Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 597 | 12 de abril de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Frigoríficos retomam pressão sobre os preços do animal terminado durante a transição da safra para a entressafra
Apesar da estabilidade apresentada pelo mercado físico, a pressão baixista sobre os preços do animal terminado pode voltar a ocorrer durante a transição da safra para a entressafra, informam os analistas da Agrifatto. No Paraná, o boi vale R$225,00 por arroba. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de sete dias.
Na semana (a partir da quarta-feira, 11/4), o movimento de queda sobre os valores da arroba do boi gordo “deu uma trégua”, e o mercado físico brasileiro operou sem alterações significativas, acrescentou a consultoria. “As negociações entre frigoríficos e pecuaristas mantiveram um ritmo moderado, com cautela nas compras, visando volumes suficientes para manter o atendimento das programações em nove dias, na média nacional”, relatou a Agrifatto. Segundo a consultoria, se esse modelo operacional persistir, há o risco de encurtamento das escalas em um ou dois dias. Para evitar esse cenário, alguns frigoríficos paulistas que atuam com foco no mercado doméstico ofereceram até R$ 230/@ pelo boi “comum”, embora esse preço ainda seja considerado como referência. Na semana as cotações para o boi gordo e demais categorias ficaram estáveis na maioria das praças brasileiras. “É razoável concluir que os aumentos pontuais da arroba em algumas regiões produtoras são resultado do excelente desempenho das exportações na primeira semana de abril e da gradual melhoria das vendas no varejo doméstico, especialmente dos cortes dianteiros desde a semana passada”, observou a Agrifatto. No entanto, continua a consultoria, é provável que os frigoríficos brasileiros retomem a pressão sobre os preços do animal terminado, especialmente durante a transição da safra para a entressafra, o que poderia resultar em desvalorização da arroba no médio prazo, ressaltaram os analistas. Na quinta-feira (11/4), o preço médio do boi gordo em São Paulo permaneceu em R$ 227,50/@, de acordo com apuração da Agrifatto, que leva em conta a média de preço entre o animal entregue ao mercado doméstico e o boi-exportação. Nas demais regiões a média subiu para R$217,20. No mercado futuro, na B3, a maioria dos contratos do boi gordo voltou a surfar uma onda de valorização, informou a Agrifatto: “Especificamente o contrato com vencimento para abril de 2024, que ficou cotado em R$ 231,60/@”, acrescentou. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na quinta-feira (11/4): São Paulo — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$235,00. Média de R$227,50. Vaca a R$200,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abates de nove dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de nove dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$225,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de sete dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de sete dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de nove dias; Pará — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de treze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de sete dias; Rondônia — O boi vale R$190,00 a arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de treze dias; Maranhão — O boi vale R$210,00 por arroba. Vaca a R$185,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de onze dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/AGRIFATTO
SUÍNOS
Cotações do suíno vivo mudaram pouco na quinta-feira (11)
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável, custando, em média, R$ 127,00, assim como a carcaça especial, com valor de R$ 9,60/kg
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (10), houve tímida alta de 0,15% em Minas Gerais, chegando a R$ 6,57/kg, e baixa de 0,48% no Paraná, atingindo R$ 6,24/kg. Os valores ficaram estáveis no Rio Grande do Sul (R$ 6,13/kg), Santa Catarina (R$ 5,99/kg), e São Paulo (R$ 6,65/kg). Os preços do suíno negociado no mercado independente caíram nas principais praças nesta quinta-feira (11). Lideranças apontam que não há excesso de oferta de animais vivos, mas sim uma disputa de preços entre o suíno vivo e o abatido.
Cepea/Esalq
Suinocultura independente: preços caíram de forma generalizada na quinta-feira (11)
Em São Paulo o preço caiu, depois de quatro semanas consecutivas em estabilidade, passando de R$ 7,04/kg vivo para R$ 6,83/kg, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS)
No mercado mineiro, houve queda, passando de R$ 6,80/kg vivo para R$ 6,60/kg vivo, sem acordo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal caiu, saindo de R$ 6,41/kg vivo para R$ 6,30/kg vivo. No Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 04/04/2024 a 10/04/2024), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 6,04%, fechando a semana em R$5,80/kg vivo. "Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$ 6,22/kg vivo", informa o reporte do Lapesui.
