Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 636 | 10 de junho de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Desde o pico de R$ 345/@, boi gordo já caiu quase 40% no mercado paulista
“Parece que o otimismo com a arroba do boi em 2024 não quer aparecer”, relatou Raphael Galo, da Terra Investimentos. O calvário do boi gordo está sendo “estressante e duradouro”, analisou a equipe de consultores da Agrifatto. No Paraná, o boi vale R$210,00 por arroba. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de onze dias.
Desde a máxima real atingida em novembro/20, quando chegou aos R$ 345/@, o boi gordo já recuou 37,29% em um intervalo de tempo de mais de 43 meses, relatou a consultoria, referindo-se ao comportamento das cotações no mercado físico de São Paulo. Na avaliação da Agrifatto, a queda registrada em setembro/23 – quando atingiu o valor nominal de R$ 212,52/@ – era um indicativo de referência para aquele que poderia ser o menor preço do boi gordo neste ciclo de baixa. “No entanto, o péssimo desempenho durante os primeiros cinco meses de 2024 está renovando a expectativa de um valor mínimo a ser atingindo durante a atual fase do ciclo pecuário”, observam os analistas da Agrifatto. Segundo a consultoria, junho/24 iniciou com um valor parcial de R$ 216,45/@ para o boi gordo e, “diante de escalas alongadas e o Cepea ainda apontando para uma tendência de queda, tem a possibilidade de se encerrar com o menor preço deste ciclo de baixa. Se isso ocorrer, teremos o menor valor do boi gordo real desde junho/2013 (132 meses)”. O analista Raphael Galo, da Terra Investimentos, com sede em São Paulo, recorda que, em maio/24, registrou-se o quinto mês consecutivo de queda nos preços da arroba. “Parece que o otimismo com a arroba do boi em 2024 não quer aparecer”, relatou Galo, em coluna publicado pelo semanário “Boi & Companhia” divulgado pela Scot na última quinta-feira (6/6). “Iniciamos o ano com preços (CEPEA) em R$ 252,30/@ e encerramos maio com R$ 221,15/@, ou seja, queda de 12,35% ou de R$31,15/@”, contabilizou Galo, acrescentando: “Para quem não estava “hedgeado” (travado), até o momento, tem sido um mal negócio”. Em São Paulo, as cotações de todas as categorias destinadas ao abate registraram queda na primeira semana de junho/24, relata o zootecnista Felipe Fabbri, analista da Scot. Os preços do boi destinado ao mercado interno e da vaca gorda caíram R$ 5/@ no período semanal, e o “boi-China” registrou queda de R$ 7/@. Para a novilha, o recuo foi de R$ 2/@, recorda Fabbri. “A exportação está sendo uma boa válvula de escape neste momento de maior oferta de boiadas”, observa o analista da Scot. Porém, no mercado interno da carne bovina, o ritmo de negócios pouco tem fluído, completa Fabbri. “Em curto prazo, a oferta de boiadas seguirá direcionando os preços no mercado do boi”, afirma o analista, ressaltando que, atualmente, a disponibilidade de animais terminados segue confortável ao comprador, o que deve manter o mercado ainda pressionado para baixo. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na sexta-feira (7/6): São Paulo — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abates de quinze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$195,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$197,50. Vaca a R$180,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de dezessete dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$212,50. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de dez dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$200,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de dez dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$195,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$197,50. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de quinze dias; Pará — O “boi comum” vale R$195,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$197,50. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de dezoito dias; Goiás — O “boi comum” vale R$195,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$200,00. Média de R$197,50. Vaca a R$180,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de quinze dias; Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$170,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de catorze dias; Maranhão — O boi vale R$195,00 por arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de doze dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/AGRIFATTO
SUÍNOS
Suínos: sexta-feira com cotações estáveis
Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo teve aumento de 1,19%, com preço médio de R$ 128,00, enquanto a carcaça especial subiu 0,99%, fechando em R$ 10,20/kg, em média
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (6), houve alta de 1,05% em Minas Gerais, chegando a R$ 6,75/kg, e de 0,16% no Paraná, com preço de R$ 6,36/kg. Os valores ficaram estáveis no Rio Grande do Sul (R$ 6,20/kg), Santa Catarina (R$ 5,97/kg) e São Paulo (R$ 6,63/kg).15:08 07/06/2024.
