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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 665 DE 19 DE JULHO DE 2024


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 665 | 19 de julho de 2024

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS

 

Alta para o boi gordo e demais categorias em SP

O macho terminado “comum” (sem prêmio-exportação) teve valorização diária de R$ 5/@, chegando a R$ 227/@, no prazo, rompendo um ciclo de estabilidade de 4 dias, informou a Scot Consultoria. No Paraná, a referência de preços está em 228,00.

 

No mercado do boi gordo, os preços de todas as categorias prontas para abate subiram na quinta-feira (18/7) em São Paulo, conforme apurou a Scot Consultoria. O macho terminado “comum” (sem prêmio-exportação) registrou valorização diária de R$ 5/@, chegando a R$ 227/@, no prazo, preço bruto – rompeu um ciclo de estabilidade de quatro dias. Por sua vez, depois de andar de lado por seis dias seguidos, o “boi-China” negociado nos balcões de SP teve acréscimo de R$ 3/@, o mesmo patamar de alta verificado para a novilha gorda. Agora, ambas categorias estão valendo, respectivamente R$ 230/@ (ágio de R$ 3/@ sobre o animal gordo “comum”) e R$ R$ 215/@, informou a Scot. O aumento diário da vaca gorda paulista foi de R$ 2/@, que agora está cotada em R$ R$ 202/@, acrescentou a consultoria. Pelos dados apurados pela Agrifatto, considerando as principais praças brasileiras, o mercado físico do boi gordo seguiu demonstrando firmeza ao longo desta semana. Também não há mudanças nas programações de abate das indústrias nacionais, mantendo a média Brasil em 9 dias úteis, apurou a Agrifatto. Os pequenos saltos nas cotações, informa a consultoria, ocorrem principalmente nas praças interioranas e são sustentados por uma oferta levemente mais enxuta o suficiente para fazer com que os frigoríficos locais aceitem pagar mais pelo animal. Na última quarta-feira (17/7), o Pará se destacou como a praça com a maior valorização nos preços do boi gordo, registrando um avanço de 1,57% no comparativo diário, chegando em R$ 207,62/@. Na B3, o contrato futuro do boi gordo com vencimento em agosto/24 fechou o pregão regular de 17/7 em R$ 233,65/@, praticamente o mesmo patamar (leve aumento de 0,02%) do dia anterior. Fechamento do boi gordo na B3 em 17/7/24 (Fonte: Agrifatto/B3). Contratos futuros: Jul/24 – R$ 230,65. Ago/24 – R$ 233,65. Set/24 – R$ 236,00. Out/24 – R$ 241,35. Nov/24 – R$ 244,30. Dez/24 – R$ 246,45. Mercado físico: Indicador Cepea em 17/7: R$ 231,20 (praça SP).

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto

 

Boi/Cepea: Arroba volta à casa dos R$ 230; oferta de carne no 1º semestre é recorde

O Indicador do Boi Gordo CEPEA/B3 apresenta recuperação na parcial de julho, voltando à casa dos R$ 230

 

Segundo pesquisadores do Cepea, a baixa oferta de animais a pasto é o principal motivo dos reajustes positivos. Para a carne, o movimento também é de reação nos preços. Conforme pesquisadores do Cepea, além da diminuição no volume de animais prontos para abate, houve certo aumento do consumo doméstico. No acumulado do primeiro semestre, porém, as cotações do boi e das demais categorias de animais caíram, refletindo a disponibilidade recorde de carne bovina. Cálculos do Cepea baseados em estimativa própria da produção, em dados do IBGE e da Secex revelam que o volume de carne disponível no mercado brasileiro de janeiro a junho superou em 14,43% o do mesmo período do ano passado, atingindo a marca histórica de cerca de 3,58 milhões de toneladas.

Cepea

 

Proposta define regras para rotulagem da carne bovina

Texto está em análise na Câmara dos Deputados; se aprovado, também terá de ser votado no Senado Federal

 

O Projeto de Lei 1220/24 estabelece regras para a rotulagem de carne bovina, a fim de assegurar a transparência ao consumidor e a participação de profissionais qualificados no processo. O texto está em análise na Câmara dos Deputados. Conforme a proposta, frigoríficos e outros estabelecimentos poderão indicar a raça do animal abatido em seus rótulos, desde que observadas as diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O ministério será responsável por estabelecer diretrizes e critérios técnicos para a certificação dessa rotulagem, incluindo a caracterização fenotípica das raças de bovinos, em colaboração com associações de raças e profissionais qualificados. O texto proíbe a apropriação de nomes das raças pelas associações de criadores. Prevê, ainda, que, mediante autorização, profissionais de medicina veterinária ou de zootecnia poderão implementar o controle de qualidade e a certificação. “O projeto de lei busca garantir a participação democrática e plural na definição das normas de rotulagem, impedindo que as associações tenham monopólio descabido”, disse o autor da proposta, deputado Marco Brasil (PP-PR).

