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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 648 DE 26 DE JUNHO DE 2024

prcarne

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 648 | 26 de junho de 2024

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS

 

Mercado em alta para fêmeas em SP

Na terça-feira (25/6), os preços da vaca e da novilha gordas subiram R$ 3/@ e R$ 2/@ no mercado de São Paulo, respectivamente, para R$ 195/@ e R$ 212/@, no prazo, informou a Scot Consultoria, acrescentando que, na mesma praça, os valores do boi gordo “comum” e do “boi-China” permaneceram estáveis, em 217/@ e R$ 222/@. No Paraná, o boi vale R$220,00 por arroba. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate e nove dias.

 

Segundo levantamento da Agrifatto, os preços do boi gordo andaram de lado na terça-feira na maioria das praças brasileiras. Porém, a consultoria detectou avanço nas cotações da arroba em São Paulo e Mato Grosso. No mercado paulista, o animal terminado vale agora R$ 223/@ (valor médio entre o animal “comum” e o “boi-China). Na segunda-feira (24) de meio feriado de São João Batista, o mercado físico operou em modo lento e com um mínimo de negócios realizados. “Pelo terceiro dia consecutivo, os preços do boi gordo ficaram estabilizados em todas as 17 regiões produtoras monitoradas”, ressalta a Agrifatto, ainda referindo-se ao comportamento do mercado durante o primeiro dia desta semana. Por sua vez, as escalas das indústrias brasileiras continuaram atendendo 12 abates, na média nacional, segundo dados da Agrifatto. No mercado futuro, todos os contratos passaram por ajustes negativos. O contrato com vencimento para julho/24 foi o mais afetado, fechando em R$ 234,70/@, uma queda de 0,55% no comparativo diário. Num ambiente de extrema calmaria, as vendas desta semana no varejo e as distribuições do atacado de carne (com e sem ossos) se situaram “entre razoáveis/fracas”, observou a Agrifatto. Na terça-feira (25/6), houve oferta de todos os produtos com ossos, tanto para consumo direto quanto para industrialização (charque), relatou a Agrifatto. No entanto, não há demanda por nenhum deles porque os distribuidores atacadistas já estão abastecidos até sexta-feira, complementou. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto nesta terça-feira (25/6): São Paulo — O “boi comum” vale R$218,00 a arroba. O “boi China”, R$228,00. Média de R$223,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$212,00. Escalas de abates de doze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$205,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de treze dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de nove dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$206,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$208,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de onze dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$200,00. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de doze dias; Pará — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$200,00. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de catorze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$210,00. Média de R$205,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de nove dias; Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$165,00. Novilha a R$170,00. Escalas de abate de catorze dias; Maranhão — O boi vale R$195,00 por arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de doze dias;

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/AGRIFATTO

 

Boi brasileiro tem o menor preço entre os principais exportadores

Na parcial de junho/24, o animal produzido nas praças de MT e SP atingiu, respectivamente, valor médio de US$ 37,76/@ e US$ 40,91/@, uma queda de 7,4% e 7,5% sobre as cotações de maio/24, informa Imea

 

Considerando a parcial de junho/24 (até 21/6), o preço do boi gordo brasileiro, em dólar, é o menor entre os principais países produtores e exportadores de carne bovina, informa o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). No período analisado, o boi gordo produzido no Mato Grosso ficou US$ 37,76/@ e, no mercado paulista, atingiu US$ 40,91/@, o que representou, respectivamente, retração de 7,42% e 7,48% sobre os valores médios de maio/24). Na Argentina e Paraguai, o indicador ficou em US$ 44,36/@ e US$ 46,20/@, relata o Imea. Por sua vez, a arroba do boi norte-americano teve a maior alta na parcial de junho/24, atingindo US$ 112,02/@, uma alta de 1,45% no comparativo mensal.

IMEA

 

SUÍNOS

 

Preços estáveis para o mercado de suínos. Queda só no RS

De acordo com a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 136,00, enquanto a carcaça especial caiu 0,93%, fechando em R$ 10,60/kg, em média

 

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (24), houve queda somente no Rio Grande do Sul, na ordem de 0,46%, chegando a R$ 6,46/kg. Foram registradas altas de 0,15% no Paraná, atingindo R$ 6,86/kg, e de 0,42% em São Paulo, com valor de R$ 7,17/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 7,27/kg) e em Santa Catarina (R$ 6,48/kg). 

