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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 663 DE 17 DE JULHO DE 2024


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 663 | 17 de julho de 2024

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS

 

Arroba segue estável na maior parte do País

Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, animal “comum” segue valendo R$ 222/@ em SP, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 200/@ e R$ 212/@, respectivamente. No Paraná, o boi vale R$225,00 por arroba. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de sete dias

 

O mercado do boi gordo abriu o segundo dia desta semana com estabilidade nas principais praças brasileiras, relatam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.

Na praça paulista, segundo apurou a Scot Consultoria, as cotações de todas as categorias destinadas ao abate andaram de lado na terça-feira (16/7). Dessa maneira, boi gordo “comum” segue valendo R$ 222/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 200/@ e R$ 212/@ (preços brutos, a prazo), respectivamente. O “boi-China” (base SP) está cotado em R$ 227/@, mantendo ágio de R$ 5/@ sobre o animal destinado ao mercado interno, acrescentou a Scot. Pelos dados levantados pela Agrifatto, o mercado brasileiro do boi gordo permanece firme, com destaque para o Estado de São Paulo, que, na segunda-feira (15/7), apresentou a maior valorização diária (1,03%) entre as 17 praças monitoradas pela consultoria, fechando a R$ 229,45/@. “Esse patamar não era alcançado desde o início de maio (3/5/2024)”, ressalta a Agrifatto. O otimismo no mercado físico refletiu no mercado futuro (B3), com valorização em todos os contratos, especialmente o papel de curto prazo (vencimento em julho/24), que registrou um acréscimo de 0,52%, ficando cotado a R$ 232,40/@. As exportações seguem aquecidas, destaca a Agrifatto. No primeiro semestre deste ano, o Brasil exportou 1,14 milhão de toneladas de carne bovina, o maior volume história para um semestre. Nesta segunda semana de julho/24, os embarques mantêm o ritmo forte, a ponto de a Agrifatto prever vendas totais no mês de 221,50 mil toneladas de carne bovina in natura, um novo recorde mensal. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na última quarta-feira (10/7): São Paulo — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$232,00. Média de R$228,50. Vaca a R$200,00. Novilha a R$212,00. Escalas de abates de dez dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de onze dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$220,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de oito dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de nove dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$202,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$206,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de onze dias; Pará — O “boi comum” vale R$202,00 a arroba. O “boi China”, R$ 210,00. Média de R$206,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de dez dias; Goiás — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de oito dias; Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$170,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de treze dias; Maranhão — O boi vale R$195,00 por arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de onze dias;

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto

 

Exportações da carne bovina para a China caem

Segundo a análise semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a atratividade das exportações de carne bovina para a China tem reduzido nos últimos anos

 

Apesar de a China ainda se manter na liderança das compras da carne bovina de Mato Grosso, o aumento da demanda de outros países tem diminuído a participação chinesa nas exportações do estado. Além disso, a relação de troca entre uma tonelada exportada e arroba do boi gordo também tem recuado. O Índice de Atratividade das Exportações para a China, que mede quantas arrobas de boi gordo seriam compradas com a exportação de uma tonelada de carne bovina, caiu de 91,68 arrobas/tonelada no primeiro semestre de 2022 para 80,42 arrobas/tonelada no mesmo período de 2024. Enquanto a atratividade da exportação de carne bovina para a China diminui, os Emirados Árabes Unidos vêm aumentando sua participação nas exportações de Mato Grosso. A relação de troca para o país subiu de 65,25 arrobas por tonelada em 2022 para 88,38 arrobas/tonelada, um aumento de 35,45%. Esse crescimento demonstra uma diversificação nas exportações de carne bovina mato-grossense, reduzindo a dependência do mercado chinês. O mercado de exportação de carne bovina de Mato Grosso está passando por mudanças. Conforme analisado pelo Imea, a China, embora ainda líder nas compras, está vendo sua participação diminuir devido ao aumento da demanda de outros países. A atratividade da exportação para a China também está em declínio, com o Índice de Atratividade das Exportações caindo de 91,68 arrobas/tonelada no primeiro semestre de 2022 para 80,42 arrobas/tonelada em 2024. Em contraste, os Emirados Árabes Unidos estão se tornando um mercado mais importante, com a relação de troca aumentando.

