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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 659 DE 11 DE JULHO DE 2024

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 659 | 11 de julho de 2024

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS


Sobe a cotação do “boi-China” em SP. premiação chega a R$ 7/@

As indústrias frigoríficas sediadas em São Paulo abriram as compras desta quarta-feira (10/7) ofertando mais R$ 2/@ para o “boi-China”, após nove dias úteis de estabilidade para a categoria, segundo apurou a Scot Consultoria. No Paraná, o boi vale R$225,00 por arroba. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de sete dias

 

O animal negociado ao mercado chinês vale agora R$ 227/@ na praça paulista, com ágio de R$ 7/@ sobre o animal gordo “comum”. Para os demais bovinos, os preços não mudaram comparados com o dia 8/7 (segunda-feira, pré-feriado em São Paulo). Assim, boi gordo destinado ao mercado doméstico está cotado em R$ 220/@, enquanto a vaca e a novilha são vendidas por R$ 197/@ e R$ 212/@, respectivamente. Segundo apuração da Agrifatto, na segunda-feira (8/7), impulsionados pela redução na oferta de animais terminados durante a entressafra, os preços do boi gordo no mercado físico registraram ajustes positivos em 5 das 17 praças monitoradas diariamente pela consultoria: GO, MS, MT, PA e TO. Nas outras 12 regiões, as cotações da arroba se mantiveram estáveis. “Devido ao menor volume negociado, as escalas das indústrias brasileiras encolheram um dia e, no momento, atendem 9 dias, na média nacional”. Na quarta-feira (10/7), segundo levantamento da consultoria, o preço médio da arroba em São Paulo (média entre o animal “comum” e “boi-China) subiu para R$ 225. Nas demais 16 regiões monitoradas, a média aumentou para R$ 215,15/@. “Novamente, 5 das 17 praças monitoradas registraram valorização na arroba: SP, BA, ES, MG e RJ”, informou a Agrifatto, acrescentando que as outras 12 regiões mantiveram os preços estáveis. No mercado futuro (B3), todos os contratos do boi gordo registraram ajustes positivos no pregão de segunda-feira, na véspera do feriado em São Paulo. O destaque do dia, diz a Agrifatto, ficou para o contrato com vencimento em setembro/24, que encerrou cotado a R$ 239,80/@, com valorização de 0,61% em relação ao fechamento de sexta-feira. De acordo com a Agrifatto, atualmente, há oferta de todos os produtos com ossos, tanto para consumo direto quanto para industrialização (charque). No entanto, com exceção do dianteiro, não há demanda significativa para a maioria desses produtos, pois os distribuidores atacadistas estão abastecidos até a próxima sexta-feira (12/7). Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na quarta-feira (10/7): São Paulo — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$232,00. Média de R$228,50. Vaca a R$200,00. Novilha a R$212,00. Escalas de abates de dez dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de onze dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$220,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de oito dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de nove dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$202,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$206,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de onze dias; Pará — O “boi comum” vale R$202,00 a arroba. O “boi China”, R$ 210,00. Média de R$206,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de dez dias; Goiás — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de oito dias; Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$170,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de treze dias; Maranhão — O boi vale R$195,00 por arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de onze dias; Paraná — O boi vale R$225,00 por arroba. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de sete dias.

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto

 

Câmara aprova regulamentação da reforma tributária

Câmara aprova regulamentação da reforma tributária e inclui carnes, queijo e sal na cesta básica. Texto-base foi aprovado por 336 votos a favor, 142 contra e 2 abstenções; proposta vai para Senado

 

