Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 619 | 15 de maio de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi gordo: cotações do animal “comum” e do “boi-China” perdem R$ 3/@ em São Paulo
As escalas de abate nas praças paulistas continuam alongadas, com as indústrias frigoríficas comprando apenas o necessário para preencher as lacunas, relatou a Scot Consultoria. No Noroeste do Paraná, a cotação do boi gordo livre do Funrural está em 217,50 para pagamento à vista e 219,50 para pagamento em 30 dias.
Após a apuração das vendas do Dia das Mães, o resultado não foi suficiente para uma reação positiva no mercado brasileiro do boi gordo, relatou a Scot Consultoria, que acompanha diariamente os negócios nas principais praças do País. Além disso, continua a Scot, a elevação da temperatura e a ausência de chuvas na maior parte das regiões têm diminuído a vitalidade das pastagens e, consequentemente, o suporte dos bovinos em pasto. Dessa forma, nesta terça-feira (14/5), o mercado de São Paulo abriu as compras ofertando menos R$ 3/@ para o boi gordo “comum” (sem prêmio-exportação) e para o “boi China”, de acordo com apuração da Scot. Com isso, o animal direcionado ao mercado doméstico agora vale R$ 227/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 205/@ e R$ 220/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). A cotação do “boi-China” (base SP) está apregoada em R$ 232/@, com ágio de R$ 5/@ sobre o boi “comum. Segundo a Scot, as escalas de abate nas praças paulistas continuam alongadas, com as indústrias frigoríficas comprando apenas o necessário para preencher as lacunas, favorecendo, desse modo, a pressão de baixa na arroba. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto: Minas Gerais — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de doze dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de dez dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de dez dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$205,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de onze dias; Pará — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$205,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de doze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de dez dias; Rondônia — O boi vale R$190,00 a arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de doze dias; Maranhão — O boi vale R$205,00 por arroba. Vaca a R$180,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de doze dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/AGRIFATTO
Indústrias de carnes do RS poderão processar matéria-prima de outros Estados
Medida do governo tem o objetivo de minimizar o impacto das perdas econômicas com as enchentes e assegurar a continuidade do fornecimento de alimentos à população. Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal padroniza os procedimentos em todo o país
O Ministério da Agricultura e Pecuária concedeu autorização, em caráter excepcional, para que estabelecimentos do Sisbi-POA (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal) do Rio Grande do Sul possam processar matérias-primas oriundas de outros Estados com inspeção para fabricação de produtos. Em nota, a Pasta disse que a flexibilização tem o objetivo de auxiliar o setor a minimizar o impacto das perdas econômicas com as enchentes e assegurar a continuidade do fornecimento de alimentos à população gaúcha. “Por exemplo, um animal abatido em um serviço de inspeção municipal que não integra o Sisbi-POA poderá, neste momento, ser industrializado em uma unidade com Sisbi e, assim, transformado em um embutido que pode utilizar na sua rotulagem o selo do Sistema Brasileiro de Inspeção, atestando a qualidade deste produto”, explicou, na nota, o secretário de Defesa Agropecuária do ministério, Carlos Goulart. Entre as regras, a Secretaria de Defesa Agropecuária destaca que os estabelecimentos fornecedores das matérias-primas devem observar as condições higiênico-sanitárias satisfatórias de funcionamento das operações, produção, manipulação, acondicionamento e conservação adequada dos produtos, bem como, no caso de abatedouros frigoríficos, a realização da inspeção ante e post-mortem seguindo os critérios do Decreto n° 9.013/2017, que regulamenta a inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal. Já os estabelecimentos processadores, que fabricarão os produtos com utilização do selo Sisbi na rotulagem, devem se atentar à previsão de controle de recebimento de matéria-prima, de rastreabilidade e da produção. O Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA), que faz parte do Sistema Unificado de Atenção a Sanidade Agropecuária (Suasa), padroniza e harmoniza os procedimentos de inspeção e fiscalização dos produtos de origem animal em todo o país.