Cepea/Esalq

 

FRANGOS

 

Cotação do frango no atacado paulista cai 1,13%

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,00/kg, enquanto a ave no atacado caiu 1,13%, fechando em R$ 6,15/kg, em média

 

Na cotação do animal vivo, o valor não mudou no Paraná, custando R$ 4,32/kg, da mesma forma que em Santa Catarina, cotado a R$ 4,29/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (24), a ave congelada ficou estável em R$ 7,09/kg, enquanto o frango resfriado cedeu 0,14%, fechando em R$ 7,31/kg.

Cepea/Esalq

 

CARNES

 

Brasil deverá suprir 24% do comércio global de carnes em 2024, diz FAO

O comércio global de proteínas deverá aumentar em 2024, após dois anos de contração, e o Brasil deverá ser o maior beneficiado pelo aumento na demanda internacional, mantendo sua posição como o maior exportador global de carnes com 24% do mercado global, segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO)

 

A entidade estima que o comércio global de carnes e produtos cárneos some 41,2 milhões de toneladas em 2024, alta de 1,8% em relação a 2023. “Os aumentos nas importações são esperados em todas as regiões, principalmente na América do Norte, refletindo principalmente a escassa disponibilidade de carne bovina de fontes domésticas”, disse a FAO no relatório bianual Food Outlook. O poder de compra limitado dos consumidores poderá reduzir a demanda global por carnes mais caras e induzir à produção de carne de frango e expansão do comércio desta carne, dada a sua acessibilidade. A FAO estima que a produção global de carne de frango aumentará 0,8% em 2024 para 146 milhões de toneladas. O Brasil continuará elevando a produção, impulsionado por menores custos de produção e o aumento da demanda internacional, e deverá atender cerca de 32% do mercado global de carne de frango em 2024. “A demanda mais fraca de alguns dos seus principais parceiros comerciais será compensada por acordos para expansão do comércio com destinos secundários e pelo aumento da relevância do Brasil no mercado halal para carne de frango cozida e crua, principalmente em alguns países do Oriente Próximo”, disse a FAO. A FAO estima que o Brasil deverá produzir 31,9 milhões de toneladas de carnes em 2024, considerando todas as proteínas animais, 1,7% a mais que o registrado em 2023. A produção brasileira de carne bovina deverá crescer 2,4% para 11,2 milhões de toneladas, refletindo o aumento na disponibilidade de animais para abate e a alta demanda internacional. A produção de carne de frango do Brasil é estimada em 15,1 milhões de tem 2024, alta de 1,2% em relação a 2023. O crescimento na produção brasileira de carne suína, estimado em 1,7% para 5,38 milhões de t, é incentivado pela grande demanda internacional, mas a taxa de aumento da produção pode ser pressionada pelo impacto das recentes cheias no Rio Grande do Sul, segundo a FAO. Além disso, o consumo doméstico de carne suína também deverá continuar enfraquecido.

FAO 

 

EMPRESAS

 

BRF abre mais de 2 mil vagas de emprego em 14 estados

A BRF está oferecendo mais de 2 mil vagas de emprego em 61 cidades das Regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, informou a empresa na segunda-feira (24). As oportunidades estão disponíveis tanto para áreas administrativas quanto operacionais e podem ser acessadas pelo portal de talentos da companhia.

 

As vagas disponíveis abrangem diversos setores, como indústria, agropecuária, vendas e logística, e estão abertas para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, desde o ensino básico até o superior. Além disso, como parte das suas iniciativas de promoção da diversidade e inclusão, a BRF também está disponibilizando oportunidades para pessoas com deficiência. A BRF oferece um pacote de benefícios que inclui seguro de vida, plano de saúde, plano odontológico, auxílio creche, auxílio farmácia, vale alimentação e cesta de produtos, entre outros. A companhia também investe no desenvolvimento dos seus colaboradores por meio de programas de plano de carreira, liderança feminina e auxílio educacional. Em determinadas regiões do Brasil, oferece oportunidades para jovens participarem dos programas de estágio e jovem aprendiz. Os candidatos interessados devem ter idade mínima de 18 anos e carteira de vacinação atualizada. E para participar do processo seletivo, devem acessar o site de talentos da BRF, onde é possível escolher a localidade desejada e explorar as vagas disponíveis em diversas regiões do país.