Quase sete meses após a promulgação da emenda constitucional da reforma tributária, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (10) o principal projeto de lei de regulamentação do novo sistema de impostos sobre o consumo. Na reta final da votação, os parlamentares decidiram incluir no texto a previsão de que carnes, queijo e sal entrem na lista da cesta básica desonerada, após um destaque apresentado pela oposição. A inclusão da carne era considerada um dos pontos mais polêmicos da proposta e, apesar de ser defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dividia o governo pela possibilidade do aumento da alíquota geral. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), vinha se posicionando contra a medida e, nos bastidores, afirmou que a iniciativa representaria “uma loucura”. Nesse sentido, os deputados também aprovaram um dispositivo para garantir que alíquota do novo tributo fique em, no máximo, 26,5%, valor de referência calculado pela equipe econômica considerando o texto original. A inclusão da carne na cesta básica ocorreu quando deputados votavam os destaques, propostas de mudanças do texto principal. Antes, o texto-base foi aprovado por 336 votos a favor, 142 contra e 2 abstenções. Somente o Novo, o PL, a Minoria e a oposição orientaram suas bancadas a votarem contra ao projeto de lei. Após a conclusão da votação na Câmara, o texto segue para análise no Senado. Diante do aumento de exceções e antes da aprovação do destaque sobre a proteína animal, parlamentares incluíram no texto principal a medida para evitar que exceções elevem a alíquota padrão do novo IVA, dividido em CBS e IBS). A inclusão do dispositivo foi revelada na noite de terça-feira pelo Valor. De acordo com o parecer, o governo federal deverá encaminhar em 2031 um projeto de lei complementar para garantir que a alíquota média fique em no máximo 26,5% caso as alíquotas da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS, de competência federal) e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS, dos Estados e municípios) fique acima desse percentual. Para isso, o governo poderá optar por reduzir alíquotas de produtos ou setores específicos ou fazer uma redução linear. Com a mudança, o valor da alíquota de 26,5% passou a constar na regulamentação da reforma tributária, ao contrário do projeto encaminhado pelo governo. Com isso, caso algum futuro governo queira aumentar a alíquota padrão, terá de aprovar no Congresso Nacional um projeto de lei complementar. Essa avaliação da alíquota padrão será quinquenal. Nos bastidores, a inclusão de um dispositivo foi bem avaliada pela equipe econômica. “É uma sinalização de que os benefícios para alguns setores têm de ser limitados para não onerar demais os demais setores”, disse uma fonte.

Valor Econômico

 

SUÍNOS

 

Mercado de suínos seguem em trajetória de alta

De acordo com a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo subiu 1,14%, com preço médio de R$ 144,00, enquanto a carcaça especial aumentou 1,79%, fechando em R$ 11,40/kg, em média

 

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (9), o preço ficou estável somente no Rio Grande do Sul (R$ 6,95/kg). Houve alta de 0,91% em Minas Gerais, chegando a R$ 7,77/kg, avanço de 0,94% no Paraná, com preço de R$ 7,48/kg, crescimento de 2,73% em Santa Catarina, custando R$ 7,16/kg, e de 1,07% em São Paulo, fechando em R$ 7,58/kg.

Cepea/Esalq

 

FRANGOS

 

Estabilidade no mercado do frango

Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,00/kg, enquanto a ave no atacado subiu 0,79%, fechando em R$ 6,35/kg, em média

 

Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, cotado a R$ 4,37/kg, da mesma forma que no Paraná, custando R$ 4,33/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à terça-feira (9), a ave congelada ficou com preço estável em R$ 7,03/kg, da mesma forma que o frango resfriado, custando R$ 7,29/kg.

Cepea/Esalq

 

EMPRESAS

 

Copel vende empresa de distribuição de gás para COMPASS por R$ 906 milhões

A transação segue em linha com o plano da elétrica paranaense de descarbonizar seu portfólio

 