Globo Rural
SUÍNOS
Fortes altas para o suíno vivo nas principais praças
De acordo com a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo teve elevação de 3,88%, com preço médio de R$ 134,00, enquanto a carcaça especial subiu 0,96%, fechando em R$ 10,50/kg, em média.
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (13), houve alta de 2,30% em Minas Gerais, chegando a R$ 7,11/kg, avanço de 3,09% no Paraná, alcançando R$ 6,33/kg, incremento de 5,26% no Rio Grande do Sul, com preço de R$ 6,20/kg, aumento de 4,34% em Santa Catarina, valendo R$ 6,25/kg, e de 2,70% em São Paulo, fechando em R$ 6,84/kg.
Cepea/Esalq
Butão é nova oportunidade para exportadores de carne suína do Brasil
Anúncio de abertura de mercado pelo MAPA gera boas expectativas no setor
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) aplaudiu o anúncio feito ontem pelo Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil, com a finalização do processo e oficialização da abertura do mercado de Butão para a carne suína do Brasil. País com quase 1 milhão de habitantes, conforme indicadores locais, mais de 20% de sua população consome carne suína. Apesar disso, o consumo per capita é relativamente baixo ainda, não chegando a 3 quilos per capita por ano, conforme dados da FAOSTAT. Este é um indicativo de bom potencial para incremento de consumo no país, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin. “A abertura deste mercado do sul da Ásia acontece em um momento importante para o setor, que tem buscado ampliar a capilaridade das exportações brasileiras, se somando à outras aberturas e ampliações conquistadas pelo trabalho de excelência da equipe do Ministério da Agricultura, sob a liderança do Ministro Carlos Fávaro, e do Ministério das Relações Exteriores”, ressalta. Luís Rua, diretor de mercados da ABPA, também destaca a boa competitividade que será proporcionada às proteínas brasileiras na região, diante das condições tarifárias vantajosas do mercado butanês. “A tarifa de importação para a carne suína é semelhante à estabelecida para a carne de frango, em torno de 10% sobre o valor do produto embarcado. É uma condição vantajosa importante para ampliar a nossa presença neste mercado e no nosso papel de apoio à segurança alimentar da população local, sempre em complementaridade com os produtores locais”, destaca.
ABPA
FRANGOS
Cotações estáveis marcam esta terça-feira (14) para o mercado do frango
O mercado do frango encerrou esta terça-feira (14) com as cotações todas estáveis
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 4,80/kg, da mesma forma que a ave no atacado, fechando em R$ 6,50/kg, em média. No caso do animal vivo, o valor não mudou em Santa Catarina, com preço de R$ 4,40/kg, assim como no Paraná, com preço de R$ 4,40/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (13, tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram com valores estáveis, custando, respectivamente, R$ 7,18/kg e R$ 7,40/kg.
Cepea/Esalq
EMPRESAS
JBS saiu de prejuízo para lucro de R$ 1,646 bilhão no primeiro trimestre
Receita líquida aumentou em menor proporção, 2,8%, para R$ 89,15 bilhões, em meio ao cenário de queda nos preços das carnes. Houve recuperação em quase todas as operações da JBS
