Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 624 | 22 de maio de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi gordo recua R$ 2/@ em SP. “boi-China” tem baixa de R$ 3/@
"A oferta de bovinos para o abate aumentou, favorecendo a composição e manutenção das escalas, que estão, em média, em 10 dias úteis na praça paulista”, relata a Scot Consultoria. Com a pressão de baixa, a cotação de todas as categorias destinadas ao mercado interno recuou R$ 2/@ na terça-feira (21/5) no mercado de São Paulo, segundo os dados apurados pela Scot. No Paraná, o boi vale R$215,00 por arroba. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de onze dias
Com isso, o boi “comum” paulista está apregoado em R$ 225/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas, respectivamente, por R$ 203/@ e R$ 213/@ (valor bruto, no prazo). Para o “boi-China” (base SP), houve queda diária de R$ 3/@, com a arroba sendo negociada a R$ 227, um ágio de R$ 2/@ sobre o animal “comum”, acrescenta a Scot. “Os efeitos do outono estão evidentes, com o clima seco, redução das chuvas e queda da temperatura, fazendo com que a qualidade das pastagens caia, reduzindo a capacidade nutritiva”, relata a Scot. “A oferta de bovinos para o abate aumentou, favorecendo a composição e manutenção das escalas, que estão, em média, em 10 dias úteis na praça paulista”, acrescenta a consultoria. Segundo a Agrifatto, desde o início da semana passada, o mercado interno de carne bovina, de modo geral, vem enfrentando um cenário desafiador, caracterizado por vendas fracas, tanto no varejo quanto nas distribuições do atacado, refletindo em baixa demanda pela proteína (com e sem ossos). De acordo com levantamento da Agrifatto, na média nacional, as escalas dos frigoríficos passaram a atender a 14 dias. Enquanto o varejo interno permanece desequilibrado, com estoques elevados, baixo escoamento e preços em declínio, as exportações de carne bovina cresceram novamente na segunda semana de maio. “Se o ritmo atual de embarques for mantido, os embarques podem atingir 200 mil toneladas, marcando um recorde para o mês de abril”, prevê a Agrifatto. No mercado futuro, todos os contratos do boi gordo começaram a semana em alta. O papel com vencimento em maio/24 fechou em R$ 225,75/@ na segunda-feira (21/5), com aumento de 0,42% em relação ao dia anterior. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na terça-feira (21/5): São Paulo — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$222,50. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abates de catorze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$195,00 a arroba. O “boi China”, R$205,00. Média de R$200,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de catorze dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de onze dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$205,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de catorze dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$205,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de quinze dias; Pará — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$205,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de quinze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$195,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$205,00. Média de R$200,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de catorze dias; Rondônia — O boi vale R$190,00 a arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de catorze dias; Maranhão — O boi vale R$200,00 por arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de doze dias;
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/AGRIFATTO
Desde o início de 2024, boi gordo recuou 8% e o bezerro ficou estagnado, o que sugere reversão do ciclo pecuário
Segundo dados da Agrifatto, o bezerro já está há 10 meses consecutivo sem demonstrar fortes desvalorizações
