Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 662 | 16 de julho de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi gordo em compasso de espera
Mercado físico do boi gordo, apurou a Agrifatto, continua a demonstrar consistência nos preços da arroba, mesmo com o escoamento de carne bovina no mercado doméstico perdendo intensidade. No Paraná, o boi vale R$225,00 por arroba. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de sete dias.
Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, no mercado paulista, a vaca gorda subiu R$ 3/@, para R$ 200/@, no prazo (valor bruto). Para as demais categorias, os preços ficaram estáveis, na comparação diária, acrescentou. Dessa maneira, a arroba do boi gordo paulista está cotada em R$ 222, enquanto o preço da novilha vale R$ 212/@, e o boi-China é negociado por R$ 227/@, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”. Na semana passada, o indicador Agrifatto (baseado no levantamento dos preços em 17 praças brasileiras) apresentou um acréscimo de 0,58%, para R$ 225,95/@, em relação à semana anterior. De maneira semelhante, o Cepea registrou uma valorização semanal de 0,68%, com o preço médio alcançando R$ 227,38/@ na última sexta-feira (12/7). No entanto, no mercado futuro, a movimentação do boi gordo na B3 tem se mostrado reticente ao processo de valorização no mercado físico, disse a Agrifatto. Enquanto o preço do boi gordo no indicador Cepea se valorizou 3,58% entre os dias 12/06/24 e 12/07/24, o vencimento do boi gordo para outubro/24 (mais líquido na B3, pico da entressafra) recuou 0,71% em igual período. “O que mais chama a atenção é justamente a estabilidade dos preços na B3”, ressaltou a Agrifatto. Desde o dia 10/06/24, o contrato para outubro/24 gira entre R$ 241,70 (mínima atingida no fechamento do dia 18/06/24) e os R$ 246,95 (máxima computada no fechamento do dia 20/06/24), uma amplitude de 2,17% em um intervalo de tempo que já ultrapassa 30 dias, relatam os analistas. Segundo a Agrifatto, o ágio do vencimento para outubro/24 sobre o preço físico do boi gordo recuou 6 pontos percentuais desde o início de junho/24 e atingiu na última sexta-feira o menor valor desde o final de maio/24. A conta do confinamento ficou bem positiva nas últimas semanas e isso pode estar estimulando a colocação de um volume cada vez maior de bovinos nas baias, afirmam os analistas. “Nos números estimados que fizemos aqui, a margem bruta do confinamento em São Paulo chegou a atingir 4,9% no dia 02/07/24, o maior nível desde julho/23”, diz a Agrifatto, que indaga: “Se o confinamento está entregando margem positiva, por que não encher a capacidade máxima?”. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na última quarta-feira (10/7): São Paulo — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$232,00. Média de R$228,50. Vaca a R$200,00. Novilha a R$212,00. Escalas de abates de dez dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de onze dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$220,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de oito dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de nove dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$202,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$206,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de onze dias; Pará — O “boi comum” vale R$202,00 a arroba. O “boi China”, R$ 210,00. Média de R$206,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de dez dias; Goiás — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de oito dias; Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$170,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de treze dias; Maranhão — O boi vale R$195,00 por arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de onze dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
Carne bovina: Volume exportado alcança 109,5 mil toneladas até a segunda semana de julho/24
Média diária ficou próxima de 10,9 mil toneladas e teve avanço de 43,1% frente a julho do ano passado
O volume exportado de carne bovina in natura atingiu 109,5 mil toneladas até a segunda semana de julho/24, conforme apontou a Secretária de Comércio Exterior (Secex) na segunda-feira (15). No mês de julho do ano anterior, o volume exportado alcançou 160,7 mil toneladas em 21 dias úteis. A média diária exportada na segunda semana de julho/24 ficou em 10,9 mil toneladas e registrou um incremento de 43,1%, frente ao volume total exportado em julho/23 que ficou em 7,6 mil toneladas. Segundo o levantamento realizado pela AgResource, o Brasil exportou 55,38 mil toneladas de carne bovina na 2ª semana de julho totalizando 109,58 mil toneladas em julho. O preço médio na segunda semana de julho/24 ficou com US$ 4.415 por tonelada, queda de 6,9% frente aos dados divulgados em julho de 2023, em que os preços médios registraram o valor médio de US$ 4,740 mil por tonelada. O valor negociado para o produto na segunda semana de julho/24 ficou em US$ 483,8 milhões, tendo em vista que o preço comercializado durante o mês de julho do ano anterior foi de US$ 762,2 milhões. A média diária ficou em US$ 48,3 milhões e registrou um avanço de 33,3%, frente ao observado no mês de julho do ano passado, que ficou em US$ 36,2 milhões.
