Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 661 | 15 de julho de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi sobe R$ 2/@ em SP, mas no país ambiente é de estabilidade
O mercado do boi gordo abriu a sexta-feira (12/7) oferecendo R$ 2/@ a mais pelo boi gordo “comum” (sem prêmio-exportação) negociado na praça de São Paulo, informou a Scot Consultoria. No Paraná, o boi vale R$225,00 por arroba. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de sete dias
A arroba do animal macho terminado vale agora R$ 222, enquanto a vaca e a novilha gordas foram negociadas por R$ 197/@ e R$ 212/@ (preços brutos e a prazo). O “boi-China” (base SP) seguiu cotado em R$ 227/@, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”. Em âmbito nacional, os preços do boi gordo seguem estáveis, com os frigoríficos ajustando as suas escalas de abate a partir de compras de lotes de animais terminados em confinamento, relatou a consultoria S&P Global Commodity Insight. Segundo apurou a S&P Global, as vendas de carne bovina com osso no mercado doméstico continuam em ritmo moderado, com destaque para cortes mais baratos. Porém, dizem os analistas da S&P Global, as exportações brasileiras de carne bovina, principalmente para a China, e o câmbio favorável têm mantido o mercado do boi aquecido, apesar da demanda regrada dos frigoríficos e das recentes estabilidades nos preços gerais da arroba. No atacado, o mercado de carne bovina apresentou um comportamento mais firme, com reações positivas nos preços dos cortes bovinas, informa a S&P Global. Na visão da S&P Global, as temperaturas mais baixas registradas em algumas regiões brasileiras podem afetar o ganho de peso dos animais e aumentar os custos de alimentação, já que os pecuaristas precisam fornecer mais ração para manter a temperatura corporal do gado. O volume de contratos em aberto (futuros + opções) de boi gordo na B3 vem em expansão desde o início de maio/24, informou a Agrifatto. Na semana, tal comportamento se repetiu, renovando as máximas de 2024. No total já são 125,67 mil contratos em aberto, com um avanço de 3,22% no comparativo semanal, relatou a Agrifatto. O aumento no volume de contratos em aberto se deu pelos contratos de opções, que expandiram em 3,59% em comparação com a semana anterior. Por sua vez, disse Agrifatto, o volume de contratos nos futuros de boi gordo aumentou 2,27% considerando o mesmo comparativo. “Vale destacar que esse aumento no volume de contratos segue mesmo com o mercado em estabilidade nas últimas semanas”, afirma a Agrifatto, acrescentando que contrato mais líquido (vencimento em outubro/24) recuou 0,04% no comparativo semanal). Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto: São Paulo — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$232,00. Média de R$228,50. Vaca a R$200,00. Novilha a R$212,00. Escalas de abates de dez dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de onze dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$220,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de oito dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de nove dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$202,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$206,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de onze dias; Pará — O “boi comum” vale R$202,00 a arroba. O “boi China”, R$ 210,00. Média de R$206,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de dez dias; Goiás — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de oito dias; Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$170,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de treze dias; Maranhão — O boi vale R$195,00 por arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de onze dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
SUÍNOS
Suínos: sexta-feira (12) de cotações estáveis
Segundo o Cepea, diante das fortes valorizações do suíno vivo neste início de julho, o poder de compra do produtor paulista frente aos principais insumos da atividade (milho e farelo de soja) vem crescendo no comparativo com o mês anterior
Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo não mudou, com preço médio de R$ 144,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 11,40/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (11), houve alta somente em Santa Catarina, na ordem de R$ 0,42%, chegando a R$ 7,19/kg. Os valores ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 7,76/kg), Paraná (R$ 7,48/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,96/kg) e São Paulo (R$ 7,58/kg).