O descasamento entre a reposição e o boi gordo está cada vez mais latente, o que pode ser um indicador da fase de transição (para a fase de alta) do ciclo pecuário, observam os analistas da Agrifatto. Desde o começo de 2024, o preço do boi gordo recuou 7,86%, saindo de um valor médio de R$ 249,65/@ em janeiro/24 para R$ 230,04/@ na parcial de maio/24 (até o dia 17/05) – dados de São Paulo. Enquanto isso, no mesmo intervalo de tempo, o bezerro ficou praticamente estagnado – registrou alta de 0,19%, saindo do valor médio de R$ 2.086/cabeça em janeiro/24 para R$ 2.090 em maio/24, compara a Agrifatto (dados do mercado no Mato Grosso do Sul). No mesmo período, o preço do boi magro (SP) caiu, porém, e esta baixa foi de 3,90% (ante quase o recuo de quase 8% do boi gordo), saindo de R$ 3.130/cabeça em janeiro/24 para R$ 3.008/cabeça na parcial de maio/24. “Ou seja, mesmo com o boi gordo sofrendo uma forte pressão negativa, e os recriadores tentando passar esse sentimento na hora da compra da reposição, não houve a mesma efetividade na desvalorização do boi magro”, ressalta a Agrifatto. Com isso, os termos de troca pioraram consideravelmente para os recriadores/invernistas. A relação de troca bezerro/boi gordo pelo indicador Cepea saiu de 2,39 cab/cab em janeiro/24 para 2,20 cab/cab na parcial de maio/24, o pior nível de troca desde outubro/23, informa a Agrifatto. “Esses números equivalem a um ágio médio de 40%, 9 pontos percentuais acima da média histórica”, acrescenta. Os gastos para comprar o boi magro também ficaram proporcionalmente maiores: em janeiro/24, o recriador desembolsava 12,5 arrobas de boi gordo para comprar um boi magro e agora (parcial de maio/24) ele necessita de 13,1 arrobas de boi gordo para comprar o mesmo boi magro em São Paulo, compara a Agrifatto. “Ainda que não estejam nos piores níveis dos últimos anos, o descasamento na movimentação de preços entre os animais mais jovens e o boi gordo chama a atenção, pois, na nossa visão, pode indicar o caminho de longo prazo para o boi gordo”, acredita a Agrifatto, que acrescenta: “A primeira etapa para a valorização das cotações do animal terminado é o fim da queda do bezerro”. Segundo dados da Agrifatto, o bezerro já está há 10 meses consecutivo sem demonstrar fortes desvalorizações. “Se o bezerro não cai, isso (fim do movimento mais intenso de quedas) pode ser a próxima etapa para o boi gordo”, reforça a consultoria. No entanto, continuam os analistas, até chegar esse momento, o descasamento nos termos de troca ainda irá incomodar o recriador/invernista e impedir uma valorização mais intensa do bezerro. “O ciclo pecuário é um ‘bicho’ silencioso, sorrateiro e devagar, mas ele sempre atacará e esse movimento que está acontecendo de descasamento é uma das suas garras”, acreditam.
Portal DBO
SUÍNOS
Segunda-feira com preços estáveis para o mercado de suínos
Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 134,00, da mesma forma que a carcaça especial, fechando em R$ 10,50/kg, em média
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (17), houve tímido aumento somente em São Paulo, na ordem de 0,14%, chegando a R$ 6,97/kg. Os valores ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 7,27/kg), Paraná (R$ 6,46/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,20/kg), e Santa Catarina (R$ 6,31/kg).
Cepea/Esalq
FRANGOS
Frango no mercado paulista continua em queda
Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 4,80/kg, enquanto a ave no atacado cedeu 1,12%, fechando em R$ 6,20/kg, em média.
Na cotação do animal vivo, o valor não mudou em Santa Catarina, com preço de R$ 4,40/kg, da mesma forma que no Paraná, com preço de R$ 4,34/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (20), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado sofreram queda de 0,14%, valendo, respectivamente, R$ 7,12/kg e R$ 7,34/kg.