Agência Safras
SUÍNOS
Suínos/Cepea: Boletim de junho traz informações sobre segundo mês consecutivo de altas para o setor
Os preços dos produtos suinícolas acompanhados pelo Cepea encerraram junho em alta, e este foi o segundo mês consecutivo de avanço. A sustentação aos preços veio do excelente desempenho das exportações brasileiras de carne suína em junho e da procura aquecida pela proteína no mercado doméstico
Após recuarem em maio, as exportações brasileiras de carne suína (considerando-se produtos in natura e processados) voltaram a subir em junho. O poder de compra do suinocultor paulista frente ao milho (importante insumo utilizado na atividade) aumentou em junho, impulsionado pela combinação de alta no preço do vivo e queda no do cereal. Já em relação ao farelo de soja, outro insumo de importância para o setor suinícola, que se valorizou em maior intensidade que o animal no mesmo período, o poder de compra do produtor caiu. Os valores médios mensais das carnes suína e de frango registraram aumentos em junho em comparação a maio, com avanços mais intensos nas cotações da proteína suinícola. A carne bovina, por sua vez, desvalorizou-se. Como resultado, a competitividade da carne suína caiu em relação às concorrentes, com a diferença entre o preço da carcaça especial suína e o da carcaça casada bovina sendo a menor desde novembro de 2020.
Cepea
Em 10 dias úteis, exportação de carne suína em julho/24 chega a 59,26% do movimentado em julho/23
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações de carne suína in natura, até a segunda semana de julho (10 dias úteis), já atingiram 55% tanto no faturamento quanto em volume embarcado registrados no mês de julho de 2023
A receita obtida, US$ 133,2 milhões, representa 57,17% do total arrecadado em todo o mês de julho de 2023, que foi de US$ 233 milhões. No volume embarcado, as 55.707 toneladas representam 59,26% do total registrado em julho do ano passado, quantidade de 93.994 toneladas. O faturamento por média diária foi de US$ 13,3 milhões, quantia 20,01% a maior do que julho de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve diminuição de 11,54% observando os US$ 15 milhões vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 5.570 toneladas, aumento de 24,5% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado da semana anterior, queda de 12,42%, comparado às 6.361 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.391, ele é 3,5% inferior ao praticado em julho passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa alta de 1% em relação aos US$ 2.367 anteriores.
Agência Safras
USDA projeta redução de importações de carne suína pela China a níveis pré-PSA em 2024
De acordo com relatório trimestral do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) sobre comércio, produção, consumo e estoques de carnes dos EUA e do mundo, a perspectiva é de que neste ano de 2024, a China diminua as importações de carne suína em 21% em relação ao ano passado
Isso, segundo o Departamento, faria o gigante asiático a voltar a importar um volume da proteína suinícola na ordem de 1,5 milhões de toneladas, o menor desde 2019. Esta redução nos volumes importados faz o total de carne suína internalizado no país remontar à época pré-Peste Suína Africana (PSA), doença que dizimou praticamente metade do rebanho suíno da China a partir de meados de 2018. Apesar desta projeção de redução no volume importado, segundo o USDA a China deve permanecer sendo o maior importador mundial de carne suína. Quando a crise da Peste Suína Africana estava no auge na China, no ano de 2020, as importações de carne suína por parte do país representavam uma fatia de 13% no consumo chinês. À medida em que a doença começou a ser controlada e os plantéis suínos chineses passaram a retomar números melhores, a participação das importações foi diminuindo, ao passo em que a produção interna se recuperou da doença e retornou aos níveis pré-PSA em 2022. Devido, em parte, à abundante oferta interna na China, os preços da carne suína acabaram permanecendo por um bom tempo em patamares baixos desde o início de 2023, enfraquecimento da procura de importações. Os preços médios relatados para a carne suína foram 10% inferiores durante o primeiro trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023 e 56% menores que os do primeiro trimestre de 2021. “Para muitos grandes fornecedores estrangeiros, é difícil que as suas exportações permaneçam competitivas no mercado chinês devido aos baixos preços internos”, apontou o USDA. Os principais fornecedores globais de carne suína para a China – incluindo a União Europeia, o Brasil e os Estados Unidos – deverão procurar mercados alternativos, conforme explica a análise descrita no reporte do USDA. No entanto, estes mercados compensarão apenas parcialmente a queda da demanda da China. Como resultado, espera-se que a concorrência aumente em outros grandes mercados importadores, incluindo o Japão, Coreia do Sul e Filipinas.