Cepea/Esalq
Alemanha tem novo caso de peste suína africana em suínos de criação
Um caso de peste suína africana (PSA) foi confirmado em suínos de criação no leste da Alemanha, disseram autoridades na quinta-feira
O vírus foi confirmado em uma fazenda de criação de porcos em Greifswald, no estado de Mecklenburg-Vorpommern, no leste do país, informou o Ministério da Agricultura do estado. A China e uma série de outros compradores de carne suína proibiram as importações de carne suína alemã em setembro de 2020, depois que o primeiro caso de PSA foi confirmado em animais selvagens, seguido de vários casos em animais de criação. As descobertas em granjas tornarão mais difícil para a Alemanha conseguir a reversão das proibições às exportações, dizem os analistas. A proibição de importação por parte da China continua em vigor. A doença não é perigosa para os humanos, mas é fatal para os suínos. Muitos países impõem proibições à carne de porco proveniente de regiões que sofrem da doença, distorcendo o comércio mundial de alimentos. Acredita-se que os javalis vindos da Polônia para a Alemanha tenham espalhado a doença para os estados de Brandemburgo e Saxônia, no leste do país, onde ocorreram milhares de casos em animais selvagens. O governo alemão tem procurado conter e erradicar a PSA no Leste, em parte através da redução da população de javalis, mas o grande número de javalis selvagens no país, que percorrem grandes distâncias, dificultou a contenção.
Reuters
FRANGOS
Frango: recuo no valor da ave viva no PR
Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 4,80/kg, da mesma forma que a ave no atacado, fechando em R$ 6,40/kg, em média
Na cotação do animal vivo, o valor não mudou em Santa Catarina, valendo R$ 4,38/kg, enquanto no Paraná, houve queda de 8,03%, valendo R$ 4,35/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (6), a ave congelada ficou estável em R$ 7,11/kg, enquanto o frango resfriado caiu 0,14%, fechando em R$ 7,36/kg.
Cepea/Esalq
Frango/Cepea: Preços sobem neste início de junho
As cotações dos produtos de origem avícola levantados pelo Cepea vêm subindo neste começo de junho, impulsionadas pela retomada gradual da demanda (recebimento de salários)
Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário é verificado em todas as praças acompanhadas pelo Centro. No mercado de pintainho de corte, os valores seguem em alta, também em todas as regiões pesquisadas pelo Cepea. Neste caso, além da maior demanda, a oferta limitada reforça o impulso sobre os preços.
Cepea
Brasil envia 10 mil toneladas de frango à Argélia
País do Norte da África abriu mercado para carne de aves brasileiras em outubro do ano passado e já importou dez mil toneladas até abril deste ano
Após abrir o seu mercado para importações de carne de frango do Brasil, em outubro do ano passado, a Argélia começou a comprar o produto neste ano. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), entre janeiro e abril foram exportados pelo Brasil dez mil toneladas, ou US$ 16,3 milhões em carnes de galos e galinhas da espécie doméstica não cortadas em pedaços e congeladas. De acordo com o diretor de Mercado da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Luis Rua, houve flexibilizações adotadas no mercado argelino que propiciaram o embarque do produto ao país, que, por sua vez, pode ter no Brasil um parceiro importante para garantir a sua segurança alimentar. A Argélia flexibilizou algumas regras permitindo que o Brasil tivesse maior competitividade nas exportações. De acordo com os dados do Mdic até abril, as exportações de carnes de aves já ocupam o sétimo lugar no ranking dos principais produtos exportados para a Argélia, atrás de açúcar, soja, carne bovina, milho, minério de ferro aglomerado e minério de ferro não aglomerado. Em outubro do ano passado e em maio deste ano foram realizadas missões comerciais ao país árabe para promover o produto brasileiro. A Câmara de Comércio Árabe Brasileira integrou a delegação que foi à Argélia em 2023. Em maio, a ABPA e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações de Investimentos (ApexBrasil) estiveram em Argel com empresas brasileiras do setor. Os fabricantes apresentaram a carne de frango halal, que seguem as normas do Islã, na feira de alimentos e bebidas Sipsa Filaha Agrofood em mais um esforço de promoção comercial da carne de frango brasileira.