Cepea/Esalq
GOVERNO
Brasil e Japão reforçam compromisso com o programa de recuperação de áreas degradadas
Ministro Fávaro destacou acordo bilateral em encontro com o embaixador japonês, Teiji Hayashi, e com a vice-presidente da JICA, Sachiko Imoto
Na segunda-feira (20), o Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou de reunião com o embaixador japonês, Teiji Hayashi, e com a vice-presidente Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), Sachiko Imoto, na Embaixada do Japão no Brasil. Na ocasião, foi debatido os avanços do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuária e Florestas Sustentáveis (PNCPD). “Estamos em um momento importante da nossa parceria. Com a JICA, vamos trabalhar juntos para avançar na recuperação de áreas degradas. É um plano sustentável, que garante segurança alimentar, respeitando as premissas do meio ambiente. O Brasil tem muito orgulho desta parceria", destacou o Ministro Fávaro. Já o embaixador Teiji Hayashi reforçou a importância da parceria entre o Japão e o Brasil. Por meio da JICA, o Japão será o primeiro país a contribuir com o PNCPD, um dos principais projetos do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A pretensão do programa é a recuperação e conversão de até 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade em áreas agricultáveis, em dez anos. Com isso, pode-se praticamente dobrar a área de produção de alimentos no Brasil, sem desmatamento e evitando, assim, a expansão sobre áreas de vegetação nativa. O ato bilateral foi assinado durante a visita do primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, no Palácio do Planalto, em Brasília, no início de maio. Na recepção, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou o potencial da parceria entre os dois países. “Aos empresários japoneses que querem fazer investimentos no Brasil, somos um país que oferece todas as possibilidades na construção entre empresários brasileiros e empresários japoneses", enfatizou. A cooperação com a JICA seguirá em duas linhas: Cooperação Financeira, que será um financiamento destinado a produtores agrícolas que realizarão a conversão de pastagens degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis; e Cooperação Técnica, que definirá as regiões e propriedades que serão alvo das ações para o desenvolvimento do programa, pesquisa, desenvolvimento e inovação, análise das pastagens degradadas, fatores de risco para a degradação, tecnologias que possam contribuir para o trabalho, dentre outros. Os montantes a serem aportados serão definidos pela JICA com taxas de juros fixadas entre 1,7 e 2,4% em Iene japonês, com prazo para pagamento entre 15 e 40 anos, e carência entre 5 e 10 anos. Ainda serão realizadas discussão da modelagem financeira e início do relatório, que deve ter anúncio oficial durante a cúpula do G20, em novembro.
MAPA
EMPRESAS
Uruguai decide rejeitar compra de frigoríficos da Marfrig pela Minerva
Autoridade local de defesa da concorrência não aceitou os termos propostos pela empresa para a aquisição de três unidades industriais. Compra de ativos no Uruguai integra uma operação que envolve 16 unidades frigorificas da Marfrig na América do Sul
A Comisión de Promoción Y Defensa de la Competencia (Coprodec), autoridade concorrencial do Uruguai, não autorizou a compra de três unidades frigoríficas da Marfrig pela Minerva no país, nos termos que foram pleiteados pela companhia quando o negócio foi fechado no ano passado. As plantas de abate de bovinos estão em Colônia, Salto e San José. A Minerva afirmou em comunicado que tomou conhecimento da decisão na terça-feira (21/5) e está avaliando os termos colocados pela autoridade. “[A decisão] não é definitiva e segue sujeita a recurso tanto em sede administrativa quanto em sede judicial, o que deve ser consumado nos próximos dias”, ressaltou. A acordo firmado entre as duas empresas incluía 16 plantas da Marfrig na América do Sul, que seriam vendidas à Minerva por R$ 7,5 bilhões. Do total, R$ 1,5 bilhão já foram pagos. Os ativos localizados no Uruguai são avaliados em R$ 675 milhões. Apesar da negativa do Uruguai, os demais processos de compra seguem em análise pelos órgãos responsáveis nos seus respectivos países. “Nesse sentido, a decisão [uruguaia] não afeta a transação referente à aquisição, pela companhia, dos estabelecimentos industriais e comerciais de propriedade da vendedora no Brasil, na Argentina e no Chile”, disse a Minerva. “O fechamento da Operação – América do Sul, ainda sujeito à verificação de determinadas condições, incluindo a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE, não é condicionado ao fechamento da Operação – Uruguai”, acrescentou. Também em nota, a Marfrig reforçou que a decisão uruguaia “em nada altera os termos e condições contratados para a alienação pela companhia para a Minerva dos demais Ativos da Operação (aqueles localizados no Brasil, Chile e Argentina), em nada afetando o fechamento do negócio nas demais jurisdições assim que as respectivas condições precedentes aplicáveis estejam satisfeitas”.