USDA
Produção de carne suína da China no segundo trimestre cai 3% em relação ao mesmo período de 2023 para13,98 milhões de toneladas
A produção de carne suína da China no segundo trimestre caiu 3% em relação ao ano anterior, para 13,98 milhões de toneladas, mostrou um cálculo da Reuters com base em dados do Escritório Nacional de Estatísticas na segunda-feira. A China abateu 363,95 milhões de porcos durante o primeiro semestre do ano, queda de 3,1% em relação ao ano anterior, mostraram os dados.
Reuters
FRANGOS
Frango: cotações estáveis encerraram a segunda-feira (15)
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo subiu 0,99%, custando, em média, R$ 5,10/kg, enquanto a ave no atacado subiu 0,31%, fechando em R$ 6,42/kg, em média
Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, cotado a R$ 4,37/kg, assim como no Paraná, custando R$ 4,39/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (12), o preço da ave congelada cedeu 0,56%, chegando a R$ 7,05/kg, e o do frango congelado baixou 0,41%, fechando em R$ 7,30/kg.
Cepea/Esalq
Exportação de carne de frango cresce no volume em relação a julho do ano passado
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) as exportações de carne de aves in natura até a segunda semana de julho (10 dias úteis), registraram aumento no faturamento e nas toneladas por média diária em relação ao mesmo mês do ano passado
A receita obtida, US$ 421,1 milhões representa 53,58% do total arrecadado em todo o mês de julho de 2023, que foi de US$ 785,9 milhões. No volume embarcado, as 223.499 toneladas representam 55,30% do total registrado em julho do ano passado, quantidade de 404.124 toneladas. O faturamento por média diária até o momento do mês foi de US$ 42,1 milhões quantia 12,5% a maior do que o registrado em julho de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve diminuição de 5,78% quando comparado aos US$ 44,7 vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 22.349 toneladas, houve crescimento de 16,1% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, observa-se queda de 8,16% em relação às 24.336 toneladas da semana anterior. No preço pago por tonelada, US$ 1.884, ele é 3,1% inferior ao praticado em julho do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa elevação de 2,58% no comparativo ao valor de US$ 1.836 visto na semana passada.
Agência Safras
INTERNACIONAL
Carne bovina: Brasil, Uruguai e Austrália reduzem participação no mercado da China
Queda no preço pago pelos importadores chineses estimula a diversificação de clientes por parte dos exportadores, embora a dependência do gigante asiático ainda seja alta
Os baixos valores pagos pela China pela tonelada da carne bovina importada estão forçando a busca dos tradicionais exportadores por outros mercados compradores da commodity. Reportagem publicada no portal argentino La Voz aponta o Brasil, Uruguai e Austrália como países que estão reduzindo a dependência pelo mercado chinês e, ao mesmo tempo, seguem expandindo a presença em outros países. Segundo a fonte, “o Brasil, que em 2022 colocou 62% dos seus envios totais na China, hoje exporta 49% do total, aumentando recentemente as suas vendas para Emirados Árabes Unidos, Rússia, Egito, Filipinas, Oriente Médio, Turquia e Estados Unidos”. Por sua vez, continua o La Voz, “o Uruguai, que em 2022 vendeu 66% do total de carne bovina exportada para o mercado chinês, atualmente exporta menos de 40%, elevando as suas colocações nos Estados Unidos, Rússia, Israel, Brasil, Reino Unido e União Europeia”. Segundo matéria do portal uruguaio El Observado, “a participação da China nas exportações de carne bovina do Uruguai caiu de 59% em junho/23 para 35% em junho/24”. Enquanto isso, seguindo trajetória contrária, os envios de carne uruguaia para os Estados Unidos “saltaram de 23% para 37%”, considerando a mesma base de comparação. “As exportações para o mercado norte-americano mais que duplicaram em junho/24 (em relação ao mesmo mês do ano passado), totalizando 