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, também terá de ser aprovado no Senado Federal.

Agência Câmara

 

INTERNACIONAL


Carne bovina: abates na Argentina recuam 22% em junho/24

No mês passado, os pecuaristas argentinos enviaram os ganchos 1.027 milhão de cabeças, 291,4 mil unidades a menos que em junho/23

 

Em junho/24, os frigoríficos da Argentina abateram 1,027 milhão de cabeças, o que significou uma queda mensal de 12,6% (ou 48,4 mil animais a menos) e um recuo de 22,1% (-291,4 mil cabeças) sobre o resultado de junho de 2023, informou o portal de notícias argentino Agrofy News, com base em dados do Consórcio ABC (representado por exportadores locais). Nos primeiros seis meses de 2024, foram abatidos 6,56 milhões de bovinos na Argentina, 10,6% abaixo dos 7,33 milhões computados em igual período de 2023. Entre as categorias de abate, o relatório do Consórcio ABC destacou o maior abate de fêmeas no País. Em junho/24, a categoria registrou participação de 49,9% no total de abates, moderadamente acima da participação de 48,2% registrada no mesmo mês do ano anterior. “Ao olharmos para o primeiro semestre/24, o abate de fêmeas atingiu participação de 48,1% do total de abates, ficando um pouco acima do recorde de 47,4% correspondente ao período de janeiro a junho de 2023”, observa o relatório. A produção de carne bovina argentina em junho de 2024 atingiu 232,4 mil toneladas de equivalente carcaça, uma queda de 13,1% sobre maio/24 e baixa de 22,1% em relação ao mesmo mês de 2023. Nos primeiros seis meses de 2024, foram produzidas 1,490 milhão de toneladas, 10,1% abaixo do volume obtido em igual período do ano passado (1,658 milhão de toneladas).

Agrofy News

 

SUÍNOS

 

Preço da carcaça suína especial registra ganho de 0,84% em São Paulo

De acordo com as informações divulgadas pela Scot Consultoria, a carcaça suína especial registrou ganho de 0,84% e está cotada em R$ 12,00/kg, enquanto o preço médio da arroba do suíno CIF também seguiu sem alteração e está próximo de R$ 149,00/@ 

 

Segundo levantamento realizado pelo Cepea na última quarta-feira (17), o Indicador do Suíno Vivo em Minas Gerais seguiu sem alteração e está cotado em R$ 7,97/kg. No Paraná, o preço do animal teve ganho de 0,13% e está precificado em R$ 7,60/kg. Já na região do Rio Grande do Sul, o animal não teve alteração e está precificado em R$ 7,09/kg. Em São Paulo, o valor ficou próximo de R$ 7,81/kg e seguiu com estabilidade. Em Santa Catarina, o valor do suíno não teve alteração e está cotado em R$ 7,34/kg. O levantamento feito pelo Cepea mostra que os preços médios da carne suína têm subido fortemente no atacado da Grande São Paulo. Já a bovina apresenta leve valorização, ao passo que a de frango está em queda. Ainda de acordo com o Cepea, a competitividade da proteína suinícola diminuiu frente às principais concorrentes. “A carne suína vem se valorizando desde a primeira semana de junho, ganhando força no início de julho, com o impulso vindo das demandas internas e externas aquecidas. Quanto à proteína avícola, a desvalorização está atrelada sobretudo ao enfraquecimento da procura, que tem mantido baixa a liquidez no setor atacadista”, destacou o Cepea.

Cepea/Esalq

 

Suínos/Cepea: Carne perde competitividade frente substitutas

Levantamentos do Cepea mostram que os preços médios da carne suína têm subido fortemente no atacado da Grande São Paulo

 

Já a bovina apresenta leve valorização, ao passo que a de frango está em queda. Como resultado, a competitividade da proteína suinícola diminuiu frente às principais concorrentes. Segundo pesquisadores do Cepea, a carne suína vem se valorizando desde a primeira semana de junho, ganhando força no início de julho, com o impulso vindo das demandas internas e externas aquecidas. Quanto à proteína avícola, a desvalorização está atrelada sobretudo ao enfraquecimento da procura, que tem mantido baixa a liquidez no setor atacadista, ainda conforme pesquisas do Cepea.

