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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 658 DE 10 DE JULHO DE 2024

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 658 | 10 de julho de 2024


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS


Consumo doméstico mais forte pode estimular procura pelo boi gordo

Expectativas de melhoria na renda da população, além das exportações e escassez de boiadas, reforçam viés de alta na arroba. No Paraná, o boi vale R$225,00 por arroba. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de sete dia

 

Nos primeiros dias de julho/24, o mercado físico do boi gordo ficou mais firme em São Paulo, reforçando o sentimento de que o fundo do poço desta “safra” teria se estabelecido nos R$ 215,30/@ (indicador Cepea/SP), atingido no dia 7/6/24, relata a Agrifatto. “Os negócios estão fluindo normalmente em um ritmo de manutenção das programações da indústria em 10 dias”, afirmou a consultoria. Segundo a Agrifatto, os frigoríficos estão evitando formar grandes estoques nas câmaras frias devido à lentidão do escoamento no mercado interno. “Neste período do ano de transição entre a “safra” para a “entressafra” se torna propício a indústria ajustar a produção”, justifica a consultoria. A conjuntura para o segundo semestre se mostra favorável aos pecuaristas, acreditam os analistas. “A taxa de desemprego atual não é considerada um entrave para economia brasileira, além do mais o endividamento das famílias ficou estável no último mês”, afirma a consultoria, sugerindo que o maior poder aquisitivo da população pode estimular o consumo interno de carne bovina e ajudar na recuperação dos preços do boi gordo. Nesse cenário, ressalta a Agrifatto, o preço da carne bovina encontrado em patamares acessíveis e competitivos (em relação às demais proteínas) deixa um campo aberto para uma melhora do consumo no mercado interno. Porém, continua a consultoria, um dólar mais forte funciona como uma faca de dois gumes. Os relatórios contábeis das exportações melhoram com um real mais fraco ao se fazer a conversão das receitas. Em contrapartida, diz a Agrifatto, os preços dos combustíveis são atrelados ao dólar e a moeda fortalecida por muito tempo encarece a logística de distribuição da carne no mercado interno, fazendo com que as cotações sejam reajustadas na ponta final para o consumidor. O volume de carne exportada de carne bovina brasileira no primeiro semestre de 2024 foi excepcional, apontou a Agrifatto. Foram embarcadas 1,13 milhão de toneladas de carne in natura, volume 29,1% acima do que foi exportado no primeiro semestre de 2023, relembra a Agrifatto, citando dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). “Historicamente, os números de exportação do segundo semestre são melhores”, dizem os analistas da consultoria. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na última sexta-feira (5/7): São Paulo — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$225,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$212,00. Escalas de abates de doze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de doze dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$217,00 a arroba. O “boi China”, R$217,00. Média de R$217,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de oito dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$206,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$208,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de onze dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$208,00. Média de R$204,00. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de onze dias; Pará — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$ 208,00. Média de R$204,00. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de catorze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de oito dia; Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$165,00. Novilha a R$170,00. Escalas de abate de catorze dias; Maranhão — O boi vale R$195,00 por arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de onze dias.

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto 

 

SUÍNOS

 

Suínos: terça-feira com aumentos nos preços do animal vivo

A terça-feira (9) foi de alta para os preços no mercado do suíno vivo. Segundo análise do Cepea, os preços do suíno vivo e da carne iniciam julho em alta na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo pesquisadores, as valorizações mais intensas do vivo no mercado independente nos últimos dias foram verificadas nas praças do Sul do País

 

No mercado atacadista, pesquisas do Cepea mostram que o comportamento de preços da carne tem acompanhado o ritmo de alta do vivo, sinalizando uma demanda doméstica aquecida; o pagamento de salários de grande parte da população ocorre ainda nesta semana, elevando o poder de compra do consumidor.  Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (8), houve alta de 2,80% em Minas Gerais, chegando a R$ 7,70/kg, avanço de 1,93% no Paraná, custando R$ 7,41/kg, incremento de 3,12% no Rio Grande do Sul, valendo R$ 6,95/kg, aumento de 1,90% em Santa Catarina, com preço de R$ 6,97/kg, e de 1,63% em São Paulo, fechando em R$ 7,50/kg.