A JBS encerrou o primeiro trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 1,65 bilhão, um resultado que contrasta com o prejuízo de R$ 1,45 bilhão que a companhia registrou no mesmo período de 2023, quando uma suspensão temporária de vendas de carne bovina do Brasil para a China e as margens apertadas nos Estados Unidos abalaram os resultados. Agora, a recuperação em quase todas as operações da empresa colocou em segundo plano a oferta ainda baixa de gado no mercado americano. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado teve um forte crescimento, de 197,3%, para R$ 6,4 bilhões. “Mesmo com ciclo [do gado] desafiador nos EUA, a gente está entregando esse Ebitda”, disse à reportagem o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni. “O mercado vai entender cada vez mais o valor da nossa plataforma de diversificação [de proteínas e geografias]”, acrescentou. De acordo com o executivo, a demanda firme por aves e suínos e a queda dos custos dos insumos usados na ração desses animais (milho e farelo de soja) ajudaram a compensar as adversidades no segmento de bovinos no mercado americano. “Se olharmos para a frente, veremos uma estabilidade nos preços dos grãos”, projetou ele. Caso a perspectiva se confirme, o alívio nos custos pode continuar jogando a favor da companhia. A receita líquida da empresa aumentou em menor proporção, 2,8%, para R$ 89,15 bilhões, refletindo a queda dos preços das carnes. A JBS fez 76% de suas vendas globais nos mercados domésticos em que a companhia atua e 24% por meio de exportações. Tomazoni lembrou que os abates de bovinos aumentaram muito no mercado brasileiro, onde a oferta de produto para a indústria é maior do que nos EUA. Ao mesmo tempo, o preço final tem caído. No mercado externo, também o valor da tonelada embarcada teve queda. Entre as unidades de negócios do grupo, a Seara, de aves e suínos, registrou Ebitda ajustado de R$ 1,19 bilhão, o que representou um crescimento expressivo, de 711,1%, em comparação com o primeiro trimestre de 2023. “A Seara era uma questão de foco de gestão, produtividade, rendimento. Esse processo não terminou e tem potencial para mais do que isso”, destacou o CEO, citando ainda que a unidade se beneficiou da diminuição dos custos de produção. A margem da JBS USA Pork cresceu 13,9 pontos percentuais no trimestre, para 16,4%. O Ebitda ajustado da unidade teve um forte aumento, de 569,8%, para R$ 1,55 bilhão. Em contrapartida, na JBS Beef North America, o Ebitda ajustado, que foi de R$ 115,8 milhões no primeiro trimestre do ano passado, passou a R$ 48,6 milhões negativos no mesmo intervalo deste ano. “[O mercado de carne bovina] nos Estados Unidos continua difícil. Mas também estamos vendo o consumidor indo buscar outras proteínas”, comentou. Na JBS Brasil, o Ebitda ajustado cresceu 116,9%, para R$ 643,3 milhões. O desempenho deveu-se, entre outros fatores, à recuperação das vendas para a China e à queda do preço na compra do gado. Tomazoni ressaltou que, sazonalmente, o primeiro trimestre do ano não é o mais forte da empresa; os trimestres principais, disse, são os dois últimos. Mesmo assim, o desempenho de 2024 já começou muito positivo, indicando que bons resultados podem vir no decorrer deste ano, afirmou. “Se a gente continuar gerando o Ebitda que geramos nesse trimestre, vamos terminar o ano com uma alavancagem de 2,5 vezes”, estimou o executivo. No intervalo de janeiro a março, a alavancagem — medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado — estava em 3,7 vezes. Sobre os recentes problemas com enchentes no Rio Grande do Sul, o CEO descartou a possibilidade de problemas com oferta nas operações da JBS, que está presente em 20 municípios do Estado.
Valor Econômico
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Setor de serviços cresce 5% no 1º trimestre do ano no Paraná; turismo avança 2,7%
O volume do setor de serviços do Paraná cresceu 5% no primeiro trimestre de 2024, na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado está quase quatro pontos percentuais acima da média nacional, que fechou os três primeiros meses com crescimento de 1,2%.
Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada na terça-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os principais responsáveis pelo crescimento foram os subgrupos outros serviços (11,1%), serviços de informação e comunicação (9,5%), serviços profissionais, administrativos e complementares (4,8%), serviços de transporte (3,1%) e serviços prestados às famílias (2,9%). O segmento Outros Serviços envolve, por exemplo, compra, venda e aluguel de imóveis próprios; manutenção e reparação de veículos automotores; atividades de apoio à agricultura; e coleta de resíduos. Os resultados da PMS também são positivos no Paraná na comparação mensal (de fevereiro para março), com crescimento de 0,4% no Estado, e no comparativo dos últimos 12 meses, em relação aos 12 meses anteriores, com evolução de 9,8%, enquanto a média nacional no período foi de 1,4%. No cenário nacional, a expansão do volume de serviços de fevereiro para março foi acompanhada por quatro das cinco principais atividades, com destaque para informação e comunicação (4%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (3,8%). O primeiro trimestre também encerrou com aumento na receita do setor, de 9,3%, enquanto a média nacional fechou em 5,4%. De fevereiro para março o crescimento da receita no Paraná foi de 1,7%, similar à nacional, de 1,8%. Nos últimos 12 meses, que permite uma avaliação mais ampla do cenário, as receitas cresceram 11,5%, o quinto melhor resultado do País, atrás de Tocantins (15,7%), Acre (12,7%), Mato Grosso (12,4%) e Distrito Federal (12,1%). O índice de atividades turísticas, que compõem esse segmento, cresceu 2,7% no primeiro trimestre (enquanto a média nacional fechou em 0,4%), 2,6% no comparativo mensal (fevereiro a março) e 7,6% no acumulado dos últimos 12 meses. Nesse último recorte o turismo do Paraná apresenta o melhor resultado da região Sul e está acima da média nacional (4,4%). De acordo com o IBGE, cinco dos 12 locais pesquisados registraram movimento de expansão em março. A contribuição positiva mais relevante ficou com a Bahia (9,8%), seguida por Santa Catarina (4,5%) e Paraná (2,6%). Em sentido oposto, São Paulo (-1,6%), Distrito Federal (-6,2%) e Rio de Janeiro (-0,8%) assinalaram os principais recuos em termos regionais.
Agência Estadual de Notícias
Cerca de 30 mil empresas ainda podem regularizar débitos fiscais por meio do Refis
Refis aberto pela Secretaria da Fazenda e Receita Estadual do Paraná no mês passado já resulta na regularização de R$ 147 milhões em quatro semanas. Programa abrange débitos relacionados ao ICMS e ITCMD
Cerca de 30 mil empresas continuam com a oportunidade de regularizar cerca de R$ 40 bilhões em débitos pendentes junto ao Estado, por meio do novo programa de parcelamento incentivado para créditos tributários, o Refis, aberto pela Secretaria da Fazenda e pela Receita Estadual do Paraná no mês passado. Segundo o levantamento mais recente, as adesões ao Refis resultaram na regularização de R$ 147 milhões em quatro semanas. Desse total, R$ 140 milhões foram regularizados por meio de parcelamento da dívida e R$ 7 milhões serão quitados à vista. Mais de 700 contribuintes paranaenses ingressaram no programa, com o objetivo de regularizar débitos com redução de multas e juros. O programa abrange a regularização de débitos relacionados ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e ao Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), com como ao extinto Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICM). O programa abrange débitos relacionados a fatos geradores ocorridos até 31 de julho de 2023. Para participar, os contribuintes devem acessar a página oficial do Refis da Receita Estadual, onde é possível verificar se possuem débitos vinculados para efetuar o pagamento. Basta clicar em “Continuar”, seguir as instruções e informar o CPF. Os prazos para adesão seguem até 26 de setembro para parcelamentos e até 30 de setembro para pagamentos à vista. Para aderir, é necessário indicar até o dia 2 de setembro todos os débitos que se pretende parcelar. A primeira parcela deve ser paga até o último dia útil do mês da adesão, e as demais até o último dia útil dos meses subsequentes. “Ao aderir ao parcelamento, os contribuintes reconhecem os créditos tributários nele incluídos e desistem de eventuais ações ou embargos à execução fiscal, tanto judicial quanto administrativa”, explica Ezequiel Rodrigues dos Santos, inspetor-chefe de Arrecadação na Receita Estadual. As pendências tributárias de ICMS e ITCMD podem ser quitadas com descontos nos juros e multas. Para pagamento em parcela única, há redução de 80% na multa e nos juros. Parcelamentos em até 60 meses contam com desconto de 70% na multa e nos juros, enquanto parcelamentos em até 120 meses têm redução de 60%. Para parcelamentos em até 180 meses, os descontos são de 50% na multa e nos juros. Além disso, os parcelamentos podem ser parcialmente quitados, com até 95% do valor, através de um Regime Especial de Acordo Direto com Precatórios, em até 60 meses. O programa também abrange a regularização de dívidas não tributárias, principalmente multas emitidas pela Secretaria da Fazenda. Para essas dívidas, os descontos incidem exclusivamente sobre os encargos moratórios, com reduções de 80% para pagamento em parcela única, 70% para parcelamentos em até 60 meses e 60% para parcelamentos em até 120 meses. Os juros aplicados sobre o principal e a multa são equivalentes à taxa referencial da Selic, acumulada mensalmente. É importante observar que o valor de cada parcela não pode ser inferior a cinco Unidades Padrão Fiscal do Paraná (UPF/PR), o que atualmente equivale a aproximadamente R$ 650.