A Copel anunciou na quarta-feira (10) que vendeu o bloco de controle (51%) da distribuidora de gás Compagas para a Compass, empresa de gás natural do grupo Cosan, por R$ 906 milhões. A transação segue em linha com o plano da elétrica paranaense de descarbonizar seu portfólio e focar no segmento de energia elétrica. Pelo lado da Cosan, a transação fortalece a presença da empresa de Rubens Ometto no Sul do Brasil. O pagamento pelo “equity” (participação acionária) será de 40% no fechamento da operação, 30% até 31 de dezembro de 2025 e 30% até 31 de dezembro de 2026. A data-base da transação é 31 de dezembro de 2023, considerando uma dívida líquida total da Compagas de R$ 182,8 milhões. A Compagas tem ainda como acionistas a japonesa Mitsui, com 24,5%, e a Commit Gás, com 24,5% (ex-Gaspetro e que também tem a Compass e a Mitsui como sócios). Com uma rede de distribuição de mais de 880 quilômetros de extensão, a Compagas atende 54 mil clientes que consomem diariamente cerca de 800 mil metros cúbicos de gás canalizado em 15 municípios do Estado. Ao Valor, os executivos das empresas dizem que a operação visa a estreitar as sinergias: a da Copel no setor elétrico; e a da Compass no mercado de gás. “A venda faz parte da nossa estratégia de descarbonização da matriz [...]. São R$ 906 milhões pelo ‘equity’ da Copel e nosso objetivo é que esse recurso reforce o plano de investimento da companhia e deve balizar as decisões de pagamento de dividendos ordinários e extraordinários”, diz o presidente da Copel, Daniel Slaviero. Essa ainda é uma deliberação a ser tomada pelo conselho da antiga estatal, já que a Copel tem compromissos como o pagamento do bônus de outorga de três hidrelétricas e aportes nos segmentos de distribuição, geração, transmissão e comercialização de energia. Desde 2022 a Copel buscava um comprador para o empreendimento e recentemente renovou a concessão da Compagas por 30 anos, até 2054, para tornar o ativo mais atraente ao mercado. Já a Compass, no segmento de distribuição de gás, detém participação em várias distribuidoras e gerencia o negócio por meio da Comgás e da Commit. O mercado já especulava que ela seria uma compradora natural, já que nunca negou interesse de comprar o controle da empresa paranaense de gás e a transação foi condicionada ao não exercício do direito de preferência da Mitsui e da Commit para adquirir a participação da Copel. A Compagas cresceu 9,1% em 2023. O diretor-presidente da Compass, Antonio Simões, frisa que essa é uma oportunidade de ser mais relevante em um Estado promissor em termos de crescimento e com capacidade para ampliar a rede de gasodutos. “Ao mesmo tempo que estamos realizando uma transação de saída de alguns ativos do Nordeste, a gente tem uma intenção de focar em ativos que têm potencial de destravar valor [...] e com o controle da Compagas temos a chance de implementar nosso modelo de gestão e aproveitar o potencial do Estado do Paraná”, afirma Simões. Simões garante que o plano para os próximos cinco anos da Compagas permanece. Recentemente a Compagas anunciou investimentos de R$ 505 milhões e a entrada na cadeia do biometano, um combustível renovável que tem aplicações similares ao do gás natural. Ele reforça ainda que o investimento também atende o projeto de descarbonização do portfólio da Compass, já que recentemente a Compagas entrou no segmento de biometano. Quando o negócio é anunciado, a Copel se torna uma empresa com geração 100% renovável. A empresa tem ainda a usina a carvão de Figueira, de 20 megawatts (MW), que representa menos de 1% de sua potência instalada, mas decidiu paralisar a operação comercial da termelétrica e aguardar a decisão do governo federal sobre a devolução da concessão, o que despertou o interesse de alguns grupos econômicos.

Valor Econômico

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Fiep alerta para ineficiência de rodovias, ferrovias e portos no Paraná

Um estudo apresentado pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) nesta segunda-feira (8) apontou que a infraestrutura atual de rodovias, ferrovias e portos no estado pode ser incapaz de escoar adequadamente toda a produção paranaense nos próximos anos, aumentando os custos para embarcadores e deslocando rotas de cargas para outros estados

 

