Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 639 | 13 de junho de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Mercado do boi: maior oferta alimenta pressão de baixa na arroba
Preços dos animais terminados seguem estáveis na maior parte das regiões pecuárias brasileiras, informam consultorias. No Paraná o boi vale R$210,00 por arroba. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de dez dias.
Com o avanço do período seco, muitos pecuaristas continuam elevando a oferta de boiadas gordas, resultando em escalas de abate confortáveis para a maioria das indústrias brasileiras. Com isso, os preços da arroba seguem pressionados nas principais praças do País, embora nesta semana o mercado tenha operado com maior estabilidade nas cotações da arroba. Pelos dados da Scot Consultoria, as programações de abate no Estado de São Paulo seguem alongadas, em 12 dias, em média, com preços andando de lado para todas as categorias de bovinos. O boi gordo “comum” está cotado em R$ 217/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 195/@ e R$ 210/@, de acordo com a Scot. A arroba do “boi China” está valendo R$ 220 (base SP), com ágio de R$ 3/@ sobre o animal “comum”. Segundo a Agrifatto, atualmente, o volume de animais terminados negociados nas praças brasileiras é suficiente para sustentar as escalas em 13 dias úteis, na média nacional. “É importante destacar que o clima frio e seco é o fator dominante para o cenário atual”, ressalta a Agrifatto, que acrescenta: “Durante as primeiras duas semanas deste mês, as chuvas seguiram escassas nas principais regiões produtoras, como Centro-Oeste, Sudeste e parte da região Norte”. Diante disso, continua a Agrifatto, a pressão sobre os preços da arroba poderá persistir por mais algumas semanas. Na quarta-feira (12/6), o preço da arroba em São Paulo ficou em R$ 217,50/@ (média entre o boi “comum” e o “boi-China”, segundo apuração da Agrifatto. Pelos dados da consultoria, três das 17 praças acompanhadas registraram desvalorização nos preços da arroba, embora de maneira leve: Alagoas, Espírito Santo e Rio de Janeiro. As outras 14 regiões mantiveram as suas cotações inalteradas. No mercado futuro, no pregão da terça-feira (11/6), todos os contratos sofreram ajustes negativos, informa a Agrifatto. O contrato com vencimento em junho/24 encerrou precificado a R$ 223,15/@, com queda de 0,40% em comparação com o dia anterior. Por sua vez, o papel com entrega em outubro/24 fechou em R$ 242,60/@, com ligeiro recuo diário de 0,12%. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na quarta-feira (12/6): São Paulo — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$217,50. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abates de quinze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$195,00 a arroba. O “boi China”, R$195,00. Média de R$195,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de dezesseis dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de dez dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$200,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de nove dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$195,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$197,50. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de treze dias; Pará — O “boi comum” vale R$195,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$197,50. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de catorze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$195,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$200,00. Média de R$197,50. Vaca a R$180,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de catorze dias; Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$170,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de treze dias; Maranhão — O boi vale R$195,00 por arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de onze dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/AGRIFATTO
SUÍNOS
Preços dos suínos têm novas altas, enquanto exportações seguem intensas
Cotações dos animais vivos e da carne vêm aumentando em junho. O Brasil embarcou 103,3 mil toneladas de carne suína em maio
Os preços do suíno vivo e da CARNE SUÍNA seguem em alta. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, o impulso vem do bom desempenho das vendas. No caso do suíno vivo, nesta quarta-feira (12/6) o indicador Cepea/Esalq registrava, no Paraná, o preço médio de R$ 6,63 o quilo, alta de 7,46% desde o início do mês. Em Santa Catarina, a cotação era de R$ 6,33 o quilo, variação positiva de 6,03% no acumulado de junho. Em relação à CARNE SUÍNA, no atacado da Grande São Paulo o valor médio estava em R$ 10,35, alta de 7,14% desde o início de junho. Quanto às exportações brasileiras (considerando-se produtos in natura e processados), apesar de terem recuado em maio, frente ao mês anterior, o ritmo continuou intenso. Conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a média diária de escoamento foi praticamente a mesma da registrada em abril, de 4,4 mil toneladas. A queda na comparação mensal se deve ao menor número de dias úteis em maio. No balanço, o Brasil embarcou 103,3 mil toneladas de carne suína em maio, volume 7,4% inferior ao de abril, mas 2,7% superior ao de maio de 2023. O Cepea destaca que, em abril, as exportações foram recordes para o período e atingiram o melhor desempenho mensal deste ano.