Cepea/Esalq

 

FRANGOS

 

Preços estáveis no mercado do frango na terça-feira (9)

Devido ao feriado no Estado de São Paulo na terça-feira, 9 de julho, em celebração à Revolução Constitucionalista, não há cotações disponíveis da Scot Consultoria, localizada em Bebedouro (SP).

 

Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, cotado a R$ 4,37/kg, da mesma forma que no Paraná, custando R$ 4,33/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (8), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, custando, respectivamente, R$ 7,03/kg e R$ 7,29/kg.

Cepea/Esalq

 

INTERNACIONAL

 

Demanda da China aquece embarques de couro do Brasil

Avanço da indústria automotiva, principalmente com os carros elétricos chineses, impulsionou a procura pelo produto para estofados dos veículos. Só no primeiro semestre deste ano, a país asiático foi o destino de 40% dos couros e peles exportados pelos curtumes brasileiros

 

Um movimento de expansão da indústria automotiva na China alimenta a demanda por couro e favorece o Brasil. Só no primeiro semestre deste ano, a país asiático foi o destino de 40% dos couros e peles exportados pelos curtumes brasileiros. A matéria-prima é usada na fabricação dos estofados de carros elétricos, por exemplo. Diante dessa procura aquecida, a expectativa do setor é fechar o ano com crescimento em relação a 2023, ainda que a oferta elevada pressione os valores de venda no exterior. De janeiro a junho, a China adquiriu 39,17 milhões de metros quadrados de couros e peles, um aumento de 33,3% em relação ao mesmo período de 2023. Com essas compras, os chineses responderam por 29,9% do faturamento com as exportações brasileiras de couro. “A China, durante a pandemia da covid-19, tinha reduzido muito a produção de automóveis e calçados. Agora, o mercado entrou quase que em uma normalidade, voltaram a produzir e consumir”, disse ao Valor o presidente do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), José Fernando Bello. O couro brasileiro não é um dos melhores do mundo em qualidade, devido à prática de marcar o gado com ferro para identificação. Ainda assim, atende bem os setores moveleiro, automotivo e calçadista no mercado internacional — cerca de 80% do couro produzido aqui vai para fora do país. Especificamente neste ano, em que os abates de bovinos estão em nível recorde, cresceu também a oferta dos subprodutos do boi, como couro e sebo. Os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, no primeiro trimestre de 2024, os curtumes declararam ter recebido 9,32 milhões de peças inteiras de couro cru, avanço de 19,9% no comparativo anual. “Com mais disponibilidade de matéria-prima, a gente intensificou a busca por compradores no mercado externo”, disse Bello. Além da China, o Vietnã ficou entre os destaques ao dobrar as importações de couro do Brasil. Também houve avanços significativos nas vendas para Itália, México e Tunísia. Ainda que tenham reduzido suas compras no semestre, os Estados Unidos continuam a ser um mercado relevante, respondendo por 13,4% da receita das exportações. Estão atrás dos chineses no ranking de importadores. No total, o setor encerrou o primeiro semestre com alta de 15,4% no faturamento das exportações, que somou US$ 650,076 milhões, puxado por crescimentos na área e volume embarcados, segundo o CICB. Na avaliação de Bello, o câmbio deve ser um fator importante para dar mais competitividade ao couro brasileiro neste semestre. Mas, observa, o dólar alto também eleva os custos, uma vez que a indústria local importa insumos químicos e máquinas. Mesmo com despesas maiores, a expectativa do CICB é que a receita com as vendas externas cresça 15% neste ano, e os volumes, 25%. No ano passado, a receita alcançou US$ 1,117 bilhão, com o embarque de 430,63 mil toneladas de couros e peles. Uma fonte de frigorífico, que fornece couro para processamento aos curtumes, tem uma visão menos otimista. Ela acredita que está sobrando couro devido à alta produção. “O preço de venda para o frigorífico é muito ruim, no couro verde e no wet blue também”. De acordo com o diretor da Scot Consultoria, Alcides Torres, os preços do subproduto estão praticamente estáveis neste mês, com avanço apenas no Rio Grande do Sul. “O couro verde de primeira linha está cotado a R$ 0,80 por quilo. No Rio Grande do Sul, o preço está R$ 1,30 por quilo, subiu R$ 0,10 na comparação semana a semana. Mas couro não é só preço, precisa ter qualidade”, afirmou. Para o ano que vem, a preocupação do setor é com a nova lei da União Europeia, que exige rastreabilidade total da cadeia e não aceitará, a partir de janeiro, a importação de produtos ligados a desmatamento. “Não somos contra essa normativa, só precisamos de mais prazo”, disse o presidente do CICB.