Agrolink
Suínos/Cepea: Exportações são as menores desde fevereiro/23
As exportações brasileiras de carne suína caíram fortemente em março, registrando o menor resultado, tanto em volume como em receita, desde fevereiro de 2023
De acordo com dados da Secex compilados e analisados pelo Cepea, foram embarcadas 90,7 mil toneladas (produtos in natura e processados), queda de 6,3% em relação a fevereiro/24 e de 14,3% sobre março/23. Segundo pesquisadores do Cepea, a retração no volume exportado se deve à menor demanda de importantes parceiros do Brasil na Ásia, como China, Hong Kong e Singapura. Ainda assim, no primeiro trimestre de 2024, o total escoado somou 286 mil toneladas, 5,3% acima do embarcado nos três primeiros meses do ano passado e um recorde para o período, considerando-se a série histórica da Secex, iniciada em 1997. Quanto à receita, o montante arrecadado em março deste ano, de R$ 953,2 milhões, ficou 6% abaixo do registrado no mês anterior e 25,9% inferior ao de março/23. No balanço trimestral, exportadores brasileiros receberam R$ 2,9 bilhões, queda de 11,8% frente ao mesmo intervalo do ano passado.
Cepea
FRANGOS
Quinta-feira (11) com preços estáveis para o mercado do frango
O mercado do frango segue a mesma tendência do início da semana, encerrando a quinta-feira (11) com cotações predominando a estabilidade
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável, valendo R$ 5,00/kg, enquanto o frango no atacado baixou 0,76%, valendo R$ 6,57/kg. Na cotação do animal vivo, o Paraná não mudou, valendo R$ 4,56/kg, da mesma maneira que em Santa Catarina, com valor de R$ 4,43/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta0feira (10), o valor da ave congelada e do frango resfriado não mudaram, custando, respectivamente, R$ 7,24/kg e R$ 7,43/kg.
Cepea/Esalq
EMPRESAS
Prorrogação do Cade afeta planos de Marfrig e Minerva
Órgão antitruste poderá levar até 330 dias para aprovar operação de compra de ativos que as duas empresas anunciaram em agosto do ano passado. Em agosto do ano passado, a Minerva fechou a comprar, por R$ 7,5 bilhões, de 16 plantas da Marfrig na América do Sul
A possibilidade de uma nova extensão nos prazos de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para o acordo de venda de ativos que Minerva e Marfrig fecharam em 2023 vai impor novos desafios às empresas, duas das três maiores do segmento de carnes do país. Em agosto do ano passado, a Minerva fechou a comprar, por R$ 7,5 bilhões, de 16 plantas da Marfrig na América do Sul, sendo 11 no Brasil. Do valor total, R$ 1,5 bilhão já foram pagos. Mas, nesta semana, a Superintendência-Geral do Cade declarou que a operação de compra de ativos é “complexa”. Nesses casos, a Superintendência-Geral poderá requerer ao tribunal a prorrogação do prazo de análise — que é de 240 dias, mas o eventual acréscimo pode ser de até 90 dias. Com isso, o período total de avaliação do negócio ficaria em até 330 dias, a contar do protocolo de petição ou de sua emenda, com chances de o resultado vir somente no fim do ano. Para o estrategista-chefe da Rb Investimentos, Gustavo Cruz, a morosidade no processo é prejudicial para as companhias. “A Minerva, com a presença internacional, precisa de mais plantas, enquanto a Marfrig, após a compra de participação da BRF, aproveitaria muito os recursos da venda de unidades”, avaliou. Em seu último balanço financeiro, divulgado no mês passado, a Marfrig chegou a fazer um exercício com o cálculo da redução na alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado) que viria com a aprovação da venda de ativos. A companhia espera que a alavancagem em reais caia de 3,72 vezes para 3,07 vezes à medida que os R$ 6 bilhões restantes entrem no caixa. “O mercado já tinha precificado esse benefício”, disse Cruz. No caso da Minerva, o especialista avalia que a maior exportadora