15.651 toneladas”, aponta o El Observador. A Austrália, diz o portal argentino La Voz, também está “aproveitando o momento extraordinário do mercado norte-americano”, onde o país da Oceania “tem uma enorme cota assegurada de 376 mil toneladas)”. De janeiro a maio deste ano, as vendas de carne bovina australiana para os Estados Unidos cresceram 85%, no comparativo anual, afirma o La Voz. Nos últimos dois anos, a Austrália reduziu a sua participação no mercado chinês de 19% para 15% do total das exportações, acrescenta a reportagem. Ainda em relação ao mercado norte-americano, o portal australiano Beef Central ressalta o aumento da presença da carne bovina brasileira no gigante da América do Norte. O Brasil atingiu sua pequena cota anual (dividida com “outros países”) para os EUA em março/24 e, desde então, vem sendo sobrecarregado com uma tarifa adicional de 26%, recorda a reportagem, acrescentando: “A tarifa fora da cota foi pensada para manter as exportações brasileiras para os EUA sob controle, mas esse não foi o caso em junho/24, já que os embarques atingiram 17.500 toneladas, volume três vezes acima do resultado obtido em igual mês do ano passado”. Diferentemente de outros importadores exportadores mundiais, a Argentina ainda não conseguiu reduzir a sua dependência do mercado chinês. Segundo o portal La Voz, “a Argentina, que em 2022 colocou 78% de toda a carne bovina exportada na China, manteve exatamente a mesma participação nos primeiros três meses de 2024”. “É muito difícil para nós encontrarmos um mercado alternativo (em grandes volumes) para reduzir a nossa dependência da China”, disse um exportador local ao portal La Voz.
Portal DBO/La Voz/Beef Central
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Portos do Paraná registram novo recorde histórico de movimentação mensal
Os portos de Paranaguá e Antonina alcançaram uma nova marca histórica de movimentação
Em junho deste ano, 6.582.670 toneladas foram movimentadas, representando um aumento de 3% em relação ao recorde anterior, alcançado em dezembro do ano passado, com 6.376.229 toneladas. Foi o melhor desempenho mensal da história dos portos paranaenses. Na exportação, os destaques vão para açúcar a granel, com 669.380 toneladas, e soja, com 1.676.369 toneladas. O volume de açúcar a granel cresceu 15% em comparação a 2023 (582.094 toneladas) e o grão de soja teve um aumento de 6% se comparado ao mesmo mês do ano passado (1.578.472 toneladas). Na importação, fertilizantes e contêineres apresentam maiores volumes, com 4.777.376 toneladas e 63.600 TEUs (medida para 20 pés de comprimento de contêiner). Os portos paranaenses seguem sendo a principal porta de entrada para os fertilizantes no País, com crescimento de 20% em comparação a junho de 2023 (727.282 toneladas). Os contêineres apresentaram crescimento expressivo de 45% se comparado a junho do ano anterior (394.557 toneladas). O diretor de Operações da Portos do Paraná, Gabriel Vieira, ressalta que os resultados são fruto do trabalho de planejamento operacional e de engenharia adotado pela empresa e que já rendeu aos portos paranaenses quatro prêmios consecutivos de melhor gestão portuária, concedido pelo governo federal. “Junho se mostrou como um mês de grande movimentação tanto na exportação quanto na importação e a perspectiva para o segundo semestre é ainda melhor”, afirma. O maior investimento da Portos do Paraná para trazer ainda maior rapidez e eficiência nas operações ferroviárias é o Moegão. Ele vai agilizar a operação de grãos, o que se refletirá no volume total de movimentação do terminal de Paranaguá. “É a maior intervenção portuária em desenvolvimento no Brasil, orçada em R$ 592 milhões e que está sendo custeada pela Portos Paraná”, explica Luiz Fernando Garcia. “A nova moega ferroviária está sendo instalada em uma área de quase 600 mil metros quadrados e vai centralizar a descarga dos trens que chegam ao Porto de Paranaguá”. A previsão de entrega é o segundo semestre de 2025.