Agência de Notícias Brasil-Árabe
INTERNACIONAL
Consumo de carne no Uruguai atingiu o nível mais alto desde 2015
O Instituto Nacional de Carnes (INAC) do Uruguai informou que, durante 2023, o consumo geral de carne no Uruguai aumentou, sustentando o crescimento iniciado em 2020, atingindo 94,3 quilos per capita por ano, o nível mais alto desde 2015 e levando em conta a carne bovina, de aves, suína e ovina
Com base na análise de mercado realizada pelos profissionais do instituto nacional de carnes, em 2023 o consumo total estimado de proteína de carne representou o valor mais alto da série e implicou um crescimento de 1,8 quilos em comparação com o ano anterior. Isso é consequência de uma maior demanda por carne suína, ovina e bovina, parcialmente neutralizada por uma diminuição na demanda por carne de aves. Observa-se uma queda consecutiva no consumo de carne desde 2018, situação que se reverte em 2021, 2022 e 2023, anos em que se observa um aumento acumulado de 7 quilos. O consumo de carne bovina atingiu 45,3 kg/habitante/ano em 2023, com um aumento em relação ao ano anterior (+0,2 kg), representando quase 50% do consumo total de carne do país, mantendo uma clara liderança histórica. A segunda carne mais consumida no Uruguai é a de aves, que manteve uma tendência de aumento nos últimos três anos, com o crescimento mais pronunciado sendo observado em 2021 (2,9 kg/hab/ano); no entanto, em 2023 há uma queda em relação ao ano anterior (-0,5 kg). Após uma queda no consumo de carne suína em 2020, observa-se uma tendência de aumento em 2021, 2022 e 2023 (+1,5 kg em 2023). Mudança no consumo de carne no Uruguai. Houve uma tendência de redução no consumo de carne de ruminantes e, consequentemente, um aumento na participação do consumo de carne monogástrica: a carne bovina e ovina junta passou de 62% em 2015 para 51% em 2023, enquanto a carne de aves e suína passou de 39% para 49% no mesmo período.
El Observador
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Atividade econômica do Paraná cresceu 5,32% no 1º trimestre
A economia do Paraná voltou a demonstrar força no 1º trimestre de 2024 com um crescimento de 5,32% no Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) no comparativo com o último trimestre do ano passado, com ajuste sazonal. O crescimento nacional no período foi de 1,08%
O resultado apurado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) feito a partir de dados do BC representa uma alta quase cinco vezes maior do que a média nacional no mesmo período, que foi de 1,08%. Em relação à variação trimestral, o crescimento de 5,32% do Paraná representa o terceiro maior crescimento no comparativo com os meses de outubro, novembro e dezembro de 2023, atrás apenas do Amazonas, cuja alta foi de 8,8%, e do Rio Grande do Sul, que teve crescimento de 5,78%. O desempenho da economia estadual também foi positivo na variação mensal com ajuste sazonal entre fevereiro e março deste ano. Entre os dois meses mais recentes analisados, o Paraná obteve um crescimento de 1,72%, seguindo tendência contrária ao Brasil, que registrou uma retração de 0,34% na atividade econômica. Com o resultado, o Estado mantém a tendência de crescimento da atividade econômica. Em 2023, o Paraná já havia obtido o maior crescimento proporcional entre todos os estados do Brasil a partir dos indicadores do IBC-Br com uma variação positiva de 7,8%. Assim como neste 1º trimestre, o resultado do ano passado foi mais de três vezes superior à média nacional para o período, que foi de 2,45%. Na avaliação do presidente do Ipardes, Jorge Callado, os dados do Banco Central reforçam o bom momento da economia estadual. “Observamos o dinamismo de atividades econômicas voltadas ao atendimento da demanda doméstica, como o comércio, os serviços e a construção civil, o que reflete o aumento da renda da população com o aquecimento do mercado de trabalho paranaense”, afirmou.