Cepea


Suinocultura independente: Mercado apresenta estabilidade nos estados de Minas Gerais e Santa Catarina

Preços dos suínos em São Paulo apresentaram valorização de 1,38% frente à semana anterior

 

As bolsas de suínos que comercializam os animais no mercado independente registraram valorizações dos preços nesta quinta-feira (18). Com a entrada da segunda quinzena do mês, a expectativa é que a comercialização fique mais lenta. Em São Paulo, os preços dos suínos apresentaram valorização de 1,38% frente à semana anterior, em que passou de 8,00/kg e está precificado em R$ 8,11/kg por vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). No mercado mineiro, o valor do animal seguiu com estabilidade nesta semana e está sendo negociado próximo de R$ 8,00/kg vivo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). "O mercado segue estável, porém firme. Os elementos que nos trouxeram até esse ponto continuam presentes: ótimas exportações, vendas internas fluindo e expectativas positivas sobre o futuro", disse o consultor de mercado da Associação, Alvimar Jalles. Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal segue estável nesta semana frente a anterior e está precificado em R$ 7,45/kg vivo. 

Agrolink

 

FRANGOS

 

Após doença de Newcastle, governo suspende exportações de carne de frango

Ministério da Agricultura aplicou auto embargo também para exportações de ovos e demais produtos avícolas. Países que se destacam como os maiores compradores de carne de aves do Brasil, como China e Arábia Saudita, estão na lista de restrições

 

Ministério da Agricultura decidiu aplicar auto embargo e suspender as exportações de carne de frango, ovos e demais produtos avícolas de acordo com os requisitos sanitários acordados com cada país importador após a confirmação do caso de Newcastle em uma ave de estabelecimento comercial em Anta Gorda, no Rio Grande do Sul. Uma fonte confirmou que o avicultor é integrado da BRF, que tem frigoríficos em Marau e Lajeado. As restrições seguem os requisitos pré-estabelecidos no Certificados Sanitários Internacionais (CSI), acordados com os clientes do país. Alguns embargos atingem a produção de todo o território nacional. Outros são focados em estabelecimentos gaúchos. Alguns miram apenas as proximidades de onde foi identificado o foco da doença. Países que se destacam como os maiores compradores de carne de aves do Brasil, como China e Arábia Saudita, estão na lista de restrições. Em âmbito nacional, as exportações estão momentaneamente bloqueadas para Argentina e União Europeia, mercados menos significativos na balança comercial avícola nacional. As barreiras incluem carnes de aves e outros produtos derivados. No caso do Rio Grande do Sul, onde o foco foi registrado, a restrição é mais ampla e atinge determinados produtos avícolas que deixarão de ser exportados por estabelecimentos gaúchos para África do Sul, Albânia, Arábia Saudita, Bolívia, Cazaquistão, Chile, China, Cuba, Egito, Filipinas, Georgia, Hong Kong, Índia, Jordânia, Kosovo, Macedônia, México, Mianmar, Montenegro, Paraguai, Peru, Polinésia Francesa, Reino Unido, República Dominicana, Sri Lanka, Tailândia, Taiwan, Ucrânia, União Econômica Euroasiática, Uruguai, Vanuatu e Vietnã. Também há restrições para o raio afetado, de 50 quilômetros da propriedade afetada. Na lista dos países que deixam de comprar de estabelecimentos nessa região está o Japão, a Coreia do Sul e o Canadá, entre outros. Os CSI de produtos com data de produção até 8 de julho, data de notificação da suspeita, poderão ser emitidos para esses destinos. Argentina, África do Sul e Chile ainda aceitam exportações de alguns produtos submetidos a tratamento térmico. As informações sobre as restrições nas exportações foram enviadas aos servidores da defesa agropecuária brasileira em ofício circular assinado pela diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), Juliana Satie Becker de Carvalho Chino, e pela diretora-substituto do Departamento de Saúde Animal, Paola Frassinetti Nunes Machado de Oliveira. No ofício, a Pasta fez orientações para os procedimentos de inspeção ante e post mortem, como o reforço na atenção na análise dos dados do boletim sanitário, principalmente quanto à mortalidade de aves a campo. As diretoras pedem também que sejam reforçadas as verificações de sinais clínicos da doença de Newcastle nos animais abatidos nos frigoríficos. "Lembramos que todas as aves que forem encaminhadas ao abatedouro-frigorífico acompanhadas de GTA [Guia de Trânsito Animal] estão aptas para o abate, pois se houver suspeita de SRN [síndrome respiratória e nervosa] a campo, o trânsito destas aves é interditado. Cabe à inspeção ante mortem a verificação in loco da condição sanitária das aves", diz o ofício.