de carne bovina da América do Sul tem aproveitado muito as aberturas comerciais do Brasil para a proteína, como o crescimento de embarques para o México e Indonésia, por exemplo, além da recente rodada de habilitações pela China a frigoríficos brasileiros. A chegada de novas plantas ajudaria nesse processo. Lucas Bonventi, analista da Genial Investimentos, acredita que a Minerva é a que mais pode sair perdendo com a demora no Cade, “uma vez que, quanto mais a aprovação atrasar, menos tempo ela terá para aproveitar o ciclo favorável do gado no Brasil com as plantas que comprou”, disse. A oferta de animais para abate ainda será de ampla neste ano. Ou seja, o custo para a indústria será menor. Outro fator a ser considerado é que a demora na aprovação pode levar a uma correção pelo CDI do valor que as empresas acertaram no negócio. Isso pode gerar um pagamento adicional de R$ 500 milhões, alertou Bonventi. O fundador e presidente do Conselho de Administração da Marfrig, Marcos Molina, já havia citado essa correção em março, durante teleconferência com analistas. Na ocasião, o empresário disse ainda que “todo o risco de Cade é do Minerva”, em referência à demora no processo. A nota técnica que embasa a decisão da Superintendência do Cade como uma operação complexa aponta a necessidade de uma série de diligências no processo. O recebimento e processamento de dados que o órgão antitruste solicitou aos envolvidos e afetados pelo negócio é um dos itens na lista de exigências. Ao longo do percurso, ocorreu a solicitação de informações a associações e pecuaristas de Goiás, Mato Grosso e Rondônia, Estados em que poderia haver sobreposição nas operações. “Esses dados deverão ser processados para que seja construído um teste de mercado que permita melhor caracterizar o cenário hodierno da cadeia de carne bovina no país, incluindo condições de rivalidade com frigoríficos menores, poder de mercado das Requerentes e dos maiores frigoríficos do país, dentre outras variáveis concorrencialmente sensíveis presentes nesta operação e para os mercados relevantes afetados por ela”, informou o texto da nota técnica. Procuradas pelo Valor, Marfrig e Minerva não comentaram. No ano passado, quando anunciaram a operação de compra de ativos ao Cade, as empresas apresentaram o negócio como “ato de concentração sumário”, formato destinado a operações consideradas simples. Nesses casos, o prazo para resposta é de 30 dias. Em seguida, a Superintendência do órgão antitruste considerou que não se tratava de uma operação simples e modificou para ato ordinário, com um prazo de análise que poderia chegar a 240 dias. Esse prazo começou a ser contado em 22 de janeiro, e não mais a partir da data de apresentação. Isso ocorreu porque foi em janeiro que a Superintendência pediu novas informações a respeito da operação.
Valor Econômico
GOVERNO
IBGE: estimativa cai 0,8% e prevê safra de 298,3 milhões de toneladas em 2024
A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve ser de 298,3 milhões de toneladas em 2024, segundo a estimativa de março do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgada ontem (11) pelo IBGE. Isso representa uma produção 5,4% menor do que a obtida no ano passado (315,4 milhões de toneladas). Na comparação com a estimativa de fevereiro, houve uma queda de 0,8% ou de 2,3 milhões de toneladas