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar acompanha exterior e sobe ante real após atentado contra Trump
O dólar à vista fechou a segunda-feira em alta ante o real, acompanhando o avanço da moeda norte-americana ante outras divisas de emergentes e exportadores de commodities no exterior, após o atentado contra o ex-presidente Donald Trump elevar as apostas de que ele vencerá as eleições nos EUA em novembro
O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,4448 reais na venda, em alta de 0,26%. Em julho, no entanto, a divisa acumula baixa de 2,61%. Às 17h21, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,17%, a 5,4525 reais na venda. Desde cedo os mercados globais repercutiam a tentativa de assassinato contra Trump no sábado, quando o republicano foi atingido de raspão na orelha direita por um disparo de arma de fogo. Uma das avaliações no mercado era de que a vitória do republicano -- mais provável após o atentado -- significará afrouxamento da regulamentação de empresas e menos impostos. Isso impactou positivamente as ações em Nova York e deu força ao dólar ante moedas de emergentes e exportadores de commodities. Na renda fixa, a abertura firme das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) na segunda-feira também foi atribuída ao atentado contra Trump e à cautela dos investidores em relação à capacidade do governo Lula de equilibrar as contas públicas. No mercado de moedas, chamou atenção ainda a divulgação de dados abaixo do esperado da economia chinesa. O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 4,7% entre abril e junho na comparação com o mesmo período do ano anterior, abaixo da previsão de 5,1% em pesquisa da Reuters. Já as vendas no varejo cresceram 2,0% em junho ante o mesmo mês do ano anterior, abaixo da expectativa de alta de 3,3%. A China é um dos principais compradores de commodities no mundo. No início da tarde, o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, falou em evento do Clube Econômico de Washington, D.C. Além de lamentar o atentado contra Trump no fim de semana, Powell disse que o compromisso do Fed é tomar decisões sobre juros com base em dados, e não na política. Ele também disse que as três leituras de inflação dos EUA no segundo trimestre deste ano "aumentam um pouco a confiança" de que o ritmo de alta dos preços está voltando para a meta do Fed de forma sustentável.
Reuters
Ibovespa amplia rali com apoio de exportadoras e Wall St
O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira, estendendo os ganhos para uma 11ª sessão consecutiva, favorecido pela alta nos pregões em Wall Street e avanço de exportadoras
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com alta de 0,33%, a 129.320,96 pontos, após chegar a 129.485,44 pontos no melhor momento e a 128.723,20 pontos na mínima do dia. A sequência de 11 altas iguala a série de ganhos apurada entre o fim de 2017 e o início de 2018. Em 2024, contudo, o índice ainda acumula queda de mais de 3%. O volume financeiro somou 15,3 bilhões de reais. Em Nova York, os principais índices encerraram em alta, com maiores apostas em uma volta do republicano Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos aumentando as esperanças de um ambiente regulatório mais flexível, após o ex-presidente sobreviver a uma tentativa de assassinato no final de semana. As expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve já em setembro também sustentaram os indicadores no azul. O chair do Fed, Jerome Powell, afirmou nesta segunda-feira que as três leituras de inflação norte-americana no segundo trimestre deste ano mostraram que "mais progresso" está sendo feito para trazer o ritmo de aumento de preços nos EUA de volta à meta do Fed. Para Régis Chinchila, analista da Terra Investimentos, a fala de Powell "impulsionou os ativos nos EUA e teve reflexos positivos também no mercado brasileiro", além de ter ajudado a "retirar um pouco da pressão inicial dos Treasuries". O retorno do título de 10 anos marcava 4,227% no final da tarde, de 4,1870% na véspera. No Brasil, pesquisa Focus do Banco Central trouxe uma redução na expectativa para inflação este ano, mas as projeções para os preços ao fim de 2025 e para a taxa de câmbio no término de 2024 voltaram a subir.
Reuters
Focus: Economistas encerram série de nove semanas de alta e reduzem previsão da inflação
Após nove semanas de aumento, analistas diminuem expectativa para o IPCA e voltam ao patamar de 4%
Após nove semanas consecutivas de alta, os economistas ouvidos pelo Banco Central interromperam a sequência e diminuíram a previsão da inflação deste ano. Os analistas esperam que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) seja de 4% no final de 2024, mesmo número registrado há duas semanas no boletim Focus. No último levantamento, o mercado previa um aumento de preços de 4,02%. Foi a primeira vez desde 6 de maio que a expectativa para a inflação caiu. Depois disso, foram nove semanas seguidas de alta, o que elevou o índice de 3,72% para 4,02%. O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Porém, o mercado manteve a sequência de aumento para 2025 no boletim divulgado na segunda-feira (15). A previsão é que 2025 termine com o IPCA de 3,9%, na 11ª semana seguida de alta. Já os índices para 2026 e 2027 permanecem em 3,6% e 3,5%, respectivamente. O boletim Focus também mostrou uma melhora na expectativa do PIB (Produto Interno Bruto), que subiu de 2,10% para 2,11%, sendo a segunda semana consecutiva de aumento. O mercado manteve a previsão para os três anos seguintes em 1,97% (2025) e 2% (2026 e 2027). O mercado espera que o dólar feche o ano cotado a R$ 5,22, um aumento de R$ 0,02 em relação à semana anterior. Já a taxa Selic permanece estável em 10,5% neste ano e em 9,5% (2025) e 9% (2026 e 2027).
