Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 633 | 05 de junho de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi com padrão exportação perde R$ 2/@ no mercado de São Paulo
O chamado “boi-China” é negociado agora por R$ 225/@ na praça paulista, com ágio de apenas R$ 3/@ sobre o animal “comum”, segundo a Scot Consultoria. No Paraná, o boi vale R$210,00 por arroba. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de doze dias.
O boi com padrão exportação perdeu R$ 2/@ no mercado de São Paulo na terça-feira (4/6), segundo apurou a Scot Consultoria. Agora, o chamado “boi-China” é negociado por R$ 225/@ na praça paulista, com ágio de apenas R$ 3/@ sobre o animal “comum”. “Em São Paulo, com o clima seco e as escalas de abate bem-posicionadas (em média, para 12 dias), o viés de baixa ainda ronda o mercado”, ressalta a Scot. Para as demais categorias, segundo a consultoria, houve manutenção dos preços da arroba em São Paulo. Desse modo, o boi gordo “comum” vale R$ 222/@, enquanto a vaca e a novilha são negociadas por R$ 200/@ e R$ 212/@ (valores brutos, no prazo). Segundo levantamento da Agrifatto, no habitual calmaria de começo de semana, o mercado físico não apresentou alterações significativas nos preços, apesar da manutenção da pressão de baixa por parte dos frigoríficos. “O enfraquecimento acelerado das pastagens naturais, causado pelo clima frio e seco, aumentou o volume de ofertas de boiadas gordas, pressionando para baixo os valores da arroba”, reforça a Agrifatto. Na avaliação da consultoria, a tendência de crescimento na oferta e queda nos preços deve continuar por algumas semanas. No entanto, dizem os analistas, um movimento de recuperação nos preços da arroba pode ocorrer a partir da segunda quinzena de julho ou da primeira de agosto. Nesta terça-feira, pelos dados da Agrifatto, a cotação da arroba em São Paulo permaneceu em R$ 220 (valor médio entre o boi “comum” e o boi-exportação). No mercado futuro, o contrato do boi gordo com vencimento para julho de 2024 encerrou a segunda-feira (3/5) cotado em R$ 225,70/@, apresentando recuo de 0,15% no comparativo diário. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na terça-feira (4/6): São Paulo — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abates de quinze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$195,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$197,50. Vaca a R$180,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de quinze dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$212,50. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de onze dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$205,00. Média de R$202,50. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de onze dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$195,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$197,50. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de catorze dias; Pará — O “boi comum” vale R$195,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$197,50. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de dezenove dias; Goiás — O “boi comum” vale R$195,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$200,00. Média de R$197,50. Vaca a R$180,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de quinze dias; Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$170,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de catorze dias; Maranhão — O boi vale R$195,00 por arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de doze dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/AGRIFATTO
Confinamento de gado no Brasil deve crescer 2,5% em 2024
Censo de empresa de nutrição estima que país deverá alcançar 7,379 milhões de animais confinados. A queda nos preços do milho e farelo de soja, insumos usados na ração animal, é um dos fatores importantes para o incentivo à adoção do confinamento