Agência Estadual de Notícias
Com intercooperação de seis cooperativas, maltaria campos gerais consolida a produção de malte no Paraná
Na quinta-feira (06/06), as cooperativas Agrária, Bom Jesus, Capal, Castrolanda, Coopagrícola e Frísia realizaram a inauguração da Maltaria Campos Gerais, empreendimento que consolida o Estado do Paraná como maior produtor brasileiro de malte, com investimento de R$ 1,6 bilhão
Com a inauguração da indústria, localizada na PR-151, entre os municípios de Ponta Grossa e Carambeí, a cada dez cervejas fabricadas em território nacional, quatro terão o malte paranaense como matéria-prima. A capacidade produtiva da nova planta é de 240 mil toneladas por ano. O evento contou com a presença de autoridades de âmbito federal, estadual e local. Também participaram clientes do mercado cervejeiro, parceiros de negócios e fornecedores que contribuíram para a execução da obra. Presidente da Cooperativa Agrária no período em que o acordo de intercooperação foi firmado, o produtor rural Jorge Karl lembrou como surgiu a parceria que deu origem à Maltaria Campos Gerais. “A articulação e a parceria entre essas cooperativas fizeram com que o projeto se tornasse realidade”, disse. Discursando em nome do Conselho Diretivo da Maltaria Campos Gerais, o senhor Adam Stemmer, Diretor Presidente da Agrária, ressaltou fatores que foram fundamentais para a concretização do empreendimento: apoio do poder público; o estabelecimento de contratos com as cervejarias Ambev e Heineken, que estão entre os maiores players do mercado cervejeiro nacional; o suporte oferecido por instituições financeiras; e a disponibilidade de área para o cultivo da cevada, ingrediente base para a fabricação do malte. “A indústria cervejeira demanda cada dia mais por cevada nacional, para aumentar a presença dos grãos produzidos no Brasil na fabricação das cervejas que consumimos. Junto com a Fapa, Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária, e da Fundação ABC, temos um grande desafio no setor da pesquisa, para oferecer variedades de cevada que atendam os padrões industriais”. Stemmer também falou sobre características sustentáveis da planta, como o uso de energia limpa e o processo de captação de água, além da automação dos equipamentos, dentro do conceito de indústria 4.0. Ainda durante o evento, a Mataria Campos Gerais recebeu do IAT (Instituto Água e Terra) sua Licença Ambiental de Operação. Os representantes do empreendimento também entregaram ao Governo do Estado a doação do projeto de construção do viaduto da PR-151.
Assessoria de Imprensa Agrária/OCEPAR
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha em R$5,3247 com exterior e desconforto fiscal
O dólar à vista fechou a sexta-feira em alta ante o real, superando os 5,30 reais, com as cotações reagindo ao avanço firme da moeda norte-americana no exterior, após dados do mercado de trabalho dos EUA sugerirem que o Federal Reserve fará apenas um corte de juros em 2024, e em meio ao desconforto dos investidores com a área fiscal no Brasil
O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,3247 reais na venda, em alta de 1,44%. Este é o maior valor de fechamento desde 5 de janeiro de 2023, quando a moeda foi cotada a 5,3527 reais. Na semana, a moeda acumulou elevação de 1,40%. Às 17h59, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,53%, a 5,3505 reais na venda. Divulgação mais aguardada na semana nos EUA, o relatório payroll indicou que foram abertas 272.000 vagas de emprego fora do setor agrícola em maio, bem acima dos 185.000 postos de trabalho projetados por economistas consultados pela Reuters. As estimativas dos economistas variavam entre 120.000 e 258.000. A leitura do mercado em um primeiro momento foi de que, com a economia aquecida como indicou o payroll, o Federal Reserve não terá espaço para cortar juros duas vezes ainda este ano, mas apenas uma vez. Em reação, o rendimento do Treasury de dez anos disparou e o dólar ganhou força ante as demais divisas, incluindo o real. No dia Haddad concedeu entrevista a jornalistas em São Paulo, para defender a medida provisória enviada ao Congresso que restringe a compensação de créditos tributários. Segundo ele, a resistência contra a MP vai se dissipar conforme haja maior compreensão da intenção do governo de reduzir gastos tributários. Haddad afirmou ainda que o governo poderá eventualmente fazer um contingenciamento de despesas orçamentárias no ano para assegurar o cumprimento das regras fiscais. Numa segunda conversa com jornalistas, também em São Paulo, Haddad descartou a possibilidade de alteração do arcabouço fiscal. Segundo ele, um participante da reunião com o Santander vazou uma informação falsa, o que ele qualificou como “muito grave”.