Globo Rural

 

Aves da propriedade com foco de Newcastle no RS serão sacrificadas em breve

Sacrifício dos animais vai começar em breve. A medida é indenizável pelo Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária. Após foco da doença de Newcastle, há um receio com a propagação do vírus

 

O caso da doença de Newscastle em uma ave no Rio Grande do Sul, apesar de parecer isolado e pontual, vai demandar o extermínio dos animais da propriedade de um avicultor integrado da BRF no município de Anta Gorda (RS), disseram duas fontes. Mais cedo, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que o plantem remanescente estava assintomático e que seguiria em monitoramento. A preocupação cresceu ao longo do dia entre criadores, indústria e governo. Há um receio com a propagação do vírus. O caso foi registrado no Vale do Taquari, fortemente atingida pelas enchentes de maio. A avaliação é que a imunidade dos animais criados na região está baixa após a catástrofe climática. A situação piora com as recentes ondas de frio. Por outro lado, há uma sensação de que o problema não será espalhado e que a mortandade dos animais, como dos 7 mil que morreram na granja onde o foco foi identificado, se deve a outros problemas, como o frio. Contribui para essa avaliação o fato de que 12 amostras foram coletadas na propriedade em Anta Gorda, onde animais apresentavam "diarreia esverdeada e prostração", mas apenas um testou positivo para Newcastle. O sacrifício dos animais vai começar em breve. A medida é indenizável pelo Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária (Fundesa) estadual, mas há possibilidade de a empresa integradora, a BRF, assumir os custos para agilizar o processo. A medida pode ajudar dar mais rapidez na extinção de qualquer possível vestígio do foco no plantel remanescente. O governo do Rio Grande do Sul vai realizar barreiras sanitárias na região. A emissão de Guias de Trânsito Animal (GTAs) são suspensas nas áreas de risco. Deve haver uma comunicação integradas com outros municípios, além de Anta Gorda, que estão no raio de 10 quilômetros do foco da doença e que serão alvo de ações de investigação, averiguação, visitas e testagem de animais. Em nota técnica, o Departamento de Saúde Animal, da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, disse que "serão aplicados os procedimentos de erradicação do foco estabelecidos no Plano de Contingência de Influenza Aviária e doença de Newscastle, com a eliminação e destruição de todas as aves e limpeza e desinfecção do local". O documento informa ainda que será realizada investigação complementar em raio de 10 quilômetros ao redor da área de ocorrência do foco e demais medidas necessárias conforme avaliação epidemiológica. "O serviço veterinário oficial do Rio Grande do Sul está trabalhando em conjunto com o Ministério da Agricultura. Temos convicção que somos preparados para atuar nesses tipos de situação, haja vista a atuação na prevenção da influenza aviária", disse à reportagem Márcio Madalena, secretário-adjunto de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Estado. Responsável por 15% das exportações de carne de frango do Brasil, o Rio Grande do Sul já está com bloqueios a venda de carnes de frango ovos e derivados para, ao menos, 31 países e um bloco econômico. A situação preocupa as gigantes do setor.

Valor Econômico

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Mercado vê risco de embargo ao frango do Brasil por causa da Doença de Newcastle

Caso detectado no Rio Grande do Sul foi o primeiro em 18 anos. Exportações de frango podem sofrer os impactos do caso de doença de Newcastle, segundo analistas

 