Globo Rural

 

GOVERNO

 

Aberturas de mercado no Equador para exportação de óleos e gorduras de aves e de ruminantes para alimentação animal

Com o anúncio desses dois novos produtos, o Brasil alcança sua 77ª abertura de mercado em 2024, totalizando 155 aberturas em 53 países desde o início de 2023

 

O governo brasileiro recebeu com satisfação o anúncio, pela autoridade sanitária do Equador, da autorização para que o Brasil exporte óleos e gorduras, tanto de aves quanto de ruminantes, destinados à alimentação animal. Nos cinco primeiros meses deste ano, o Equador importou mais de US$ 140 milhões em produtos agrícolas do Brasil, com destaque para produtos florestais, cereais e farinhas, que alcançaram cerca de 50% do total exportado. Com o anúncio desses dois novos produtos, o Brasil alcança sua 77ª abertura de mercado em 2024, totalizando 155 aberturas em 53 países desde o início de 2023.

MAPA

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Com impacto do feijão e do leite, Ipardes divulga Índice de Preços de junho

O resultado atual do IPR-Alimentos e Bebidas, calculado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social, foi 0,83% superior ao observado durante o mês de maio (1,03%)

Com quedas mais significativas em feijão-preto (-8,33%), cebola (-5,88%) e feijão-carioca (-5,52%), e altas nos preços da batata-inglesa (11,78%), leite integral (9,10%) e queijo muçarela (6,94%), o Índice de Preços Regional Alimentos e Bebidas do Paraná variou, em junho, 1,86%.