Cepea/Esalq
Brasil bate recorde nas exportações de carne suína mesmo com queda de 40% no mercado chinês
Apesar da queda de 40% no volume das exportações de carne suína para a China, o Brasil bateu recorde nas comercializações do produto no mercado externo no primeiro semestre
A avaliação vem do diretor-executivo da cooperativa Frimesa, Elias Zydek. A indústria representa o maior player da carne suína do Paraná e o quarto do Brasil. Zydek comemora os resultados que, segundo ele, foram estimulados principalmente pelo mercado filipino. “As Filipinas compram em torno de 400 mil toneladas da carne por ano e parte disso deve ser absorvida pelo Brasil" diz ele. Depois do aquecimento nos negócios no período de janeiro a junho, o setor mantém boas expectativas para o segundo semestre. "Porém, ainda dependemos da abertura de novos mercados, que nos foi assegurada, mas até agora não chegou”, reforça Zydek. Nos seis primeiros meses de 2024, o Brasil exportou pouco mais de 613 mil toneladas e o interesse se volta a consumidores mexicanos, sul-coreanos e, principalmente, japoneses. “O Ministério da Agricultura vinha trabalhando com projeções para abertura do mercado japonês, no caso do Paraná, ainda no primeiro semestre, a exemplo de outros mercados, mas evoluímos pouco. O segmento depende disso para manter o crescimento que projetamos para este e os próximos anos. Temos capacidade produtiva, indústrias, excelentes condições de sanidade, mas precisamos dos compradores”, cobra Zydek. Apesar do bom desempenho na quantidade, o faturamento com as exportações registrou queda no primeiro semestre de 8%, comparado com o mesmo período do ano passado. Parte disso se dá, segundo o diretor-executivo da Frimesa, pela cotação do dólar mais baixa que vinha sendo então observada. “Apesar disso, esperamos vender quase 1,3 milhão de toneladas para outros países até o fim do ano”, destaca ele. As exportações da cadeia englobam todos os produtos, desde os in natura até os processados. “Foi o melhor primeiro semestre da história, com total de 613,7 mil toneladas embarcadas. O dado supera em 4,1% o total embarcado no mesmo período do ano passado, com 589,8 mil toneladas”, informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). s receitas somaram US$ 1,3 bilhão no primeiro semestre, ante US$ 1,41 bilhão registrado no mesmo período do ano passado. Para o presidente da ABPA, Ricardo Santin, o que se viu foi um redesenho das exportações de carne suína do Brasil. O desempenho do mercado japonês vem de compras efetuadas de Santa Catarina, que segue como principal exportador de carne suína do Brasil. O estado somou 337 mil toneladas embarcadas para o mercado externo em 2024. Segundo a ABPA, o volume é 5,1% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, seguido pelos estados do Rio Grande do Sul, com 131 mil toneladas (-2,5%); Paraná, com 80,2 mil toneladas (-1,6%); Mato Grosso, com 17,5 mil toneladas (+40,3%); e Mato Grosso do Sul, com 12,6 mil toneladas (-2,8%). Entre os que mais compraram a carne suína brasileira de janeiro a junho deste ano está a China, com 127,9 mil toneladas. Apesar do volume expressivo, representa uma queda de 40,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. As Filipinas, destacadas por Zydek como um importante mercado, ficaram em segundo lugar, com 84,2 mil toneladas embarcadas, o que representou elevação de 65,3% sobre o primeiro semestre de 2023. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o consumo per capita do brasileiro de carnes bovina, de frango e suína somou 96,56 kg/habitante em 2023. “A boa notícia para o setor é que, como há mais procura do mercado internacional, há uma valorização do produto que vinha sofrendo com crises constantes”, completa Zydek, sobre o amparo financeiro à cadeia produtiva. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para este ano é esperado um volume exportado de carne suína de 1,29 milhão de toneladas, 6,6% superior ao registrado no ano passado. “O bom resultado é reflexo de um crescimento na produção da carne suína no país na ordem de 3,7%, estimada em 5,55 milhões de toneladas”, descreveu. Segundo o Mapa, o avanço nas exportações não promete impactar na disponibilidade interna, que está estimada em 4,22 milhões de toneladas neste ano, aumento de 2,8% se sobre 2023. “Essa elevação se dá, principalmente, pela conquista de novos mercados”, menciona o gerente de Fibras e Alimentos Básicos da Conab, Gabriel Rabello.
Gazeta do Povo
FRANGOS
Altas pontuais para o mercado do frango
Após dias em estabilidade o mercado do frango encerrou a sexta-feira (12) com leves e pontuais altas. Segundo o Cepea, os preços vêm caindo na parcial de julho, em relação ao mês anterior
Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo subiu 1,00%, custando, em média, R$ 5,05/kg, enquanto a ave no atacado subiu 0,47%, fechando em R$ 6,37/kg, em média. Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, cotado a R$ 4,37/kg, enquanto no Paraná houve aumento de 1,39%, custando R$ 4,40/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (11), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram com preços estáveis, custando, respectivamente, R$ 7,09/kg e R$ 7,33/kg.