O caso de Doença de Newcastle em uma granja no Rio Grande do Sul ligou o alerta no mercado. Quedas nas ações dos frigoríficos na B3 são um importante sinal de que os investidores estão preocupados com as possíveis consequências para a avicultura brasileira. Para analistas, a preocupação tem fundamento: há risco de embargo à carne de frango por alguns países importadores e, em consequência, queda nos preços. Gustavo Troyano e Bruno Tomazetto, da equipe de Alimentos e Bebidas do Itaú BBA, afirmaram em relatório que não houve nenhuma declaração oficial indicando potencial paralisação de vendas externas neste momento, "mas a percepção de risco para os exportadores brasileiros de frango pode ser impactada". Os especialistas lembraram que o último surto da doença ocorreu em 2006 e, no período, o Brasil sofreu algumas paralisações de embarques regionalizadas, restritas aos Estados onde a doença estava presente. "Considerando a elevada patogenicidade da doença, é possível que alguns importadores implementem protocolos semelhantes aos observados nos surtos mais recentes de gripe aviária", disseram. "Se alguns importadores decidirem restringir as exportações brasileiras de frango como medida preventiva, as operações da BRF e da Seara provavelmente serão afetadas por um cenário de excesso de oferta nos mercados domésticos", alertaram. A notícia também é negativa para a Marfrig, disseram os analistas do Itaú, já que a empresa está indiretamente exposta ao mercado avícola por meio de sua participação no capital da BRF. A XP Investimentos ressaltou que nem a BRF nem a Seara (unidade de aves da JBS) têm fábricas no município de Anta Gorda (RS), onde o surto foi relatado. Portanto, nenhuma das empresas listadas na B3 foi diretamente afetada por este foco da doença. A análise da XP indica que a BRF tem três plantas de aves no Rio Grande do Sul (de 19 no país), enquanto a Seara tem apenas uma (de 23). A unidade da BRF mais próxima está localizada a, aproximadamente, 55 km do local do ocorrido. A da Seara, a cerca de 80 km. O setor avícola está passando por um ciclo forte, refletindo custos mais baixos e forte demanda nos mercados doméstico e externo. No entanto, para a XP, a principal preocupação dos investidores é o aumento da oferta devido às margens positivas, o que poderia fazer com que os preços da carne de frango caíssem. "O forte momentum das exportações tem sido crucial para garantir o equilíbrio entre oferta e demanda (O&D). Dada a representatividade do Rio Grande do Sul (10,5% da produção do Brasil em 2023; 14,8% das exportações) e a possível suspensão temporária das exportações, vemos um risco crescente para o cenário equilibrado de O&D mencionado acima, especialmente após as recentes indicações de que os embarques no Brasil em julho poderiam aumentar para 615 milhões de cabeças (+8% A/A)", disse a XP em relatório assinado por Leonardo Alencar, Pedro Fonseca e Samuel Isaak. Fernando Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, destacou que as enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul em maio provocaram brechas sanitárias, produziram vulnerabilidades, que podem ter contribuído para a entrada da doença de Newcastle agora. "É possível que haja alguma consequência de mercado, o recente comportamento japonês em relação a casos de Influenza Aviária em aves de fundo de quintal gera apreensão", afirmou Iglesias. "Supondo que o Japão embargue o mercado gaúcho, o Brasil poderia facilmente atender o mercado japonês por outras indústrias no Paraná ou em Santa Catarina", completou. O Japão é um dos compradores mais rigorosos do mundo na questão sanitária. Porém, o país asiático importou em torno de 21 mil toneladas de carne de frango do Rio Grande do Sul em 2024 (janeiro a junho). Do Brasil, as compras japonesas atingiram o volume de 214 mil toneladas de carne de frango, lembrou o analista. Iglesias enfatizou que, apesar do foco registrado em Anta Gorda (RS), o Brasil ainda é referência global em biosseguridade no setor de carnes. Vale lembrar que todos os protocolos de segurança estão sendo tomados pelas autoridades nacionais e locais. "Qualquer apontamento sobre embargos (ainda) é mera especulação. É improvável que o foco da doença cause problemas na produção de carne de frango, ou mesmo no consumo de milho e de farelo de soja", pontuou.

Globo Rural

 

Governador sanciona Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2025 no Paraná

Estado do Paraná já vem observando aumento nos investimentos nos últimos anos. Entre o primeiro quadrimestre de 2019 e o mesmo período de 2024, os valores dedicados a esse tipo de rubrica cresceram mais de 300% - de R$ 462 milhões para R$ 1,9 bilhão