Os pecuaristas do Brasil devem elevar em 2,5% o volume de gado com terminação em confinamento em 2024, comparado ao ano passado, a 7,379 milhões de bovinos, conforme dados preliminares do Censo de Confinamento da companhia de nutrição animal dsm-firmenich divulgados na terça-feira (4/6). Walter Patrizi, gerente técnico de confinamento para a América Latina da dsm-firmenich, disse que o número indica as intenções de confinamento existentes no Brasil, visto que os envios de gado para terminação intensiva começaram no mês passado. "No final do ano teremos a certeza se esse número se consolidou, mas é muito provável que teremos esse número recorde", ressaltou o executivo em videoconferência com jornalistas. A queda nos preços do milho e farelo de soja, insumos usados na ração animal, é um dos fatores importantes para o incentivo à adoção do confinamento. Outra questão é a condição das pastagens, que perdem vigor quando o clima está mais frio e seco. "Houve uma redução de custo muito importante desde o ano passado. Ainda temos um patamar de arroba muito baixo, mas teve uma redução muito grande nos pastos nos últimos anos, na seca não conseguimos mais comportar o volume de gado no pasto, então a gente precisa confinar", explicou Patrizi. Os cinco Estados com maior volume de bovinos confinados neste ano devem ser, respectivamente: Mato Grosso, com 1.571.870 animais (21% do total de confinados); São Paulo, com 1.227.965 animais (17%); Goiás, com 1.199.700 animais (16%); Minas Gerais com 840.870 animais (11%) e Mato Grosso do Sul, com 811.265 mil animais (11%). "Mato Grosso é o Estado que mais vem crescendo no confinamento", afirmou Patrizi, sem detalhar o avanço em números. João Luiz Ribeiro Pacheco, especialista de dados da empresa, destacou que o número de fêmeas enviadas para confinamento ainda é bem menor que o de machos, mas vem crescendo desde 2022, "o que indica o momento do ciclo pecuário". Atualmente, os pecuaristas estão abatendo fêmeas, o que ajuda a manter a oferta elevada. No entanto, esta dinâmica resultará no enxugamento da oferta nos próximos anos, com a redução na quantidade de bezerros nascidos. Com base em informações da ferramenta de inteligência FarmTell, Pacheco disse ainda que o índice de fêmeas confinadas era de 6% até 2021, passou a 14% em 2022 e chegou a 16% em 2023. Dados do Tour de Confinamento da dsm-firmenich em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), realizado em 2023, mostram que, em média, os bovinos ganharam 7,95 arrobas em 103 dias com a terminação intensiva. Os animais entraram com média de peso vivo inicial de 13,6 arrobas e saíram com 21,55 arrobas. E, do ponto de vista financeiro, o retorno sobre o investimento (ROI) por adotar o confinamento foi de 6,69%, "uma média acima do mercado, no período aos produtores", de acordo com a empresa.
Globo Rural
SUÍNOS
Mercado de suínos, subiu na terça-feira (4)
O mercado de suínos mostrou recuperação nos preços na terça-feira (4), com elevações, principalmente, no mercado paulista
Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo teve elevação de 2,02%, com preço médio de R$ 126,50, enquanto a carcaça especial subiu 3,06%, fechando em R$ 10,10/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (3), o preço ficou estável somente em Minas Gerais (R$ 6,68/kg). Houve alta de 0,49% no Paraná, atingindo R$ 6,20/kg, e de 0,98% no Rio Grande do Sul, custando R$ 6,20/kg. Foram registradas quedas em Santa Catarina, na ordem de 0,17%, atingindo R$ 5,96/kg, e de 0,75% em São Paulo, fechando em R$ 6,59/kg.
Cepea/Esalq
FRANGOS
Frango fecha a terça-feira (4) com estabilidade
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 4,80/kg, enquanto a ave no atacado subiu 0,48%, fechando em R$ 6,33/kg, em média
Na cotação do animal vivo, o valor não mudou no Paraná, valendo R$ 4,73/kg, assim como em Santa Catarina, fechando em R$ 4,38/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (3), houve aumento de 0,28% para a ave congelada, chegando a R$ 7,04/kg, e de 0,14% para o frango resfriado, fechando em R$ 7,31/kg.