Cepea/Esalq
Frango/Cepea: Com preços em queda, carne amplia competitividade
Levantamentos do Cepea mostram que os preços da carne de frango vêm caindo na parcial de julho, em relação ao mês anterior, enquanto as cotações da suína e bovina têm subido – todas no atacado da Grande São Paulo. Como resultado, a competitividade da proteína avícola cresceu frente às principais concorrentes
Segundo pesquisadores do Cepea, a desvalorização da carne de frango está atrelada sobretudo ao enfraquecimento da demanda, que tem mantido baixa a liquidez no setor atacadista. Para a suína, as vendas reagiram neste início de mês, levando frigoríficos nacionais a intensificarem as compras de novos lotes de animais para abate. Quanto ao mercado da carne bovina, embora em ritmo moderado, as vendas da proteína seguem constantes e com algum aquecimento para os cortes mais baratos.
Cepea
EMPRESAS
Lar cooperativa lança seu primeiro relatório de Sustentabilidade
Na última quinta-feira (04/07), a Lar Cooperativa Agroindustrial deu um passo significativo na sua trajetória ao lançar a primeira edição do Relatório de Sustentabilidade referente ao ano de 2023
Um compromisso sólido com a sustentabilidade - O Relatório de Sustentabilidade da Lar Cooperativa Agroindustrial é um documento detalhado que reflete os esforços contínuos da organização em promover práticas sustentáveis em todas as suas operações. Seguindo a referência ao Global Reporting Initiative (GRI), o relatório abrange aspectos ambientais, sociais e de governança (ESG), oferecendo uma visão abrangente das iniciativas e dos resultados alcançados ao longo de 2023. Irineo da Costa Rodrigues, Diretor-Presidente, afirmou que é um que “destaca nossas ações, compromissos e esforços contínuos em prol da responsabilidade social, ambiental e econômica. O ano de 2023 foi desafiador, repleto de acontecimentos que exigiram resiliência e maior eficiência, levando-nos a buscar a otimização dos processos." Entre os principais avanços, Rodrigues mencionou a criação do Comitê de Sustentabilidade, a implementação de projetos que contribuem para a redução de emissões de gases de efeito estufa e a promoção da gestão responsável de recursos hídricos. Esses esforços resultaram em um crescimento de 3,5% no faturamento da cooperativa, alcançando uma receita líquida de R$ 21,8 bilhões. O relatório está organizado em três pilares fundamentais: Ambiental, Social e Governança. Cada seção detalha as iniciativas e práticas que a Lar Cooperativa adotou para contribuir com a sustentabilidade em todas as suas operações. Ambiental: A Lar Cooperativa implementou o Programa Prioridade Ambiental, focando na agricultura e pecuária sustentáveis, na redução das emissões de gases de efeito estufa e na preservação da biodiversidade. A cooperativa também investiu na melhoria da matriz energética e na gestão eficiente dos recursos hídricos e dos resíduos. Social: O compromisso com as pessoas, a cultura e a inclusão é uma prioridade para a Lar. A cooperativa investiu em capacitação e cultura, remuneração e benefícios, além de promover a diversidade e inclusão no ambiente de trabalho. A saúde e segurança no trabalho também receberam atenção especial, garantindo um ambiente seguro e saudável para todos os colaboradores. Governança: A gestão ética, íntegra e transparente é um dos pilares da Lar. O relatório destaca os avanços em governança corporativa, qualidade e inovação, reforçando o compromisso com a sustentabilidade e a criação de valor para associados, funcionários, clientes, fornecedores e a comunidade. As informações contidas no relatório de sustentabilidade receberam asseguração independente realizada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
OCEPAR
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
PIB do Paraná deve superar a média do país, projeta Santander
O Paraná deve continuar a trajetória positiva e apresentar crescimento de 2,2% em 2024, aponta o Santander. O desempenho é superior ao esperado pelo banco para o país, que prevê alta de 2% para o PIB brasileiro no ano.