O governador Carlos Massa Ratinho Junior sancionou na quinta-feira (18) a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), para o ano de 2025. A nova legislação, que estabelece metas e prioridades fiscais para o próximo ano e orienta a elaboração do orçamento anual, alinha-se ao objetivo do governo do Estado de abrir mais espaço orçamentário para investimentos públicos no Paraná. Segundo o governador, o Estado do Paraná já vem observando aumento nos investimentos nos últimos anos. Entre o primeiro quadrimestre de 2019 e o mesmo período de 2024, os valores dedicados a esse tipo de rubrica cresceram mais de 300% - de R$ 462 milhões para R$ 1,9 bilhão. Além de ampliar os investimentos, o governo do Paraná visa manter esforços para conter a elevação nas despesas correntes. De acordo com o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, esta medida é importante para garantir a sustentabilidade fiscal e a capacidade de realizar investimentos futuros. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é um instrumento para a gestão fiscal de todos os entes federativos. O texto é responsável por estabelecer as metas do governo para o exercício seguinte, além de oferecer as bases para a Lei Orçamentária Anual (LOA). A LDO também define as regras para a execução do orçamento, visando assegurar o equilíbrio das contas públicas. O projeto da LDO 2025 estabelece como metas fiscais para o próximo ano uma receita corrente líquida (RCL) de R$ 64,2 bilhões, despesas totais de R$ 63,37 bilhões e um resultado primário de R$ 5 bilhões. O resultado primário é calculado subtraindo-se as despesas primárias das receitas primárias, excluindo-se o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). Para efeito de comparação, as metas fiscais previstas na LDO de 2024 eram uma receita corrente líquida de R$ 55,85 bilhões, despesas totais de R$ 56,92 bilhões e um déficit primário de R$ 108 milhões. O avanço nas metas para 2025 reflete uma expectativa de maior arrecadação e melhor gestão das despesas. “A LDO sancionada mantém o foco no equilíbrio fiscal, que é crucial para garantir um futuro sustentável e próspero para o Paraná”, frisa Ortigara.

Agência Estadual de Notícias

 

Portos do Paraná batem recorde de movimentação no primeiro semestre de 2024

Crescimento foi de 9% na movimentação de cargas na comparação com os primeiros seis meses de 2023. A importação foi a que mais cresceu, com uma movimentação de 12.519.108 toneladas, 16% a mais que em 2023 (10.755.875 toneladas)

De janeiro a junho de 2024, os portos do Paraná alcançaram a marca de 33.780.236 toneladas movimentadas, um recorde histórico de movimentação num primeiro semestre, 9% a mais em comparação ao mesmo período em 2023 (30.898.006 toneladas). A importação foi a que mais cresceu, com uma movimentação de 12.519.108 toneladas, 16% a mais que em 2023 (10.755.875 toneladas). No primeiro semestre, os fertilizantes foram as cargas com maior volume: 4.777.376 toneladas importadas, 3% superior a 2023 (4.650.747 toneladas). O Paraná segue como a principal porta de entrada da commodity no Brasil, representando 24% de tudo o que chega do produto no País. A origem dos fertilizantes ficou dividida entre a Rússia (28%), China (18%), Canadá (16%), Marrocos (8%) e EUA (4%). Já as commodities de açúcar, contêineres e soja apresentaram os maiores resultados na exportação. O grão de soja foi a commodity que mais movimentou na exportação. Em 2024, foram 8.057.637 toneladas, crescimento de 10% em relação a 2023 (7.321.508 toneladas). O açúcar a granel teve o maior crescimento em volume no período: de 1.668.102 toneladas movimentadas, em 2023, passou para 2.881.853 toneladas em 2024 – alta de 73%. Já o açúcar em saca quase dobrou este ano, subindo de 205.861 toneladas no ano passado para 403.361 toneladas nos primeiros seis meses de 2024, um crescimento de 96%. Em relação aos contêineres, tanto o embarque quanto o desembarque de cargas apresentaram bons números. Ao todo, foram movimentados 780.457 TEUs (medida para 20 pés de comprimento de contêiner), o que representou elevação de 37% em comparação a 2023 (569.599 TEUs). A carne congelada foi a responsável pelo aumento na exportação. Já os eletroeletrônicos, químicos e automotivos respondem pelo incremento na importação. Janeiro, fevereiro, março e junho alcançaram números históricos de resultado, sendo junho a maior movimentação mensal da história do porto – 6.582.670 toneladas, um aumento de 3% em relação ao recorde anterior, alcançado em dezembro do ano passado (6.376.229 toneladas).

Agência Estadual de Notícias

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar salta 1,89% em meio a expectativa com anúncio de corte orçamentário

O dólar emplacou na quinta-feira a segunda sessão consecutiva de forte alta no Brasil, de 10 centavos de real, com as cotações impactadas pelo receio de que o governo Lula não cumpra a meta fiscal e pelo avanço firme da moeda norte-americana também no exterior, em um dia de pressão para os países emergentes

 

O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,5887 reais na venda, em alta de 1,89%. Em dois dias a divisa saltou 2,94%, ou o equivalente a 16 centavos de real. Às 17h07, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,77%, a 5,5955 reais na venda. O mercado de câmbio brasileiro recebeu novamente um estímulo duplo para a alta do dólar. Em primeiro lugar, a moeda norte-americana também tinha fortes ganhos ante outras divisas de emergentes e exportadores no exterior, com real, peso chileno, peso mexicano e peso colombiano liderando a lista de maiores perdas globais. Em segundo lugar, os investidores se mantinham cautelosos com a aproximação do dia 22 de julho, quando o governo apresentará seu Relatório Bimestral de Receitas e Despesas com a definição sobre quanto será preciso contingenciar no Orçamento para cumprir a meta de resultado primário zero deste ano.