Cepea/Esalq
GOVERNO
Governo aperta sistema de crédito de Pis/Cofins e vê ganho de R$29,2 bi para compensar desoneração
O governo editou na terça-feira uma medida provisória para limitar o sistema de créditos de Pis/Cofins, prevendo que a iniciativa ampliará as receitas do governo em 29,2 bilhões de reais em 2024
A medida foi apresentada pelo Ministério da Fazenda com o objetivo de compensar a perda de receita gerada pela desoneração da folha salarial de 17 setores da economia e municípios de pequeno porte, mantida integralmente neste ano após acordo político. O impacto previsto para a MP mais que compensa o custo do benefício sobre a folha, estimado em 26,3 bilhões de reais neste ano. O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, argumentou que o excesso previsto é uma “margem” para que o governo tenha a segurança de que cumprirá integralmente a compensação. A Fazenda não detalhou quais setores serão mais afetados pela iniciativa, com o secretário-executivo da pasta, Dario Durigan, afirmando se tratar de uma medida ampla, com efeito disseminado e que, de alguma forma, também poderá atingir empresas beneficiadas pela desoneração da folha. “Nosso objetivo é fazer o ajuste fiscal com medidas de justiça, sem aumento de tributo, sem aumento de alíquota, sem criação de novos tributos, essa é a agenda que será perseguida”, disse. Os créditos de Pis/Cofins são acumulados pelas empresas ao pagarem tributos sobre insumos e em outros casos, como no recolhimento de tributos a mais e no crédito para exportação. De acordo com Barreirinhas, a pasta procurou fechar brechas de distorções tributárias, atingindo empresas com maior capacidade de pagamento, “quem deveria estar pagando e não está”. De acordo com a pasta, do ganho total da MP, cerca de 17,5 bilhões de reais virão de um primeiro eixo que prevê a limitação das compensações de créditos de Pis/Cofins em geral. A medida barra o uso desses créditos para pagamentos cruzados de outros tributos, como Imposto de Renda e Contribuição Social sobre Lucro Líquido, permitindo que a quitação seja feita apenas em débitos do próprio PIS/Cofins. No segundo pilar, outros 11,7 bilhões de reais de ganho serão fruto de uma restrição de créditos presumidos de Pis/Cofins, modelo no qual a empresa tem o direito a creditar um valor pressuposto do benefício em vez da apuração efetiva. Segundo a Fazenda, leis recentes já vedam o ressarcimento em dinheiro para a maior parte dos casos de crédito presumido, impedindo a “tributação negativa” ou “subvenção financeira” para os setores contemplados. A MP agora estende essa vedação ao ressarcimento para os casos remanescentes e que representaram 20 bilhões de reais pleiteados em 2023. Os secretários ressaltaram que o ressarcimento em dinheiro seguirá valendo para créditos em geral de Pis/Cofins. Isso significa que as empresas não optantes por crédito presumido que não conseguirem usar todos os créditos poderão seguir pedindo o ressarcimento em dinheiro. Por se tratar de MP, a iniciativa entra em vigor imediatamente, mas dependerá de aprovação posterior do Congresso. Embora aumente o custo de empresas, a medida não representa efetivamente um aumento de tributo e, por isso, não precisará cumprir prazo para ser implementada. A iniciativa compõe a busca da equipe econômica pelo déficit primário zero neste ano. Para 2025, que também tem meta de déficit zero, Barreirinhas não apresentou o impacto da medida e disse que o ganho ao governo deverá ser reduzido ano a ano com o uso dos créditos pelas empresas. A MP da terça também trouxe outras duas medidas a parte. A primeira antecipa a iniciativa do governo que exigirá de empresas que façam um cadastramento de seus benefícios fiscais. A segunda dará poder a municípios para que julguem processos administrativos relacionados ao Imposto sobre Propriedade Territorial Rural (ITR).
Reuters
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Colheita do milho vai à 7% no Paraná e deve ganhar ritmo em junho, aponta Deral
De acordo com o levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná 7% das lavouras da segunda safra de milho já foram colhidas no estado. O restante se divide entre 2% ainda em floração, 47% em frutificação e 51% já em maturação
Os técnicos do Deral ainda classificaram 52% das áreas como em boas condições, 31% como em médias e 17% em ruins. Esses índices ficam parecidos com os registrados no material da semana anterior, que eram de 51% boas, 32% médias e 17% ruins. As regionais mais adiantadas na colheita são Pitanga (24%), Campo Mourão (17%), Umuarama (11%), Ponta Grossa e Toledo (10%), Cascavel (8%), Francisco Beltrão e Irati (6%). Detalhando as regiões paranaenses, o Deral indica que as condições climáticas permitiram o início da colheita na região Norte, com intensificação da colheita esperada na segunda quinzena de junho. Mesma data que a colheita deverá avançar nas regiões Oeste e Centro-Oeste, onde as áreas colhidas até o momento apresentam produtividades variando bastante em função das chuvas mal distribuídas de maio.