Agrolink

 

SUÍNOS

 

Suínos: cotações do vivo e da carcaça sobem nas principais praças

Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo aumentou 1,36%, com preço médio de R$ 149,00, enquanto a carcaça especial subiu 1,71%, fechando em R$ 11,90/kg, em média

 

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (15), houve alta de 1,40% em Minas Gerais, chegando a R$ 7,95/kg, aumento de R$ 0,67% no Paraná, com preço de R$ 7,53/kg, incremento de 1,29% no Rio Grande do Sul, valendo R$ 7,05/kg, avanço de 0,55% em Santa Catarina, chegando a R$ 7,30/kg, e de 0,78% em São Paulo, fechando em R$ 7,72/kg.

Cepea/Esalq

 

FRANGOS

 

Terça-feira de cotações estáveis no mercado do frango

Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo subiu 1,96%, custando, em média, R$ 5,20/kg, enquanto a ave no atacado não mudou de preço, fechando em R$ 6,42/kg, em média.

 

Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, cotado a R$ 4,37/kg, da mesma forma que no Paraná, custando R$ 4,39/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (15), o preço da ave congelada ficou estável em R$ 7,05/kg, assim como o do frango congelado baixou, fechando em R$ 7,30/kg.

Cepea/Esalq te

 

EMPRESAS

 

JBS lança plataforma para monitoramento socioambiental; uso por pecuaristas será gratuito

A ferramenta permite consultar a situação da cadeia de fornecimento do pecuarista. Plataforma criada pela JBS, o Cowbot, somou mais de 2,6 mil acessos.

 

A JBS lançou uma nova plataforma que permite consultas gratuitas sobre a situação socioambiental da cadeia de fornecimento dos pecuaristas. Chamada Cowbot, a ferramenta poderá ser usada por pecuaristas que fornecem ou não à empresa, como uma consulta anterior à negociação. A ideia é contribuir com a rastreabilidade no fornecimento de terceiros.

O pecuarista pode fazer a consulta por meio de um chat e precisa compartilhar os dados de geolocalização ou número de Cadastro Ambiental Rural (CAR) da propriedade com a qual está negociando. Em alguns minutos, a ferramenta informa se aquela propriedade está ou não em conformidade com critérios socioambientais, como não estar localizada em áreas de desmatamento, terras indígenas ou quilombolas, ou unidades de conservação ambiental. A propriedade também não pode possuir embargos ambientais. A plataforma pode ser utilizada para verificação de conformidade de qualquer propriedade rural, incluindo compras de grãos e outras commodities de origem agrícola. Para utilizar o serviço, é necessário um cadastro prévio. “A ferramenta foi desenvolvida para os nossos fornecedores fazerem uma consulta muito rápida e sem dificuldade. É mais uma ação de nossa estratégia de transparência e um convite para que o fornecedor direto faça o monitoramento da própria cadeia de fornecimento”, disse Fábio Dias, diretor de Pecuária da Friboi e líder de Agricultura Regenerativa JBS Brasil. Desde o início das operações, no começo do ano, o Cowbot somou mais de 2,6 mil acessos. Até o mês de maio foram registradas 533 solicitações de análises por mês, uma média de 124 por semana e de 21 por dia.

Globo Rural

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MEIO AMBIENTE

 

Cumprimento do Código Florestal evitaria a perda de 32 milhões de hectares de vegetação

Estudo retoma um cálculo do MapBiomas e leva em consideração crescimento de terras agricultáveis. Produtores podem garantir vegetação ao manterem reserva legal 

 