Os números estão em um estudo que apresenta estimativas da instituição por estados e regiões do país para o horizonte de 2022 a 2025. Os últimos dados oficiais do IBGE para as economias estaduais foram publicados em 2021. Autor do levantamento ao lado dos economistas Rodolfo Pavan e Henrique Danyi, o economista Gabriel Couto observa que, em 2023, também pelas projeções do Santander, a economia paranaense avançou 6,2%, seguida de aumento de 2,8% no ano anterior. “O Paraná tem indicado taxas de crescimento elevadas nos últimos anos e foi a principal influência positiva sobre o PIB da região Sul como um todo no ano passado”, observou. O PIB agropecuário paranaense, que teve uma forte expansão em 2023, na esteira da retomada de 2022 e da safra recorde, agora tende a apresentar números menores. Depois de um salto de 33% no ano passado, vai diminuir 2% este ano, nas projeções do banco. “A devolução de parte dos fortes ganhos da safra de 2023 tende a impactar o PIB do estado, em 2024. Os resultados do Paraná também têm apontado maior volatilidade, em parte como consequência de seguidos problemas climáticos”, aponta Couto. O PIB industrial do estado deve crescer, mas em menor ritmo, similar ao do ano anterior. A projeção para 2023 foi de 1,3% e para este ano é de 1%. Já para 2025 o movimento de crescimento tende a ser mais representativo, chegando a um aumento de 2,3%. A melhor projeção é para o setor de serviços, que deve avançar 3,5% em relação a 2023, estima o Santander. De acordo com os últimos dados do IBGE, de 2021, o PIB dos serviços representa 61,6% da economia paranaense, seguido pela indústria (27,2%) e setor agro (10,7%). Já para o Sul como um todo, o Santander prevê alta de 0,5% do PIB em 2024, e de 2,4% em 2025. Couto observa que o PIB gaúcho é o mais representativo da região, com peso de 37,5% na economia regional. Paraná e Santa Catarina respondem por 36,8% e 25,7% do PIB do Sul, respectivamente. A desaceleração no crescimento da região este ano acontece em função das enchentes no Rio Grande do Sul, mas a economia regional deve voltar a acelerar em 2025.
Gazeta do Povo
Serviços: Paraná tem 2º maior crescimento do País em 12 meses
Entre junho de 2023 e maio de 2024, Estado cresceu seis vezes mais do que a média nacional, que foi de 1,3%. No mesmo período, turismo paranaense registrou alta de 7,5%. Dados foram divulgados pelo IBGE na sexta-feira (12)
O Paraná teve o segundo maior crescimento do Brasil no setor de serviços no acumulado em 12 meses, entre junho de 2023 e maio de 2024, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta registrada foi de 8,4%, mais de seis vezes acima da média nacional no período, que foi de 1,3%. O resultado paranaense nos serviços ficou atrás apenas do desempenho do Mato Grosso, que teve aumento de 9,1% em 12 meses. No mesmo período, o turismo paranaense também registrou forte alta de 7,5%, quase o dobro do resultado nacional, que foi de 4%. Se destacaram também os serviços profissionais e administrativos, que cresceram 10,9% no Estado ao longo de 12 meses, o subgrupo que abrange outros serviços, com alta de 9,8%, e os serviços de transporte e auxiliares, com aumento de 8,7%. Considerando apenas o desempenho do setor entre janeiro e maio, o setor de serviços do Paraná teve alta de 4,5%, se comparado com o mesmo período do ano anterior. É o quinto maior aumento do País. Na média, o Brasil registrou alta de 2%. Amazonas (6,8%), Santa Catarina (5,4%) e Minas Gerais (4,8%) tiveram os maiores crescimentos nos cinco primeiros meses do ano. O Paraná teve um desempenho melhor do que estados como Pernambuco (3,5%), Rio de Janeiro (3,3%), Bahia (2,1%) e São Paulo (1,3%), por exemplo. Ainda cinco estados registraram retração no setor ao longo do ano. Na comparação entre maio de 2024 e o mês imediatamente anterior, que é abril de 2024, o Paraná cresceu 0,4%. No total, sete estados brasileiros registraram alta, um ficou estável e outros 19 tiveram queda no setor. Na média, o índice nacional não teve variação entre um mês e outro. No recorte acumulado em 12 meses, a receita do setor de serviços no Paraná cresceu 10,9%, também a segunda maior do Brasil, atrás apenas do Tocantins, que teve aumento de 14,3%, e à frente de todos os demais estados. O aumento registrado é o dobro da média nacional, que teve aumento de 5% na receita no período. Considerando apenas os cinco primeiros meses do ano, comparados ao mesmo período de 2023, o Paraná teve aumento de 9,1% na receita dos serviços. No Brasil todo, a média foi de crescimento de 6%. O setor de turismo no Paraná também segue registrando bons números. Nos cinco primeiros meses do ano, a atividade cresceu 4,8% no Estado, com o quinto melhor desempenho do País. Na média, o Brasil teve aumento de 1,1% no período, e dos 12 estados pesquisados pelo IBGE, seis registraram queda na atividade turística entre janeiro e maio de 2024. Em relação à receita nominal no período, o Paraná tem o quarto maior crescimento do País em 2024, com aumento de 10,1% entre maio e janeiro. No mesmo período, o Brasil teve alta de 9,6%.