Além do contingenciamento, o mercado aguarda os detalhes sobre como se darão os cortes de 25,9 bilhões de reais em despesas do Orçamento para 2025, anunciados pelo governo há algumas semanas. Como parte destes cortes pode recair já sobre as contas de 2024, algum detalhamento pode surgir no dia 22. A Junta de Execução Orçamentária, que inclui Haddad e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, iniciou sua reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva perto de 16h15. No mercado, não se descartava a possibilidade de que algo concreto pudesse ser anunciado após as discussões, que miram justamente a divulgação do relatório e do contingenciamento no dia 22. Neste cenário, o dólar à vista subiu de forma relativamente contínua ao longo do dia, da mínima de 5,4803 reais (-0,09%) às 9h01, pouco depois da abertura, à máxima de 5,5903 reais (+1,92%) às 16h56, pouco antes do fechamento.

Reuters

 

Ibovespa fecha em queda de mais de 1% com respaldo de NY

No setor de proteínas, MARFRIG ON afundou 9,08%, JBS ON perdeu 2,45%, BRF ON perdeu 7,88% e MINERVA ON recuou 4,49%, em meio a notícias do primeiro caso de doença de Newcastle em ave no Brasil desde 2006. O governo federal confirmou na noite de quarta-feira que uma amostra testou positivo para a doença viral, dizendo que veio de uma granja de aves comerciais em Anta Gorda, município no Rio Grande do Sul

 

O Ibovespa caiu mais de 1% na quinta-feira, em meio a uma conjuntura de fatores que costumam refletir negativamente no índice, incluindo queda nas bolsas em Nova York, declínio dos futuros do petróleo e minério de ferro, além de preocupações em relação ao quadro fiscal doméstico. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou em queda de 1,39%, a 127.652,06 pontos, perto da mínima da sessão, de 127.522,81 pontos. O volume financeiro somou 20,59 bilhões de reais, em véspera de vencimento de opções sobre ações na bolsa paulista. "Não tem 'trigger' positivo, esse é o ponto", observou o analista Matheus Nascimento, da Levante Inside Corp. "O (ambiente) interno já está desafiador o suficiente, com o principal ponto sendo o fiscal, e lá fora hoje foi um dia também de realização." O governo manteve em 2,5% a projeção para o crescimento econômico do Brasil em 2024, mas piorou a expectativa para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 2025 de 2,8% para 2,6%, conforme boletim divulgado na quinta-feira. O documento também apontou uma deterioração na visão do governo para a inflação, com a projeção para o IPCA indo a 3,9% para 2024, ante previsão de 3,7% feita em maio. Para 2025, houve ajuste de 3,2% para 3,3%, mostrando afastamento da meta de 3%. Para o head de research Régis Chinchila, da Terra Investimentos, "o mercado permanece cético em relação à situação fiscal, especialmente à espera do relatório de receitas e despesas, com preocupações adicionais devido ao ambiente desfavorável para moedas emergentes no exterior".

Reuters

 

Governo fará contenção orçamentária de R$15 bi para cumprir arcabouço fiscal, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na quinta-feira que o governo fará uma contenção de 15 bilhões de reais no Orçamento deste ano com o objetivo de cumprir as exigências do arcabouço fiscal

 