O cumprimento das regras do Código Florestal, que obriga os proprietários de terras a preservarem reserva legal (RL) conforme o bioma em que estão, além de áreas de preservação permanente (APP) em suas propriedades, já pouparia a abertura de 32 milhões de hectares de vegetação nativa entre 2020 e 2050. O cálculo é de 35 pesquisadores da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES), que lançam hoje o “Sumário para Tomadores de Decisão” (STD). O documento trata dos desafios associados ao modelo de uso da terra predominante no país atualmente por meio do agronegócio empresarial e as soluções para tornar a agropecuária uma prática mais sustentável e inclusiva. O estudo retoma um cálculo do MapBiomas, segundo o qual a área utilizada para a agricultura no Brasil cresceu 95,1 milhões de hectares em 38 anos (1985 a 2022). Segundo Gerhard Ernst Overbeck, professor do Instituto de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e coordenador do relatório da BPBES, na maioria dos casos, o avanço da atividade agropecuária deu-se às custas da destruição da vegetação nativa, o equivalente a 10,6% do território nacional. Na avaliação dos pesquisadores, o atual modelo produtivo não mude essa tendência. “Essa expansão agrícola intensificará a pressão sobre unidades de conservação e terras indígenas, com impactos negativos para o meio ambiente e as comunidades locais”, diz o estudo. Além do cumprimento do Código Florestal os pesquisadores defendem no estudo alternativas para garantir a preservação da vegetação nativa. São eles o estímulo à restauração de áreas de RL e APP; incentivos econômicos e mecanismos financeiros para atividades agrícolas sustentáveis – como Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), linhas de crédito verdes, créditos de biodiversidade, de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD+) e mercado de Cotas de Reserva Ambiental; programas de extensão rural com foco na agroecologia; valorização e a disseminação de práticas e tecnologias sociais de povos e comunidades tradicionais; sistemas de rastreabilidade de cadeias produtivas; Sistema Plantio Direto; florestas plantadas; turismo rural; e Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). O documento também defende a valorização da agricultura familiar que tenha baixo impacto ambiental. “É necessário ampliar o acesso às linhas de crédito diferenciadas e voltadas à agricultura de baixo impacto ambiental. Também há que se reverter o cenário atual onde, por exemplo, 84% de todo o valor contratado via Pronaf (crédito rural dirigido à agricultura familiar) foram aplicados na produção pecuária, geralmente praticada de forma extensiva e com baixa rentabilidade”, escrevem os autores na publicação. Para Overbeck, o “modus operandi” do agronegócio até o momento vem aumentando a pressão ambiental e “e afeta inclusive os serviços ecossistêmicos dos quais a atividade depende”. Em sua avaliação, no longo prazo, “só teremos desenvolvimento econômico no país, e principalmente no setor da agropecuária, se conseguirmos fortalecer a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos”.

Globo Rural

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Copel pede revisão de cálculos à Aneel e conta de luz deixa de ficar mais barata

 

Redução inicialmente prevista pela Aneel poderia causar “efeito rebote” nos consumidores da Copel, alegou companhia

 