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha dia em queda sob influência externa e acumula baixa de 0,58% na semana
O dólar à vista fechou a sexta-feira em baixa ante o real, alinhando-se no período da tarde ao movimento de queda da moeda norte-americana no exterior, onde os investidores seguiram consolidando as apostas de que o Federal Reserve começará a cortar juros em setembro
O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,4308 reais na venda, em baixa de 0,20%. Na semana, a divisa dos EUA acumulou queda de 0,58%. Esta foi a segunda baixa semanal consecutiva, após uma série de seis semanas de ganhos. Às 17h15, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,15%, a 5,4430 reais na venda. Durante evento em São Paulo, Haddad defendeu que a expansão fiscal neste momento não é boa para o Brasil e afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva cortará gastos primários para ajustar as contas públicas se for necessário. "Estamos desde 2014 ou 2015 produzindo déficit pesado", disse Haddad em sua fala. "Isso melhorou a vida de alguém?", questionou durante sabatina em Congresso da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Haddad também negou ter convencido Lula a baixar a tensão com o Banco Central, mas afirmou que o presidente teve "certa razão" de ficar insatisfeito com atitudes da autarquia. “A gente está seguindo o exterior, em um dia de dólar fraco. Mas o dólar cai menos aqui (ante o real) do que em relação aos pares”, comentou Lais Costa, analista da Empiricus Research. Segundo ela, embora alguns números da sexta-feira nos EUA não tenham sido tão favoráveis, o mercado seguiu consolidando a ideia de que o Fed começará a cortar juros em setembro – algo que empurra as cotações da moeda norte-americana para baixo. Pela manhã, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) para a demanda final subiu 0,2% em junho, depois de ter ficado inalterado em maio. Economistas consultados pela Reuters haviam previsto alta de 0,1%. Nos 12 meses até junho, o índice subiu 2,6%, depois de avançar 2,4% em maio.
Reuters
Ibovespa crava 10ª alta seguida com aposta sobre corte de juro nos EUA
O Ibovespa fechou em alta na sexta-feira pelo décimo pregão seguido, encostando nos 129 mil pontos, em movimento reforçado por crescente confiança de investidores de que o banco central dos Estados Unidos começará a cortar os juros em setembro e fluxo positivo de estrangeiros na bolsa brasileira
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa avançou 0,47%, a 128.896,98 pontos, nesta sessão, contabilizando um ganho de 2,08% na semana e de 4,03% até agora no mês, que não teve nenhum fechamento negativo. A sequência de 10 altas é a maior desde um período entre o fim de 2017 e o início de 2018, quando o Ibovespa avançou por 11 sessões consecutivas. Apesar disso, a performance acumulada no ano segue no vermelho, com queda de 3,94%. O volume financeiro na sexta-feira somou 17,6 bilhões de reais. A performance recente acompanha a melhora da movimentação de estrangeiros na B3, com as compras no mercado secundário de ações superando as vendas em 2,88 bilhões de reais no mês até o dia 10. No ano, o saldo segue negativo, em 37,2 bilhões. "Nós estamos vendo fluxo positivo de estrangeiros, e isso é muito importante. Para mim, é o que explica essas altas consecutivas", destacou o gestor e sócio fundador da Trígono Capital, Werner Roger. "Parece que os estrangeiros já estão procurando emergentes e o Brasil é a bolsa que mais caiu no mundo em dólar", acrescentou, ponderando que no ano o sinal ainda é negativo, com investidores "talvez ainda aguardando o