MARFRIG/BRF

 

INTERNACIONAL

 

Rabobank espera queda na produção global de carne bovina nos próximos trimestres

A produção global de carne bovina deverá cair no terceiro e no quarto trimestres deste ano, em relação aos períodos correspondentes do ano passado, já que altas na produção do Brasil e da Austrália não deverão ser suficientes para compensar quedas nos Estados Unidos e na Europa, segundo recente relatório divulgado pelo Rabobank

 

No segundo trimestre, a produção global de carne bovina ficou levemente superior ao mesmo período do ano passado, segundo estimativa do banco. “As mudanças na produção e nos preços em diferentes regiões estão começando a alterar os fluxos comerciais, com os EUA aumentando os volumes de importação, enquanto as importações dos principais mercados asiáticos permanecem relativamente estáveis”, disse o Rabobank. O Brasil, um dos maiores exportadores globais de carne bovina, tem registrado recordes mensais de exportação neste ano. O Rabobank disse que continua a monitorar a situação de saúde animal nos diversos mercados globais. Um potencial surto de gripe aviária em plantel comercial no Brasil, colocando em risco as exportações de carne de frango, poderia também impactar o mercado doméstico de proteínas como um todo. “Qualquer perturbação de acesso a mercados (internacionais) poderá ter implicações no mercado doméstico de carnes e afetar os preços e as exportações da carne bovina”, disse o Rabobank. O Brasil nunca registrou caso de gripe aviária na produção comercial e continua livre da doença. O Brasil poderá ter novas oportunidades para exportação caso a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) reconheça o país como livre de febre aftosa sem vacinação, segundo o Rabobank. O governo brasileiro anunciou em maio o fim da última imunização contra febre aftosa para 12 unidades da Federação e parte do estado do Amazonas, declarando o país totalmente livre da doença sem vacinação. O governo brasileiro pretende apresentar o pleito ao reconhecimento internacional de livre da doença sem vacinação à OMSA em agosto, segundo informou o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em maio. O resultado da decisão da OMSA deverá ser apresentado em maio de 2025, durante assembleia geral da entidade, segundo o Mapa.

Rabobank

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Governo adia lançamento do Plano Safra para 03 de julho

Lançamento estava originalmente programado para ocorrer na quarta-feira (26.06). O Governo Federal anunciou o adiamento do lançamento do Plano Safra 2024-2025, que foi originalmente programado para ocorrer na quarta-feira, dia 26 de junho. A nova data para o evento foi anunciada para o dia 03 de julho, no Palácio do Planalto

 

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, informou que os valores destinados ao Ministério do Desenvolvimento Agrário já estão definidos. No entanto, os recursos destinados ao Ministério da Agricultura ainda precisam de ajustes antes da divulgação oficial. O Plano Safra é um dos principais instrumentos de política agrícola no Brasil, oferecendo crédito e apoio técnico aos produtores rurais. Ele abrange diversas áreas, desde a produção de alimentos até a sustentabilidade ambiental e a inovação tecnológica no campo. No último mês o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro afirmou que o programa deste ano será “recorde” em termos de recursos destinados aos produtores rurais. Os recursos do Plano Safra são divulgados anualmente em junho e podem ser utilizados no ano agrícola que se estende de julho a junho do ano seguinte. O plano oferece várias linhas de crédito para custeio, comercialização e investimento, disponíveis para pequenos, médios e grandes produtores rurais, conforme a atividade exercida, o tamanho da propriedade e o rendimento anual dos produtores. Além disso, Fávaro ainda anunciou que, após o lançamento do Plano Safra, o governo apresentou um plano específico de recuperação para uma agropecuária do Rio Grande do Sul.