Globo Rural
GOVERNO
Governo deve divulgar plano safra 24/25 dentro de 15 dias, diz ministro
O governo brasileiro deve divulgar o Plano Safra 2024/25 dentro de 15 dias, estimou o Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, durante evento no Rio de Janeiro, na quarta-feira
Ele disse que o volume de recursos para financiamentos será novamente recorde, mas não entrou em detalhes. "O plano safra que vai ser anunciado em 15 ou 20 dias será maior que o atual. O presidente Lula se comprometeu, assim como fez nos governos 1 e 2 dele, com planos sucessivos maiores... Vai ser um plano recorde de novo", afirmou Fávaro a jornalistas. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) reivindicou em abril ao governo um aumento de mais de 30% nos recursos para financiamentos do Plano Safra 2024/25 em relação ao ciclo passado, para 570 bilhões de reais. Ao ser questionado se o Rio Grande do Sul poderia ter uma atenção especial no novo plano safra, Fávaro afirmou que todas as medidas de apoio aos produtores já foram anunciadas pelo governo. "Não há nada mais excepcional do que anunciar um fundo garantidor, raramente se viu isso na história", afirmou.
Reuters
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
TCP aumentou em 17,2% movimento de cargas do agro de janeiro a abril de 2024
Carnes e congelados representaram 60% dos volumes embarcados em contêineres no local, situado no Porto de Paranaguá (PR). Terminal de Contêineres de Paranaguá movimentou mais de 500 mil TEU's nos quatro primeiros meses do ano
Carnes e congelados representaram 60% do volume de produtos do agronegócio exportados pelo Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) nos primeiros quatro meses deste ano. Os dados são da empresa que administra o local. Os embarques no período somaram 79.071 TEU's (medida equivalente a um contêiner de 20 pés de comprimento) de um total de 132.181 TEU's em cargas do setor de uma forma geral. O volume total dos produtos do agronegócio é 17,2% superior à movimentação registrada no mesmo período de 2023, de 112.737 TEU's. Ainda de acordo com o TCP, outro segmento que ficou entre os que mais elevaram exportações entre janeiro e abril foi o de madeira. Os embarques neste ano foram de 40.215 TEU's, 62,6% a mais que um ano atrás (24.738 TEU's). Em 2023, dos 482.389 TEU's exportados no ano, 360.994 TEU's - 75% do total - foram de produtos agro, entre eles carne, soja, milho, algodão, chá, café e madeira. Desse total, 242.199 TEU's foram de carne, 56,5% do total. O principal tipo de proteína animal exportado pelo TCP é o frango. “O aumento expressivo no volume no primeiro quadrimestre de 2024 mostra que os investimentos que vêm sendo feitos já geram resultados no atendimento da demanda nacional, e isso beneficia todo o setor do agronegócio em nossa região de influência, principalmente os exportadores de carne, que é a mercadoria mais movimentada”, comenta Giovanni Guidolim, gerente comercial, de logística e de atendimento. Entre os investimentos realizados nos últimos anos, a administradora do TCP destaca a aquisição de equipamentos e conclusão de obras de infraestrutura. Foram aplicados, em 2023, R$ 370 milhões em melhorias de infraestrutura e compra de equipamentos. A ampliação do pátio para contêineres refrigerados - usados nos embarques de produtos como carnes suína, bovina e de frango - começou em julho de 2023 e terminou em abril de 2024. A capacidade de armazenamento aumentou em 45%, de 3.624 para 5.268 tomadas. A empresa também destaca a conclusão da reforma dos gates, vias de acesso ao pátio do terminal, com uma nova pista de acesso e tecnologias de automação e segurança. Segundo a companhia, o fluxo de agendamento de caminhões passou de 50 apara 150 por hora. A obra foi finalizada em abril de 2024 e, no mesmo mês, a TCP registrou o recorde de transições de contêineres, 54.984 TEU's. No segundo semestre de 2023, o terminal recebeu novos equipamentos para melhorar a eficiência e aumentar o potencial na movimentação de cargas. A administração enfatiza a chegada de 11 novos guindastes RTGs (pórticos