A produção de soja, principal commodity do país, caiu 1,6% na comparação com o previsto em fevereiro e deve chegar a 146,9 milhões de toneladas. Essa quantidade equivale a uma retração de 3,3% na comparação com o total produzido no ano passado. O resultado negativo é explicado especialmente pela presença de fenômenos climáticos como o El Niño. “Em novembro e dezembro, houve muitos problemas climáticos: choveu muito no Sul, enquanto no Centro-oeste faltou chuva. Então houve quebra de produção, principalmente da soja e da primeira safra do milho. Como os preços do milho caíram, os produtores estão reduzindo a área de plantio, o que afetou a segunda safra”, explica o gerente do LSPA, Carlos Barradas. A produção do milho, que deve somar 116,1 milhões de toneladas em 2024 caiu 0,6% na comparação com o estimado no mês anterior e 11,4% em relação ao produzido em 2023, quando consideradas as duas safras. “Por outro lado, com a queda dos preços do milho, alguns produtores deixaram de lado essa produção para plantar algodão, que teve um crescimento de 2,3% em relação ao estimado no mês passado e de 8,0% na comparação com 2023. É um recorde de produção”, ressalta Barradas. A previsão é de que o algodão em caroço chegue a uma produção de 8,4 milhões de toneladas neste ano. Já a safra do arroz deve crescer 1,7% na comparação com o produzido do ano passado, alcançando 10,5 milhões de toneladas. Juntos, a soja, o milho e o arroz respondem por 91,6% da produção de grãos no país. Por sua vez, a produção do feijão também deve crescer, atingindo 3,3 milhões de toneladas, somadas as três safras. Essa quantidade representa um crescimento de 2,8% na comparação com o estimado no mês anterior e de 11,1% com o produzido no ano passado. Para Barradas, a safra da leguminosa será suficiente para prover o consumo interno do país neste ano. “Com isso, não deve haver necessidade de importação. É possível observar que os preços do feijão já estão caindo”, avalia o pesquisador. Outros destaques em relação à estimativa de fevereiro foram a cevada (aumento de 12,3% ou 50,8 mil toneladas), a aveia (4,6% ou 53,3 mil toneladas), a primeira safra da batata (3,8% ou 63,5 mil toneladas), o trigo (3,3% ou 318,6 mil toneladas) e o café canephora (3,2% ou 34,9 mil toneladas). “Estamos observando uma boa safra de café. Além de estar em bienalidade positiva, o clima ajudou bastante essa produção, já que tem chovido nas principais regiões produtoras, como Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo”, detalha Barradas. A produção das duas espécies de café (arábica e canephora) deve somar 3,6 milhões de toneladas, um crescimento de 1,4% em relação ao estimado em fevereiro e de 5,6% na comparação com o produzido em 2023. A área a ser colhida caiu 0,2% (ou 125,5 mil hectares) na comparação com a de 2023, totalizando 77,7 milhões de hectares. Houve retração na área do milho (-5,8%), do trigo (-6,6%) e do sorgo (-4,4%). Ante a estimativa de fevereiro, a queda foi de 0,4% no país, o que representa 286,0 mil hectares. Entre as unidades da federação, Mato Grosso continua sendo o maior produtor nacional de grãos, respondendo por 28,2% do total produzido no país. O estado é seguido pelo Paraná (13,7%), Rio Grande do Sul (13,3%), Goiás (10,2%), Mato Grosso do Sul (8,4%) e Minas Gerais (5,7%). Somados, esses seis estados representam 79,5% da produção brasileira de grãos. Regionalmente, o Centro-Oeste (47,0%) lidera esse ranking, enquanto as demais regiões têm as seguintes participações: Sul (29,2%), Sudeste (9,4%), Nordeste (8,7%) e Norte (5,7%). Em relação à estimativa de produção, as unidades da federação que tiveram maior ganho absoluto foram Mato Grosso (240,6 mil toneladas), Goiás (156,4 mil toneladas), Paraná (141,3 mil toneladas), Maranhão (55,9 mil toneladas), Ceará (19,9 mil toneladas), Bahia (19,5 mil toneladas), Amazonas (8,9 mil toneladas) e Rio de Janeiro (3,1 mil toneladas). Já as quedas nas estimativas na comparação com fevereiro foram registradas em Mato Grosso do Sul (- 1,8 milhão de toneladas), em Santa Catarina (-518,2 mil toneladas), no Rio Grande do Sul (-451,5 mil toneladas), no Distrito Federal (-80,7 mil toneladas), em Rondônia (-80,2 mil toneladas), no Piauí (-71,6 mil toneladas), em Minas Gerais (-16,2 mil toneladas), no Espírito Santo (-1,1 mil toneladas) e no Amapá (-28 toneladas).