SEAB-PR/DERAL
Rodovias do Paraná devem começar a receber obras de duplicação em 2025
Rotas importantes para o escoamento da produção agropecuária do Estado, BR's 277 e 376 estão sob administração da iniciativa privada desde fevereiro. Rodovia BR-277, uma das principais vias de escoamento da produção agropecuária do Paraná, possui trechos de posta simples
Rodovias consideradas importantes para o escoamento da produção agropecuária do Paraná devem começar a receber mudanças nas suas estruturas a partir de 2025. A promessa é das empresas privadas que arremataram os dois primeiros lotes de concessões no Estado. Alguns pontos já estão em obras de manutenção e de melhorias de segurança. Mas os contratos assinados com o poder público preveem a ampliação da capacidade de movimentação. Com previsão de duplicar 70 quilômetros em trechos das rodovias BR-277 e BR-376, nos próximos três anos, a concessionária Via Araucária ressalta que o Paraná passa por um novo momento na logística. “Temos o papel de quebrar a imagem antiga relacionada à concessão de rodovias no Estado. Hoje temos um novo contrato, com um padrão mais exigente”, considera Pedro Veloso, diretor de Engenharia da empresa. Em resposta ao setor produtivo, que vem cobrando a melhoria das condições das estradas e o cumprimento dos contratos, Veloso reforça que, já em 2025, parte das obras de duplicação deve estar em andamento. “A liberação do licenciamento ambiental junto ao IAT [Instituto Água e Terra] está avançada e, apesar de ser um grande desafio, nossa meta é cumprir o prazo”, afirma. Somente na BR-277 estão previstos em torno de 27 quilômetros de duplicação, com estimativa de conclusão para fevereiro de 2027. Serão obras em trechos da estrada nas regiões de Palmeira (10 quilômetros) e de Irati (17 quilômetros), regiões de produção agropecuária no Estado. Nos primeiros sete anos, os investimentos devem chegar perto de R$ 10 bilhões, incluindo a execução das principais obras determinadas em contrato. “Será um ciclo de investimentos arrojado”, promete o diretor da concessionária. Sob jurisdição da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o programa de concessão de trechos de rodovias lançado pelo governo do Paraná licitou até o momento dois lotes de seis lotes. A Via Araucária assumiu o Lote 1. O 2 ficou com a EPR Litoral Pioneiro. A gestão passou para as concessionárias em 28 de fevereiro deste ano. O primeiro lote engloba 473 quilômetros ao longo da BR-277, BR-373, BR-376, BR-476, PR-418, PR-423 e PR-427. Engloba Curitiba, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), Centro-Sul e Campos Gerais. O contrato de concessão prevê, no total, 344 quilômetros de duplicações, 215 de faixas adicionais, 32 quilômetros de vias marginais, 27 quilômetros de ciclovia e 63 viadutos e trincheiras. Entre as principais obras, estão a duplicação total da BR-373, entre Ponta Grossa e Prudentópolis, a duplicação da BR-277 entre Balsa Nova e Prudentópolis e do Contorno Norte de Curitiba entre o trevo de Campo Largo e o acesso a Colombo, além da construção de faixas adicionais no Contorno Sul de Curitiba e obras na RMC. A BR-277 deve receber também uma parada para descanso de caminhoneiros e de uma rampa de escape, nas proximidades da Serra de São Luiz do Purunã. Veloso destaca a importância da BR-277 como corredor de exportação de grãos e outras mercadorias, e como via de tráfego para o interior do Paraná. “É uma rodovia de extrema relevância, até pela conexão internacional, uma vez que a via segue até Foz do Iguaçu, na fronteira com Paraguai e Argentina”. Um dos maiores gargalos na BR-277, no entanto, está no outro lote de rodovias concedido à iniciativa privada. É