Reuters
Ibovespa fecha em queda com incerteza sobre corte de juros nos EUA
O Ibovespa fechou em queda na sexta-feira, após dados do mercado de trabalho norte-americano mostrarem que a atividade nos Estados Unidos continua aquecida, adicionando incertezas sobre quando o Federal Reserve cortará os juros na maior economia do mundo, com ruídos fiscais ampliando as perdas à tarde
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,73%, a 120.767,19 pontos, retomando o viés de baixa após a trégua na véspera, quando avançou mais de 1% depois de seis quedas seguidas. Com tal desempenho, o acumulado da semana mostrou um declínio de 1,07%. O volume financeiro no pregão somou 21,66 bilhões de reais, novamente abaixo da média diária do ano, de 23,77 bilhões. De acordo com o Departamento do Trabalho norte-americano, foram abertas 272.000 vagas de emprego fora do setor agrícola no mês passado, enquanto economistas consultados pela Reuters previam criação de 185.000 postos de trabalho, com as estimativas variando de 120.000 a 258.000. A taxa de desemprego, porém, subiu de 3,9% em abril para 4,0% em maio, rompendo um limite simbólico abaixo do qual a taxa de desemprego havia se mantido por 27 meses consecutivos. "Com a possibilidade de uma economia americana mais robusta do que o previsto, a expectativa de cortes imediatos nos juros pode ser adiada", avaliou o CEO da gestora Multiplike, Volnei Eyng, avaliando que um movimento assim pode se concentrar no final do ano, após as eleições presidenciais nos EUA. Em Wall Street, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, cedeu apenas 0,11%, com o foco voltando-se para os benefícios de uma atividade econômica saudável para as empresas. O rendimento do Treasury de 10 anos, contudo, saltava a 4,4335% no final da tarde, de 4,281% na véspera. Economistas do BofA Securities esperam que o Fed permaneça em modo de espera por enquanto e inicie um ciclo de cortes graduais apenas em dezembro, a depender de uma moderação nos dados de inflação. "A economia pode estar esfriando, mas não está fria", afirmaram em relatório enviado a clientes. Da cena brasileira, projeções para a inflação e Selic no boletim Focus do Banco Central (segunda-feira) e o IPCA de maio (terça-feira) estarão em foco, principalmente em meio tom conservador de declarações recentes de autoridades da instituição, incluindo o presidente Roberto Campos Neto. O Ministro da Fazenda disse na sexta-feira que o governo poderá eventualmente fazer um contingenciamento de despesas orçamentárias para assegurar o cumprimento das regras fiscais. No final da tarde, após notícias citando a reunião, Haddad se mostrou irritado e afirmou que houve uma quebra de protocolo uma vez que a condição da reunião era que as pessoas não interpretassem o que ele falasse. "A pergunta que me foi feita por um dos integrantes... foi se havia possibilidade de contingenciamento este ano se algumas despesas obrigatórias crescessem para além do previsto, e eu falei que sim", disse o ministro, afirmando não entender "a intenção da pessoa que vazou uma informação falsa".
Reuters
Poupança tem em maio maior entrada líquida desde dezembro, de R$8,2 bi
A caderneta de poupança teve entradas líquidas de 8,227 bilhões de reais em maio, maior volume desde dezembro, embora tenha sido apenas o segundo mês do ano com resultado positivo, informou o Banco Central na quarta-feira
Em dezembro do ano passado houve entrada líquida de 13,772 bilhões de reais, e somente março deste ano apresentou saldo positivo, de 1,339 bilhão. Em maio, houve saldo positivo de 5,342 bilhões de reais no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), enquanto a poupança rural registrou depósitos líquidos de 2,886 bilhões de reais. O Banco Central reduziu o ritmo de cortes da taxa básica Selic e levou-a no mês passado a 10,50%. A autoridade monetária volta a se reunir neste mês, com expectativa de nova redução de 0,25 ponto percentual que pode ser a última em 2024. Na véspera, o diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino, disse que várias soluções estão sendo consideradas pela autarquia para o problema da redução dos depósitos de poupança, que no acumulado deste ano registra retirada líquida de 15,548 bilhões de reais.
Reuters
IGP-DI sobe mais que o esperado em maio sob peso de alimentos processados, diz FGV
O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) acelerou a alta com mais força do que o esperado em maio sob pressão de alimentos processados, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na sexta-feira
O IGP-DI subiu 0,87% em maio, depois de avanço de 0,72% no mês anterior, acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,69%. O resultado levou o índice a subir 0,88% em 12 meses. No período, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral, subiu 0,97%, de alta de 0,84% no mês anterior. "Nesta apuração, o IPA ... registrou uma notável aceleração nos preços dos alimentos processados, passando de 0,62% para 1,92%", disse André Braz, coordenador dos índices de preços. Ele destacou os aumentos nos preços de componentes essenciais da cesta básica, como arroz (de -2,59% para 3,40%), café (de 0,01% para 1,36%), carne bovina (de 0,80% para 2,40%), carne de aves (de 0,40% para 2,07%) e leite (de 0,55% para 7,37%). A alta de 1,74% nos preços de Materiais e Equipamentos para a Manufatura em maio, de 0,75% antes, também pesou no IPA. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) -- que responde por 30% do IGP-DI -- mostrou que a pressão aos consumidores aumentou ao acelerar a alta a 0,53% em maio, de 0,42% em abril. Duas das oito classes de despesa que compõem o índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (-1,24% para 0,87%) e Despesas Diversas (0,13% para 0,21%). O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), por sua vez, registrou aceleração da alta a 0,86% em maio, de 0,52% antes.
Reuters
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