O resultado atual do Índice calculado pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social), foi 0,83 ponto percentual superior ao observado durante o mês de maio (1,03%) e foi mais sentido em Cascavel (2,76%), seguido por Maringá, 2,10%, Ponta Grossa, 1,82%, Londrina,1,81%, Curitiba, 1,40% e Foz do Iguaçu, 1,28%. A queda no preço do feijão-preto foi de -11,76% em Foz do Iguaçu, de -11,28% em Londrina, de -8,00% em Maringá, de -7,85% em Ponta Grossa, de -6,85% em Cascavel e -3,99% em Curitiba. “Leguminosas como feijões-pretos e carioca tiveram quedas pelo abastecimento aquecido e uma produtividade satisfatória da última colheita”, explicou o diretor de Estatística do Ipardes, Marcelo Antonio. Por outro lado, o aumento nos preços da batata-inglesa se deveu à transição das safras e à consequente restrição de oferta do produto, com maior variação em Cascavel (15,32%), seguida por Curitiba (13,57%), Maringá (13,53%), Ponta Grossa (10,26%), Foz do Iguaçu (9,88%) e Londrina (8,30%). Entretanto, o resultado positivo de junho teve como característica mais destacada a forte influência do aumento do leite integral que, isoladamente, foi responsável por 0,80 ponto na variação mensal, seguido por queijo muçarela, café e batata-inglesa. “Apenas o leite, isoladamente, foi responsável por 43% do resultado mensal. Entre os fatores que contribuíram estão a sazonalidade, marcada pela entressafra do inverno, o desestímulo à importação do leite e o agravamento da produção leiteira no Rio Grande do Sul, pelas fortes chuvas do segundo trimestre. O aumento no preço do leite também tem como consequência a elevação de preços de derivados, como foi o caso do queijo muçarela”, disse Antonio. O primeiro semestre de 2024 fecha com o IPR-Alimentos e Bebidas apresentando resultado acumulado de 7,35%, influenciado, principalmente, pelo avanço em leite integral, café, batata-inglesa, queijo muçarela, alho e tomate, que juntos somaram variação semestral de 5,95%. O custo dos alimentos em 2024, explica o diretor do Ipardes, é reflexo de fenômenos climáticos extremos como a elevação da temperatura, chuvas intensas e períodos de seca que influenciaram a produção agrícola, gerando quebra de safras e menor produtividade. Com isso, parte da demanda interna foi suprida por importados em um cenário de desvalorização cambial. As safras satisfatórias e o ciclo pecuário favorável ampliaram a disponibilidade de feijão-preto, feijão-carioca e de carnes no mercado interno, contribuindo para a queda no preço desses itens neste intervalo semestral. De janeiro a junho, 21 dos 35 produtos avaliados no IPR-Alimentos e Bebidas apresentaram alta. Os principais destaques foram batata-inglesa (50,76%), alho (43,75%) e leite integral (32,54%). Já os itens com preços menores foram a banana-caturra (-19,21%), feijão-preto (-12,96%), feijão-carioca (-11,78%), margarina (-6,49%) e contrafilé (-4,79%). Em relação ao índice acumulado nos últimos 12 meses no Paraná, a variação ficou em 7,17%. Regionalmente, o índice acumulado entre julho de 2023 a junho de 2024 foi maior em Cascavel (8,69%), acompanhado por Foz do Iguaçu (7,41%), Londrina (7,32%), Ponta Grossa (7,16%), Maringá (7,02%) e Curitiba (5,40%). As quedas mais relevantes nesse período ocorreram em margarina (-12,80%), farinha de trigo (-9,03%) e costela bovina (-8,29%), favorecido pelo ciclo pecuário e maior disponibilidade interna. A margarina apresentou a maior retração em Curitiba (-14,19%), Cascavel (-13,96%), Foz do Iguaçu (-12,44%), Londrina (-12,33%), Maringá (-12,13%) e Ponta Grossa (-11,73%). Os aumentos acumulados foram registrados em cebola (76,59%), batata-inglesa (68,02%) e laranja-pera (58,48%), reflexos de queda na produção e aumento da importação em cenário de dólar valorizado. A cebola, em Londrina, teve aumento de 87,73%, seguida por Maringá (82,84%), Ponta Grossa (81,77%), Foz do Iguaçu (71,03%), Curitiba (68,84%) e Cascavel (68,33%). “Nos últimos 12 meses, fatores climáticos impactaram a produção da cebola, da batata-inglesa e da laranja. Isso gerou uma queda na produção interna. Por sua vez, o ciclo pecuário contribuiu para a disponibilidade da carne no mercado interno, resultando em queda nos cortes bovinos pesquisados pelo IPR”, explica Antonio.

Agência Estadual de Notícias

 

Haddad sugere ampliar cashback para compensar carnes fora da cesta básica

Haddad se reuniu com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e com líderes para discutir a regulamentação da reforma tributária

