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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 664 DE 18 DE JULHO DE 2024


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 664 | 18 de julho de 2024

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL 


BOVINOS 


Boi gordo: viés de estabilidade nas cotações, nas praças brasileiras na semana

Consultorias que acompanham de perto o mercado pecuário relatam um viés de estabilidade nas cotações, depois de "boas" valorizações aos lotes oferecidos pelos pecuaristas. No Paraná, a referência de preços no balcão da indústria/para descontos do Funrural, em 15/07/2024, está em 222,00.

O mercado físico do boi gordo manteve-se estável na quarta-feira (17/7) na maioria das praças brasileiras, sugerindo uma paralisação temporária no movimento recente de alta observado nas últimas semanas. Na avaliação da Scot Consultoria, o bom escoamento de carne para o mercado interno e externo contribuiu para um balanço positivo entre oferta e demanda, resultando em firmeza nos preços da arroba do boi gordo. Dessa maneira, na praça paulista, a cotação do boi gordo “comum” seguiu valendo R$ 222/@ nesta quarta-feira (17/7), enquanto a vaca e a novilha são negociadas por R$ 200/@ e R$ 212/@, respectivamente (preços brutos e com prazo), de acordo com dados apurados pela Scot. Por sua vez, a arroba do “boi-China” (base SP) está cotada em R$ 227 no Estado de São Paulo, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”, acrescenta a Scot.  a B3, todos os contratos futuros do boi gordo apresentaram queda no fechamento de terça-feira (16/7), com destaque para o papel com vencimento em agosto/24, que registrou um declínio de 1,27%, ficando precificado a R$ 233,60/@. No mercado atacadista da carne bovina (base SP), a disponibilidade do produto com ossos e desossada tem aumentado, mostrando que as vendas nesta segunda quinzena do mês estão abaixo das expectativas, observou a Agrifatto. Como resultado disso, continua a consultoria, os estoques de carne estão ficando cheios nas câmaras frias, sem previsão de esvaziamento. Além disso, diz a Agrifatto, tem ocorrido devoluções de mercadorias por causa de problemas de qualidade das carcaças (baixo padrão). “Uma das estratégias adotadas pelos frigoríficos tem sido embarcar mercadorias sem destino e venda combinados, a fim de escoar os produtos das câmaras frias”, relatou a Agrifatto. Com isso, aponta a consultoria, a carcaça casada do boi casada segue nos R$ 15,50/kg (SP), “mas há pressão por novos recuos nos preços”. Referência de preços no balcão da indústria/para descontar Funrural, em 15/07/2024 (Fonte: Agrifatto). São Paulo – 227,95. Mato Grosso do Sul – 218,60. Goiás – 213,84. Mato Grosso – 207,79. Minas Gerais – 217,61. Rondônia – 182,49. Pará – 204,41. Paraná – 222,00. Tocantins – 204,14.

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto 

 

Operação Rei do Gado combate fraudes de R$ 1,4 bi em venda de bovinos

Estão sendo cumpridos 50 mandados de busca e apreensão em municípios de São Paulo, Maranhão, Minas Gerais, além de Brasília, Goiânia e Palmas. A Receita Federal estima que foram sonegados R$ 300 milhões em tributos federais

 

A Receita Federal e o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Maranhão deflagraram nesta quarta (17/7) a Operação Rei do Gado. O objetivo é obter provas de um esquema de sonegação fiscal, que envolve vendas fraudulentas de gado no total de R$ 1,4 bilhão entre julho de 2020 e abril de 2023. A Receita Federal estima que foram sonegados R$ 300 milhões em tributos federais. Estão sendo cumpridos 50 mandados de busca e apreensão em municípios de São Paulo, Maranhão, Minas Gerais, além de Brasília, Goiânia e Palmas. Também foi cumprido um mandado de prisão preventiva em Brasília. A Receita Federal e o Ministério Público obtiveram ainda na Justiça autorização para suspender servidores públicos de suas funções e bloquear bens dos envolvidos no montante de R$ 67 milhões. Além disso, a Receita Federal vai usar as provas obtidas hoje para tentar comprovar a identidade dos reais fornecedores de gado vendido com notas fiscais frias e verificar a regularidade tributária desses fornecedores. De acordo com a Receita Federal, um grupo de servidores públicos facilitou a inserção de dados falsos em sistemas oficiais e a fabricação de Guias de Trânsito Animal (GTAs) fraudulentas. Também foram identificados contadores responsáveis pela emissão das notas fiscais frias a partir das GTAs fraudulentas. Um terceiro núcleo identificado é de pessoas (laranjas) usadas como remetentes de mais de 6,9 mil notas fiscais avulsas inidôneas, somando R$ 1,4 bilhão em venda de 448.887 cabeças de gado. Esse núcleo inclui pessoas líderes do esquema, seus familiares, empresas e funcionários. As notas frias foram usadas para acobertar gado de produtores que apresentam indícios de terem omitido receita nas suas declarações de imposto de renda, segundo a Receita Federal. São investigados ainda um grupo de compradores de gado e de transportadores de animais, que são intermediários das notas frias e fazem a revenda do gado para abate em frigoríficos no Estado de São Paulo.