Valor Econômico
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Paraná reduziu desmatamento em 78% em 2023, aponta Fundação SOS Mata Atlântica
O desmatamento diminuiu 78% entre 2022 e 2023, de 2.883 hectares (ha) para 633 ha, ou 4,5 vezes a área total degradada. A diferença entre os anos equivale a aproximadamente 2.250 campos de futebol. Esse é o quarto melhor índice do Brasil, atrás apenas do Rio Grande do Sul (89%), Santa Catarina (86%) e Goiás (83%)
O Atlas dos Remanescentes Florestais de Mata Atlântica, relatório técnico produzido pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), indicou que o Paraná teve uma das maiores reduções do País no desmatamento do bioma. O levantamento foi divulgado na terça-feira (21). O desmatamento diminuiu 78% entre 2022 e 2023, de 2.883 hectares (ha) para 633 ha, ou 4,5 vezes a área total degradada. A diferença entre os anos equivale a aproximadamente 2.250 campos de futebol. Esse é o quarto melhor índice do Brasil, atrás apenas do Rio Grande do Sul (89%), Santa Catarina (86%) e Goiás (83%). A média nacional ficou em 26,8% no período, de 20.075 ha para 14.697 ha. A melhora do serviço de fiscalização é um dos pilares da redução do desflorestamento no Paraná. De acordo com dados do IAT, o valor aplicado em multas por danos à flora foi de R$ 182,3 milhões em 2023, um incremento de 20% no comparativo com o ano anterior (R$ 151,9 milhões). O número de Autos de Infração Ambiental (AIA) também subiu, passando de 6.323 para 7.078 no período. Desde 2019, as multas deferidas totalizam R$ 500 milhões. O valor arrecadado com as infrações é repassado integralmente ao Fundo Estadual do Meio Ambiente. A reserva financeira tem como finalidade financiar planos, programas ou projetos que objetivem o controle, a preservação, a conservação e a recuperação do meio ambiente, conforme a Lei Estadual 12.945/2000. O Paraná foi o único estado do Sul do País com aumento de cobertura vegetal no período. anta Catarina reduziu a vegetação de 40,4 mil km² para 39,6 mil km² de 2017 a 2021. Já no Rio Grande do Sul passou de 27,9 mil km² para 27,7 mil km² no mesmo período. Em Santa Catarina houve um declínio constante da área verde desde 1985, com aumento entre 2010 e 2015, mesma realidade do Rio Grande do Sul, que observou uma pequena mudança de cenário entre 2012 e 2018.
Agência Estadual de Notícias
Deral reduz qualidade das lavouras de milho no Paraná e indica colheita em 2% no estado
De acordo com o levantamento, 2% das lavouras da segunda safra de milho já foram colhidas no estado. O restante se divide entre 9% ainda em floração, 64% em frutificação e 27% já em maturação
Os técnicos do Deral ainda classificaram 51% das áreas como em boas condições, 32% como em médias e 17% em ruins. Esses índices ficam abaixo dos registrados no material da semana anterior, que eram de 57% boas, 29% médias e 14% ruins. As regionais que já iniciaram os trabalhos de colheita do milho foram Pato Branco (7%), Campo Mourão (6%), Francisco Beltrão (4%), Irati e Umuarama (3%), Toledo (2%), Laranjeiras do Sul e Ponta Grossa (1%). Detalhando as regiões paranaenses, o Deral indica que as últimas precipitações ocorridas interromperam as perdas do potencial produtivo e recuperaram, dentro do possível, o desenvolvimento das plantas na região Norte. Já na região Noroeste, muitas áreas continuam sem chuvas, comprometendo a produtividade. “As primeiras colheitas aconteceram na semana passada, e as produtividades foram muito baixas. Já existem produtores fazendo silagem desse milho, pois não fizeram seguro e a colheita será muito pequena, não compensando o trabalho”, dizem os técnicos do Deral. Os sinais de déficit hídrico estão aparecendo nas regiões Oeste e Centro-Oeste. “A maioria das lavouras está na fase de florescimento e frutificação. Alguns poucos municípios estão iniciando a colheita de forma pontual, com intensificação prevista em cerca de 30 dias. A seca continua reduzindo a produtividade na região e as primeiras áreas colhidas apresentam baixas produtividades”, relata.