Agência Estadual de Notícias
Deral indica que 43% das lavouras de milho do Paraná não estão em boas condições
Colheita começa pontualmente e muitas regiões já têm perdas do potencial produtivo
O Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou seu relatório semanal trazendo as condições de tempo e cultivo para as principais culturas do estado. De acordo com o levantamento, as lavouras da segunda safra de milho se dividem entre 1% ainda em desenvolvimento vegetativo, 13% em floração, 70% em frutificação e 16% já em maturação. Os técnicos do Deral ainda classificaram 57% das lavouras como em boas condições, 29% em médias e 14% em ruins. O boletim também apontou o início dos trabalhos de colheita no estado. Ainda insuficientes para marcar porcentagem no total paranaense, as atividades começaram em Campo Mourão, Francisco Beltrão e Irati. Detalhando as regiões paranaenses, o Deral indica que a segunda safra de milho está com muitas áreas em enchimento de grãos na região Norte, mas com condições piorando devido ao déficit hídrico. “Os técnicos das cooperativas apontam perdas ainda mais relevantes em relação ao potencial”. Os produtores também estão preocupados na região Noroeste, onde não chove a mais de um mês, com déficit hídrico no solo e às altas temperaturas. Considerando que boa parte das áreas cultivadas está em fase de floração e enchimento de grãos, o déficit hídrico está diminuindo o potencial produtivo da cultura”, dizem os técnicos do Deral. As regiões Oeste e Centro-Oeste também sofrem com o déficit hídrico e já é esperada quebra de produção em parte das localidades. “Algumas áreas de milho estão mostrando sinais visíveis de problemas, principalmente devido a maioria das lavouras estar em fase de florescimento e frutificação”, aponta o Deral.
SEAB-PR/DERAL
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar cai sob influência de ata do Copom e exterior
O relativo alívio trazido pela ata do último encontro do Copom, divulgada pela manhã, e a queda do dólar ante a maior parte das demais divisas no exterior fizeram a moeda norte-americana fechar a terça-feira em baixa no Brasil
O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,1300 reais na venda, em baixa de 0,42%. Em maio, a divisa acumula queda de 1,21%. Às 17h04, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,53%, a 5,1380 reais na venda. Divulgada antes da abertura do mercado, a ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central esclareceu que os quatro dirigentes que votaram por corte de 50 pontos-base da taxa básica Selic -- todos indicados pelo governo Lula -- estavam preocupados com o cumprimento do forward guidance (indicação futura) do BC, que havia apontado para corte de 0,50 ponto neste encontro de maio. Por outro lado, os cinco dirigentes que votaram por corte de 25 pontos-base -- todos indicados antes do governo Lula -- estavam mais preocupados, conforme a ata, com a credibilidade em si do BC no combate à inflação, deixando em segundo plano o guidance. Atualmente, a Selic está em 10,50% ao ano. As explicações técnicas sobre a divergência entre os membros do Copom reduziram em parte os receios de que em 2025, quando se tornar maioria, o grupo de indicados por Lula será mais vulnerável à influência política em suas decisões. Com isso, surgiu um movimento de retirada de prêmios na curva de juros brasileira e uma pressão de baixa para o dólar ante o real. A moeda norte-americana chegou a subir pontualmente ante o real após a divulgação do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA, às 9h30, mas as cotações voltaram para o território negativo na sequência, em sintonia com o exterior e com a mensagem da ata do Copom. O PPI subiu 0,5% em abril, depois de cair 0,1% em março. “Vi um fortalecimento pontual dos rendimentos dos Treasuries após o PPI, porque os números vieram acima do esperado. Mas os (rendimentos dos) Treasuries viraram, e o dólar passou a acompanhar, perdendo força”, afirmou o diretor da assessoria de câmbio FB Capital, Fernando Bergallo, acrescentando que a ata do Copom ajudou a amenizar o mal-estar que permeava o mercado de câmbio no Brasil. “O compromisso com o fiscal e com a inflação, que se mostrou consenso (no Copom), mantém o suporte para os juros curtos, aliviando muito os vencimentos mais longos. Isso naturalmente promove um movimento favorável na bolsa e no câmbio”, acrescentou.
