSA pode acelerar o tempo de reação dos clientes comerciais brasileiros. A conclusão do foco ocorre apenas uma semana depois da confirmação do caso. As amostras foram coletadas na granja em Anta Gorda (RS) em 9 de julho e encaminhadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) de Campinas (SP). O prazo para a conclusão do foco, de acordo com as regras sanitárias, era de 21 dias. “Paramos de certificar porque fizemos nossa obrigação nos protocolos acordados com os países importadores. E agora estamos avisando a todos eles que não temos mais o problema e vamos aguardar a reação deles para voltar a certificar”, acrescentou. Após a conclusão do foco, será necessário aguardar 90 dias sem nova ocorrência de vírus de Newcastle no Brasil para que a OMSA declare o país como zona livre da doença. Mas a retomada do fluxo normal das exportações não depende do retorno oficial desse status sanitário, reforçou o secretário. “A reação dos países importadores não depende do reconhecimento da OMSA, não é vinculante, é na negociação bilateral. Pode ser antes ou depois”, disse. O secretário, no entanto, evitou estimar o prazo para a volta das vendas externas. Clientes de peso, como China e México, seguem com restrição em todo o país. A área negocial da Pasta, com os adidos agrícolas baseados nesses países, deve adotar estratégia específica para viabilizar a retomada do comércio no menor prazo possível, disse Goulart. O diretor do Departamento de Saúde Animal, Marcelo Mota, disse que a conclusão do foco foi possível graças às ações adotadas na propriedade onde o caso foi confirmado e no seu entorno. Segundo ele, todas as propriedades rurais no raio de 10 quilômetros já foram visitadas e agora será realizada uma segunda rodada de vistorias nos estabelecimentos no perímetro de 3 quilômetros do foco. Também será feito um controle no abate das aves alojadas em granjas dessa região. “Encerramos o foco, mas continuamos com as ações. O foco foi encerrado por conta do trabalho de limpeza e desinfecção promovida na área e a primeira varredura feita na região. A fonte de foco está eliminada e não houve espalhamento. Isso nos ajuda a antecipar a contagem de tempo para conclusão da atividade total e volta à condição sanitária anterior”, afirmou na entrevista. “A informação de hoje é importante porque quer dizer que não existe mais risco da fonte de infecção. E que fizemos o monitoramento nas propriedades vizinhas, e ele não se espalhou. É essa informação que interessa para que mantenhamos a certificação do sistema de produção avícola comercial brasileiro. Ele não foi violado. É uma situação que consideramos pontual para esse estabelecimento. A cadeia não está comprometida”, reforçou. A redução na abrangência zoosanitária anunciada pelo governo federal só foi possível mediante o descarte de outros casos suspeitos da doença, que deram negativo para Newcastle após análises realizadas no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) de Campinas (SP).
Globo Rural
Presidente da ABPA destaca avanços na questão de doença de Newcastle no RS
Divulgação de análises e redução de zona de abrangência deve dar novo impulso ao restabelecimento das exportações
O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, ressaltou ontem a importância da divulgação das análises em torno do caso isolado de Doença de Newcastle, após registro positivo de um único caso em granja localizada no município de Anta Gorda (RS). Os resultados foram divulgados no início da noite, pelo Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil. De acordo com o presidente da ABPA, a divulgação das análises confirma a expectativa do setor em torno da situação identificada na granja avícola. “Era um resultado já esperado pelos produtores. Agora, a atenção está em torno dos avanços do inquérito epidemiológico e das tratativas para o restabelecimento integral do fluxo de exportação. Precisamos de máxima agilidade para o retorno da normalidade”, destacou. Ontem, também, o Ministério da Agricultura atualizou a zona de abrangência de emergência zoosanitária do entorno da unidade produtora com a ocorrência, reduzindo o raio para os municípios Anta Gorda, Doutor Ricardo, Putinga, Ilópolis e Relvado. “A redução da zona de abrangência foi especialmente importante para outro anúncio feito pelo Ministério das autossuspensões, avançando especialmente em mercados com os mercados que identificamos como Lista Brasil. Há forte expectativa, agora, quanto à agilização das negociações com os mercados que responderam às autossuspensões estabelecidas pelo Brasil, como é o caso da China. O Ministro Fávaro, com seus secretários Carlos Goulart e Roberto Perosa e suas equipes sempre foram altamente efetivos nas tratativas internacionais e, por isto, estamos certos de que este processo será otimizado. Em relação ao impacto inicial estimado, entendemos hoje que será menor do que o previamente projetado”, ressaltou Santin.