sobre pneu de borracha), que carregam e descarregam os contêineres dos caminhões para os blocos; e de 17 TTs, caminhões responsáveis por levar os contêineres dos blocos até o cais para serem carregados nos navios. O parque de máquinas atual é de 40 RTGs e 69 TTs. Guidolim ressalta que, no segundo semestre de 2024, serão realizados investimentos na retroárea do terminal, composta por estruturas de empresas terceiras e parceiras da TCP, que irão proporcionar ao mercado novos armazéns na região portuária de Paranaguá. “Como resultado, teremos uma maior capacidade de armazenagem e de estufagem de contêineres para os exportadores e, por consequência, um aumento na competitividade de Paranaguá no segmento”, avalia.
Valor Econômico
Acordo no TST permite reabertura de fábrica de fertilizantes no Paraná
A Fafen-PR estava “hibernada” desde janeiro de 2020 por decisão da Petrobras
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) formalizou, na quarta-feira (12), um acordo coletivo de trabalho entre a Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras), a Araucária Nitrogenados S.A. (Ansa), entidades sindicais e o Ministério Público do Trabalho (MPT) para reativar a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), em Araucária. A audiência foi conduzida pelo ministro Alexandre Ramos. Entre outros pontos, o acordo prevê a desistência do pedido de condenação por dano moral coletivo - que havia sido feito pelo MPT em 2020, quando a Petrobras anunciou o fechamento da empresa - e a recontratação de trabalhadores especializados que estavam em exercício naquela época, mas apenas para cargos específicos. O objetivo é garantir a segurança das operações, diante do elevado grau de periculosidade que a fábrica apresenta. O termo estabelece, também, que a realocação e o ingresso desses trabalhadores na Ansa não gerarão efeitos retroativos dos contratos de trabalho rescindidos quando da hibernação. Em janeiro de 2020, a Petrobras anunciou o fechamento da Ansa e dispensou todos os 396 empregados. O plano, na época, era abandonar o setor de fertilizantes, em razão da vantagem econômica da importação dos produtos da Ucrânia, e focar na exploração e na produção de petróleo em águas profundas do pré-sal. Informação contida no site da empresa explica que a continuidade operacional da Ansa não era economicamente viável. Adquirida em junho de 2013 como parte do sistema Petrobras, a Ansa tinha capacidade de produção de 720 mil toneladas por ano de ureia e 475 mil toneladas por ano de amônia, usadas na produção de fertilizantes para a agricultura. Em janeiro de 2020, a empresa optou pelo plano de hibernação (parada total de produção, com procedimentos operacionais para a conservação dos equipamentos). Em agosto de 2020, o MPT moveu Ação Civil Pública (ACP) contra a demissão em massa de empregados para o plano de hibernação, pedindo a condenação da Ansa e da Petrobras ao pagamento de indenização por dano moral coletivo de R$ 272 milhões, como forma de reparar danos aos trabalhadores e reativar a unidade. Diretor administrativo e jurídico da Ansa, Alessandro Moises Serrano expressou como grande vitória a celebração do acordo e disse que a expectativa é muito grande. Segundo ele, hoje, 85% dos nitrogenados são importados. “Agora com retorno, no plano da Petrobras, a expectativa é de atingir próximo de 50% da necessidade nacional”, estimou. A expectativa é o retorno de mais de 260 pessoas aos postos de trabalho e, com a retomada das atividades, a criação de mais de cinco mil empregos indiretos na região. Segundo Willian França da Silva, diretor executivo de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, o investimento na Ansa com a retomada será de aproximadamente R$ 900 milhões, para recuperar a planta e produzir 700 mil toneladas de ureia por ano. “Estamos voltando com a mesma capacidade, só que com uma unidade mais eficiente, com custo baixo e mais lucrativa”. A previsão de retomada das operações na Araucária é no segundo semestre de 2025, mas exames readmissionais já estão sendo realizados, segundo a Petrobras.