Há cerca de um mês a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que o reajuste tarifário para os clientes da Copel em 2024 seria de 0%. O cálculo inicial da agência, porém, determinava uma redução média de 3,29% nas contas de energia elétrica. A diminuição das tarifas não foi aplicada porque a Aneel atendeu a um pedido feito pela própria Copel – a medida foi considerada irregular pelo Conselho de Consumidores da companhia elétrica. Caso a redução tivesse sido aplicada às tarifas, os consumidores atendidos pela Copel pagariam cerca de R$ 452 milhões a menos nas contas de energia elétrica. Este valor passará a ser reconhecido como uma dívida da distribuidora com os consumidores, e deverá ser paga nos próximos processos de reajuste tarifário. No pedido feito à Aneel, a Copel explicou que vem usando “recursos oriundos de uma decisão judicial vencida pela Copel em favor dos clientes, referente à cobrança indevida de PIS/Cofins que era feita pelo governo federal sobre o ICMS da energia elétrica”. Com o fim destes recursos, alegou a empresa, o reajuste tarifário previsto para 2025 é de 7,5%. Para o ano seguinte, informou a companhia, o término dos créditos de PIS/Cofins associado aos planos de investimento da Copel traria um impacto de 6% nas contas de energia. Para Ricardo Lavorato Tili, relator do processo na Aneel que avaliou o pedido da Copel para que não fosse aplicado o fator de redução nas tarifas, havia o risco de ocorrer um “efeito rebote”. O termo se refere ao aumento da tarifa provocado pela retirada do componente que levou à redução no ciclo tarifário anterior. “Verificamos grande variabilidade em relação ao percentual anual de reajuste a cada processo tarifário [da Copel]. Entendo ser muito importante que a Aneel estude mecanismos possíveis de serem adotados a cada processo tarifário. Grandes variações em um ano que podem gerar ‘efeito rebotem’ no processo seguinte não são desejáveis”, ponderou. Em nota enviada à Gazeta do Povo, a Copel afirma que “caso a Aneel não promovesse a equalização tarifária, com o objetivo de proteger o consumidor de oscilações tarifárias muito elevadas” havia a possibilidade deste efeito rebote nos anos de 2025 e 2026. Ainda de acordo com a nota, a Copel vem aplicando recursos próprios na redução do reajuste tarifário previsto pela Aneel. Segundo a empresa, em 2021 o reajuste previsto era de 16,39%, mas foi reduzido para 9,89% após um aporte de R$ 702 milhões. Em 2022, informa a nota, a Aneel autorizou um aumento de 18,16% nas tarifas, mas com o uso de R$ 1,6 bilhão por parte da Copel o índice de aumento foi de 4,9%. Para 2023 o reajuste caiu, de acordo com a nota da Copel, de 21,92% para 10,5%. Em 2024, informou a empresa, o reajuste inicial era de 7,87%, mas caiu para zero. “Caso a Copel não tivesse utilizado os referidos créditos de PIS/Cofins em 2024, o reajuste médio para os clientes teria sido de 7,87%. Ou seja, como em anos anteriores, os recursos entraram reduzindo o índice do reajuste tarifário”, explica a nota. Com a decisão, os diretores da Aneel determinaram que a área de gestão tarifária da agência apresente uma proposta de regulamentação para casos semelhantes ao ocorrido com a Copel. Nesta regulamentação devem estar presentes parâmetros para a realização de análises de impactos futuros e de custo-benefício do atraso da aplicação de reduções. Desta forma, os possíveis pedidos feitos por outras distribuidoras para o chamado diferimento de componentes tarifários só devem ser analisados pela Aneel após esta regulamentação. O prazo inicial de apresentação da proposta é de seis meses. O Conselho dos Consumidores da Copel questionou a Aneel pela não aplicação da tarifa reduzida nas contas de energia. O órgão, que representa os clientes da empresa em questões que vão desde a qualidade no atendimento e na prestação do serviço até o valor da tarifa, não foi previamente consultado sobre a medida. “Nós tivemos a felicidade de descobrir que haveria um desconto, o que é algo quase inédito. Daí aconteceu este pedido da Copel que foi atendido pela Aneel. Nós, como conselho do consumidor, aquele que paga a conta no final, ficamos de fora desse processo, não fomos consultados”, disse Roni Carlos Temp, representante da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap) no conselho de consumidores da Copel.

Gazeta do Povo

 

Paraná colhe 67% da área de milho safrinha

Colheita de milho no Paraná está mais acelerada que no ciclo passado

 

A colheita de milho safrinha no Paraná chegou a 67% da área até ontem, 15/07, mostram dados do Departamento de Economia Rural do Estado (Deral). Houve avanço de apenas um ponto percentual em relação à semana anterior, mas os trabalhos estão adiantados em comparação com os 6% colhidos no mesmo período do ano passado. A condição das lavouras do cereal está menor em relação ao ano passado. Até o momento, 43% das lavouras estão com situação considerada boa. Esse é o mesmo índice da semana passada. No ano passado, 82% das plantas estavam nessa condição. Ainda segundo o Deral, o plantio de trigo está praticamente finalizado, com 99% da área semeada. No Estado, 66% dos cultivos estão em boas condições, versus 95% observados no ano passado.

Globo Rural

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar cai sob influência externa

O dólar à vista fechou a terça-feira em leve baixa ante o real, acompanhando o recuo da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior, em meio às apostas de que o Federal Reserve começará a cortar juros em setembro

 

O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,4293 reais na venda, em queda de 0,28%. Em julho, a divisa acumula baixa de 2,89%. Às 17h03, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,37%, a 5,4415 reais na venda. Pela manhã o dólar sustentou baixas ante o real e ante outras divisas de países exportadores de commodities e emergentes, com investidores elevando as apostas de que o Federal Reserve começará a cortar juros já em setembro. O dólar voltou a oscilar em queda ante o real, enquanto as taxas dos DIs retomaram as baixas, ainda que o mercado mantivesse a expectativa pela divulgação da íntegra da entrevista de Lula. Questionado sobre a fala de Lula, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a declaração do presidente sobre o governo não ser obrigado a cumprir a meta fiscal está fora de contexto. Na reta final dos negócios no câmbio, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse que o mercado de trabalho aquecido indica um processo de recuo mais lento da inflação, em um cenário que, somado a fatores externos, fez a autarquia migrar para um período de “um pouco mais de cautela”. Em evento promovido pelo Sicredi em Anápolis (GO), Galípolo reafirmou que a desancoragem de expectativas do mercado para a inflação brasileira elevou a preocupação do BC, ressaltando que a previsão de juros mais altos por mais tempo nos Estados Unidos gera elevação na expectativa da taxa de juros terminal em países emergentes e fortalece o dólar. Os comentários de Galípolo não fizeram preço no câmbio antes do fechamento do segmento à vista.