o trecho de Curitiba ao Porto de Paranaguá, no Litoral. O trajeto preocupa o setor produtivo, que ainda tem na memória os transtornos causados por deslizamentos de encostas entre 2022 e 2023. Estradas interrompidas por longos períodos e atrasos no transporte das cargas para o porto, segundo ele, têm reflexo até hoje na logística para o agronegócio paranaense. O tráfego nos períodos do escoamento da safra de grãos chega a dobrar na região, ultrapassando a marca de 50 mil caminhões por mês. O caminho da capital paranaense até o terminal portuário ficou sob responsabilidade da EPR Litoral Pioneiro. O diretor-presidente da EPR, Marcos Moreira, afirma que estão previstas obras para aumentar a fluidez e a segurança no trajeto. Até fevereiro de 2025, quando o contrato de concessão completa um ano, será feita a requalificação da rodovia, a fim de trazê-la para uma condição de trafegabilidade positiva. Em um primeiro momento, o trajeto entre Curitiba e Paranaguá deve receber serviços de manutenção como roçada, limpeza e reposição de sinalização, além de tapa-buracos. A empresa planeja também trabalhos de recapeamento e drenagem, e manutenção nas encostas, a fim de evitar deslizamentos. “São ações que freiam o desgaste de trechos que estavam sem cuidados. A rodovia passará a ter manutenção adequada e a receber investimentos”, resume. Do segundo ao quinto ano, o foco será a recuperação da estrada, com pavimentação, instalação de guarda-corpos rodoviários, viadutos, novos traçados, ajustes e manutenção. E do terceiro ao sétimo ano, a ampliação da capacidade, com uma terceira faixa ao longo do segmento da Serra do Mar. No contrato de concessão como um todo, estão previstos 350 quilômetros de duplicação, além da implantação de terceiras faixas. Serão aplicados nas estradas recursos na ordem de R$ 8 bilhões. Segundo a empresa, as obras devem começar na região de Jacarezinho, no Norte Pioneiro Paranaense. O plano é entregar as melhorias ao final do terceiro ano de concessão, em 2027. A concessionária pontua apenas que o início dos trabalhos depende de fatores como a aprovação de projetos e de licenças ambientais, por exemplo. Juntas Via Araucária e EPR Litoral Pioneiro devem realizar obras de melhorias que somam mais de R$ 30 bilhões ao longo dos próximos 30 anos. Também deverão prestar serviços de manutenção e atendimento aos usuários em mais de mil quilômetros de rodovias que compõem os dois trechos.
Globo Rural
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha no maior nível em 15 meses com cenário negativo para emergentes
O dólar à vista teve apreciação de 0,98%, cotado a R$ 5,2850, no maior nível para o fechamento diário desde 23 de março de 2023
O dólar à vista exibiu apreciação forte na sessão de hoje, chegando a se aproximar do patamar de R$ 5,30. O movimento da terça-feira deu continuidade à valorização recente da moeda americana e teve como suporte a queda nos preços das commodities, a desconfiança com mercados emergentes após as eleições no México e na Índia e a piora na percepção de risco local. Terminadas as negociações, o dólar à vista teve apreciação de 0,98%, cotado a R$ 5,2850, no maior nível para o fechamento diário desde 23 de março de 2023. O euro comercial, por sua vez, exibiu valorização de 0,80%, cotado a R$ 5,7500. A desvalorização firme não foi exclusividade do real. Outras moedas de mercados emergentes e divisas ligadas a commodities também depreciaram frente à moeda americana na sessão desta terça-feira: perto das 17h, o dólar avançava 1,83% contra o peso colombiano; 1,13% frente ao peso mexicano; 1,09% contra a coroa norueguesa; 1,03% ante o zloty polonês; e 1,01% contra o rand sul-africano.