Segundo o ministro, 11,2 bilhões de reais serão bloqueados para respeitar o limite de despesas públicas para este ano. Outros 3,8 bilhões de reais serão contingenciados para que a projeção de resultado primário do ano fique dentro da banda de tolerância da meta fiscal. "A Receita (Federal) fez um grande apanhado do que aconteceu nestes seis meses, o mesmo ocorreu com o Ministério do Planejamento, no que diz respeito às despesas, e vamos ter que fazer uma contenção de 15 bilhões de reais para manter o ritmo do cumprimento do arcabouço fiscal até o final do ano", disse Haddad a jornalistas no Palácio do Planalto após reunião de ministros da Junta de Execução Orçamentária com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na prática, Haddad antecipou o anúncio que seria feito pelo governo apenas na próxima segunda-feira, quando a equipe econômica apresentará seu relatório bimestral de receitas e despesas, que avalia o risco de descumprimento de regras fiscais no ano e indica eventuais necessidades de travar despesas. A decisão de segurar os gastos ocorre em meio à ansiedade de agentes de mercado para que o governo desse indicações claras de responsabilidade fiscal. Na quinta, o dólar à vista fechou em alta de 1,89%, a 5,5887, em parte impactado pelo receio de que o governo Luiz Inácio Lula da Silva não cumpra a as regras para as contas públicas. As taxas futuras de juros também dispararam, com investidores citando receios fiscais. O bloqueio de verbas será necessário porque a projeção de gastos federais para o ano ficou acima do limite permitido pelo arcabouço fiscal, de alta real de 2,5% no ano, segundo Haddad. O contingenciamento, por sua vez, será feito para levar o resultado fiscal -- diferença entre receitas e despesas primárias -- para dentro da banda de tolerância da meta. O alvo para o ano é de déficit zero, com margem de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para mais ou para menos. Na prática, as duas medidas implicam cortes nos recursos disponíveis para gastos pelos ministérios. De acordo com Haddad, por conservadorismo, a Receita não incluiu nas contas eventual arrecadação com a possível aprovação de compensações à desoneração da folha salarial de setores da economia. Segundo ele, se as medidas de receita forem aprovadas pelo Congresso, o contingenciamento poderá ser revertido. O ministro disse ainda que o contingenciamento não levará a projeção de resultado fiscal do ano para o déficit zero, mas a um patamar próximo ao limite da banda de tolerância. Haddad ressaltou que esses valores anunciados não têm relação com o corte de despesas obrigatórias previsto para 2025 a partir da revisão de benefícios sociais e previdenciários.

Reuters

 

Governo mantém projeção de alta do PIB em 2,5% para 2024 e piora expectativa para 2025

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda manteve em 2,5% sua projeção para o crescimento econômico do Brasil em 2024 e piorou a expectativa para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 2025 de 2,8% para 2,6%, mostrou boletim divulgado na quinta-feira

 

O documento também apontou uma deterioração na visão do governo para a inflação, com a projeção para o IPCA indo a 3,9% para 2024, ante previsão de 3,7% feita em maio, enquanto o índice para 2025 foi ajustado de 3,2% para 3,3%, mostrando afastamento da meta de 3%. "Essa estimativa já leva em consideração os impactos do câmbio mais depreciado e da calamidade no Rio Grande do Sul nos preços, além dos reajustes recentes anunciados para os preços da gasolina e GLP", disse a SPE sobre a projeção de inflação para este ano. Em relação à atividade, a secretaria informou que revisou para baixo a expectativa de desempenho da agropecuária em 2024, de -1,4% para -2,5%, com redução na estimativa para a safra de soja, milho e trigo, além dos impactos das chuvas no Rio Grande do Sul. Por outro lado, os números foram revistos para cima no caso da indústria (2,4% para 2,6%) e de serviços (2,7% para 2,8%). A pasta ainda disse acreditar em uma compensação dos efeitos negativos provocados pelas chuvas no Rio Grande do Sul. “Os impactos negativos das enchentes no Estado devem ser compensados por medidas de suporte às famílias, empresas e aos governos estadual e municipais”, disse a SPE no documento. Em 2023, o PIB brasileiro cresceu 2,9%, impulsionado por uma safra recorde de grãos e forte resultado das indústrias extrativas, com destaque para petróleo e minério de ferro. A reavaliação das projeções foi marcada por uma mudança de tom do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, antes da divulgação dos números. Após ter afirmado na terça-feira que seria "provável" uma revisão para cima da projeção de crescimento, ele afirmou a jornalistas na manhã desta quinta que pediu parcimônia à SPE na reavaliação. "Estamos recebendo informações e dados que sustentariam uma reprojeção, mas eu pedi cautela para avaliar bem se essa reprojeção deve ser feita e quando deve ser feita, mas os dados da economia estão vindo muito bem e com baixa pressão sobre os preços", disse o ministro. As projeções da SPE balizam a programação de receitas e despesas orçamentárias do governo. Na divulgação de maio, a equipe econômica projetou que o governo central fechará 2024 com déficit primário de 14,5 bilhões de reais, ainda dentro da margem de tolerância para a meta do ano.

Reuters

 

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