Reuters

 

Ibovespa descola de NY com leve recuo puxado por Vale, após 11 altas seguidas

O Ibovespa pôs fim na terça-feira à sequência altas que vinha registrando, com a baixa nos papéis da Vale entre as principais contribuições negativas para o índice, apesar do desempenho positivo das bolsas em Nova York

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou em queda de 0,16%, a 129.110,38 pontos, o primeiro fechamento negativo do mês, após 11 altas seguidas que igualaram série registrada entre o fim de 2017 e o início de 2018. "O mercado interpretou muito mal a fala do presidente Lula", disse gestor e analista da BVC Renato Nobile. Ele afirmou, no entanto, que o cenário ainda está "muito mais benigno" para a bolsa brasileira no mês, que sobe 4,2% no período. A queda mais acentuada também durou pouco, e por volta das 15h, o índice já havia voltado a operar próximo da estabilidade. Não conseguiu, contudo, virar para terreno positivo, pressionado por declínio em ações de algumas empresas ligadas a commodities. O ministro da Economia, Fernando Haddad, disse posteriormente que a declaração de Lula estava fora de contexto, e que outros trechos mostrarão o compromisso do governo com o arcabouço fiscal. A sessão encerrava ainda em meio a falas do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, em evento promovido pelo Sicredi.

A estrategista de ações de research da XP Jennie Li citou também movimento de realização de lucros, após sucessivos avanços. Destoando do indicador brasileiro, os principais índices de ações nos Estados Unidos encerraram em alta, com o Dow Jones fechando em uma máxima recorde. As vendas no varejo dos EUA ficaram inalteradas em junho, segundo dados do Departamento de Comércio desta terça-feira. Para o sócio e head de análise da Levante Investimentos, Enrico Cozzolino, o cenário mantém as apostas de um primeiro corte de juros pelo Federal Reserve já em setembro. Ainda estiveram no radar resultados de empresas norte-americanas, em meio à temporada de balanços corporativos naquele país.

Reuters

 

Fachin prorroga até setembro prazo para o Congresso analisar medidas que compensam a desoneração da folha de empresas

Fachin atendeu a um pedido feito pelo governo e Senado, que não chegaram a um consenso sobre essas medidas. Governo busca uma maneira de compensar a perda de arrecadação com a desoneração.

 

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, prorrogou até 11 de setembro o prazo para que o Congresso analise medidas para compensar a desoneração da folha de pagamento de empresas. Fachin atendeu a um pedido feito pelo governo e Senado, que não chegaram a um consenso sobre essas medidas, já que o governo busca uma maneira de compensar a perda de arrecadação. O prazo dado pelo Supremo terminava na sexta-feira (19).

A desoneração da folha de pagamento foi aprovada no fim de 2023 pelo Congresso e vale até 2027. Ela abarca 17 setores da economia, que estão entre os que mais empregam. Entidades do setor produtivo argumentam que a desoneração ajuda a manter empregos e impulsionar a economia do país. Entre as medidas propostas pelo Senado, estão: repatriação de recursos depositados no exterior por brasileiros, mediante pagamento de Imposto de Renda. uma espécie de refinanciamento de multas aplicadas por agências reguladoras. utilização de recursos depositados em contas judiciais abandonados. Se governo e o Senado fecharem um acordo, o projeto deverá ser votado no início de agosto. Na decisão, Fachin ressaltou que o caso tem urgência para ser analisado durante o recesso da Corte "em razão do impacto social e econômico dos dispositivos questionados, pois as medidas fiscais afetam setores que mais empregos geram, assim como atinge a folha de pagamento de inúmeros Municípios". Segundo o ministro, cabe à política a construção de solução adequada e eficiente que permita a apresentação de razões e a composição de interesses disponíveis, principalmente que envolvam à dimensão econômica da vida social. Fachin disse ainda que a política deve promover a disputa e o diálogo e a busca da melhor solução que respeite a Constituição.