ABPA
Newcastle: México deve liberar carne de aves do Brasil certificada até 25 de junho
Informação está em comunicado sobre restrições de exportação motivadas pelo foco de Doença de Newcastle no Rio Grande do Sul
O governo do México deve liberar as cargas de carne de aves do Brasil certificadas até 25 de junho. A informação está na portaria do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura que atualiza as restrições de exportação motivadas pelo caso de Doença de Newscastle encontrado em uma granja no município de Anta Gorda (RS). De acordo com o comunicado, a informação foi transmitida pelo governo brasileiro pelo adido baseado na Embaixada do Brasil em território mexicano. O país é um dos três para os quais estão suspensos os embarques de produtos da avicultura de todo o país. Os outros dois são Argentina e China. Os gaúchos também não podem comercializar com Bolívia, Chile, Cuba, Peru e Uruguai. Para os demais países importadores, já foi possível atender um pleito apresentado pelo setor avícola gaúcho na quarta-feira e reduzir o autoembargo às vendas externas à zona de restrição ou ao raio afetado, o que reduz o impacto na cadeia produtiva. É o caso da União Europeia, para onde estavam bloqueadas as exportações de todo o Estado do Rio Grande do Sul. Essa regra também vale para Japão, Coreia do Sul e Israel, por exemplo, e outras dezenas de nações, como África do Sul, Albânia, Arábia Saudita, Canadá, Cazaquistão, Egito, Filipinas, Hong Kong, Índia, Jordânia, Kosovo, Macedônia, Marrocos, Maurício, Mianmar, Montenegro, Namíbia, Paquistão, Polinésia Francesa, Reino Unido, República Dominicana, Sri Lanka, Tailândia, Taiwan, Tadjiquistão, Timor Leste, Ucrânia, União Econômica Euroasiática, Vanuatu e Vietnã. De acordo com o Ministério da Agricultura, as regras de restrição de exportações serão revisadas diariamente, a depender das negociações com os mercados importadores. A Pasta informa que tem passado todas as informações para os parceiros comerciais. Ao todo, já são cinco casos negativados desde a semana passada pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA-SP), em Campinas. Não há nenhuma suspeita em análise no momento.
Valor Econômico
Cotações estáveis no mercado do frango na quinta-feira (25)
Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo não mudou, custando, em média, R$ 5,30/kg, enquanto a ave no atacado caiu 0,81%, fechando em R$ 6,10/kg, em média
Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, cotado a R$ 4,37/kg, da mesma forma que no Paraná, custando R$ 4,43/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta-feira (24), a ave congelada teve recuo de 1,13%, chegando a R$ 7,03/kg, enquanto o frango resfriado cedeu 0,68%, fechando em R$ 7,26/kg.
Cepea/Esalq
CARNES
Produção de carnes deve bater recorde; Conab vê queda de preços
Autarquia estima que oferta maior vai permitir mais exportações e maior disponibilidade doméstica. Produção de carne bovina deve aumentar 7,1% em 2024, estima a Conab
A produção das três principais carnes do país somadas - bovina, suína e de frango - deve registrar um novo recorde, alcançando 30,77 milhões de toneladas em 2024. A projeção, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), representa um crescimento de 3,5%. E a autarquia prevê que esse aumento deve levar a uma redução de preços para o consumidor. “Com a produção recorde, teremos mais carne no mercado, cai o preço ao consumidor e vai aumentar também as exportações, o que é excelente para a economia brasileira", afirmou o presidente da Conab, Edegar Pretto. A disponibilidade interna das carnes, somadas, deve aumentar, alcançando 21,12 milhões de toneladas, enquanto as exportações devem subir cerca de 5,2%, para 9,73 milhões de toneladas. A produção de carne bovina lidera a alta, podendo chegar a 10,19 milhões de toneladas neste ano e, caso confirmado, o volume também será um novo recorde na série histórica, ultrapassando a produção obtida em 2006. O volume representa uma alta de 7,1% em comparação ao ano passado, que é explicada pelo auge no processo do ciclo pecuário devendo ser atingido em 2024, com o pico do descarte das fêmeas, diz a Conab. Os embarques de carne bovina nos primeiros seis meses do ano já somaram 1,7 milhão de toneladas, 25,77% maior na comparação interanual. Assim, a expectativa é que as exportações avancem 13,4% no ano, podendo alcançar 3,44 milhões de toneladas até dezembro. Mesmo com o crescimento nas exportações, a Conab acredita que o mercado doméstico não será afetado e terá uma disponibilidade interna 4,2% maior, estimada em 6,82 milhões de toneladas. A carne suína acompanha a tendência de crescimento, embora de forma mais lenta, com uma estimativa de alta de 1,9% na produção, para 5,4 milhões de toneladas. Tanto a exportação quanto a oferta devem crescer, podendo atingir um novo recorde na série histórica: a projeção da Conab é de embarques de 1,3 milhão de toneladas de carne suína e 4,18 milhões de toneladas de disponibilidade interna. A avicultura de corte, por sua vez, apresenta um cenário de estabilidade, com uma produção estimada em cerca de 15 milhões de toneladas de carne de frango, exportações em torno de 5 milhões de toneladas e disponibilidade interna de aproximadamente 10 milhões de toneladas.