movimento da Selic". No pano de fundo desse fluxo externo, está a maior possibilidade de cortes de juros nos EUA em setembro, reforçada por dados de preços ao consumidor norte-americano e falas do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, nessa semana. Para a equipe da corretora Commcor, esses últimos eventos alimentaram a percepção de que o Fed pode, enfim, estar recebendo os sinais necessários para cortar a taxa básica de juros dos EUA, que está desde 2024 na faixa de 5,25% a 5,50%. Outro componente benigno para a bolsa paulista tem sido a comunicação firme do governo em relação às contas públicas do país, embora ainda sem medidas efetivas, assim como o tom mais contido das falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Reuters
Após duas altas, volume de serviços fica estável em maio ante abril
No resultado acumulado em 12 meses até maio, o aumento foi de 1,3%, e nos cinco primeiros meses de 2024, atingiu 2%
Após duas altas, o volume de serviços prestados no país ficou estável em maio ante abril, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgados na sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em abril houve alta de 0,3% (após revisão de dado divulgado inicialmente como aumento de 0,5%). Em março, o aumento foi de 0,6%. Na comparação com maio de 2023, o indicador cresceu 0,8%. No resultado acumulado em 12 meses até maio, houve aumento de 1,3%. Já o acumulado nos cinco primeiros meses de 2024 é de expansão de 2%. O resultado de estabilidade na série com ajuste sazonal foi maior que a mediana das estimativas de 27 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de recuo de 0,7%. O intervalo das projeções ia de queda de 1,1% a alta de 0,2%. Já a expectativa mediana para o resultado de maio de 2024 frente a maio de 2023 era de aumento de 0,1%, com intervalo de projeções entre retração de 0,7% e crescimento de 3,1%. Com o desempenho de fevereiro, os serviços estão em patamar 11,7% superior ao do pré-pandemia, em fevereiro de 2020. O IBGE informou ainda que a receita nominal caiu 0,3% na passagem entre abril e maio. Na comparação com maio de 2023, a receita de serviços avançou 5%. Três das cinco atividades acompanhadas pela PMS tiveram queda na passagem entre abril e maio. O segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio caiu 1,6% e foi a principal influência negativa no resultado de maio ante abril. Os outros recuos foram registrados em informação e comunicação (1,1%) e outros serviços (1,6%). Por outro lado, os serviços prestados às famílias avançaram 3%, acompanhados por alta de 0,5% nos serviços profissionais, administrativos e complementares. Mesmo com estabilidade no volume de serviços como um todo, o setor teve predominância de quedas em maio ante abril. “Apesar da estabilidade, a predominância foi de taxas negativas, tanto em termos setoriais, quanto em termos regionais, com 19 das 27 unidades da federação com queda”, afirmou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo. “No resultado, sobressai a queda do setor de transportes, com menor receita vinda do transporte aéreo de passageiros e do transporte rodoviário de passageiros”, disse. Das 19 unidades da federação com queda no volume de serviços em maio ante abril, o impacto mais importante veio de Minas Gerais (2,9%), seguido por Santa Catarina (3,6%), Bahia (4,1%), Maranhão (8,7%) e Distrito Federal (2,1%). Em contrapartida, Mato Grosso (6,2%) exerceu a principal contribuição positiva do mês, seguido por Tocantins (27,7%), Rio Grande do Sul (0,6%) e Paraná (0,4%). Por sua vez, São Paulo (0,0%) acompanhou o índice nacional e apresentou estabilidade.