"A construção dialogada da solução não permite o açodamento e requerem o tempo necessário para o diálogo e para a confecção da solução adequada", escreveu o ministro.

O Globo/G1

 

FMI revê projeção do PIB do Brasil: para baixo em 2024 e para cima em 2025 

Impacto econômico das enchentes no Rio Grande do Sul influenciaram a revisão de cálculo do Fundo Monetário Internacional 

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para baixo a projeção de crescimento do Brasil para 2024. Segundo o Fundo, o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve crescer 2,1% em 2024. O índice representa uma diminuição de 0,1 ponto percentual em relação à projeção anterior, de abril (2,2%), refletindo o impacto imediato das inundações. As chuvas que começaram em maio no sul do país afetaram grande parte do Rio Grande do Sul, impactando fortemente quase toda a atividade econômica do Estado. No entanto, a projeção de crescimento do Brasil para 2025 foi revisada para cima — para 2,4%, um aumento de 0,3 ponto percentual em relação à previsão de abril (2,1%). Para o FMI, o crescimento reflete a reconstrução após as inundações e fatores estruturais favoráveis, por exemplo, aceleração na produção de hidrocarbonetos.

Valor Econômico

 

Economia teve em maio melhor desempenho mensal em quatro meses, diz FGV

Monitor do PIB subiu 0,3% em maio ante abril; economista da FGV diz que resultados sinalizam taxa positiva para o PIB do segundo trimestre 

 

A economia brasileira teve, em maio, melhor desempenho em quatro meses, na leitura do Monitor do PIB da Fundação Getulio Vargas (FGV), anunciado na terça-feira (16). O indicador, que mensura ritmo de atividade econômica, subiu 0,3% em maio ante abril, melhor taxa desde fevereiro (0,7%). No trimestre finalizado em maio, houve aumento de 1,9% ante igual trimestre em 2023 e, na comparação com maio de 2023, a expansão foi de 1,3%. Para Claudio Considera, economista e coordenador do Núcleo de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Economia (NCN) do Instituto Brasileiro de Economia da fundação (FGV/Ibre), os resultados sinalizam taxa positiva para o PIB do segundo trimestre, que será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em setembro. Ao ser questionado se o indicador também sinaliza um aumento em torno de 2% para o PIB de 2024, o técnico comentou as recentes projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), sobre o tema. Embora o Fundo tenha revisado para baixo, esta semana, a taxa de crescimento para a economia de brasileira em 2024, de 2,2% para 2,1%, o especialista acredita que a economia brasileira “pode crescer acima disso” este ano. "Eu não me espantaria se crescesse mais [que a projeção do FMI]", afirmou. Um cenário de demanda aquecida, com potencial de continuidade, é o principal fator que levou o especialista a aguardar aumento acima de 2% para a economia esse ano. O economista observou que o Monitor do PIB de maio comprova o consumo interno em alta do país. “Creio que tivemos em maio um aumento maior do ‘PIB da demanda’ do que do ‘PIB da oferta’”, afirmou. Pelo lado da demanda, no Monitor do PIB, o especialista destacou a performance positiva de consumo das famílias. Em maio, houve alta de 1,6% no consumo das famílias, ante abril, melhor desempenho desde fevereiro de 2022 (2,2%), no indicador. No trimestre finalizado em maio, o aumento foi de 4,6% ante igual período em 2023; com expansão 5,2% ante maio de 2023. “O consumo das famílias cresceu muito em maio” resumiu. O especialista ponderou que o cenário, em maio, era favorável para demanda interna aquecida, com bons desempenhos de emprego, o que impulsiona massa salarial – e com isso, poder aquisitivo -, além dos programas de transferência de renda, do governo, lembrou. Esses fatores ajudam a elevar renda disponível do brasileiro em um ambiente de inflação controlada. “E o consumo das famílias foi bem concentrado em serviços, em maio”, acrescentou o pesquisador. Serviços, pelo lado da demanda, representa quase 70% do total do PIB. No Monitor, embora essa atividade tenha caído 0,1% em maio ante abril, na comparação com maio do ano passado cresceu 2,2%, em maio desse ano. No trimestre finalizado em maio, a economia de serviços subiu 2,9% ante mesmo período em 2023. Outro aspecto favorável, a impulsionar a economia em maio, citado pelo economista foi a boa performance de investimentos, detectada pelo indicador da FGV. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) subiu 4,5% no trimestre encerrado em maio ante mesmo trimestre em 2023; com aumentos de 0,5% em maio ante abril e de 4,2% ante maio do ano passado. “Os investimentos estão crescendo muito por conta de compra de máquinas e equipamentos que estão em alta”, explicou Considera. No entendimento do especialista, os dados indicam ainda que pode não ter sido tão forte, no desempenho da economia nacional esse ano, o impacto da crise no Rio Grande do Sul - afetada por fortes enchentes desde fim de abril e principalmente em maio. “Creio que mesmo com a crise, permaneceu a necessidade de aquisição de bens duráveis lá, o que deve ter mantido a demanda interna” disse. “E talvez o impacto sobre a produção agropecuária não tenha sido tão grande; soja e arroz já haviam sido colhidos [antes das enchentes]” acrescentou. Assim, para o técnico, os sinais até maio mostram quadro favorável na economia. “Tenho a sensação de que vai continuar a crescer nesse segundo trimestre [o PIB]”, disse.