Agência IBGE de Notícias
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Comércio paranaense cresceu 6,9% nos primeiros meses de 2024
Dados fazem parte da Pesquisa Mensal do Comércio divulgada pelo IBGE e dizem respeito ao comércio varejista ampliado, que analisa 14 atividades do segmento. Veículos, móveis, eletrodomésticos, farmácias e mercados puxaram o índice para cima
O setor de comércio do Paraná acumulou um crescimento de 6,9% nos dois primeiros meses de 2024 quando comparado aos índices do primeiro bimestre do ano passado. Os dados constam na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgados na quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e dizem respeito à variação do volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui 14 segmentos da economia. O resultado ficou acima do registrado em Santa Catarina, que teve alta de 6,8% no acumulado de janeiro e fevereiro, e do Rio Grande do Sul, que variou 6,1% no mesmo período. A pesquisa produz indicadores conjunturais sobre comércio varejista no País, investigando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, cuja atividade principal é o comércio varejista. Os setores que mais contribuíram para o bom desempenho do Paraná até agora no ano foram os de eletrodomésticos, cujas vendas aumentaram 12,8% quando comparadas aos dois primeiros meses de 2023, assim como os móveis (11,2%), veículos, motocicletas e peças (10,2%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (9%), hipermercados e supermercados (8,2%). No total, 11 dos 14 recortes analisados pelo IBGE tiveram alta no Estado no primeiro bimestre. Os únicos setores que apresentaram retração em nível estadual foram os de tecidos, vestuários e calçados, com uma variação negativa de 0,2%, os combustíveis e lubrificante (-4,7%) e os livros, jornais, revistas e papelaria (-6,9%). O resultado destes setores acompanhou uma tendência nacional de queda no volume de vendas no ano. O Paraná também registrou um desempenho positivo no índice geral do comércio varejista ampliado no comparativo entre janeiro e fevereiro, com uma alta de 1,4% do primeiro para o segundo mês do ano. O índice ficou acima da média nacional para o período, que foi de 1,2%. Quando a comparação é feita entre o mês de fevereiro deste ano com o mesmo período de 2023, a alta do comércio paranaense é ainda mais expressiva, chegando a 7,6%.
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar à vista fecha em alta de 0,24%, a R$5,0908 na venda Com foco nos juros dos EUA
Depois do forte avanço da véspera, o dólar encontrou certo alívio na quinta-feira no anúncio de uma inflação ao produtor mais fraca que o esperado nos EUA, mas ainda assim a divisa se recuperou durante a sessão e fechou novamente em alta, perto dos 5,10 reais, em meio a apostas de que o Federal Reserve adiará o início do corte de juros para julho ou setembro.
O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,0908 reais na venda, em alta de 0,24%. Este é o maior valor de fechamento desde 9 de outubro do ano passado, quando foi cotado a 5,1315. Em abril, a divisa acumula elevação de 1,50%. Às 17h15, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,44%, a 5,1005 reais na venda. Na quarta-feira, o dólar à vista já havia avançado 1,44% ante o real, após o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subir 0,4% em março, acima do esperado, disparando um forte movimento de reprecificação de cortes de juros nos EUA. A curva de juros norte-americana passou a indicar que o corte pode vir em setembro -- bem mais tarde do que era esperado no início do ano. Nesta quinta-feira, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA trouxe um pouco de alívio, ao subir 0,2% em março, após aumento não revisado de 0,6% em fevereiro. Economistas consultados pela Reuters previam aumento de 0,3% no mês passado. “O dólar hoje está acompanhando bem o exterior depois do PPI, que veio abaixo do esperado. A moeda norte-americana caiu, depois se valorizou. Quem comanda o jogo é o CPI”, resumiu Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora. Falas de autoridades do Fed ao longo do dia reforçaram recado de que não há pressa em cortar os juros. O presidente do Fed de Nova York, John Williams, disse que "as perspectivas futuras são incertas e precisaremos continuar dependentes dos dados". Já o presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, disse que os últimos dados de inflação mostram que o banco central "ainda não está onde queremos", enquanto a presidente do Fed de Boston, Susan Collins, afirmou que a força da economia dos EUA e o recuo desigual da inflação são argumentos contrários a um impulso de curto prazo para reduzir a taxa básica de juros. À tarde, o BC informou que o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de 684 milhões de dólares em abril até o dia 5, com saídas líquidas de 3,659 bilhões de dólares pela via financeira e entradas de 4,111 bilhões de dólares pelo canal comercial.