Valor Econômico
MEIO AMBIENTE
Extremos climáticos aceleram agenda de descarbonização do setor de carnes
Durante encontro no interior de São Paulo, representantes dos maiores frigoríficos do país falaram da necessidade de investir em projeções meteorológicas mais geolocalizadas
Temporais que paralisaram operações em frigoríficos ou falta de água causada por secas severas têm acelerado a agenda de descarbonização nas empresas do setor de carnes. Segundo líderes do setor, estudos de capacidade de retenção de água no solo, monitoramento de pastagens e melhoramento genético para resiliência climática direcionam esforços financeiros imediatos e de longo prazo. Apesar de não revelarem investimentos, representantes da JBS, Marfrig e Minerva concordam que há uma necessidade de projeções meteorológicas mais geolocalizadas, que permitam entender as características e desafios de determinadas áreas produtivas e de como dar eficiência às pastagens e ao bem-estar animal. De acordo com Guilherme Moraes, gerente da MyCarbon, subsidiária da Minerva Foods, o foco da empresa é reduzir emissões de gases de efeito estufa do escopo 3, que é como se classificam as emissões originadas de operações comerciais por fontes que não são de propriedades controladas diretamente pela organização. Para ele, isso gera um esforço da empresa em acompanhar os produtores que fornecem rebanho para que possam se adaptar a sistemas de manejo, como o ILPF. "O confinamento cresce no Brasil como aumento de fluxo de caixa, já que remunera a cadeia. E, para trazer proposta completa de descarbonização, temos que adaptar esse tipo de sistema, além de mapear as pastagens, dado o fato de que mais de 90% das agroindústrias têm dificuldade de descarbonizar no escopo 3”, falou o representante durante o II Encontro Nacional de Mudanças Climáticas para o Setor de Energia e Agronegócio (Emsea), organizado pela Climatempo e Engie, empresa de transição energética, que acontece hoje no Parque de Inovação e Tecnologia (Pit), em São José dos Campos. No caso da Marfrig Global Foods, uma das principais apostas é o melhoramento genético para evitar os estresses térmicos do rebanho. “A aposta em melhoria genética do rebanho e suplementação animal - para ter patamares suficientes da demanda para a população - é fundamental para se coordenar com políticas públicas que envolvam todos os setores para viabilizar mecanismos financeiros que acessem todos os tipos de produtores”, argumentou Jay Mil Homens, coordenador de pecuária sustentável da companhia. Também no evento, o coordenador afirmou que nos últimos cinco anos o cenário se alterou muito e impactou a pecuária a ponto de complexificar o setor desde a produção até a comercialização. "Nossa preocupação é quando olhamos a qualidade do pasto e no ciclo de vida dos animais, dos recursos hídricos disponíveis, seja nas unidades produtivas ou na produção animal, além da qualidade de vida das famílias expostas no campo. Isso tem refletido no preço da carne, dos insumos para essa indústria e em dificuldades de produção e logística nas plantas”, acrescentou. Para ele, a atualização dos modelos produtivos, a melhora no manejo dos pastos, evoluindo para integração do sistema de Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta deve ser a solução mais rápida para o setor de carnes do Brasil avançar na agenda de descarbonização. No caso da Marfrig, a meta é descarbonizar 32% do escopo 3 de sua cadeia até 2035. Atualmente, o agronegócio é responsável por 80% das emissões de carbono, mesmo que invista em tecnologias para mitigação dessa agenda para adaptação climática, como explica a advogada especializada na área ambiental e mudanças climáticas, Luciana Gil. “O agro não tem meta para comprovar a autoridade pública o que incomoda outros setores econômicos”, lembra ela. A advogada acredita que nos próximos cinco anos a regularização brasileira para emissão de gases possa avançar, enquanto isso as ações voluntárias das empresas e dos produtores poderão impactar mais rápido na agenda da descarbonização. Nessa estratégia, a JBS Couros olha para uma conexão mais direta entre agronegócio e transição energética. Com produtores pulverizados e sem acesso homogêneo à crédito para investir em tecnologias de mitigação de clima, há uma disparidade entre grandes fazendas e menores propriedades, conforme avalia Kim Sena, diretor de sustentabilidade da JBS Couros. Para ele, os problemas mais complexos estão em conseguir destravar e apoiar o produtor. “Na nossa operação, estamos tentando aprender com outros países com a agenda de descarbonização. Um detalhe é o tipo de aditivo do animal no confinamento pecuário, no manejo de pastagem, como um ponto inicial”, afirmou. Sobre isso, o Secretário de Política Agrícola, Guilherme Campos, disse à reportagem que o setor sucroalcooleiros e de carnes são os que mais podem impulsionar a transição energética diretamente aliada ao agronegócio, o que já está em andamento, acrescentou ele.