Valor Econômico

 

Produção industrial no Brasil cresce acima da média no 1º tri 

Levantamento do Iedi mostra que país avançou 15 posições no ranking global e obteve 45ª colocação em entre 116 países 

 

A produção da indústria brasileira no primeiro trimestre deste ano se posicionou entre as 50 melhores, em ranking de 116 países de produção manufatureira global. O ranking foi elaborado pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) e antecipado ao Valor. Na listagem, que tem como base dados da Unido (United Nations Industrial Development Organization), o Brasil atingiu a 45ª colocação, 15 posições acima da que estava no quarto trimestre de 2023 (60º); e 23 lugares acima do primeiro trimestre de 2023 (68º). A produção industrial do país cresceu acima da média mundial para o mesmo período. Isso não ocorria desde o segundo trimestre de 2021, segundo Rafael Cagnin, economista do Iedi responsável pelo levantamento. A indústria no Brasil, nos primeiros três meses do ano, mostrou alta de 1,7% ante primeiro o trimestre de 2023; e de 1% em relação ao quarto trimestre de 2023. Nas mesmas comparações, a produção manufatureira global teve aumentos de 1,4% e 0,1%. Enquanto a produção industrial mundial permaneceu estagnada no primeiro trimestre de 2024, a atividade industrial brasileira avançou, comparou Cagnin. O movimento se deve à redução dos juros e melhores condições de crédito no país no primeiro trimestre, observou. O pesquisador citou os cortes na taxa básica de juros (Selic), iniciados em agosto de 2023. A indústria também se beneficiou do contexto macroeconômico positivo, acrescentou. O país contou com maior poder aquisitivo do brasileiro, o que favorece vendas de produtos, e impulsiona encomendas ao setor industrial, disse o economista. “Vários fatores mobilizaram a demanda. Tivemos correção do salário-mínimo acima de inflação, pagamento antecipado de precatórios. Tivemos, desde início do governo, reajuste e ampliação do número de famílias atendidas pelo Bolsa Família. E temos um mercado de trabalho aquecido”, enumerou. “Tudo isso mobiliza o mercado interno e a indústria.” No entendimento do economista, ainda não está clara extensão do impacto, da crise na indústria gaúcha, no resultado industrial nacional em 2024. “O desastre climático no Rio Grande do Sul afetou muito máquinas e equipamentos, afetou fumo, couro, de forma bastante pronunciada” disse. “Isso interrompeu ou acelerou muitas linhas de produção ali no Rio Grande do Sul, que é um Estado importante”, disse. O Rio Grande do Sul representa 6,8% do total da indústria nacional. Além do ranking e da análise da performance da indústria brasileira, o Iedi fez, no estudo, mapeamento da atividade industrial global no primeiro trimestre de 2024. No levantamento, é possível perceber que, enquanto a indústria brasileira mostrava expansão, o mesmo não ocorreu com o resto do mundo. Nos primeiros três meses do ano, ante igual trimestre em 2023, ocorreram quedas nas produções industriais da América do Norte (-0,4%), América Latina e Caribe (-1,6%) e Europa (-2,1%).

Valor Econômico

 

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