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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 668 DE 24 DE JULHO DE 2024

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 665 | 24 de julho de 2024

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS


Firmeza nos preços do boi gordo nas praças pecuárias

Com a lentidão no mercado doméstico de carne bovina, o movimento nas principais praças pecuárias é de estabilidade para o boi gordo. No Paraná, o boi vale R$228,00 por arroba. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de oito dias

 

As negociações de boiadas gordas ocorrem em ritmo lento, com os frigoríficos brasileiros comprando apenas volumes suficientes para sustentar as programações de abate que, em média, se mantêm em nove dias, conforme levantamento da Agrifatto. Na última semana, continua a consultoria, o mercado doméstico de carne bovina mostrou fragilidade nas negociações, um reflexo da diminuição no consumo, típica das segundas quinzenas do mês – período marcado pelo menor poder aquisitivo da população, devido ao maior esgotamento dos salários recebidos no início de cada mês. A menor procura pela proteína bovina, afirma a Agrifatto, resultou em quedas nos preços de alguns produtos com ossos. As exportações de carne bovina in natura seguem em ritmo forte neste mês, alcançando 52,94 mil toneladas na terceira semana de julho. “A previsão para este mês é que sejam exportadas 228 mil toneladas, superando em 42% o volume de julho do ano passado”, prevê a Agrifatto. Na terça-feira (23/7), o preço da arroba em São Paulo (valor médio entre o boi “comum” e o “boi-China) ficou em R$ 230/@, de acordo com dados da Agrifatto. Nas outras 16 regiões cobertas pela consultoria, a média da cotação do boi gordo permaneceu em R$ 218,50/@. No mercado futuro, o contrato com vencimento para julho/24 ficou cotado em R$ 230,60/@ na quarta-feira (22/7), com leve queda de 0,19% em comparação com o dia anterior. Na visão da Agrifatto, a continuidade dos aumentos nas cotações do animal terminado pode comprometer significativamente as operações comerciais das indústrias de pequeno e médio porte, que direcionam os seus produtos exclusivamente ao mercado doméstico. “Estes estabelecimentos já operam com margens negativas, demonstram sinais de esgotamento e não suportam novos aumentos de custos”, observam os analistas da Agrifatto. Para os frigoríficos exportadores de carne bovina, a situação ainda apresenta certa vantagem, acrescentou a consultoria. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na terça-feira (23/7): São Paulo — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$235,00. Média de R$230,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$212,00. Escalas de abates de dez dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de dez dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$225,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de oito dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de dez dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de dez dias; Pará — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de dez dias; Goiás — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de oito dias; Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$170,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de treze dias;

Maranhão — O boi vale R$200,00 por arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de onze dias.

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto 

 

Produção brasileira de carne bovina deve crescer 6,7% em 2024

Segundo relatório da S&P Global Commodity Insights, a exportação deve ter alta de 12,7%

 

A produção de carne bovina no Brasil deve crescer 6,71% em 2024, de acordo com relatório da S&P Global Commodity Insights , enquanto a previsão de alta da exportação é de 12,7%. No primeiro semestre de 2024, as exportações da proteína refrigerada e congelada alcançaram um nível histórico, totalizando 1,13 milhão de toneladas, um aumento de 29% em comparação ao igual período do ano passado. As exportações para a China representam cerca de 44% do total dos embarques brasileiros de carne bovina e cresceram 10% no período. Já as exportações para os Estados Unidos aumentaram 26%. Os preços da carne no Brasil registraram aumento de 5% em julho, com a avaliação de preço do Platts Brazil Beef Marker em US$ 4.275 por tonelada no dia 19 de julho. Este aumento é sustentado pela crescente demanda externa, especialmente da China e dos Estados Unidos, segundo o relatório. No entanto, os analistas da S&P Global Commodity Insights consideram que a firmeza dos preços observada em julho não deve se manter no segundo semestre. A expectativa é de que a demanda chinesa diminua nos próximos meses em virtude do aumento dos estoques de carne bovina e da recuperação total da produção de carne suína na China, o que está levando os consumidores a optarem por proteínas mais acessíveis. Em 2024, a produção mundial de carne bovina deverá atingir 77,2 milhões de toneladas, um ligeiro aumento de 0,7% em relação ao volume alcançado em 2023 (76,7 milhões de toneladas), segundo novo relatório estimativo da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Estadão Conteúdo