Valor Econômico
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Paraná alcança R$ 197,8 bilhões em Valor Bruto da Produção agropecuária
O Paraná destaca-se na produção de grãos, cereais e proteínas animais, gerando em 2023 um Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 197,8 bilhões, segundo dados preliminares
Este valor é resultado de diversas atividades agropecuárias. A horticultura, com 51 espécies cultivadas, contribuiu com 3,5% desse montante, alcançando um VBP de R$ 6,8 bilhões em 2022. As informações foram divulgadas no Boletim de Conjuntura Agropecuária na quinta-feira (25) pelo Departamento de Economia Rural (Deral) referente à semana de 19 a 25 de julho. No Sudoeste do Estado, compreendido pelas regiões administrativas dos Núcleos Regionais de Dois Vizinhos, Francisco Beltrão e Pato Branco, a produção de hortaliças abrange 42 municípios, focada em 39 espécies. A região representa 4,1% da área cultivada, 4,3% da produção e 3,8% do VBP da horticultura estadual. Em 2022, o Sudoeste colheu 128,2 mil toneladas em 4,8 mil hectares, gerando um VBP de R$ 257,0 milhões. A batata lidera o VBP da olericultura regional, com 38,7% de participação, seguida pela mandioca (consumo), tomate, batata-doce e alface, que contribuem com 13,0%, 9,1%, 6,7% e 6,1%, respectivamente. Juntas, essas cinco culturas representam 73,7% da renda da olericultura no Sudoeste. No cenário estadual, a região é responsável por 16,2% da produção de batata-doce, 15,2% de moranga, 13,2% de ervilha, 11,6% de alho e 8,2% de abóbora. Os cinco principais municípios produtores de hortaliças no Sudoeste concentram 50,8% do VBP regional, com Palmas (29,5%), Coronel Domingos Soares (9,7%), Francisco Beltrão (4,9%), Mangueirinha (3,7%) e Planalto (3,1%). Apesar da participação relativamente pequena na economia rural do Estado, a horticultura tem grande importância nas regiões e municípios onde está presente, gerando empregos e renda tanto no campo quanto nas cidades, e fortalecendo os diversos elos das cadeias de produção.
Agrolink
Deral reduz previsão de safra de trigo do Paraná; estimativa de milho fica quase estável
A safra de trigo do Paraná 2023/24 foi estimada nesta quinta-feira em 3,6 milhões de toneladas, cerca de 200 mil toneladas abaixo do volume previsto em junho, de acordo com dados do levantamento mensal do Departamento de Economia Rural (Deral)
A estimativa da safra que está em desenvolvimento, após a finalização do plantio recentemente, agora aponta para uma queda de 1% na produção em relação à colheita de 2023. O tempo seco em junho em partes do Estado levou o Deral a rever as produtividades. Já a segunda safra de milho do Paraná 2023/24 foi estimada em 12,96 milhões de toneladas, praticamente estável na comparação com o número de junho, à medida que a colheita caminha para o final, em um ritmo recorde, após um plantio precoce. Na estimativa de junho, o Deral já havia apontado um recuo de 9% na segunda safra de milho na comparação com a colheita do ciclo anterior. O Estado é um dos maiores produtores de trigo e milho do Brasil.