Assessoria TST
Liquipar vai investir R$ 572 milhões no Porto de Paranaguá
A Liquipar Operações Portuárias, que arrematou no ano passado a área PAR 50 do Porto de Paranaguá, no Litoral, vai investir R$ 572 milhões para triplicar a capacidade de escoamento de líquidos pelo terminal, especialmente de combustíveis.
O investimento é maior que o previsto inicialmente. Arrematada por R$ 1 milhão no leilão feito na Bolsa de Valores, a área deveria receber um montante mínimo de R$ 338,2 milhões em obras de ampliação da capacidade operacional. Ela tem cerca de 85 mil metros quadrados e capacidade atual de 70 mil metros cúbicos de armazenagem, devendo passar para 205 mil metros cúbicos. O sócio controlador da Liquipar, Cleiton Santos Santana, explicou que o investimento inicia pouco tempo depois de a empresa assumir a área oficialmente, o que ocorreu há dois meses. “Vamos triplicar a capacidade estática de armazenagem, passando de 70 milhões de litros atuais para 205 milhões de litros, com a implantação de novos tanques com capacidade 135 milhões de litros”, explicou. “Também vamos construir o novo píer para escoar esses produtos, tanto na exportação quanto na importação de combustíveis”. O anúncio foi feito ao governador Carlos Massa Ratinho Junior, que recebeu no Palácio Iguaçu a diretoria da empresa e da Toyota Tsusho do Brasil, uma das companhias do grupo japonês Toyota e que trabalha em parceria com a Liquipar em outros projetos.
Gazeta do Povo
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar supera R$5,40 com receios do mercado sobre área fiscal e decisão do Fed
O dólar à vista superou a barreira dos 5,40 reais na quarta-feira, após a moeda norte-americana recuperar a força no exterior ante divisas fortes, na esteira da decisão de política monetária do Federal Reserve que apontou para apenas um corte de juros nos EUA em 2024
O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,4036 reais na venda, em alta de 0,82%. Este é o maior valor de fechamento desde 4 de janeiro de 2023, quando encerrou em 5,4513 reais. Desde aquela data -- um dos primeiros dias do governo Lula -- o dólar não encerrava acima dos 5,40 reais. Em junho, a moeda acumula elevação de 2,91%. Às 17h57, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,74%, a 5,4200 reais na venda. Após as fortes altas dos últimos dias, o dólar chegou a oscilar no território negativo ante o real no início do dia, influenciado pela queda firme da moeda norte-americana no exterior após a divulgação de dados favoráveis da inflação dos EUA. Os números foram bem-recebidos pelo mercado, que elevou as apostas naquele momento de que o Fed fará dois cortes de juros em 2024, com o primeiro ocorrendo até setembro. Isso tirou a força do dólar ante várias divisas globais. Nas mesas de operação, o mal-estar em torno da situação fiscal brasileira foi reforçado pela manhã por declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante evento no Rio de Janeiro. Segundo ele, o aumento da arrecadação do governo federal e a queda na taxa de juros permitirão uma redução do déficit nas contas governamentais sem impactar os investimentos públicos. “Estamos arrumando a casa e colocando as contas públicas em ordem para assegurar o equilíbrio fiscal. O aumento da arrecadação e a queda da taxa de juros permitirão a redução do déficit sem comprometer a capacidade de investimento público”, disse. O fato de Lula vincular a redução do déficit ao aumento da arrecadação -- e não a cortes de despesas – foi mal-recebido por parte do mercado. “O mercado esperava que os dados (de inflação nos EUA) melhorassem para ter um respiro por aqui e interromper a valorização do dólar. Mas a questão fiscal abafou os dados bons de inflação lá de fora”, comentou Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos. No início da tarde a decisão do Fed deu novo impulso às cotações. Apesar de ter mantido a taxa básica na faixa de 5,25% a 5,50%, como esperado, o Fed indicou que vê apenas um corte de juros em 2024 -- e não dois cortes como vinha sendo precificado na curva norte-americana. Além disso, a instituição citou “avanços modestos” em direção à meta de inflação de 2%. Em sua fala após a decisão, o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou que os membros da instituição ainda não ganharam maior confiança na inflação que permitisse um corte.