 

SUÍNOS

 

Suínos: terça-feira (23) fecha com leves altas para as cotações do animal vivo

O mercado de suínos na terça-feira (23) teve leves altas para as cotações do animal vivo nas principais praças comercializadoras

 

Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 149,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 12,00/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (22), o preço ficou estável somente em Minas Gerais (R$ 7,97/kg). Houve alta de 0,53% no Paraná, chegando a R$ 7,61/kg, avanço de 0,70% no Rio Grande do sul, atingindo R$ 7,17/kg, aumento de 0,68% em santa Catarina, com preço de R$ 7,40/kg, e de 0,13% em são Paulo, fechando em R$ 7,88/kg. 

Cepea/Esalq 

 

FRANGOS

 

Estabilidade nas cotações do frango na terça-feira (23)

As cotações no mercado do frango fecharam a terça-feira (22) praticamente todas estáveis

 

Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo não mudou, custando, em média, R$ 5,30/kg, da mesma forma que a ave no atacado, fechando em R$ 6,20/kg, em média. No caso do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, cotado a R$ 4,37/kg, da mesma forma que no Paraná, custando R$ 4,43/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (22), houve alta de 0,14% para o preço da ave congelada, chegando a R$ 7,11/kg, enquanto o frango resfriado ficou estável em R$ 7,31/kg.

Cepea/Esalq

 

GOVERNO

 

Internalizar recursos é entrave em programa de conversão de pastos

Ministério da Agricultura já tem parte dos recursos internacionais para iniciar programa, mas busca opções para converter os valores em moeda nacional. Governo continua negociando a atração de mais recursos estrangeiros com baixo custo para viabilizar programa de conversão de pastagens degradadas

 

O Ministério da Agricultura já tem parte dos recursos internacionais para iniciar o fomento ao programa de conversão de pastagens degradadas, mas precisa encontrar opções para converter os valores em moeda nacional sem aumentar o custo aos produtores. A Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica, na sigla em inglês) já se comprometeu a aportar, em ienes, o equivalente a cerca de US$ 500 milhões no programa, a uma taxa de 2% ao ano. Porém, os recursos ainda não foram convertidos ao real porque há um gasto envolvido na operação que acaba encarecendo o custo final, diz Carlos Augutín, assessor especial do ministério e coordenador-geral do comitê que cuida do programa. “Ainda tem a taxa do BNDES e do banco, que quer ganhar um spread. Isso dá uma taxa em dólar + 9% ao ano, é proibitivo.” O ministério levou essa preocupação ao Tesouro Nacional na última quarta-feira (17/7). Uma das alternativas à mão, afirma o secretário, pode ser usar a estrutura do Fundo Clima, gerido pelo Ministério de Meio Ambiente (MMA), que já recebe recursos internacionais e os internaliza a custos baixos. A proposta será debatida entre as duas Pastas nesta semana. Segundo Augustin, estruturar uma solução para colocar os recursos dentro do país é o que falta para que o programa dê os primeiros passos. O governo continua negociando a atração de mais recursos estrangeiros com baixo custo. O Brasil está negociando com a China um montante de US$ 1 bilhão. O recurso pode vir por meio dos “Panda bonds”, títulos de dívida que a China oferece para emissores não chineses como parte da estratégia de internacionalizar o yuan. A expectativa é que um acordo seja assinado na visita do presidente chinês, Xi Jinping, ao Brasil em novembro. Também há indicações “positivas” de atração de recursos árabes, segundo o secretário. Outro objetivo é negociar com instituições europeias na próxima viagem da equipe da Pasta ao continente. O plano é captar recursos com custos abaixo das linhas comerciais no continente. O programa precisa levantar US$ 1,5 bilhão ao ano no mercado internacional para garantir que o Brasil amplie sua área de lavouras em 2 milhões de hectares ao ano sobre áreas de pastagens. Atualmente, esse crescimento está em 1 milhão de hectares anualmente. Se o país conseguir cumprir essa meta anual, o objetivo de converter 40 milhões de hectares de pastos degradados será atingido em 20 anos. O valor necessário para o cumprimento dessa meta é estimado com base no custo de conversão de pastagens degradadas tanto para pastos cultivados, como lavouras anuais e lavouras perenes, o que pode variar de US$ 500 a US$ 3 mil o hectare, diz Augustin.