Folha de SP
Fluxo de exportação bate recorde no 1º semestre
Exportador trouxe US$ 158,4 bilhões para o Brasil entre janeiro e junho, maior nível desde o início da série, em 1982
Embora o primeiro semestre tenha sido palco de uma forte desvalorização do câmbio doméstico, com alta de mais de 15% do dólar contra o real, o desempenho do fluxo cambial comercial voltou a se destacar. De janeiro a junho, o exportador brasileiro trouxe para o país o valor recorde de US$ 158,4 bilhões, o maior montante nominal para o primeiro semestre do ano desde 1982, quando teve início a série histórica do Banco Central sobre o câmbio contratado. O descasamento entre o fluxo recorde de exportação a depreciação do real na primeira metade do ano pode ser explicado pela forte saída de dólares pela importação e pelo desempenho bastante negativo da conta financeira. No primeiro semestre, o fluxo cambial ficou positivo em US$ 11,63 bilhões, abaixo do resultado visto nos últimos anos no mesmo período. Além disso, o elevado prêmio de risco embutido no câmbio pela incerteza fiscal pesou contra o real. “É comum vermos um fluxo do exportador mais forte no primeiro semestre por conta da sazonalidade das safras”, diz a economista-chefe da consultoria Buysidebrazil, Andrea Damico. Apesar disso, ela lembra que houve um contraponto forte pelo lado das importações. “No primeiro semestre, os números de compras do exterior mostram um volume maior não só em um segmento, mas de forma disseminada, o que faz sentido se observarmos os rendimentos fortalecidos dos brasileiros, que estariam sustentando o consumo”, nota. Os dados do BC mostram que, de janeiro a junho, enquanto a entrada de recursos pela exportação bateu recorde, a saída pela importação teve seu segundo maior montante histórico, ao alcançar US$ 115,9 bilhões. “Um exemplo que ilustra como o consumo tem ajudado a importação são as compras de pequeno valor, de até US$ 50. Antes da pandemia, o montante dessas aquisições rondava US$ 2 bilhões no acumulado em 12 meses e, agora, agora está em torno de US$ 10 bilhões”, afirma Damico. A economista lembra, ainda, que a saída de criptoativos ajudou a ofuscar o saldo comercial, à medida que até junho a autoridade monetária considerava a compra dos ativos digitais como uma importação. “Mas agora, com a mudança das regras pelo BC, esse montante não deve mais pesar na conta comercial, mas, sim, na financeira”, diz. “Vai continuar tendo efeito sobre o fluxo cambial. É um valor relevante, que, se seguir no ritmo atual, pode bater US$ 20 bilhões no acumulado de 2024.” Outra fonte de saída de dólares do Brasil foi a conta financeira, que engloba tanto o dinheiro retirado da bolsa brasileira e da renda fixa, quanto recursos relativos a pagamento de streaming e apostas esportivas de plataformas on-line, as chamadas “bets”. “Essas rubricas estão em uma trajetória de crescimento e ajudam a deixar o fluxo positivo de dólar mais estreito”, de acordo com Damico. “Em relação a retirada de recursos da bolsa pelo estrangeiro, eu faria uma observação adicional: não é só o estrangeiro que tirou dinheiro daqui, mas também o local. De janeiro a maio, a retirada de dinheiro pelo brasileiro alcançou US$ 10,6 bilhões.” Sobre a entrada de capital pela exportação, ainda que pareça contraditório, o ingresso robusto pode estar justamente relacionado à depreciação intensa e prolongada sofrida pelo real. Isso porque, diante de um dólar em nível mais elevado, o exportador enxerga uma janela para ampliar seus ganhos ao internalizar capital no país. reverter o desempenho negativo no segundo semestre. “A balança comercial já é sazonalmente mais modesta no segundo semestre por conta da exportação, só que agora há toda a dinâmica de aumento de importação”, afirma. “Por isso, a conta comercial não vai conseguir salvar desta vez e resolver todos os nossos problemas de saída da conta financeira”, diz. A Buysidebrazil projeta o dólar a R$ 5,40 no fim do ano.
Valor Econômico
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