Valor Econômico
Ibovespa tem 5ª queda seguida com pressão de Vale e Petrobras
O Ibovespa fechou em queda na terça-feira pelo quinto pregão seguido, com o desempenho nesta sessão pressionado pelo recuo das ações de Vale e Petrobras, em dia de declínio do minério de ferro e do petróleo no exterior
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,19%, a 121.802,06 pontos. A perda nesses últimos cinco pregões soma 2,16%. O volume financeiro no pregão somou 20,6 bilhões de reais. A melhora dos pregões em Nova York, que fecharam no azul, e a queda nos retornos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, com novos dados sinalizando desaceleração da maior economia do mundo, amenizaram, mas não evitaram a queda na bolsa paulista. Na visão de analistas do Itaú BBA, o Ibovespa, ao perder o suporte em 123.300 pontos na véspera, acendeu sinal de alerta. "O momento é de cautela no curto prazo, pois o cenário de quedas mais acentuadas à frente existe. O ambiente externo, até o momento, não conseguiu contribuir para um avanço do Ibovespa", afirmaram no relatório Diário do Grafista. Na pauta dia, o IBGE mostrou que o PIB do Brasil voltou a crescer no início de 2024, com expansão de 0,8% frente ao quarto trimestre de 2023. O dado dos últimos três meses do ano passado foi revisado de estagnação para contração de 0,1%. Para economistas do Bradesco, o resultado reforça a visão de um crescimento acelerado em 2024, liderado pelo consumo, que é reflexo do mercado de trabalho bastante dinâmico. "Os investimentos são a notícia positiva, e indicam que o crescimento tendencial da economia pode ser um pouco maior do que o consenso", disseram em nota a clientes, afirmando que a projeção deles indica alta de 2,3% do PIB em 2024. O Ministério da Fazenda, por sua vez, apresentou medida para limitar o sistema de créditos de PIS/Cofins, prevendo um ganho de 29,2 bilhões de reais em 2024, para compensar a perda de receita com a desoneração da folha salarial em vários setores. Ainda no radar, o governo enviou ao Congresso Nacional o segundo projeto de lei complementar para regulamentar a reforma tributária do consumo, que detalha o sistema de gestão do novo tributo e a distribuição de receitas a Estados e municípios.
Reuters
PIB do Brasil mostra recuperação no 1º tri com crescimento de 0,8%
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,8% no primeiro trimestre em comparação com os três meses anteriores, em resultado em linha com o esperado e que mostrou recuperação ante o final de 2023
A leitura dos três primeiros meses do ano, divulgada na terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), igualou a expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,8% sobre o quarto trimestre. No quarto trimestre de 2023 o PIB apresentou recuo de 0,1% na comparação com os três meses anteriores, em dado revisado pelo IBGE de uma estagnação informada anteriormente. Em relação ao primeiro trimestre de 2023, o PIB cresceu 2,5%, contra expectativa de alta de 2,2% nessa base de comparação.