Reuters
Ibovespa fecha em queda com ruídos locais minando efeito externo
O Ibovespa fechou em queda na quarta-feira, renovando mínimas no ano, em meio a ruídos envolvendo o Ministro da Fazenda e receios com o cenário fiscal do país, que prevaleceram sobre a repercussão favorável a dados de inflação dos Estados Unidos
Índice de referência no mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,4%, a 119.936,02 pontos. O volume financeiro somou 58,49 bilhões de reais, em pregão também influenciado pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro. A estabilidade no índice de preços ao consumidor dos EUA em maio, divulgada às 09h30 (horário de Brasília), apoiou a abertura positiva na bolsa paulista, mas o humor azedou em meio a especulações envolvendo o ministro Fernando Haddad. Na véspera, o Senado devolveu a MP do PIS/Cofins, editada e apresentada pela Fazenda na semana passada como alternativa para compensar a desoneração da folha de pagamento de vários setores, mas que provocou uma série de reações negativas. Alguns colunistas publicaram que o desfecho envolvendo a MP acelerou ataques de dentro do próprio governo a Haddad, com o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva desautorizando o ministro ao apoiar a atitude do Senado. De acordo com o gestor de renda variável Tiago Cunha, da Ace Capital, em um contexto de equilíbrio fiscal fragilizado, pesou o fato de os ruídos envolverem Haddad, "que até agora tem sido fiador da credibilidade do governo junto ao mercado". À tarde, o Ibovespa renovou mínimas após o Fed sinalizar apenas um corte de juros em 2024 -- na última reunião com divulgação de projeções, em março, o "dot plot" mostrava três cortes. Para 2025, são esperados quatro cortes de 0,25 ponto. No comunicado que acompanhou o anúncio da decisão de manter a taxa, contudo, o banco central norte-americano reconheceu "progresso modesto" em direção à sua meta de inflação de 2% -- uma melhoria em relação ao comunicado do encontro de maio.
Reuters
Setor de serviços cresce 0,5% de março para abril no país, revela IBGE
Volume de serviços no Brasil cresce mais que o esperado em abril com impulso de transportes. É a segunda alta consecutiva do indicador
O volume de serviços no país cresceu 0,5% na passagem de março para abril, segundo dados divulgados na quarta-feira (12), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a segunda alta consecutiva do indicador, que já havia avançado 0,7% de fevereiro para março. De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), o setor cresceu 5,6% na comparação com abril do ano passado, 2,3% no acumulado do ano e 1,6% no acumulado de 12 meses. Três das cinco atividades do setor de serviços investigadas apresentaram alta de março para abril deste ano, com destaque para os segmentos de transportes (1,7%) e de outros serviços (5,0%). A terceira atividade com resultado positivo foi informação e comunicação (0,4%), que atingiu, mais uma vez, seu ponto mais alto da série histórica, iniciada em 2012. Ao mesmo tempo, apresentaram queda de março para abril os serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,1%) e os serviços prestados às famílias (-1,8%). Na passagem de fevereiro para março, essas atividades haviam crescido. O índice de atividades turísticas - analisado de forma separada pelo IBGE – teve expansão de 2,3% em abril ante março. É o segundo resultado positivo do segmento, que se encontra 4,7% acima do patamar de fevereiro de 2020, mas ainda 3% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014. Em relação à receita nominal, o setor de serviços apresentou altas de 1,1% em relação a março, de 8,9% na comparação com abril de 2023, de 6,3% no acumulado do ano e de 5,2% no acumulado de 12 meses.