SEAB-PR/DERAL
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar tem leve alta ante real após comentários de "Fed boys"
O dólar à vista encerrou a terça-feira em leve alta, em sintonia com o avanço da moeda norte-americana ante várias divisas no exterior após autoridades do Federal Reserve voltarem a demonstrar cautela sobre o início dos cortes de juros nos EUA
O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,1163 reais na venda, em leve alta de 0,23%. Em maio, porém, a divisa acumula baixa de 1,47%. Às 17h14, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,23%, a 5,1190 reais na venda. Com a agenda de indicadores esvaziada no Brasil e nos EUA, os investidores voltaram as atenções para declarações de autoridades do Fed, em meio à expectativa com a divulgação da ata do mais recente encontro de política monetária do banco central norte-americano, na quarta-feira. Duas autoridades do Fed disseram que é prudente esperar mais alguns meses para garantir que a inflação realmente volte a se aproximar da meta de 2%, antes de iniciar os cortes na taxa básica de juros nos EUA. "Na ausência de um enfraquecimento significativo no mercado de trabalho, preciso ver mais alguns meses de bons dados de inflação antes de me sentir confortável em apoiar uma flexibilização na postura da política monetária", disse o diretor do Fed, Christopher Waller, em discurso no Instituto Peterson de Economia Internacional. “Não estou com pressa para cortar os juros", disse o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic a repórteres, à margem de uma conferência. Os comentários deram certo suporte ao dólar ante outras moedas, como o real. “Hoje falaram alguns ‘Fed boys’, ainda demonstrando preocupação com a inflação nos EUA. Isso fez com que o dólar passasse a se valorizar lá fora e aqui”, comentou Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora. “Com o mercado retornando aposta de dois cortes de juros este ano nos EUA e com a alta das commodities, o real tende a se valorizar. Os juros locais reais (acima da inflação) estão muito altos e isto tende também a ser bom para nossa moeda”, disse pela manhã o diretor da consultoria Wagner Investimentos, José Faria Júnior, em comentário enviado a clientes.
Reuters
Ibovespa tem queda discreta com cena corporativa em foco
O Ibovespa fechou em leve baixa na terça-feira, com a cena corporativa ocupando o foco em meio a uma agenda vazia de dados macroeconômicos relevantes, enquanto agentes continuam cautelosos em tomar risco antes de sinais novos e mais claros sobre política monetária, principalmente nos Estados Unidos
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,27%, a 127.411,55 pontos, após oscilar entre uma máxima de 128.271,87 pontos e uma mínima de 127.205,34 pontos na sessão. O volume financeiro no pregão somou 19,7 bilhões de reais. De acordo com a sócia e especialista da Blue3 Investimentos Fernanda Bandeira, foi uma sessão com poucas notícias, tanto no cenário brasileiro como no exterior, com mercado mais "morno". No exterior, as commodities tiveram um desempenho misto, com os futuros do minério de ferro em alta, mas os preços do petróleo em queda, enquanto Wall Street encerrou com variações modestas, mas positivas, e os rendimentos dos títulos de 10 anos do Tesouro dos Estados Unidos recuaram. Em meio a expectativas sobre os próximos passos do banco central norte-americano, a ata da última decisão de política monetária do Federal Reserve deve concentrar as atenções na quarta-feira, principalmente após discursos mais cautelosos de autoridades do Fed. Na terça-feira, o diretor do Fed Christopher Waller disse que os dados mais recentes de inflação são "tranquilizadores", mas ressaltou que precisa ver mais alguns meses de bons dados de preços antes de se sentir confortável para defender uma flexibilização na orientação da política monetária.