MAPA

 

Seca ajuda avanço da colheita do milho no Paraná, mas afeta produtividade em diversas regiões, diz Deral

Departamento reduziu índice de qualidade das lavouras paranaense e aponta perdas de produtividade nas regiões Norte, Noroeste, Oeste, Centro-Oeste e Sudoeste

 

De acordo com o levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná, 42% das lavouras da segunda safra de milho já foram colhidas no estado, avançando dos 29% da semana passada. O restante se divide entre 14% ainda em frutificação e 86% já em maturação. Os técnicos do Deral ainda classificaram 48% das áreas como em boas condições, 34% como em médias e 18% em ruins. Esses índices mostram piora ante os 52%, 31% e 17%, respectivamente, registrados até a semana anterior. Detalhando as regiões paranaenses, o Deral indica que, com a maior parte das lavouras em maturação, a região Norte apresenta produtividades abaixo das estimadas após quase 30 dias sem precipitações. Por outro lado, a condição de seca ajuda o avanço da colheita na região Noroeste, onde as produtividades também estão muito baixas, inclusive com algumas lavouras não sendo colhidas para produção de grãos e sendo destinadas à silagem. As regiões Oeste e Centro-Oeste também registram avanço rápido da colheita devido ao baixo índice de umidade. Os técnicos do Deral apontam que “há variações importantes na média de produtividade, com algumas lavouras registrando perdas expressivas, especialmente na região com solos mais arenosos”. Já na região Sudoeste, as primeiras áreas colhidas tiveram produtividade satisfatória, animando os produtores. Apesar disso, as produtividades estão diminuindo conforme os trabalhos avançam. Por fim, a região Sul registra rendimentos de acordo com as previsões iniciais, ou mesmo acima em alguns casos. 

DEAB-PR/DERAL

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar sobe mais de 1% impulsionado por exterior em dia de ata do Copom

Após o alívio das duas sessões anteriores, o dólar à vista subiu mais de 1% na terça-feira no Brasil, para acima dos 5,45 reais, com as cotações impulsionadas pelo exterior, onde a moeda norte-americana tinha ganhos firmes ante as demais divisas, numa inversão do movimento da véspera, quando investidores foram em busca de ativos de maior risco

 

A divulgação da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e as declarações do diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, foram acompanhadas de perto, mas pouco alteraram a percepção sobre o cenário doméstico. O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,4545 reais na venda, em alta de 1,19%. No mês, a divisa acumula elevação de 3,88%. Às 17h03, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,06%, a 5,4535 reais na venda. O movimento de busca por dólares no exterior foi favorecido por declarações da diretora do Federal Reserve Michelle Bowman, que reiterou sua opinião de que manter a taxa de juros estável "por algum tempo" provavelmente será suficiente para deixar a inflação sob controle. Ao mesmo tempo, ela reforçou sua disposição de aumentar os juros se necessário. "A inflação nos EUA continua elevada, e ainda vejo vários riscos de aumento da inflação que afetam minha perspectiva", disse. Além disso, dados mostrando o aumento dos preços de residências nos EUA e uma confiança do consumidor acima do esperado contribuíam para o dólar forte. No Brasil, as atenções estiveram voltadas para a ata do Copom e para as declarações de Galípolo durante videoconferência. No documento, o Copom indicou que, além da unanimidade entre os membros quanto à manutenção da taxa Selic em 10,50% ao ano, todos concordaram que o colegiado deve "perseguir a reancoragem das expectativas de inflação independentemente de quais sejam as fontes por trás da desancoragem ora observada". Além disso, o documento trouxe uma elevação da taxa de juros neutra -- aquela em que não há estímulo nem retração da economia -- de 4,50% para 4,75%, conforme o cálculo do BC. Já Galípolo reconheceu o incômodo com o avanço recente do dólar ante o real, mas ressaltou que o BC não tem uma meta de câmbio ou de diferencial de juros, mas sim uma meta de inflação. Profissionais ouvidos pela Reuters avaliaram que tanto a ata quanto Galípolo trouxeram poucas novidades para o cenário. Ao mesmo tempo, segundo eles, a questão fiscal segue como um fator de preocupação para o mercado, o que ajudava a justificar nova alta do dólar ante o real nesta terça-feira. “Ainda estamos passando por um pouco de pessimismo. Precisamos de alguma coisa que ajude minimamente o governo a acalmar os ânimos em relação ao fiscal”, comentou Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.