Reuters
Ibovespa fecha em alta em dia cheio de balanços e ata do Copom
O Ibovespa fechou em alta na terça-feira, em performance endossada por Wall Street, com agentes repercutindo uma nova bateria de resultados, entre eles os de Petrobras, Natura & Co e Hapvida, bem como as explicações detalhadas do Banco Central sobre a decisão dividida de reduzir a Selic a 10,50%
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,28%, a 128.515,49 pontos. O volume financeiro somou 23,5 bilhões de reais. A ata da reunião do Comitê de Política Monetária na semana passada, quando a Selic foi reduzida em 0,25 ponto percentual, mostrou que os membros que votaram por um corte maior compartilharam da percepção de aumento da incerteza e mostraram "firme compromisso" com a meta e a reancoragem das expectativas. De acordo com o sócio e especialista da Blue3 Investimentos, Victor Hugo Israel, a divisão do comitê trouxe bastante incertezas para o mercado na última semana, mas a ata na terça-feira esclareceu os motivos da divergência, ao mesmo tempo em que sinalizou política monetária um pouco mais contracionista. A decisão da última quarta-feira teve divergência dos quatro diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que defenderam corte de 0,50 ponto. No exterior, as atenções se voltaram para dados de preços ao produtor nos Estados Unidos de abril, que aumentaram acima das previsões no mercado. Na quarta-feira, o foco estará em números da inflação ao consumidor norte-americano do mês passado. De acordo com o estrategista-chefe da Avenue, William Castro Alves, os dirigentes do Federal Reserve vêm reforçando declarações de que os dados precisam evoluir positivamente para que haja mudança na política monetária. "E o dado de hoje não colabora nesse sentido." O chair do Fed, Jerome Powell, também ocupou os holofotes, afirmando que espera que a inflação continue caindo até 2024, como aconteceu no ano passado, embora sua confiança nisso tenha diminuído depois que os preços subiram mais rápido do que o esperado no primeiro trimestre. Em Wall Street, o S&P 500 fechou com variação positiva de 0,48%, enquanto o rendimento do título de 10 anos do Tesouro dos EUA marcava 4,4492% no final do dia, de 4,481% na véspera.