O levantamento feito pelo ex-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) e consultor de logística internacional, Luiz Henrique Dividino, foi encomendado pela Fiep após encontros com embarcadores em abril, que demonstraram preocupações com a possibilidade de a infraestrutura do estado não acompanhar as projeções de crescimento até 2030. De acordo com o estudo, uma melhoria nas rodovias, ferrovias e portos no Paraná, além de uma interconexão adequada entre esses pontos, poderia significar uma redução de até US$ 15 por tonelada transportada, desde a saída até a entrega no destino, notadamente o mercado asiático. Isso, segundo a Fiep, aumentaria a competitividade do setor produtivo paranaense e evitaria um colapso logístico no estado. Entre as principais cobranças dos embarcadores paranaenses estão os leilões dos quatro lotes de rodovias que terão concessão à iniciativa privada e que ainda não foram realizados; a renovação da concessão da Malha Sul ferroviária; o desenvolvimento da Nova Ferroeste, a ampliação do Porto de Paranaguá e a construção de portos privados no litoral do estado. Para o superintendente do Sistema Ocepar, Robson Mafioletti, a produção agrícola no Paraná tem grande potencial de crescimento e se a infraestrutura não acompanhar na mesma medida, há possibilidade de interrupções no escoamento e de redução no que é pago ao produtor. “O Paraná é estrategicamente bem localizado, mas precisamos investir bastante. Se tiver um custo alto de logística, isso impacta no preço recebido pelo cooperado”, alertou. “Temos uma movimentação de 40 milhões de toneladas de carga por ano. São produtos de médio e baixo valores agregados, e a logística precisa funcionar bem para escoar no mercado interno, mas principalmente para exportação”, completou Mafioletti. A expectativa do setor produtivo do estado é de que haja celeridade nos principais projetos de infraestrutura previstos para os próximos anos. Alguns deles, porém, estão paralisados por questões judiciais e sem perspectivas de quando poderão seguir, notadamente os que envolvem portos privados, como o porto Guará, em Paranaguá, e o porto de Pontal do Paraná, que depende da construção da Faixa de Infraestrutura. O principal obstáculo no momento são questões ambientais relativas a ambos os projetos. Para tentar encontrar soluções para destravar projetos de infraestrutura, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) criou uma comissão interinstitucional para mediar situações que envolvam questões judiciais em obras paralisadas. O Destrava Logístico pretende reunir governo do Paraná, Tribunal de Contas do Paraná, Procuradoria-Geral do Estado do Paraná, Ministério Público do Paraná, Defensoria Pública do Paraná, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Fiep, entre outras instituições.

Gazeta do Povo

 

Exportações do Paraná para Ásia, África e Oriente Médio batem recorde no 1º semestre

Resultado inédito das vendas de produtos paranaenses para estas regiões foi alcançado no 1º semestre de 2024. Vendas totais para o Exterior a partir do Estado somaram mais de US$ 11,5 bilhões entre janeiro e junho

 