Valor Econômico
Receita com exportações do agronegócio caiu 2,2% em junho
Volumes embarcados aumentaram, mas queda das commodities pesou sobre a receita. As exportações brasileiras do agronegócio em junho registraram uma queda na receita cambial de 2,2% em comparação com um ano atrás e ficaram em US$ 15,2 bilhões. A retração foi puxada pela desvalorização dos grãos, já que o volume embarcado registrou crescimento
Segundo o Ministério da Agricultura, o índice de quantidade apurado para as exportações do agronegócio teve alta de 4,5% na mesma base de comparação. No caso dos grãos — carro-chefe das exportações do agronegócio brasileiro —, o Brasil aumentou o volume embarcado em 0,7%, para 15,1 milhões de toneladas. Também houve aumento dos volumes embarcados de açúcar, celulose, algodão, não cardado nem penteado, farelo de soja e café verde. A Pasta não divulgou o resultado das exportações por commodity nem a participação do agronegócio na balança comercial do país no mês de junho. Queda no acumulado do ano. No semestre, as exportações do setor acumulam uma leve retração de 0,5%, para US$ 82,39 bilhões. Houve uma forte queda da receita com as exportações de grãos, em boa parte compensada pelo desempenho do setor de carnes, açúcar e outros segmentos. A receita cambial com os embarques do complexo soja teve queda de 17,8%, para US$ 33,5 bilhões. A participação desses produtos ficou em 40,7% das exportações do agronegócio brasileiro no semestre, em comparação com uma fatia de 49,3% um ano antes. Já a receita com as exportações de carnes teve leve alta de 1,5%, para US$ 11,6 bilhões. O destaque foram os embarques de carne bovina, que cresceram 18,3%, para US$ 5,14 bilhões. Além disso, a receita com os embarques do complexo sucroalcooleiro (pautado principalmente nas exportações de açúcar) teve um salto de 55,2%, para US$ 9,2 bilhões. A receita com as exportações de açúcar no primeiro semestre aumentou 62,8%, para US$ 8,66 bilhões. Também cresceram as exportações dos produtos florestais em 11,9%, para US$ 8,3 bilhões. Outro segmento cujas exportações cresceram em receita foi o de café. Nesse caso, houve alta de 46,1% no valor dos embarques, que ficaram em US$ 5,31 bilhões. O ministério ressaltou que outros segmentos de menor porte registraram crescimentos expressivos em suas receitas de exportação, como foi o caso do algodão não cardado e não penteado (alta de 236%) e do suco de laranja (alta de 24%).
Globo Rural
Conab aumenta previsão de colheita de milho e arroz em 2023/24
Com relação à soja, estimativa foi mantida em 147,34 milhões de toneladas. Produção de milho de inverno e de arroz foram superiores ao previamente imaginado pela Conab
Após pesquisas de campo no fim de junho, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou sua estimativa para a produção brasileira de grãos e fibras em 2023/24 em 0,6% ou 1,72 milhão de toneladas. Agora, a projeção é que o país tenha 299,27 milhões de toneladas na temporada, na comparação com a previsão de 297,5 milhões no mês passado. Esse montante representa um decréscimo de 6,4% ou 20,54 milhões de toneladas em relação ao ciclo anterior, porém ainda posiciona esta safra como a segunda maior já colhida no país. Em seu décimo relatório sobre 2023/24, a Conab apontou que a colheita de milho de inverno e de arroz foram superiores ao previamente imaginado. Ao mesmo tempo, as lavouras de feijão e trigo tiveram resultados piores. A quebra observada em relação ao ciclo passado, de acordo com o levantamento, deve-se sobretudo à intensidade do fenômeno El Niño, que nesta safra teve influência negativa no comportamento climático desde o início do plantio, chegando inclusive às fases de reprodução das lavouras de primeira safra plantadas até o final de outubro, nas principais regiões produtoras do país. Com relação à soja, carro-chefe do agronegócio nacional, a estimativa de produção continuou em 147,34 milhões de toneladas, uma redução de 4,7% ou 7,27 milhões de toneladas sobre a safra anterior. Já o milho ficou com a produção estimada em 115,86 milhões de toneladas, incluindo as três safras. O volume é 12,2% ou 16,03 milhões de toneladas abaixo da safra 2022/23. O levantamento desta cultura mostra, no entanto, que as condições climáticas vêm favorecendo as lavouras de inverno. A projeção da Conab para a safrinha cresceu 2 milhões de toneladas, para 90 milhões de toneladas. No caso do arroz, a estimativa aumentou de 10,4 milhões para 10,6 milhões de toneladas. Na ponta contrária, a Conab cortou sua estimativa sobre a colheita de feijão em 100 mil toneladas, para um total de 3,3 milhões de toneladas nas três safras da leguminosa. As culturas de inverno, que incluem trigo, aveia, canola, centeio, cevada e triticale, estão com o plantio em andamento. Especificamente para o trigo, a estimativa de julho ficou em 8,96 milhões de toneladas, na comparação com 9,1 milhões no mês passado. A responsabilidade é de uma queda de 11,6% na área de cultivo, que deve somar 3,07 milhões de hectares, segundo a autarquia.
Valor Econômico
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