Reuters
Arrecadação federal tem alta real de 8,26% em abril e marca quinto recorde mensal consecutivo
A arrecadação do governo federal teve alta real de 8,26% em abril sobre o mesmo mês do ano anterior, a 228,873 bilhões de reais, informou a Receita Federal na terça-feira, marcando o quinto recorde para o mês consecutivo
No acumulado de janeiro a abril, a arrecadação teve alta real de 8,33%, a 886,642 bilhões de reais, também um recorde da série para primeiros quadrimestres. Segundo a Receita, o desempenho positivo do mês foi influenciado pelo comportamento das variáveis macroeconômicas, com altas significativas da massa salarial e do valor em dólar das importações, embora tenham sido observados recuos na produção industrial e nas vendas de bens e serviços. O fisco atribuiu o desempenho recorde, principalmente, ao retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis e ao crescimento da arrecadação previdenciária e de Imposto de Renda dos trabalhadores, além de ganhos com Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto de Importação. Em abril, os recursos administrados pela Receita, que englobam a coleta de impostos de competência da União, avançaram 9,08% em valor ajustado pela inflação frente a um ano antes, a 213,301 bilhões de reais. No período de janeiro a abril de 2024, o ganho foi de 8,36%, totalizando 838,073 bilhões de reais. Já as receitas administradas por outros órgãos, com peso grande dos royalties sobre a exploração de petróleo, recuaram 1,88% em abril frente ao mesmo período de 2023, a 15,571 bilhões de reais. No acumulado do primeiro quadrimestre, esses recursos tiveram alta real de 7,90%, totalizando 48,568 bilhões de reais. Os recordes de arrecadação ajudam o governo na busca pelo déficit primário zero neste ano. A equipe econômica tem contado essencialmente com ganhos de receita para melhorar a trajetória fiscal. A arrecadação acima do esperado afasta riscos de contingenciamento do governo para assegurar o cumprimento da meta fiscal, embora também haja um teto para as despesas, o que gerou um bloqueio de 2,9 bilhões de reais no Orçamento em março. A nova revisão das contas do governo, quando esses parâmetros são reavaliados, será anunciada na quarta-feira.
Reuters
Corrente de comércio totaliza US$ 30,6 bilhões até a 3a semana de maio, alta de 3,2% pela média diária
A Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC), publicou na segunda-feira (20/05), os resultados da 3ª semana de maio de 2024, da Balança Comercial, que registrou superávit de US$ 1,1 bi e corrente de comércio de US$ 11,4 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 6,3 bilhões e importações de US$ 5,2 bilhões
Já no mês, as exportações somam US$ 17,4 bi e as importações, US$ 13,2 bi, com saldo positivo de US$ 4,2 bi e corrente de comércio de US$ 30,6 bi. E no ano, as exportações totalizam US$ 126,2 bi e as importações, US$ 94,3 bi, com saldo positivo de US$ 31,9 bi e corrente de comércio de US$ 220,6 bi. Nas exportações, comparadas as médias até a 3ª semana de maio/2024 (US$ 1.4 bi) com a de maio/2023 (US$ 1.5 bi), houve queda de -2,4%. Em relação às importações houve crescimento de 11,5% na comparação entre as médias até a 3ª semana de maio/2024 (US$ 1.1 bi) com a do mês de maio/2023 (US$ 985,83 milhões). Assim, até a 3ª semana de maio/2024, a média diária da corrente de comércio totalizou US$ 2.5 bi e o saldo, também por média diária, foi de US$ 350,06 milhões. Comparando-se este período com a média de maio/2023, houve crescimento de 3,2% na corrente de comércio. No acumulado até a 3ª semana do mês de maio/2024, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: queda de US$ 36,92 milhões (-8,8%) em Agropecuária; crescimento de US$ 15,32 milhões (5,0%) em Indústria Extrativa e queda de US$ 11,73 milhões ( -1,6%) em produtos da Indústria de Transformação. No acumulado até a 3ª semana do mês de maio/2024, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 9,63 milhões (64,1%) em Agropecuária; crescimento de US$ 57,22 milhões (83,8%) em Indústria Extrativa e crescimento de US$ 47,38 milhões (5,3%) em produtos da Indústria de Transformação.
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