Reuters
Setor de serviços do Brasil cresce 0,4% em março
O setor de serviços brasileiro voltou a registrar crescimento em março e encerrou o primeiro trimestre indicando resiliência da atividade com resultado melhor do que o esperado
O volume de serviços teve em março expansão de 0,4% em relação ao mês anterior, de acordo com os dados divulgados na terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado marcou o segundo mês no azul no ano depois de alta de 0,5% em janeiro e queda de 0,9% em fevereiro, e ainda ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de crescimento de 0,2%. O volume de serviços ficou 12,1% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e 1,5% abaixo do ponto mais alto da série histórica, alcançado em dezembro de 2022. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o volume registrou queda de 2,3%, contra expectativa de retração de 2,2%. O setor de serviços terminou 2023 e iniciou o ano com resultados positivos, refletindo um cenário favorável ao consumo com inflação controlada e mercado de trabalho aquecido, o que indica um bom momento da atividade econômica brasileira. A redução dos juros também tende a ajudar, embora a taxa básica Selic ainda permaneça em um nível elevado de 10,5%, mas não se descarta uma desaceleração do setor de serviços este ano, acompanhando a acomodação da atividade econômica. Os dados do IBGE mostram que em março quatro das cinco atividades pesquisadas tiveram avanço no volume. O principal destaque foi o crescimento de 4,0% do setor de informação e comunicação, eliminando a perda de 2,5% registrada em fevereiro. Esse resultado marcou o crescimento mais intenso para essa atividade desde janeiro de 2017, alcançando ainda o patamar mais alto da série histórica. "Essa expansão é explicada pelas altas de um conjunto de serviços investigados dentro de serviços de tecnologia da informação, tais como: desenvolvimento e licenciamento de software; portais, provedor de conteúdo e ferramenta de busca da internet; e consultoria em TI", disse Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa. Outro destaque foi alta de 3,8% de serviços profissionais, administrativos e complementares, após queda de 2,1% no mês anterior. "O que se observa nos últimos meses, é que, em geral, os serviços voltados às empresas são mais dinâmicos. Assim, estão ditando o ritmo do setor de serviços, mais do que os serviços voltados às famílias", completou Lobo. Também registraram crescimento em março as atividades de transportes (0,3%) e serviços prestados às famílias (0,6%). O Item Outros serviços ficou estável. O índice de atividades turísticas, por sua vez, avançou 0,2% em março na comparação com fevereiro, após dois meses seguidos de perdas. Em março, o segmento estava 2,3% acima do patamar de pré-pandemia e 5,3% abaixo do ponto mais alto da série.
Reuters
Conab: safra de grãos 2023/24 deve chegar a 295,45 milhões de toneladas
Os números fazem parte do 8º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado na terça-feira, 14
A produção brasileira de grãos na safra 2023/24 deve alcançar 295,45 milhões de toneladas de grãos, o que corresponde a uma queda de 7,6% em comparação com a temporada anterior 2022/23, que foi de 319,81 milhões de t. Os números fazem parte do 8º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado na terça-feira, 14. Em comparação com a pesquisa anterior, o resultado representa aumento de 0,5% (1,38 milhão de t). Segundo a Conab, o aumento ante o levantamento anterior pode ser atribuído em parte ao ajuste na área semeada para a soja, a partir da identificação de novas áreas de cultivo no Maranhão, Goiás, Pará, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Isso foi verificado para o milho 2ª safra. A área total semeada em 2023/24 está projetada em 79,12 milhões de hectares, aumento de 0,8% ante a previsão anterior (78,53 milhões de hectares) e 0,7% superior à temporada anterior (78,55 milhões de hectares). Apesar disso, “as fortes chuvas registradas no Rio Grande do Sul trarão impactos negativos para o resultado final do atual ciclo”, disse a estatal. Atualmente, a produção para o arroz está estimada em 10,495 milhões de toneladas. Porém, as frequentes e volumosas chuvas registradas no Rio Grande do Sul, principal produtor do cereal no país, resultarão em perdas nas lavouras da cultura no Estado. Os prejuízos ainda estão sendo mensurados, mas, pelo menos, 8% da área gaúcha para a cultura registrará perdas provocadas pelas volumosas chuvas. Nos demais Estados, a colheita avança favorecida pela estabilidade climática. Até o dia 5 deste mês cerca de 80,7% da área semeada em todo País já estava colhida. Para