Reuters
Com R$ 591 bilhões, comércio do Paraná registra a 3ª maior receita bruta do Brasil
Dados de 2022 são da Pesquisa Anual do Comércio, do IBGE. Atividade do setor paranaense ficou atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais, que são estados mais populosos. Em comparação a 2021, a receita bruta do comércio paranaense foi a que mais cresceu na região Sul, com 23,13% de aumento entre um ano e outro.
As empresas do setor de comércio do Paraná tiveram a terceira maior receita bruta do Brasil, com R$ 591 bilhões movimentados em 2022. Os dados são da Pesquisa Anual de Comércio, divulgada na quinta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A atividade comercial do Estado ficou atrás apenas de São Paulo (R$ 2,06 trilhões) e Minas Gerais (R$ 726 bilhões). Logo atrás do Paraná ficaram Rio Grande do Sul (R$ 493 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 445 bilhões), por exemplo. Em todo o Brasil, a receita bruta total foi de R$ 7,23 bilhões. Em comparação a 2021, a receita bruta do comércio paranaense foi a que mais cresceu na região Sul, com 23,13% de aumento entre um ano e outro. A alta do Paraná também ficou acima da média nacional (20,12%) e de todos os cinco estados com maior receita do País (São Paulo, 8,03%; Minas Gerais, 22,62%; Rio Grande do Sul, 21,48%; e Rio de Janeiro, 17,28%). No geral, as empresas do Paraná também registraram a terceira maior margem de comercialização do Brasil e a melhor da região Sul, com R$ 107 bilhões. A margem de comercialização é a diferença entre a receita das empresas e o custo que elas têm com as mercadorias. O comércio paranaense no período registrou bons resultados em diferentes segmentos. O atacadista, por exemplo, foi o que gerou a maior receita bruta para o setor no Estado em 2022, com R$ 330 bilhões e uma alta de 24,26% em relação ano anterior. Dentro do comércio por atacado, as atividades que mais cresceram no período foram o comércio de combustíveis e lubrificantes, com 39,15% de alta, e comércio de resíduos e sucatas, com 33,29% de aumento. Já o comércio varejista em 2022 gerou R$ 203 bilhões, com crescimento de 20,13%. As maiores altas neste segmento foram das atividades comerciais de artigos usados (40,98%), tecidos, vestuário e calçados (39,21%) e produtos de lojas especializadas (35,93%). O comércio de veículos, peças e motocicletas, que é considerado uma categoria à parte do varejo e do atacado, gerou R$ 57 bilhões de receita bruta, com um crescimento de 27,79% em relação ao ano anterior. A pesquisa do IBGE também mostrou que o comércio paranaense emprega 784 mil pessoas, com o maior número de trabalhadores ocupados no setor da região Sul. Rio Grande do Sul tem 686 mil pessoas empregadas no comércio e Santa Catarina tem 551 mil trabalhadores ocupados no setor. Em todo o Brasil, são 10,3 milhões de pessoas ocupadas em atividades comerciais. No ranking nacional, o Paraná fica atrás apenas de São Paulo (3 milhões de pessoas), Minas Gerais (1,1 milhão de pessoas) e Rio de Janeiro (844 mil pessoas), que são estados mais populosos, e fica à frente de Bahia (472 mil), Goiás (348 mil) e Pernambuco (333 mil), por exemplo. Em relação ao ano anterior de referência da pesquisa, 2021, o Paraná registrou um aumento de 4,43% no número de pessoas ocupadas no comércio, um índice superior a todos os cinco estados com o maior número de trabalhadores ocupados no setor (São Paulo, 3,9%; Minas Gerais, 0,41%; Rio de Janeiro, -0,86%, Rio Grande do Sul, 1,74%; e Santa Catarina, -0,91%). Na média nacional, o aumento no número de pessoas ocupadas no comércio foi de 2,62%. O Paraná segue com o maior número de empresas do comércio do Sul do Brasil. São 139,6 mil empresas no total, sendo 98,9 mil varejistas, 25,7 mil atacadistas e 14,8 mil empresas de veículos, peças e motocicletas. Rio Grande do Sul tem 121,1 mil empresas e Santa Catarina tem 98 mil, de acordo com a pesquisa. Em todo o Brasil existem 1,61 milhão de empresas ligadas ao comércio.