Globo Rural

 

INTERNACIONAL

 

EUA aceleram as importações de carne bovina para suprir demanda interna

Em junho/24, só o Brasil, elevou em 315% as suas exportações brasileiras de carne bovina ao mercado norte-americano

 

Os Estados Unidos, segundo maior comprador mundial de carne bovina, atrás da China, vão importar 1,88 milhão de toneladas da proteína em 2024 – acréscimo de 11,2% sobre o resultado de 2023, de 1,690 milhão de toneladas, e 22% acima do volume de 2022, de 1,538 milhão de toneladas, conforme dados do relatório mais recente do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), divulgado em 12 de julho. “Os norte-americanos enfrentam uma forte restrição na oferta interna de carne bovina neste momento”, relatam os analistas da Agrifatto, acrescentando que o volume de bovinos abatidos no país da América do Norte durante os primeiros cinco meses de 2024 caiu 4,87% sobre a quantidade registrada no mesmo período do ano passado. “Foi o menor volume desde 2020”, afirma o economista Yago Travagini, analista da Agrifatto, que completa: “Com isso, os norte-americanos estão acelerando as suas compras de carne bovina de todo o mundo”. Em junho/24, só o Brasil, elevou em 315% as suas exportações de carne bovina ao mercado dos EUA (na comparação com igual mês de 2023), para 17,54 mil toneladas – o terceiro maior montante da história, ficando atrás apenas dos resultados obtidos em dezembro/23 e janeiro/24, de acordo com a Agrifatto. No acumulado de janeiro a maio deste ano, as importações totais de carne bovina dos EUA (incluindo todos os fornecedores mundiais) atingiram o maior volume da história para o período, com compras de 629,17 mil toneladas. “Esse resultado é 19,14% maior que o registrado no mesmo período de 2023, e o Brasil foi responsável por fornecer 15,99% da proteína bovina importada pelos EUA ao longo dos primeiros cinco meses de 2024”, informa a Agrifatto. Além do Brasil, outro país que tem “surfado” na “escassez” (em relação ao consumo interno) de proteína bovina nos EUA é a Austrália. As importações dos EUA de carne bovina australiana cresceram 84% no período de janeiro a maio de 2024, para 123,66 mil toneladas, o maior volume para o período desde 2016, informou a Agrifatto. “A existência da cota de importação sem tarifa (taxa de importação), além do aumento na produção local, é a maior explicação para o avanço da carne australiana nos EUA”, justificam os analistas da consultoria.

Portal DBO

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Newcastle/Frango: Brasil deixará de exportar 50 mil t/mês após bloqueios comerciais

Cálculo realizado pela Agrifatto considera os embargos temporários dos embarques para China, Argentina e União Europeia

 

Após a confirmação, em 18 de julho, de um caso da doença de Newcastle em uma granja comercial no município de Anta Gorda (RS), o Brasil paralisou temporariamente as exportações de frango para a China, a Argentina e União Europeia. Tais paralisações fazem parte de acordos previamente assinados com os importadores. Além disso, uma lista com 31 países (África do Sul, Chile, Filipinas, Hong Kong, entre outros) e a União Econômica Euroasiática ficaram limitados a não importar carne do Rio Grande do Sul. Outros 15 países resolveram não comprar de uma área restrita da região atingida pelo foco da doença (raio delimitado no acordo previamente feito pelos países). Segundo cálculos da Agrifatto, no caso da proibição de embarques totais envolvendo China, União Europeia e Argentina, o Brasil precisará, teoricamente, redirecionar cerca de 50 mil toneladas por mês que teriam como destino esses três mercados. Em receita, esses mesmos destinos adquiriram pouco mais de US$ 680,77 milhões no primeiro semestre de 2024. “Ou seja, é possível presumir que US$ 113 milhões seriam ‘perdidos’ para cada mês que deixássemos de exportar para esses países”, calculam os analistas da Agrifatto. No caso dos bloqueios parciais que envolvem o Estado do Rio Grande do Sul ou somente a região afetada pela doença, há grande probabilidade de redirecionamento da originação para Santa Catarina, Paraná, São Paulo e outros locais, acredita a Agrifatto. “Com isso, o impacto dessa medida é bem menor que a causada pelo bloqueio total de China, União Europeia e Argentina”, ressaltam os analistas. Na avaliação da Agrifatto, a recuperação de preço que o frango estava ensaiando ao longo deste mês deve ficar mais distante. “Além disso, a oferta que seria direcionada ao mercado internacional se concentrará internamente e deverá impactar negativamente nos preços do frango e, dependendo do tempo de bloqueio, poderá ser repassada para outras proteínas animais”, alerta a Agrifatto. O Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de carne de frango do país, sendo responsável por 10,65% da produção brasileira em 2023. Além disso, o Estado é o terceiro maior exportador de carne de aves do país e, ao longo de 2024, já embarcou mais de 350,84 mil toneladas da proteína, gerando US$ 616,44 milhões em receita.