Globo Rural 

 

SUÍNOS

 

Mercado de suínos encerra a quarta-feira (17) com avanços nas cotações do animal vivo

Segundo pesquisadores do Cepea, frigoríficos têm intensificado as compras de novos lotes de suínos para abate neste mês, diante das demandas doméstica e externa por carne suína aquecidas. 

 

De acordo com a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 149,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 11,90/kg, em média. Segundo o Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (16), houve aumento de 0,25% em Minas Gerais, chegando a R$ 7,97/kg, incremento de 0,80% no Paraná, custando R$ 7,59/kg, avanço de 0,57% no Rio Grande do Sul, com preço de R$ 7,09/kg, valorização de 0,55% em Santa Catarina, chegando a R$ 7,34/kg, e de 1,17% em São Paulo, fechando em R$ 7,81/kg.

Cepea/Esalq

 

FRANGOS

 

Frango no atacado em SP cai 1,09% na quarta-feira (17); demais cotações não mudam

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo não mudou, custando, em média, R$ 5,20/kg, enquanto a ave no atacado caiu 1,09%, fechando em R$ 6,35/kg, em média

 

Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, cotado a R$ 4,37/kg, da mesma forma que no Paraná, custando R$ 4,39/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à terça-feira (16), o preço da ave congelada ficou estável em R$ 7,05/kg, assim como o do frango congelado, fechando em R$ 7,30/kg.

Cepea/Esalq 

 

Ministério da Agricultura confirma foco de doença de Newcastle em aviário comercial no RS

Ministério interditou o estabelecimento e suspendeu a movimentação de aves no local. Ministério adotará protocolo após detecção do foco, como a eliminação de todas as aves e limpeza e desinfecção do local

 

O Ministério da Agricultura confirmou na noite da quarta-feira (17/7) um foco da doença de Newcastle (DNC) em estabelecimento de avicultura comercial de corte, localizado no município de Anta Gorda, no Rio Grande do Sul. O diagnóstico positivo foi informado, às 16h, pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como laboratório de referência internacional para o diagnóstico da Doença de Newcastle. Em comunicado, o ministério informou que o estabelecimento avícola foi imediatamente interditado, e a movimentação das aves foi suspensa. Ainda de acordo com a Pasta, a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) e a Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul irão aplicar os procedimentos de erradicação do foco estabelecidos no Plano de Contingência de Influenza Aviária e doença de Newcastle, com a eliminação e destruição de todas as aves e limpeza e desinfecção do local. Também será realizada investigação complementar em raio de 10km ao redor da área de ocorrência do foco, além de outras medidas que forem necessárias conforme avaliação epidemiológica. “O Mapa [Ministério da Agricultura] ressalta que o consumo de produtos avícolas inspecionados pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) permanece seguro e sem contraindicações. A doença de Newcastle (DNC) é uma enfermidade viral que afeta aves domésticas e silvestres, causando sinais respiratórios, frequentemente seguidos por manifestações nervosas, diarreia e edema da cabeça dos animais. De notificação obrigatória à Organização Mundial de Saúde Animal, a enfermidade é causada pela infecção por vírus pertencente ao grupo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1), virulento em aves de produção comercial.

Globo Rural

  

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Mais de R$ 400 bilhões do Plano Safra 2023/24 foram contratados até junho

Até o mês de junho, o montante acumulado de crédito rural contratado para a safra 2023/24 ultrapassou os R$ 400 bilhões, segundo levantamento feito pela Gerência de Desenvolvimento Técnico da Ocepar (Getec), com base em dados do Banco Central

 