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na terça-feira (9) que a ampliação do cashback pode ser uma alternativa à proposta de incluir a proteína animal na lista de produtos da cesta básica. Haddad se reuniu com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e com líderes partidários para discutir a regulamentação da reforma tributária. “O cashback está sendo discutido. Aumentar a parcela do imposto que é devolvida para as pessoas que estão no cadastro único. Isso é uma coisa que tem efeitos distributivos importantes. Então, às vezes, não é isentar toda a carne, mas aumentar o cashback de quem não pode pagar o valor cheio da carne. Então, foi discutido tudo isso com muita tranquilidade”, disse o ministro. O cashback garantiria a devolução de tributos a famílias incluídas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). Segundo Haddad, a Receita Federal calcula que a inclusão das carnes na cesta básica elevará a alíquota geral do Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) em 0,53 ponto percentual, de 26,5% para 27,03%. A estimativa é um pouco inferior à do Banco Mundial, que prevê um impacto de 0,57 ponto percentual no IVA. Caso o Congresso inclua a carne na lista de exceções, o Brasil terá a maior alíquota do mundo de IVA, superando a Hungria, que tem alíquota de 27%, informou a Agência Brasil. Pelo modelo da reforma tributária, a inclusão de exceções, como alíquotas mais baixas e regimes especiais, eleva a alíquota para os demais produtos. “Hoje foi feita uma apresentação detalhada de como esses cálculos são feitos para dar segurança para os deputados de que a Fazenda está cumprindo o seu papel. A decisão política é do Congresso Nacional, é quem vai dar a última palavra sobre a reforma", disse. Após a reunião, Haddad destacou que o Congresso "não vai poder dizer que não prestamos as informações devidas" sobre o impacto de eventuais mudanças no projeto. A Câmara deve votar o primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária a partir desta quarta (10). Mais cedo, Lira suspendeu as atividades de todas as comissões da Casa nesta semana para focar nessa votação. Haddad relatou que a desoneração das carnes é o principal entrave para a votação do projeto. O deputado já sinalizou que não pretende incluir a carne na cesta básica com alíquota zero, mas a bancada do agro continua a articulação para manter a isenção. Outros pontos polêmicos são a exclusão de armas e munições e a inclusão de carros elétricos no Imposto Seletivo, tributo que incidirá sobre produtos que façam mal à saúde ou ao meio ambiente. “Em relação às armas, o impacto [sobre a arrecadação do governo] é pequeno. O tema é relevante, mas vamos distinguir temas relevantes de impactos relevantes sobre a alíquota. São coisas diferentes. Tem coisa muito sensível, que é simbólica", afirmou. "E tem coisa que impacta a alíquota geral. As duas são relevantes, mas evidentemente a que impacta a alíquota geral [como as carnes] recebe uma atenção maior neste momento do Colégio de Líderes”, acrescentou o ministro.

Gazeta do Povo

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar continua movimento recente e cai mais de 1% apesar do exterior

O dólar recuou mais de 1% ante o real na terça-feira e se reaproximou dos 5,40 reais, dando continuidade ao movimento mais recente de redução de prêmios de risco no Brasil e na contramão do exterior, onde a moeda norte-americana sustentou altas ante várias divisas na esteira de declarações do chair do Federal Reserve, Jerome Powell

 

Em sessão de liquidez menor em função do feriado da Revolução Constitucionalista de 1932 em São Paulo, o dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,4140 reais na venda, em baixa de 1,15%. Em 2024, a divisa acumula elevação de 11,59%. Às 17h05, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,07%, a 5,4310 reais na venda. O dólar cedeu ante o real durante praticamente toda a sessão. Em um dia de agenda de indicadores esvaziada no Brasil e no exterior, as atenções se voltaram para o depoimento de Powell ao Senado dos Estados Unidos, às 11h. Em sua fala, o chair do Fed defendeu que a inflação norte-americana, apesar de seguir acima da meta de 2%, tem melhorado nos últimos meses. Além disso, pontuou que mais “dados bons” fortaleceriam os argumentos para cortes de juros pelo Fed. Por outro lado, Powell evitou dar indicações de quando o Fed começará a cortar juros, o que frustrou parte do mercado no exterior. Após os comentários de Powell, o dólar renovou mínimas ante o real, ainda que avançasse no exterior ante uma cesta de divisas fortes e em relação a boa parte das demais moedas. Depois de registrar a cotação máxima de 5,4789 reais (+0,04%) às 9h02, o dólar à vista atingiu a mínima de 5,4135 reais (-1,16%) às 15h26. A liquidez menor -- percebida inclusive no mercado futuro -- ajudou a ampliar as oscilações. Embora os mercados tenham funcionado normalmente, inclusive em São Paulo, o feriado da Revolução Constitucionalista de 1932 reduziu parte da liquidez na renda fixa, no câmbio e na bolsa brasileira nesta terça-feira.