Reuters
Ibovespa recua com pressão de Petrobras, Eletrobras e cautela sobre juros nos EUA
O Ibovespa caiu na quinta-feira, com pressão negativa de Eletrobras e Petrobras contrapondo o fechamento mais favorável dos índices em Wall Street, ainda com cautela em relação ao momento do primeiro corte de juros pelo Federal Reserve
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,51%, a 127.396,35 pontos. Na máxima do dia, chegou a 128.051,34 pontos. Na mínima, a 127.069,43 pontos. O volume financeiro somou 19,5 bilhões de reais. Após uma quarta-feira impactada por receios em torno de uma aceleração da inflação norte-americana, o que poderia adiar o momento de o Fed iniciar o ciclo de cortes de juros, uma leitura um pouco mais baixa do que o esperado de preços ao produtor dos Estados Unidos nesta quinta aliviou essas preocupações. O S&P 500 e o Nasdaq fecharam com elevação de, respectivamente, 0,74% e 1,68%. O sentimento, no entanto, não refletiu sobre o comportamento da bolsa brasileira. Para o analista Sidney Lima, da Ouro Preto Investimentos, a cautela com relação à inflação nos EUA permaneceu na cena local, reverberando ainda os dados de preços ao consumidor da véspera. "A interpretação do que está acontecendo hoje é que ele (dado de inflação) acaba sendo muito mais nocivo para mercados emergentes do que para o próprio mercado norte-americano." O rendimento do título de 10 anos do Tesouro dos EUA marcava 4,5804% no final da tarde. Na visão de Jonas Carvalho, CEO da Hike Capital, questões domésticas também têm pesado sobre o índice. O sócio e head de análise da Levante Investimentos, Enrico Cozzolino, também corroborou as falas de Carvalho, apontando que o indicador tem caminhado "de lado" desde o ajuste pós-rali do final do ano passado, quando o Ibovespa alcançou recordes.
Reuters
Varejo do Brasil surpreende com alta das vendas em fevereiro e vai ao maior nível da série
As vendas varejistas surpreenderam e seguiram em alta no Brasil em fevereiro, atingindo o maior patamar da série histórica diante de um cenário mais favorável para o consumo. Em fevereiro as vendas apresentaram crescimento de 1,0% sobre o mês anterior, contrariando a expectativa em pesquisa da Reuters de uma queda de 1,0%
Os dados divulgados na quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que as vendas perderam força em relação ao avanço de 2,8% em janeiro, mas ainda assim atingiram o maior patamar da série histórica iniciada em janeiro de 2000. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve alta de 8,2%, contra projeção de ganho de 3,3%. O varejo tende a se beneficiar neste ano de um mercado de trabalho aquecido, inflação sob controle e o ciclo de cortes da taxa básica de juros Selic, atualmente em 10,75%, ainda que ela permaneça em um nível elevado. A expectativa é de que atividades mais ligadas ao crédito tenham bom desempenho. Entre as oito atividades pesquisadas, seis mostraram ganhos nas vendas em fevereiro. Os destaques foram os setores de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (9,9%) e de outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,8%). Por outro lado, apresentaram taxas negativas Combustíveis e lubrificantes (-2,7%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%). De acordo com o IBGE, o resultado de supermercados segue o mesmo tipo de intensidade dos últimos meses, com exceção de janeiro, quando houve crescimento de 0,8%, sendo um setor que tem variado muito pouco nos últimos seis meses. “Observa-se uma mudança de foco de consumo nos últimos meses que passa de um cenário de orçamento mais restrito, concentrado em produtos básicos, para um momento com mais espaço para que haja consumo de outros tipos de produtos", avaliou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos. "Tal cenário tem relação com o aumento do crédito, em virtude da diminuição da taxa básica de juros, assim como crescimento da massa de rendimento real e da população ocupada”, completou. O comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, teve aumento de 1,2% nas vendas em fevereiro sobre o mês anterior. Houve alta de 3,9% entre veículos e peças no mês, contra queda de 0,2% no material de construção.
Reuters
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