O valor repassado representa aproximadamente 92% dos recursos disponíveis para o ciclo finalizado no dia 30 de junho - R$ 435,8 bilhões. As principais fontes de recursos foram Recursos Livres (55%) e Recursos Obrigatórios (20%), seguidos por Fundos Constitucionais (9%) e Poupança Rural (8%). “Comparando com a safra anterior, nota-se uma mudança na distribuição dos recursos, ou seja, um aumento da participação de Recursos Livres e uma redução na participação da Poupança Rural”, ressalta o analista da Getec, Salatiel Turra. Já as cooperativas brasileiras encerraram a safra 2023/24 captando cerca de R$ 43,49 bilhões. “É relevante destacar que esse valor é 60% superior ao total contratado no Plano Safra passado, que chegou a R$ 27,19 bilhões. A distribuição dos recursos foi majoritariamente destinada para atividades de industrialização, investimento, custeio e comercialização, nessa ordem de importância”, frisa Turra. As cooperativas paranaenses captaram, neste mesmo período, cerca de R$ 14,81 bilhões, o que representa aproximadamente 34% do montante total captado pelas cooperativas do Brasil. Além disso, o total contratado pelas cooperativas do Paraná na safra 2023/24 ultrapassa em 83% do valor total captado na safra passada, que foi R$ 8,09 bilhões.

OCEPAR

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar sobe mais de 1% puxado por exterior

O dólar à vista subiu mais de 1% ante o real na quarta-feira, caminhando novamente para os 5,50 reais, com as cotações sendo impulsionadas pelo salto do iene no mercado internacional e pelos receios em torno da política fiscal do governo Lula

 

O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,4850 reais na venda, em alta de 1,03%. Em julho, a divisa acumula baixa de 1,89%. Às 17h02, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,05%, a 5,491 reais na venda. No mercado global de moedas o destaque era a disparada do iene, em meio a rumores de que o Banco Central do Japão pode ter atuado novamente para fortalecer sua moeda. O avanço do iene afetou operações de carry trade ao redor do mundo, incluindo as realizadas com o real. No carry trade, investidores tomam recursos no exterior, a taxas de juros baixas, e reinvestem em países como o Brasil, onde a taxa de juros é maior. Como a cotação do iene subiu, investidores tendem a desmontar essas posições de carry, o que acaba por pressionar as cotações do real. Um dos efeitos é a alta da taxa de câmbio – algo que já havia ocorrido na quinta-feira passada, quando o iene também avançou. “O real é bastante líquido, então é fácil fazer carry. Quando tem alta do iene, há uma reprecificação de carry trade no mundo, o que também afeta o real”, pontuou Lais Costa, analista da Empiricus Research. No exterior, moedas como o peso chileno, o rand sul-africano e o peso mexicano também tinham perdas firmes em relação ao dólar. Além do fator externo, profissionais citavam a entrevista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à TV Record, veiculada na noite de terça-feira, como motivo para o avanço do dólar ante o real, em meio aos receios em torno do equilíbrio fiscal do governo. Na entrevista, Lula disse que o governo não é obrigado a cumprir a meta fiscal “se você tiver coisas mais importantes para fazer” e reforçou que precisa ser convencido de que será preciso cortar despesas para cumprir o arcabouço. O presidente ponderou, porém, que fará o que for necessário para respeitar o arcabouço. Responsabilidade fiscal eu não aprendi na faculdade, eu trago do berço", disse. Durante a tarde da quarta-feira o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que Lula tem um compromisso fiscal inegociável, lembrando que o presidente já orientou a Junta de Execução Orçamentária a fazer o que for necessário para cumprir o arcabouço fiscal. "O pedido foi explícito: faça o que for necessário para garantirmos o cumprimento do arcabouço fiscal. É um compromisso inegociável por parte do presidente Lula", disse Padilha em entrevista à CNN Brasil.

Reuters 

 

Ibovespa sobe em dia de vencimento de opções, mas Vale mina desempenho

O Ibovespa fechou em alta na quarta-feira, endossado por ganhos nas ações de bancos e da Petrobras, em dia de avanço nos preços do petróleo no exterior, enquanto a queda de Vale minou um desempenho mais robusto do indicador

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,26%, a 129.450,32 pontos, tendo marcado 129.657,77 pontos na máxima e 128.741,45 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somou 35,26 bilhões de reais, em sessão marcada por vencimento de opções sobre o Ibovespa. À medida que o índice volta a se aproximar de seu patamar histórico de 134 mil pontos, depois de um primeiro semestre fraco, agentes financeiros discutem a possibilidade de o Ibovespa alcançar 140 mil pontos ainda este ano. "Se a gente levar (em consideração) uma conjuntura que já está em torno de 130 mil pontos e as empresas brasileiras estão em valores históricos baixos", avaliou o presidente-executivo da gestora Multiplike, Volnei Eyng. Há um mês, o índice operava nos 119 mil pontos. "O único cenário que poderia vir contra isso seria realmente um descuido das contas públicas do governo em relação aos custos", acrescentou, sinalizando ventos favoráveis também do exterior, em meio a apostas de um início de ciclo de redução do juro norte-americano em setembro. O sócio e advisor da Blue3 Investimentos Willian Queiroz, contudo, destacou a agenda eleitoral nos Estados Unidos e no Brasil, além da troca na presidência do Banco Central, no último trimestre de 2024. "É importante salientar que muitas das casas e researchs estão fazendo revisões, e a maioria das revisões estão sendo de redução em cima das expectativas do Ibovespa para o final do ano", ponderou. Na quarta-feira, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que Lula tem um compromisso fiscal "inegociável" e que o presidente já orientou que seja feito o necessário para cumprir o arcabouço fiscal.