Reuters
Mercado eleva projeção do PIB de 2024 para 2,2% após dados do primeiro trimestre
Expansão de 0,8% do PIB, após desempenho ao redor de zero no segundo semestre do ano passado, confirmou o diagnóstico de reaquecimento da atividade doméstica, puxado pelo consumo das famílias
O mercado ajustou a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2024, de 2,1% para 2,2% (mediana), após a divulgação na terça-feira, 4, do resultado do primeiro trimestre, quando a economia expandiu 0,8%. A mediana em 2,2% já havia sido atingida em pesquisa realizada no último dia 15, após divulgação do IBC-Br, a “prévia do PIB” do Banco Central, de março. A estimativa intermediária para o crescimento do PIB do segundo trimestre de 2024 permaneceu em 0,5%. As medianas também indicam crescimento de 0,5% tanto no terceiro quanto no quarto trimestre. Uma alta de 0,5% do PIB do segundo trimestre, em um cenário sem revisões dos resultados anteriores, geraria um carrego estatístico positivo de 1,4% para o PIB de 2024. A expansão de 0,8% do PIB do primeiro trimestre, após desempenho ao redor de zero no segundo semestre do ano passado, confirmou o diagnóstico de reaquecimento da atividade doméstica, puxado pelo consumo das famílias. O resultado do primeiro trimestre deixou um carrego positivo de 1,0% para o ano. Instituições como Santander Brasil, BNP Paribas e Bradesco reforçaram as suas projeções de crescimento do PIB de 2024, de 2%, 2,2% e 2,3%, respectivamente. O Goldman Sachs aumentou a estimativa de 1,9% para 2,1%. “A atividade real recuperou durante o primeiro trimestre, impulsionada pela demanda interna”, escreveu, em relatório, o diretor de pesquisa macroeconômica para a América Latina do Goldman, Alberto Ramos. Ele espera que o crescimento à frente seja sustentado, entre outros pontos, pela continuidade dos estímulos fiscais, aumento do salário-mínimo e ganho real de renda das famílias. A G5 Partners está entre as instituições que manteve inalterada a expectativa de crescimento da economia em 2024. A casa espera expansão de 2,1% para o PIB do ano, mas o economista-chefe, Luís Otávio de Sousa Leal, ressalta que, não fossem os efeitos negativos das enchentes do Rio Grande do Sul, a estimativa para o crescimento em 2024 estaria entre 2,4% e 2,5%. “A confirmação desse resultado positivo no primeiro trimestre, de certa forma, compensa os efeitos negativos das enchentes”, afirma. Leal destaca que o PIB do primeiro trimestre mostrou uma absorção da demanda interna “muito boa”, com destaque para o PIB de serviços, que cresceu 1,4% na margem. “Se você olhar só o comércio, a alta foi de 3%. Não víamos um desempenho assim desde a retomada na pandemia, no quarto trimestre de 2020″, ele diz. Para o segundo trimestre, porém, a projeção da G5 é de desaceleração no ritmo de crescimento para ao redor de zero, justamente pelo efeito baixista do Rio Grande do Sul. “Mesmo que o resto do País continue rodando normalmente, a situação do Estado vai acabar afetando”, diz Leal. A expectativa, no entanto, é de recuperação das perdas, sobretudo no último trimestre, quando ele espera alta acima de 1% para o PIB.
O Estado de São Paulo
PIB do agro sobe 11,3% no 1º trimestre de 2024, em relação ao último trimestre de 2023
Na comparação com o primeiro trimestre de 2023, no entanto, o PIB da agropecuária mostrou queda de 3%
O Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária subiu 11,3% no primeiro trimestre de 2024, ante o quarto trimestre de 2023. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que anunciou na terça-feira (4) os resultados das Contas Nacionais Trimestrais. Na comparação com o primeiro trimestre de 2023, o PIB da agropecuária mostrou queda de 3%. O PIB de serviços subiu 1,4% no primeiro trimestre de 2024 ante o quarto trimestre de 2023. Na comparação com o primeiro trimestre de 2023, o PIB de serviços mostrou alta de 3%. Já o PIB da indústria caiu 0,1% no primeiro trimestre de 2024 ante o quarto trimestre de 2023. Na comparação com o primeiro trimestre de 2023, o PIB da indústria mostrou alta de 2,8%. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) subiu 4,1% no primeiro trimestre de 2024 ante o quarto trimestre de 2023. Na comparação com o primeiro trimestre de 2023, a FBCF mostrou alta de 2,7%. Segundo o instituto, a taxa de investimento (FBCF/PIB) do primeiro trimestre de 2024 ficou em 16,9%.
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