O Paraná obteve no 1º semestre de 2024 o seu melhor desempenho nas vendas para os mercados do Oriente Médio, África e Sudeste Asiático, com maior parte da produção escoada pelos portos do Paraná. É o que apontam dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços organizados e analisados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). O desempenho recorde nestas regiões do mundo se soma aos de mercados tradicionais, como o China, Estados Unidos e Argentina, o que fez com que as exportações paranaenses totalizassem mais de US$ 11,5 bilhões entre janeiro e junho deste ano, quinto melhor resultado do País. As exportações do Paraná para o Oriente Médio, bloco formado por 14 países, somaram US$ 1,1 bilhão nos seis primeiros meses deste ano, superando em 46% os US$ 774,4 milhões registrados no mesmo período de 2023 e o primeiro semestre de 2019 (US$ 893 milhões), até então o melhor. A carne de frango e o açúcar encabeçaram a lista das mercadorias mais vendidas para a região. O maior volume de transações comerciais foi com os Emirados Árabes Unidos, com US$ 279 milhões em receitas para o Estado no 1º semestre de 2024. Na sequência, estão o Irã, com US$ 244 milhões em receitas, a Arábia Saudita, com US$ 180 milhões, e o Iraque, com US$ 127 milhões. Os produtos do agronegócio também tiveram peso relevante nas vendas paranaenses para a Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), composta por Singapura, Tailândia, Malásia, Filipinas, Mianmar, Brunei, Camboja, Laos, Indonésia e Vietnã. Com US$ 244 milhões em receitas, a Indonésia foi o maior mercado consumidor dos produtos paranaenses na região até a metade de 2024. Depois, aparecem Vietnã (US$ 196 milhões), Singapura (US$ 156 milhões) e Tailândia (US$ 120 milhões). No total, os países que compõem a Asean adquiriram US$ 844 milhões em bens do Paraná entre janeiro e junho deste ano, 57% acima do valor contabilizado no mesmo intervalo de tempo em 2023, que foi de US$ 538 milhões. O resultado também é quase três vezes superior ao comércio com essa região no primeiro semestre de 2018 (US$ 308 milhões). O desempenho mais recente foi puxado, sobretudo, pelo comércio de soja em grão e açúcar. No caso do mercado africano, as exportações estaduais saltaram de US$ 499 milhões para US$ 586 milhões no 1º semestre do ano, com destaque para o Egito, a África do Sul e a Argélia que atingiram US$ 112 milhões, US$ 83 milhões e US$ 71 milhões em compras, respectivamente. O recorde anterior tinha sido no primeiro semestre de 2022 (US$ 552 milhões). A carne de frango e o açúcar lideraram a pauta do comércio com o continente. Segundo o presidente do Ipardes, Jorge Callado, os principais produtos que puxaram o desempenho recorde em novos mercados consumidores reforçam o potencial do Paraná como grande produtor de alimentos com valor agregado. Os números ressaltam a importância do Estado no atendimento da crescente demanda mundial por alimentos, o que se reflete na geração de mais empregos e renda para a população envolvida nesta cadeia produtiva. “O Paraná apresentou números expressivos nas exportações do primeiro semestre com a conquista de novos mercados na África, Oriente Médio e Sudeste Asiático, tendo como carro-chefe o frango, o açúcar, a soja e outros produtos do agronegócio. Dos US$ 11,5 bilhões, em torno de US$ 8 bilhões foram representados por alimentos, o que reforça a posição do Paraná como o ‘supermercado do mundo’”, avaliou.

Agência Estadual de Notícias

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar fica estável ante real, acima de R$5,40, apesar de IPCA favorável

O dólar à vista fechou a quarta-feira estável ante o real, ainda acima dos 5,40 reais, após ter oscilado abaixo deste nível pela manhã, com o câmbio reagindo positivamente ao dado de inflação melhor que o esperado no Brasil.

 

A moeda norte-americana à vista encerrou cotada a 5,4132 reais na venda, com variação negativa de 0,01%. Em 2024, a divisa acumula elevação de 11,58%. Às 17h03, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,17%, a 5,4255 reais na venda. O destaque do dia era a divulgação do IPCA -- o índice oficial de inflação no Brasil -- no início da sessão. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o indicador subiu 0,21% em junho, após alta de 0,46% no mês anterior. No acumulado de 12 meses até junho, o IPCA teve alta de 4,23%, contra elevação de 3,93% do mês anterior. Pesquisa da Reuters apontou que a expectativa de analistas era de alta de 0,32% em junho e elevação de 4,35% em 12 meses. O dado de inflação melhor que o esperado abriu espaço para a queda firme das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) e para o recuo do dólar ante o real. Profissional ouvido pela Reuters pontuou que, após os recuos recentes, não havia mais tanto espaço para o dólar se manter em queda. Ele lembrou que desde a quarta-feira passada, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou de criticar o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e a política monetária, o dólar vem se afastando do pico de 5,70 reais. “A gente tem que ter algum evento mais consistente no mercado, como a redução da taxa de juros nos Estados Unidos, para o dólar cair mais”, corroborou Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos. “Até lá, o dólar vai ficar testando resistências, e 5,40 reais é uma resistência forte.” No exterior, investidores estiveram atentos ao segundo dia de depoimento do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, ao Congresso dos EUA. Em sua fala Powell disse que ainda não está pronto para concluir que a inflação nos EUA está caindo de forma sustentável para 2%, a meta perseguida pela instituição, mas afirmou que tem “alguma confiança nisso”. O chair do Fed disse ainda que a inflação baixou, mas os preços ainda estão altos. À tarde, o BC informou que o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de 840 milhões de dólares em julho até o dia 5, com saída líquida de 1,465 bilhão de dólares pela via financeira e entrada de 625 milhões de dólares pela via comercial.