Portal DBO 

 

Deral indica volta da colheita de milho no Paraná e queda das produtividades

"À medida que os trabalhos progridem, os rendimentos diminuem na maior parte das lavouras", diz o Departamento

 

O Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou seu relatório semanal trazendo as condições de tempo e cultivo para as principais culturas do estado. De acordo com o levantamento, 76% das lavouras da segunda safra de milho já foram colhidas no estado, avançando dos 67% da semana passada. O restante se divide entre 2% ainda em frutificação e 98% já em maturação. “Praticamente não foram registradas chuvas no período, depois do grande volume ocorrido no período retrasado, favorecendo a retomada das atividades de campo”, ressalta o relatório. Os técnicos do Deral ainda classificaram 42% das áreas como em boas condições, 36% como em médias e 22% em ruins. Esses índices ficaram levemente inferiores aos 43%, 36% e 21%, respectivamente, da semana anterior. Detalhando a situação do milho paranaense, o Deral indica que, após a paralização pelas chuvas, os trabalhos de colheita voltaram a avançar nas lavouras de milho paranaenses. “Observa-se que à medida que os trabalhos progridem, os rendimentos diminuem na maior parte das lavouras. Considerando os preços atuais, os produtores se esforçam para fechar as contas devido ao investimento realizado na cultura”, destacam os analistas do Deral. 

SEAB-PR/DERAL 

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar acompanha exterior e volta a subir ante real

Após o recuo da véspera, o dólar voltou a subir ante o real na terça-feira, se aproximando novamente nos 5,60 reais, com a moeda brasileira sendo penalizada pela fuga global de ativos de emergentes

 

O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,5875 reais na venda, em alta de 0,34%. Em julho, a divisa norte-americana acumula leve baixa de 0,06%. Às 17h09, o dólar à vista subia 0,31%, a 5,5935 reais na venda. Na véspera o dólar havia cedido ante o real, para abaixo dos 5,60 reais, em uma sessão favorável para as moedas de países emergentes como o Brasil. Nesta terça-feira o cenário foi inverso, com moedas pares do real, como o peso mexicano, o rand sul-africano e o peso chileno, entre as maiores perdas globais. Por trás do movimento estavam preocupações em torno da economia da China, um dos maiores compradores globais de matérias-primas. O minério de ferro -- produto importante da pauta exportadora brasileira -- atingiu o menor valor em três meses. “O dólar abriu para cima, seguindo o exterior, mas passou por um ajuste técnico depois, com exportadores aproveitando para vender moeda. Além disso, o investidor fica um pouco inibido quando a cotação bate nos 5,60 reais e não monta tanto posição comprada (no sentido de alta da moeda)”, avaliou o diretor da assessoria de câmbio FB Capital, Fernando Bergallo. Internamente, sem que houvesse novidades vindas de Brasília, o mercado demonstrava cautela. Com o documento o governo confirmou a necessidade de congelar 15 bilhões de reais em verbas de ministérios para levar a projeção de déficit primário do governo central em 2024 a 28,8 bilhões de reais, exatamente o limite inferior da margem de tolerância da meta de déficit zero. “Agora, ou as economias provenientes da revisão dos benefícios fiscais se mostram tão significativas quanto o governo prevê, ou a situação pode se tornar crítica”, disse André Galhardo, consultor econômico da Remessa Online, em comentário enviado a clientes. “Um déficit primário acima de 28,8 bilhões de reais, que é o limite do novo arcabouço fiscal, poderia minar a confiança no governo e causar um novo ‘overshooting’ cambial, semelhante ao ocorrido no segundo trimestre do ano”, acrescentou. Sensível à questão fiscal e ao exterior, as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) tiveram ganhos firmes na terça-feira.