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar passa por realização de lucros e fecha em queda
O dólar à vista perdeu força ante o real e terminou a quinta-feira em leve baixa, com profissionais citando um movimento de realização de lucros para justificar a queda das cotações, em um dia de dados de inflação no Brasil e sinais mistos para a moeda norte-americana no exterior
O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,6474 reais na venda, em leve baixa de 0,17%. No mês o dólar acumula alta de 1,01%. Às 17h03, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,13%, a 5,6525 reais na venda. Na abertura da sessão o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA-15 -- uma espécie de prévia da inflação oficial -- subiu 0,30% em julho, acima do 0,23% projetado pelos economistas consultados em pesquisa da Reuters. O resultado levou a taxa em 12 meses acelerar de 4,06% em junho para 4,45% em julho, também acima da expectativa de 4,38%. O IPCA-15 de 12 meses até julho está próximo do teto da meta de inflação perseguida pelo BC, de 4,50%. Profissionais ouvidos pela Reuters atribuíram o movimento de queda a uma realização dos ganhos mais recentes, com alguns investidores vendendo a moeda norte-americana. “O dólar segue em tendência de médio e longo prazo de alta e, por isso, é muito difícil determinar um pico para o dólar. Assim, temos feito algumas recomendações de venda, mas sem exagerar no volume”, disse pela manhã o diretor da consultoria Wagner Investimentos, José Faria Júnior, em comentário enviado a clientes. “Não será surpresa se a Ptax do mês fechar em 5,70 reais ou mais”, acrescentou. Taxa de câmbio calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax serve de referência para a liquidação de contratos futuros. A taxa do fim de mês será definida na quarta-feira que vem. A queda do dólar ante o real ocorreu enquanto no exterior a divisa sustentava sinais mistos. No fim da tarde o dólar estava praticamente estável ante a cesta de moedas fortes, tinha alta ante o peso mexicano e a lira turca, mas cedia em relação ao peso colombiano.
Reuters
Ibovespa tem nova queda e fecha abaixo de 125 mil pontos após ajustes
O Ibovespa fechou em queda, mantendo o viés de realização de lucros, mas tendo se afastado das mínimas, com Gerdau respondendo por um relevante contrapeso, enquanto Vale acabou retomando o sinal negativo após os ajustes finais do pregão
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,37%, a 125.954,09 pontos, terceira queda consecutiva, após marcar 125.626,28 pontos na mínima e 126.422,73 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somou apenas 17,52 bilhões de reais. Em Wall Street, os pregões ensaiaram uma melhora, mas fecharam sem uma direção única, tendo no radar dados econômicos dos Estados Unidos e na expectativa da divulgação do índice de inflação preferido do Federal Reserve na sexta-feira. O S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, encerrou em queda de 0,51%. De acordo com o analista Matheus Nascimento, da Levante Inside Corp, a agenda norte-americana mostrou uma atividade econômica ainda bastante resiliente, o que acaba pesando sobre os ativos brasileiros dado o potencial efeito na decisão do Fed. Em paralelo, citou, no Brasil, o IPCA-15 de julho ficou acima do esperado, com a medida em 12 meses mostrando alta de 4,45%, bem perto do teto da meta de inflação, o que tende a corroborar o cenário de Selic mais alta por mais tempo. "E há ainda o ambiente interno fiscal... Mesmo com contingenciamento de 15 bilhões de reais, o mercado entende que o déficit tende a ser maior que o esperado", acrescentou
Reuters
Arrecadação federal fica acima do esperado em junho e tem alta real de 11,02%
A arrecadação do governo federal teve alta real de 11,02% em junho sobre o mesmo mês do ano anterior, a 208,844 bilhões de reais, acima da expectativa em pesquisa da Reuters, informou a Receita Federal na terça-feira.