Reuters

 

Ibovespa fecha em alta e completa maior série de ganhos em 1 ano com ajuda de Powell

O Ibovespa fechou em alta na terça-feira, completando sete sessões seguidas no azul, o que não acontecia há mais de um ano, endossado por declarações do chair do banco central dos Estados Unidos sinalizando que um maior progresso na inflação pode levar a cortes na taxa básica de juros ainda neste ano

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,44%, a 127.103,99 pontos, perto da máxima do dia, segundo dados preliminares. Na mínima, chegou a 125.936,61 pontos. A última vez que o Ibovespa havia fechado com sinal positivo em sete pregões consecutivos fora em junho de 2023. O volume financeiro somava 14,7 bilhões de reais antes dos ajustes finais, bem abaixo da média diária do ano, de 23,6 bilhões de reais, em pregão marcado por feriado em São Paulo. A B3, contudo, funcionou normalmente.

Reuters

 

Mercado de trabalho/Cepea: número de pessoas trabalhando no agronegócio segue renovando recorde

No primeiro trimestre de 2024, o número de pessoas trabalhando no agronegócio brasileiro somou 28,6 milhões, conforme indicam pesquisas realizadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil)

 

Novamente, trata-se de um recorde da série histórica, iniciada em 2012. Diante disso, a participação do setor no total de ocupações do Brasil foi de 26,85% nos primeiros três meses do ano – no mesmo período de 2023, representava 26,67%. A população ocupada no agronegócio cresceu 3,0% (ou aproximadamente 827 mil pessoas) de janeiro a março de 2024 frente ao mesmo período de 2023, avanço que ficou acima do observado para o Brasil, que foi de 2,3% (ou de aproximadamente 2,38 milhões de pessoas). Segundo pesquisadores do Cepea/CNA, esse incremento esteve relacionado sobretudo ao aumento de 9,9% no número de trabalhadores atuando em agrosserviços – ressalta-se que esse segmento tem o maior número de trabalhadores, que são alocados nas diversas atividades que atendem aquelas dos segmentos de insumos, agropecuária e agroindústria, que incluem desde o transporte, armazenamento e comércio até os serviços jurídicos, administrativos e contábeis. Além disso, a população ocupada nas agroindústrias teve aumento de 3,4% (ou de 149.179 de pessoas). O aumento na população ocupada no agronegócio no primeiro trimestre de 2024 foi puxado por empregados, sobretudo com carteira (evidenciando um aumento na formalização do emprego), por trabalhadores com maior nível de instrução (tendência verificada no setor desde o início da série histórica) e por mulheres (houve aumento da participação feminina no período).

Cepea

 

Arrecadação continua forte em junho, mas governo terá de bloquear até R$ 20 bi do Orçamento, diz BTG

Segundo estimativas do banco, alta real da arrecadação foi de 9,9% no mês e de 8,9% no semestre; aumento faz parte da estratégia da equipe econômica para tentar cumprir meta de déficit zero

 