Reuters

 

Ibovespa quebra série de altas e recua com BC sinalizando juro estável

O Ibovespa fechou com um declínio modesto na terça-feira, encerrando uma sequência de cinco pregões no azul, em movimento determinando principalmente pela queda das ações da Vale e da B3, enquanto o Banco Central endossou o cenário de Selic estável nos próximos meses

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,25%, a 122.331,39 pontos, após acumular um ganho de quase 3% nas cinco sessões anteriores. O volume financeiro na bolsa somou 15,9 bilhões de reais. Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana passada, quando a Selic foi mantida de forma unânime em 10,5% ao ano, o BC defendeu a atuação firme para reancoragem das expectativas de inflação e elevou a hipótese de juro neutro. O diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, acrescentou ao participar de uma videoconferência que, mesmo com a taxa de juros mais alta, "com expectativas desancorando você tem que ser mais cauteloso". Ele citou incômodo do BC com nível do dólar, mas reforçou que a instituição não tem meta cambial. Na visão do estrategista-chefe da Warren Rena, Sérgio Goldenstein, a ata referenda o cenário em que os juros ficarão estáveis ao longo dos próximos meses, com o BC buscando reverter a piora das expectativas de inflação. Mas ele avalia que a porta não está fechada para uma futura retomada do ciclo de cortes. Ele destacou essa possibilidade particularmente se o ambiente externo ficar mais benigno, confirmando o início do processo de corte de juros nos Estados Unidos, se a postura mais dura de o Copom conter o processo de deterioração das expectativas e se a percepção sobre os riscos fiscais ficar menos negativa. Para um aumento dos juros, Goldenstein avalia que a barra é bem alta, tendo em vista que a política monetária está em patamar contracionista, o real tende a se valorizar com o início do ciclo de cortes nos EUA e as projeções com Selic constante mostram inflação em torno da meta. "Por ora, o nosso 'call' é de uma Selic terminal de 9,5% em 2025, com retomada do processo de queda dos juros no final de 2024, mas o risco é de a pausa ocorrer por um período mais longo caso persistam os temores relativos à credibilidade do BC e/ou a política fiscal", afirmou.

Reuters

 

Arrecadação federal tem alta real de 10,46% em maio, maior valor para o mês desde 2000

A arrecadação do governo federal teve alta real de 10,46% em maio sobre o mesmo mês do ano anterior, somando 202,979 bilhões de reais, maior arrecadação para o mês desde o início da série, em 1995, informou a Receita Federal na terça-feira

 

O dado veio um pouco acima dos 199,726 bilhões de reais estimados por economistas em pesquisa da Reuters. No acumulado de janeiro a maio, a arrecadação cresceu 8,72% acima da inflação, a 1,090 trilhão de reais, também o maior da série. Segundo a Receita, o desempenho positivo do mês, que assegurou o sexto recorde mensal consecutivo para as receitas, foi influenciado pelo "comportamento das variáveis macroeconômicas", pelo retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, pela tributação de fundos exclusivos e pela atualização de bens e direitos no exterior. Por outro lado, pela primeira vez o fisco mencionou uma perda substancial de arrecadação com a decretação de calamidade pública no Rio Grande do Sul, que gerou o diferimento de 4,4 bilhões de reais em tributos federais que seriam recolhidos no mês passado. A atualização de bens e direitos no exterior, em particular, contribuiu para uma alta de 44,82% na arrecadação do Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas (IRPF) ao levantar 7,2 bilhões de reais. A tributação sobre fundos exclusivos, que desde o início do ano tem estado presente como um fator positivo para o desempenho da arrecadação após sua aprovação pelo Congresso no ano passado, gerou cerca de 820 milhões de reais em receitas em maio. Em maio, os recursos administrados pela Receita, que englobam a coleta de impostos de competência da União, avançaram 10,40% em valor ajustado pela inflação frente a um ano antes, a 196,7 bilhões de reais. No período de janeiro a maio de 2024, o ganho foi de 8,74%, totalizando 1,035 trilhão de reais. Já as receitas administradas por outros órgãos, com peso grande dos royalties sobre a exploração de petróleo, avançaram 12,60% em maio frente ao mesmo período de 2023, a 6,3 bilhões de reais. No acumulado de janeiro a maio, esses recursos tiveram alta real de 8,41%, totalizando 54,9 bilhões de reais. O desempenho da arrecadação ajuda o governo na busca pelo déficit primário zero neste ano. A equipe econômica tem contado essencialmente com ganhos de receita para melhorar a trajetória fiscal.

Reuters

 

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