O dado veio acima dos 204,900 bilhões de reais estimados por economistas em pesquisa da Reuters. No acumulado de janeiro a junho, a arrecadação teve alta real de 9,08%, a 1,289 trilhão de reais. Segundo a Receita, o desempenho positivo do mês foi influenciado "pelo comportamento das variáveis macroeconômicas, pelo retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, pela tributação dos fundos exclusivos e pela atualização de bens e direitos no exterior". O fisco também voltou a destacar negativamente a "calamidade ocorrida no Rio Grande do Sul", que gerou perda de arrecadação. Como destaque no ganho real no mês, a arrecadação com os tributos PIS/Pasep e Cofins registrou crescimento real de 21,95%, a 45,177 bilhões de reais, resultado explicado, segundo a Receita, por um maior volume de vendas e serviços no país, retomada da contribuição do setor de combustíveis e exclusão do ICMS da base de cálculo desses impostos. Também houve forte crescimento real na arrecadação do IRRF-Trabalho e IRRF-Capital, em 12,34% e 10,10%, respectivamente. No IRRF-Capital, o fisco relatou que a mudança se deveu a aprovação do projeto de lei no ano passado que determinou a tributação de fundos exclusivos e offshores, medida levantada pelo governo para justamente elevar a arrecadação. O PIS/Pasep e o Cofins também influenciaram positivamente na arrecadação do primeiro semestre, com alta real de 18,79%, a 256,229 bilhões de reais. Nesse período, a Receita também destacou a arrecadação com a Receita Previdenciária, que teve ganho real de 5,37%, a 316,935 bilhões de reais, justificado pela alta da massa salarial de 7,06%. Do lado negativo, o fisco informou que a calamidade no Rio Grande do Sul provocou uma perda de arrecadação de 3,7 bilhões de reais em junho, acumulando 8 bilhões de reais em perdas com o evento no primeiro semestre do ano. Em maio, os recursos administrados pela Receita, que englobam a coleta de impostos de competência da União, avançaram 9,97% em valor ajustado pela inflação frente a um ano antes, a 200,533 bilhões de reais. No período de janeiro a junho de 2024, o ganho foi de 8,93%, totalizando 1,235 trilhão de reais. Já as receitas administradas por outros órgãos, com peso grande dos royalties sobre a exploração de petróleo, avançaram 44,46% em junho frente ao mesmo período de 2023, a 8,3 bilhões de reais. No acumulado de janeiro a junho, esses recursos tiveram alta real de 12,05%, totalizando 63,179 bilhões de reais.
Reuters
IPCA-15 sobe 0,30% em julho, acima do esperado
O resultado do mês ficou acima da mediana das 28 projeções de analistas de consultorias e instituições financeiras consultados pelo Valor Data, que estimavam alta de 0,23% em julho. No acumulado em 12 meses, a inflação ficou em 4,45%
Prévia da inflação oficial no país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) subiu em 0,30% em julho, após alta de 0,39% em junho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em julho de 2023, o IPCA-15 tinha recuado 0,07%. O resultado do IPCA-15 de julho ficou acima da mediana das 28 projeções de analistas de consultorias e instituições financeiras consultados pelo Valor Data, que estimavam alta de 0,23% em julho. O intervalo das estimativas era de alta entre 0,11% e 0,32%. No resultado acumulado em 12 meses, o IPCA-15 ficou em 4,45% em julho, ante 4,06% no número registrado até junho, também em 12 meses. O resultado ficou acima da mediana das estimativas do Valor Data, que era de 4,37%, com intervalo entre 4,24% e 4,47%. A meta de inflação perseguida pelo Banco Central para 2024 é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima. O grupo Transportes foi a principal influência para a alta do IPCA-15 em julho, com variação de 1,12% e impacto de 0,23 ponto percentual. Dentro de Transportes, as passagens aéreas subiram 19,21% e contribuíram com 0,12 ponto no índice de julho. Os combustíveis avançaram 1,39%, com destaque para as altas de gasolina (1,43%), etanol (1,78%) e óleo diesel (0,09%), enquanto gás veicular (-0,25%) registrou queda de preços. O IPCA-15 é uma prévia do IPCA, calculado com base em uma cesta de consumo típica das famílias com rendimento entre um e 40 salários-mínimos, abrangendo nove regiões metropolitanas, além de Brasília e do município de Goiânia. A diferença em relação ao IPCA está no período de coleta e na abrangência geográfica. A prévia da inflação oficial brasileira se espalhou menos pelos itens que compõem o IPCA-15 em julho. O chamado Índice de Difusão, que mede a proporção de bens e serviços que tiveram aumento de preços no período, caiu para 51,2% neste mês, vindo de 56,9% na prévia de junho e menor desde outubro (47,1%), segundo cálculos do Valor Data considerando todos os itens da cesta. Sem alimentos, um dos grupos considerados mais voláteis, o indicador também mostrou menor abrangência das altas de preços, de 57,6% para 53,2%, menor percentual desde abril (52,2%). Grupos Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em julho. Apenas o grupo de Alimentação e o de Vestuário (-0,08%) apresentaram variação negativa. Por outro lado, cinco classes de despesas tiveram desaceleração na passagem entre junho e julho: Habitação (de 0,63% para 0,49%); Saúde e cuidados pessoais (de 0,57% para 0,33%); Comunicação (de 0,17% para 0,09%); Alimentação e Bebidas (de 0,98% para -0,44%), e Vestuário (de 0,30% para -0,08%). Os quatro grupos com aceleração da alta de preços foram: Artigos de residência (de -0,01% para 0,24%); Transportes (de -0,23% para 1,12%); Despesas pessoais (de 0,25% para 0,32%); e Educação (de 0,05% para 0,06%).