Reuters

 

IGP-10 sobe 0,45% em julho e fica abaixo do esperado, mostra FGV

Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) registrou alta de 0,45% em julho, após avançar 0,83% no mês anterior, em resultado abaixo do esperado, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Em 12 meses, o IGP-10 passou a subir 3,38%

 

A expectativa de analistas em pesquisa da Reuters era de avanço de 0,82% na base mensal. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve alta de 0,49% em julho, depois de subir 0,88% no mês anterior. "Apesar dos efeitos sazonais e da desvalorização mais acentuada do real em relação ao dólar, os índices componentes do IGP-10 mostraram desaceleração de junho para julho. No âmbito do produtor, a queda nos preços dos alimentos in natura contribuiu para essa desaceleração", disse André Braz, economista da FGV IBRE. O subgrupo de alimentos in natura registrou queda de 3,99% na base mensal em julho, após subir 3,30% no mês anterior. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, registrou alta de 0,24% no mês, depois de subir 0,54% em junho. No IPC, destacaram-se o desempenho dos preços de Alimentação (0,97% para -0,12%), Habitação (0,52% para 0,14%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,75% para 0,41%), Transportes (0,37% para 0,28%) e Comunicação (0,26% para 0,08%). O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) subiu 0,54% em julho, depois de uma alta de 1,06% em junho. O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

Reuters 

 

STF adia para 11 de setembro prazo para governo e Congresso chegarem a acordo para compensar desoneração

O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, que está no exercício da presidência da corte, prorrogou na noite de terça-feira até o dia 11 de setembro o prazo para que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Congresso cheguem a um acordo para compensar a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia e de pequenos municípios

 

Em nota no site do STF, a corte informou que o adiamento atendeu a um pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AGU) e a Advocacia-Geral do Senado. O prazo inicial terminaria na próxima sexta-feira, dia 19 de julho. Também na terça, o Senado adiou a votação de uma proposta de compensação da desoneração e se alinhou ao Executivo para pedir a ampliação do prazo ao Supremo. O texto que seria votado pelo Senado nesta terça-feira prevê a manutenção integral da desoneração da folha neste ano, com redução gradual do benefício a partir de 2025. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no entanto, disse que a solução apresentada pelo Senado não compensa a perda de arrecadação com a desoneração, citando um parecer da Receita Federal. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse na terça que, caso o Supremo concordasse com o adiamento, o tema voltaria à pauta da Casa em agosto. O assunto ocupa a agenda do governo e do Congresso desde o fim do ano passado, quando o Legislativo prorrogou a desoneração. A decisão posteriormente foi vetada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas o veto foi derrubado e o tema acabou judicializado. Em maio, o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 60 dias para que fosse encontrada compensação financeira para a desoneração, sob pena de o benefício a empresas e municípios perderem a validade se não houvesse solução. O governo inicialmente estimou um custo de 26 bilhões de reais neste ano para a desoneração, mas mais recentemente passou a falar em um impacto de 17 bilhões a 18 bilhões de reais. Na busca por medidas compensatórias, o Ministério da Fazenda chegou a sugerir um aumento da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) de empresas caso propostas do Senado não surtissem efeito, mas a ideia foi rejeitada por parlamentares. Pacheco tem defendido uma série de iniciativas pontuais para compensar o benefício neste ano. Entre elas, estão uma repatriação de recursos de brasileiros no exterior, atualização de valores de ativos nacionais com pagamento de imposto, além de uma renegociação de dívidas de empresas com multas em agências reguladoras. O senador também sugeriu a utilização de dinheiro "esquecido" no sistema financeiro e de depósitos judiciais sem titularidade, além da arrecadação obtida com a cobrança de imposto sobre compras internacionais de até 50 dólares -- a "taxação da blusinha" -- como outras fontes de compensação.

Reuters 

 

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