O governo federal terminou o primeiro semestre deste ano com um crescimento de 8,9% na arrecadação em relação ao mesmo período do ano passado, já descontada a inflação, segundo estimativas do banco BTG Pactual, tendo como base dados do sistema Siga Brasil, do Senado Federal. Em junho, a projeção de alta é de 9,9%, também em termos reais. Apesar disso, a expectativa do banco é de um déficit primário nas contas do Tesouro de R$ 35,9 bilhões no mês e de R$ 65,1 bilhões no semestre. “Os dados seguem apontando para um crescimento robusto da arrecadação, que deverá totalizar R$ 207 bilhões no mês, acima da expectativa do mercado (R$ 200 bilhões, segundo o Prisma). A tributação do come-cotas de fundos exclusivos deverá arrecadar R$ 4 bilhões em 2024, sendo metade em junho e metade em dezembro”, diz em relatório o economista Fábio Serrano. O aumento da arrecadação faz parte da estratégia da equipe econômica para tentar cumprir a meta de déficit zero prevista para este ano. Ainda assim, o banco aponta uma série de problemas no Orçamento, tanto pelo lado das receitas, quanto pelo lado das despesas. Entre as receitas, o Orçamento prevê a entrada de R$ 56 bilhões como resultado da volta do voto de qualidade a favor do Tesouro no tribunal do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (CARF). Até junho, porém, não houve entrada de recursos com essa medida. “O governo mantém uma expectativa de arrecadar R$ 56 bilhões com o Carf (projetamos R$ 15 bilhões para 2024) e deveria reduzir sua expectativa, dado que, até o momento, sua arrecadação foi nula”, disse Serrano. Outra rubrica apontada como incerta é com concessões à iniciativa privada. O BTG entende que o governo precisará reduzir de R$ 25 bilhões para R$ 10 bi a estimativa com essa fonte de recursos. Entre as despesas, a estimativa é a de que os gastos com a Previdência estão subestimados em cerca de R$ 20 bilhões. No segundo relatório de receitas e despesas, há uma previsão de gastos de R$ 918 bilhões com esses benefícios. No acumulado em 12 meses até maio, no entanto, as despesas somam R$ 930 bilhões. “Para o próximo relatório bimestral, que será divulgado dia 22 de julho, será importante que o governo atualize sua projeção para gastos com Previdência, que pelos nossos cálculos está subestimada em R$ 20 bilhões. A revisão exigirá um bloqueio entre R$15 a R$ 20 bilhões para adequar sua expectativa para os gastos deste ano ao teto”, diz. O governo precisa realizar o contingenciamento para tentar alcançar a meta de déficit zero prevista para este ano, ainda que na margem de tolerância de um déficit de 0,25% do PIB, cerca de R$ 28 bilhões. Quanto mais tempo demorar para fazer o bloqueio de recursos, menor a margem de manobra da equipe econômica, já que os chamados gastos discricionários (cerca de R$ 200 bilhões) vão sendo consumidos pela execução do Orçamento.

O Estado de São Paulo

 

Exportações crescem 9,1% até a primeira semana de julho

A balança comercial brasileira segue apresentando resultados positivos na primeira semana de julho, com um superávit de US$ 2,5 bilhões e corrente de comércio de US$ 12,2 bilhões. As exportações totalizaram US$ 7,4 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 4,9 bilhões

 

Esses e outros resultados foram divulgados na segunda-feira (08/07), pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC). Em comparação com a média de julho de 2023, as exportações na primeira semana de julho de 2024 registraram um aumento de 9,1%, enquanto as importações apresentaram crescimento de 2,0%. A corrente de comércio no período teve um aumento de 6,2%. No acumulado do ano, o saldo positivo da balança comercial brasileira chega a US$ 45 bilhões, com exportações de US$ 175 bilhões e importações de US$ 130,2 bilhões. A corrente de comércio no período totalizou US$ 305,1 bilhões. Entre os destaques, a média diária da corrente de comércio na primeira semana de julho de 2024 foi de US$ 2,4 bilhões. O saldo comercial diário no mesmo período foi de US$ 493,04 milhões. As exportações por setor na primeira semana de julho registraram crescimento em relação a julho de 2023: Na Indústria Extrativa, aumento de US$ 40,3 bilhões (13,3%) na média diária; na Indústria de Transformação, elevação de US$ 63,25 bilhões (8,8%) na média diária; e na Agropecuária, houve aumento de US$ 19,03 bilhões (6%) também na média diária. No que diz respeito às importações, o desempenho por setor na primeira semana de julho apresentou resultados mistos: a Agropecuária registrou aumento de US$ 1,69 bilhões (10,0%) na média diária; a Indústria de Transformação teve crescimento de US$ 42,59 bilhões (4,9%) na média diária; e na Indústria Extrativa, queda de US$ 21,4 bilhões (-31,2%) na média diária.

Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

 

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