Agência Brasil
BNDES vai pagar até R$16 bi em dividendos ao governo em 2024, diz Mercadante
O Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, disse na quarta-feira que a instituição vai pagar ao governo de 15 bilhões a 16 bilhões de reais em dividendos neste ano
Presente no Fórum de Investimentos Prioridade 2024, no Rio de Janeiro, Mercadante disse que o repasse vai ajudar as contas do governo. Segundo nota do BNDES, o valor a ser pago à União corresponde a 50% do lucro líquido apurado pelo banco em 2023 -- o dobro do mínimo de 25% exigido pela legislação -- mais 5 bilhões de reais referentes ao resultado de 2022. "Nós queremos participar do esforço fiscal e continuar tendo mais recursos para permitir a estabilidade econômica e o país poder avançar", disse Mercadante. Ele acrescentou que a medida não vai comprometer os desembolsos da instituição.
Reuters
BC: Fluxo cambial fica positivo em US$ 5,299 bilhões na semana
A conta comercial foi responsável pela entrada líquida de US$ 2,946 bilhões na semana passada, enquanto a conta financeira anotou entrada de US$ 2,354 bilhões
O Banco Central informou ontem que o fluxo cambial anotou entrada líquida de US$ 5,299 bilhões entre os dias 03 e 07 de junho, a primeira semana do mês. A conta comercial foi responsável pela entrada líquida de US$ 2,946 bilhões na semana passada, enquanto a conta financeira anotou entrada de US$ 2,354 bilhões. No recorte do acumulado de 2024, o fluxo cambial anota entrada líquida de US$ 11,419 bilhões, enquanto o fluxo financeiro registra saída de US$ 25,251 bilhões e o fluxo comercial tem entrada de US$ 36,670 bilhões.
Reuters
Brasil volta a ser atrativo para investir
Entusiasmo tem a ver com o anúncio de investimentos públicos e privados. Esses dados são parte do Índice de Confiança para Investimento Direto Estrangeiro
Em janeiro de 2024, o Brasil voltou a ser considerado um dos países mais atraentes para investimentos, segundo a consultoria Kearney. Após ter ficado fora do ranking em 2023, o país avançou para a 19ª posição entre 25 nações destacadas. Esse retorno trouxe otimismo aos investidores. No contexto dos mercados emergentes, o Brasil ocupa a 5ª posição, ficando atrás da Índia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e China. “A principal razão do entusiasmo dos investidores tem a ver com o anúncio de investimentos públicos e privados, em especial para projetos ferroviários e rodoviários. A classificação positiva do Brasil é um sinal encorajador e pode gerar um ciclo virtuoso, impulsionando o mercado financeiro e a economia como um todo. No entanto, é importante lembrar que a classificação é apenas um indicador e que outros fatores, como cenário político, riscos globais e eventos imprevistos, também influenciam o mercado financeiro”, pontua o assessor de investimentos da WFlow, Claudiner Sanches Junior. De acordo com os resultados, 88% dos entrevistados afirmaram ter planos de expandir seus investimentos no próximo período, um aumento de 6% em comparação ao ano anterior. Além disso, 89% dos executivos consideram o investimento direto estrangeiro fundamental para a rentabilidade e competitividade de suas empresas nos próximos três anos, em comparação com 86% na pesquisa anterior. Esses dados são parte do Índice de Confiança para Investimento Direto Estrangeiro, obtido através de uma pesquisa com executivos de empresas de 30 países, abrangendo diversos setores econômicos e com receita anual superior a US$ 500 milhões.
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