Reuters

 

Ibovespa fecha em alta pelo 8º pregão seguido, mas realização de lucros reduz fôlego

O Ibovespa fechou com uma alta modesta na quarta-feira, mas confirmando o oitavo pregão seguido no azul, embora distante da máxima do dia, conforme movimentos de realização de lucros atenuaram o efeito benigno do viés positivo em Wall Street e do IPCA abaixo do esperado no mês passado

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com variação positiva de 0,09%, a 127.218,24 pontos, após chegar a 127.769,25 pontos na máxima da sessão. Na mínima, marcou 126.928,28 pontos. É a maior série de altas desde maio de 2023, quando também subiu em oito sessões consecutivas. O volume financeiro, contudo, permanece fraco: somou apenas 20,17 bilhões de reais, contra uma média diária no ano de 23,5 bilhões de reais. "Era para o Ibovespa estar voando hoje, porque tudo está conspirando a favor, com exceção do preço do minério de ferro", afirmou o chefe da EQI Research, Luís Moran, destacando o desempenho positivo das bolsas em Nova York, o alívio nos Treasuries, bem como a inflação abaixo do previsto no Brasil. Para ele, o movimento mais contido na bolsa paulista refletiu realização de lucros. "Subiu muito rápido e muito forte. É uma realização, claramente. Mas tem papel que, mesmo tendo avançado bastante nesses últimos dias, ainda tem muito espaço para subir", ressaltou. Desde que atingiu a mínima do ano em 17 de junho, de 118.685,10 pontos no intradia, o Ibovespa recuou em apenas dois dos 17 pregões seguintes, acumulando até a máxima desta quarta-feira uma valorização de 7,65%. De acordo com o sócio e chefe da área de análise da Levante Investimentos, Enrico Cozzolino, o IPCA abaixo do esperado foi uma notícia positiva nesta sessão, mas o Ibovespa permanece negativo no ano e tende a continuar à mercê da volatilidade ditada pelo exterior e por ruídos políticos no Brasil. Apesar da série de ganhos, o Ibovespa ainda acumula um declínio de 5,19% no ano.

Reuters

 

IPCA desacelera mais que o esperado em junho

A inflação perdeu força no Brasil em junho e ficou abaixo do esperado com pressão menos intensa nos preços de alimentação e de serviços, embora a taxa em 12 meses tenha superado 4%.

 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,21% em junho, depois de um avanço de 0,46% em maio, em resultado que ficou aquém da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,32%. Os dados divulgados na quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram ainda que o IPCA passou a acumular nos 12 meses até junho alta de 4,23%, de 3,93% em maio. A expectativa para este dado era de 4,35% e, ainda que abaixo do esperado, voltou a ficar acima de 4% depois de três meses. O centro da meta para a inflação, medida pelo IPCA, é de 3,0% este ano, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. O maior peso em junho partiu do grupo de Alimentação e bebidas, que entretanto desacelerou a alta a 0,44% em junho, de 0,62% em maio. Na alimentação no domicílio, os preços subiram 0,47%, de 0,66% no mês, com quedas de preços em cenoura (-9,47%), cebola (-7,49%) e frutas (-2,62%). Na outra ponta, subiram os custos de batata inglesa (14,49%), leite longa vida (7,43%) e arroz (2,25%). O grupo com maior variação foi o de Saúde e cuidados pessoais, com avanço 0,54%, mas também mostrando arrefecimento sobre a taxa de 0,69% de maio. A influência partiu dos aumentos de 1,69% de perfumes e de 0,37% dos planos de saúde. "Neste caso, decorre do reajuste de até 6,91% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 4 de junho, com vigência a partir de maio de 2024 e cujo ciclo se encerra em abril de 2025. Assim, no IPCA de junho, foram apropriadas as frações mensais relativas aos meses de maio e junho”, explicou o gerente da pesquisa, André Almeida. Já a inflação de serviços mostrou forte alívio ao passar a uma variação positiva de apenas 0,04%, depois de subir 0,40% em maio, acumulando em 12 meses alta de 4,49%, ainda acima do índice geral. O índice de difusão, que mostra o espalhamento das variações de preços, teve em junho queda a 52%, contra 57% em maio. O Banco Central vem mostrando preocupação com a desancoragem das expectativas de inflação, tendo interrompido o ciclo de afrouxamento monetário ao manter no mês passado a taxa básica de juros Selic em 10,5%. A desvalorização do real ante o dólar agora deve se somar às preocupações com a inflação de serviços, em meio a um mercado de trabalho aquecido. A mais recente pesquisa Focus divulgada pelo BC mostra que o mercado projeta alta do IPCA de 4,02% este ano, indo a 3,88% em 2025.