o feijão, as atenções se voltam para a segunda safra da leguminosa. Com a área toda semeada, as lavouras vêm apresentando um bom desenvolvimento. No Paraná, as chuvas foram irregulares nas principais regiões produtoras nas últimas semanas, mas, de acordo com as avaliações dos técnicos da Conab, é perceptível que as condições climáticas gerais estão melhores que no início do ciclo, beneficiando as lavouras mais tardias e devendo elevar a média produtiva da cultura em comparação com a temporada anterior. Já em Minas Gerais foi verificado um leve incremento de área plantada em relação ao ano passado. Somando as três safras do grão, a produção nacional deverá atingir 3,32 milhões de toneladas, volume 9,5% superior à produção de 2022/23. O levantamento da Companhia também estima uma colheita de milho em 111,64 milhões de toneladas, redução de 15,4% se comparada com a temporada passada. A primeira safra do cereal teve, na maioria dos Estados produtores, produtividades inferiores às obtidas no último ciclo, influenciadas por condições climáticas adversas ocorridas. Na segunda safra do grão, as condições não são uniformes. Em Mato Grosso, a maioria das lavouras encontra-se em enchimento de grãos, com bom desenvolvimento e boa reserva hídrica no solo. Porém, em Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e parte do Paraná, a redução das precipitações em abril provocou sintomas de estresse hídrico em diversas áreas. A Conab destaca que, em virtude dos ajustes de área e produtividade, neste levantamento, caso a condição de catástrofe climática não tivesse ocorrido no Rio Grande do Sul, a produção brasileira de soja, estimada nesse levantamento, seria superior a 148,4 milhões de toneladas. No entanto, a estimativa atualizada de produção da oleaginosa é de 147,68 milhões de toneladas, redução de 4,5% sobre a safra anterior. Com a atualização realizada, área total cultivada na safra 2023/24 é de 45,7 milhões de hectares, 3,8% superior ao semeado na safra passada. Já para o algodão, é esperado um crescimento de 16,7% na área cultivada, explicado, principalmente, pelas boas perspectivas de mercado. As condições climáticas continuam favorecendo as lavouras, predominando os estágios de floração e formação de maçãs. Com isso, a produção da pluma deve atingir 3,64 milhões de toneladas, recorde na série histórica da Conab e 14,8% maior ante 2022/23. No caso das culturas de inverno, a semeadura do trigo já teve início nos Estados do Centro-Oeste e Sudeste e no Paraná. No Rio Grande do Sul, em virtude dos altos índices pluviométricos que vêm ocorrendo no Estado, o plantio da cultura deverá iniciar com um certo atraso nas regiões mais quentes do estado (Alto Uruguai e região das Missões), que também são as responsáveis pelo maior plantio da cultura. A Conab projeta a safra de trigo em 2024 em 9,08 milhões de t, aumento de 12,2% ante 2023.
Estadão Conteúdo
Brasil tem superavit de US$ 31 bi de janeiro à segunda semana de maio
A Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC) publicou na segunda-feira (13/05) os resultados da Balança Comercial da 2ª semana de maio de 2024, que registrou superávit de US$ 1,7 bi e corrente de comércio de US$ 12,7 bi, resultado de exportações no valor de US$ 7,2 bilhões e importações de US$ 5,4 bilhões
No mês, as exportações somam US$ 11,2 bi e as importações US$ 8 bi, saldo positivo de US$ 3,2 bi e corrente de comércio de US$ 19 bi. No ano, as exportações totalizam US$ 120 bi e as importações, US$ 89,1 bi, com saldo positivo de US$ 31 bi e corrente de comércio de US$ 209 bi. Nas exportações, comparadas as médias até a 2ª semana de maio/2024 (US$ 1,6 bi) com a de maio/2023 (US$ 1,5 bi), houve crescimento de 8,2%. Nas importações, alta foi de 16,5%: US$ 1,1 agora contra US$ 985 milhões em 2023. Assim, até a 2ª semana de maio/2024, a média diária da corrente de comércio totalizou US$ 2,7 bi e o saldo, também por média diária, foi de US$ 457 milhões. Comparando-se com a média do mesmo período de 2023, houve crescimento de 11,5% na corrente de comércio. No acumulado até a 2ª semana de maio, comparando com igual período do ano anterior, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 11,4 bi (2,7%) em Agropecuária; queda de US$ 5,8 bi (-1,9%) em Indústria Extrativa e crescimento de US$ 118 milhões (15,8%) em produtos da Indústria de Transformação. Nas importações, o desempenho dos setores pela média diária foi: crescimento de US$ 9,66 bi (64,2%) em Agropecuária; crescimento de US$ 48 bi (70,6%) em Indústria Extrativa e crescimento de US$ 104 bi (11,7%) em produtos da Indústria de Transformação.
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