Reuters

 

Ibovespa recua e fecha na mínima em duas semanas, abaixo de 127 mil pontos

O Ibovespa fechou em queda na terça-feira, marcando uma mínima em duas semanas abaixo dos 127 mil pontos, com ações do setor de mineração e siderurgia entre as maiores pressões de baixa, enquanto Embraer disparou com notícias e expectativas sobre pedidos

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,99%, a 126.589,84 pontos, mínima de fechamento desde 8 de julho. O volume financeiro no pregão somou 19,1 bilhões de reais. De acordo com Gabriel Mollo, analista de investimentos do Banco Daycoval, o Ibovespa sofre dado o peso relevante de ações sensíveis a commodities em sua composição, que são penalizadas pela visão de que foi "tímido" o corte de juros na China, onde a economia não tem conseguido engatar um crescimento sólido. "O mercado esperava cortes mais agressivos", acrescentou, acrescentando que tal "decepção" pressionava negativamente os preços de matérias-primas como o minério de ferro e o petróleo. As ações da Vale e da Petrobras combinadas respondem por cerca de 25% do Ibovespa. Investidores também estão atentos à temporada de balanços no Brasil, com Carrefour Brasil abrindo o calendário do Ibovespa na noite da véspera, enquanto a agenda da semana reserva os resultados de Santander Brasil, Multiplan e Vale, Usiminas entre outros. A safra de resultados nos Estados Unidos também é monitorada, principalmente no setor de tecnologia, dado o efeito rebote na bolsa brasileira a movimentos nos pregões em Nova York, onde os desdobramentos mais recentes da cena política norte-americana também estão sendo acompanhados. Na visão de Mollo, esses fatores tendem a adicionar volatilidade nos próximos dias, que ainda reservam divulgações relevantes, como o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) na sexta-feira, um dos preferidos do Federal Reserve para a definição dos juros nos EUA. Ele não descarta o Ibovespa voltar ao patamar dos 125 mil pontos, mas classifica esse movimento como uma realização de lucro da onda mais positiva desde meados do mês passado, não uma reversão da tendência do curto prazo. No acumulado do mês, o Ibovespa ainda sobe mais de 2%.

Reuters

 

Comércio exterior brasileiro tem superávit de US$ 1,5 bi na 3ª semana de julho

Na segunda-feira (22/07), a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC), publicou os resultados da balança comercial da 3ª semana de julho de 2024, que registrou superávit de US$ 1,5 bilhão e corrente de comércio de US$ 12 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 7 bilhões e importações de US$ 5,3 bilhões

 

No mês, as exportações somam US$ 20,6 bilhões e as importações, US$ 15,3 bilhões, com saldo positivo de US$ 5,3 bilhões e corrente de comércio de US$ 35,9 bilhões. No ano, as exportações totalizam US$ 188,2 bilhões e as importações, US$ 140,6 bilhões, com saldo positivo de US$ 47,6 bilhões e corrente de comércio de US$ 328,8 bilhões. Nas exportações, comparadas as médias até a 3ª semana de julho/2024 (US$ 1,374 bi) com a de julho/2023 (US$ 1,348 bi), houve crescimento de 2%. Em relação às importações, houve crescimento de 6,4% – de US$ 958 milhões para US$ 1,020 bi nas médias diárias. Assim, até a 3ª semana de julho/2024, a média diária da corrente de comércio totalizou US$ 2,4 bilhões e o saldo foi de US$ 355,11 milhões – crescimento de 3,8%. No acumulado até a 3ª semana do mês de julho/2024, comparando com igual período do ano anterior, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 2,24 milhões (0,7%) em Agropecuária; crescimento de US$ 18,75 milhões (6,2%) em Indústria Extrativa; e crescimento de US$ 6,07 milhões (0,8%) em produtos da Indústria de Transformação. Em relação às importações, no acumulado até a 3ª semana de julho/2024, comparando a igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores pela média diária foi: crescimento de US$ 3,06 milhões (18%) em Agropecuária; crescimento de US$ 0,57 milhões (0,8%) em Indústria Extrativa; e crescimento de US$ 58,08 milhões (6,7%) em produtos da Indústria de Transformação.

Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

  

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