Reuters

 

Reforma tributária: isenção das carnes não aumenta carga de impostos, defende setor

Cálculo feito pela bancada ruralista contesta posição do relator, para quem a alíquota geral, atualmente em 26,5%, aumentaria em 0,57 ponto percentual. A decisão de não incluir as carnes na cesta básica desonerada deve gerar reações na bancada ruralista

 

O novo relatório do grupo de trabalho da regulamentação da reforma tributária manteve as carnes fora da cesta básica nacional com alíquota zero manteve as carnes fora da cesta básica nacional com alíquota zero, ao contrário do que pedem a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o setor produtivo e até o presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva. O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) será o relator do projeto de regulamentação da reforma tributária em plenário, com votação prevista para esta quarta-feira (10/7). Ele decidiu manter as proteínas animais de fora da desoneração e concordou que a medida geraria impacto na alíquota geral, atualmente em 26,5%, com elevação de 0,57 ponto percentual. A decisão de não incluir as carnes na cesta básica desonerada deve gerar reações na bancada ruralista, com a apresentação de destaques para decidir o tema no voto em plenário. Nesta quarta-feira, executivos do setor frigorífico têm agenda com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em que devem tratar do assunto. Na terça-feira (9/7), a bancada ruralista contestou os cálculos do governo sobre o impacto de 0,57 ponto percentual na alíquota geral do Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Nas contas da FPA, o impacto da desoneração total das carnes seria em torno da metade disso. A FPA apresentou um estudo ao grupo de trabalho sobre a regulamentação da reforma tributária em que mostra que, caso seja aplicada uma alíquota de 40% em relação à alíquota geral do IVA, a arrecadação com a tributação das carnes pode aumentar em R$ 17,49 bilhões por ano a receita do governo federal. O setor produtivo informou que movimenta R$ 199,23 bilhões por ano. Com uma alíquota projetada de 10,6% (com redução de 60% da alíquota geral) sobre as proteínas animais, a arrecadação de tributos do governo sobre as vendas de carnes subiria para R$ 21,12 bilhões por ano, comparado aos atuais R$ 3,63 bilhões anuais. Os cálculos foram feitos pelo ex-secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex) e ex-diretor da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Roberto Giannetti da Fonseca. Ele calculou a tributação atual sobre os alimentos e, com a nova tarifa, mediu a diferença ao considerar a redução de 60% para a proteína animal e, em seguida, ao aplicar uma alíquota zero. A diferença encontrada foi de 0,18%, o que, segundo ele, torna o impacto insignificante, segundo a FPA. Além das proteínas animais, o setor produtivo quer a inclusão de sucos naturais, molhos e farinhas na cesta básica nacional com alíquota zerada. Outros pleitos são: a inclusão de insumos no rol de produtos com redução de 60% da alíquota geral, como embriões e sêmen bovino e o farelo de milho; e a inclusão de cogumelos e castanhas na lista de produtos hortícolas com redução de 100% da alíquota.

Globo Rural

 

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