Valor Econômico
Confiança do consumidor brasileiro registra segunda alta consecutiva em julho, mostra FGV
A confiança dos consumidores brasileiros registrou sua segunda alta consecutiva em julho em meio à melhora nas expectativas para os próximos meses, mostraram dados da Fundação Getúlio Vargas divulgados na quinta-feira
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) teve alta de 1,8 ponto em julho, chegando a 92,9 pontos, após registrar avanço de 1,9 ponto em junho. "A confiança dos consumidores aumentou pela segunda vez consecutiva, motivada principalmente pela melhora nas expectativas para os próximos meses... A avaliação dos consumidores sobre a situação presente, por outro lado, ficou estável", disse Anna Carolina Gouveia, economista da FGV IBRE. Em julho, o Índice de Expectativas (IE) avançou 3,0 pontos, para 101,1 pontos, também registrando uma segunda alta consecutiva. O Índice de Situação Atual (ISA), por outro lado, manteve-se estável em 81,6 pontos, ainda no maior patamar desde novembro de 2023 (82,0 pontos). A alta no ICC se deu pelo avanço da confiança em grupos com faixas de renda mais baixas, com destaque para quem ganha entre 2.100,01 e 4.800,00 reais, onde o ganho foi de 5,2 pontos, passando de 87,2 pontos para 92,4 pontos em julho. "Esse resultado parece estar alinhado com um mercado de trabalho mais aquecido e controle da inflação, fatores preponderantes para formar a percepção dos consumidores dessa faixa", afirmou Gouveia.
Reuters
Consumo nos Lares Brasileiros encerra primeiro semestre em alta de 2,29%, aponta ABRAS
Variação em junho resulta do expressivo crescimento de doações, da formação de estoque de arroz nos lares e da celebração do Dia das Mães em maio
O Consumo nos Lares Brasileiros encerrou o período de janeiro a junho em alta acumulada de + 2,29%, de acordo com o monitoramento mensal da Associação Brasileira de Supermercados – ABRAS. Na comparação interanual – junho de 24 x junho de 23 – o indicador registrou alta de +0,31%. Na comparação junho24 x maio24 houve queda de -1,80%. O recuo do consumo em junho resulta do expressivo e pontual aumento no volume de doações de alimentos, de itens de higiene e limpeza ao Estado do Rio Grande do Sul. Em maio, o Consumo nos Lares havia encerrado o mês em alta de +6,52% impulsionado ainda por outros fatores como a celebração do Dia das Mães e do aumento sazonal da demanda de arroz para formação de estoques nos domicílios. Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e contemplam todos os formatos de supermercados. “Encerramos o primeiro semestre com resultado positivo e em patamar próximo da estimativa do setor para o ano, de 2,50%. A empregabilidade no setor formal, o aumento real da renda, a antecipação de recursos e outros montantes injetados na economia no período mantiveram o consumo em trajetória semelhante à registrada no ano anterior quando houve dois reajustes do salário-mínimo no primeiro semestre, assim como a retomada do pagamentos dos precatórios e a consolidação dos programas de transferência de renda do Governo Federal que sustentaram o consumo em domicílio ao longo do ano”, analisa o vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan. Os principais recursos que movimentaram o consumo no período foram a antecipação do pagamento de R$ 30,1 bilhões em precatórios liberados em fevereiro pelo Governo Federal e do 13º salário para 3,6 milhões de aposentados, pensionistas e beneficiários dos auxílios do INSS (a partir de 24/04). Outros recursos vieram do programa Pé-de-Meia do Governo Federal que deve injetar R$ 6 bi no mercado ao longo do ano, dos repasses estimados de cerca de R$ 14 bilhões mensais do Bolsa Família, do pagamento do PIS-Pasep com montante de R$ 28 bilhões para 25 milhões de trabalhadores (fevereiro a agosto), do pagamento bimestral (fevereiro, abril, junho) do Auxílio-Gás estimado de R$ 592 milhões cada parcela, do pagamento R$ 18 bilhões de restituição do Imposto de Renda da Pessoa Física - IRPF 2024 (31/05 e 28/06).
ABRAS
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