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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 596 DE 11 DE ABRIL DE 2024


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 596|11 de abril de 2024


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS

 

Boi gordo: frigoríficos brasileiros compram apenas o necessário

Na quarta-feira (10/4), o preço da arroba em SP permaneceu em R$ 227,50, de acordo com apuração da Agrifatto; nas demais regiões, a média subiu para R$ 216,60/@. No Paraná, o boi vale R$225,00 por arroba. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de sete dias

 

As negociações entre frigoríficos e pecuaristas prosseguiram em um ritmo moderado e cauteloso na quarta-feira, 10 de abril, com um volume negociado apenas o suficiente para manter o atendimento das programações em nove dias úteis, na média nacional, informou a Agrifatto. No entanto, diz a consultoria, caso essa modalidade operacional persista, existe o risco de encolhimento das escalas de abate em um ou dois dias, o que as tornaria menos confortáveis para os frigoríficos. Na terça-feira (9/4), relembra a Agrifatto, três das 17 praças monitoradas pela consultoria registraram valorização da arroba: GO, MG e MS. As outras 14 mantiveram as suas cotações estáveis. “O aumento da arroba em três regiões produtoras se deveu ao excelente desempenho das exportações na primeira semana de abril e à gradual melhora das vendas no varejo doméstico, especialmente de dianteiros, entre segunda-feira e hoje”, justifica a Agrifatto. No entanto, continuam os analistas, é provável que, após essa onda de valorização da carne em ambos os mercados, os frigoríficos retomem à pressão baixista sobre os preços do animal terminado durante o período de transição da safra para a entressafra, o que pode resultar em uma desvalorização da arroba no médio prazo. Na quarta-feira (10/4), o preço da arroba em São Paulo permaneceu em R$ 227,50, de acordo com apuração da Agrifatto. Nas demais regiões, a média subiu para R$ 216,60. “Todas as 17 praças acompanhadas mantiveram as suas cotações estáveis na quarta-feira”, informou a consultoria. No mercado futuro, na terça-feira (na B3), os contratos futuros caminharam em direção oposta ao mercado físico e todos passaram por desvalorização em comparação ao dia anterior. O contrato com vencimento para abril de 2024 encerrou o pregão cotado em R$ 231,15/@, o que constitui num recuo de 0,17% no comparativo diário. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na quarta-feira (10/4): São Paulo — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$235,00. Média de R$227,50. Vaca a R$200,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abates de nove dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de nove dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$225,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de sete dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de sete dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de nove dias; Pará — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de treze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de sete dias; Rondônia — O boi vale R$190,00 a arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de treze dias; Maranhão — O boi vale R$205,00 por arroba. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de onze dias.

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/AGRIFATTO

 

Agrifatto: cortes de carne bovina ficam mais baratos para os consumidores brasileiros

Os preços da proteína vermelha fecharam março/24 com a 3ª queda consecutiva no varejo e atingem o menor patamar desde out/23, informa a consultoria, com base em dados do IBGE

 

Na quarta-feira (10/04/24), o IBGE divulgou os dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de março/24, com o indicador demonstrando um avanço de 0,16%, 0,67 ponto percentual abaixo da taxa de fevereiro (0,83%). No ano, o IPCA acumula alta de 1,42% e, nos últimos 12 meses, de 3,93%, inferior aos 4,50% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Segundo os analistas da Agrifatto, quando se avalia apenas o comportamento dos preços da carne bovina no mercado varejista brasileiro, “é possível constatar o terceiro mês consecutivo com redução no indicador de inflação, recuando 0,55% no comparativo mensal. Trata-se da maior queda mensal desde setembro/23”, ressaltou a Agrifatto. Na avaliação da consultoria, levando-se em conta esse resultado, é possível afirmar que os preços da carne bovina no Brasil voltaram ao menor patamar desde outubro/23. O corte que registrou o maior recuo em março/24 foi a alcatra, com queda de 2,76% no comparativo mensal, seguido pelo contrafilé, que teve baixa de 2,59% e a capa de filé (queda mensal de 1,46%) – veja tabela ao final deste texto. “Apesar de ter caído menos que a alcatra, a queda do contrafilé foi a que mais impactou negativamente no IPCA em março/24 dentre as proteínas animais, contribuindo para que o indicador recuasse 0,011%”, afirmou a Agrifatto. Variação mensal dos cortes bovinos no IPCA de março/24: Picanha: -1,12. Costela:  +0,27. Capa de filé: -1,46. Peito: -0,09. Acém: +0,82. Pá: +0,08. Músculo: + 0,49. Lagarto comum: -1,39. Lagarto redondo: -0,56. Patinho: -0,15. Alcatra: -2,76. Chã de dentro: -1,4. Filé mignon: +0,05. Contrafilé: -2,59. Cupim: +1,58.

Agrifatto/IBGE

 

SUÍNOS

 

Preços para o suíno vivo estáveis no PR e RS. Em queda em SC

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável, custando, em média, R$ 127,00, enquanto a carcaça especial baixou 1,03%, com valor de R$ 9,60/kg 

 

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (9), houve queda somente em Santa Catarina, na ordem de 0,17%, custando R$ 5,99/kg. O valor subiu 0,92% em Minas Gerais, alcançando R$ 6,56/kg, e 0,30% em São Paulo, valendo R$ 6,65/kg. Os valores não mudaram no Paraná nem no Rio Grande do Sul, custando, respectivamente, R$ 6,27/kg e R$ 6,13/kg.

Cepea/Esalq

 

FRANGOS

 

Frango no atacado em São Paulo perde 0,45% no preço

A quarta-feira (10) foi de cotações com predomínio de estabilidade para o mercado do frango

 

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável, valendo R$ 5,00/kg, enquanto o frango no atacado baixou 0,45%, valendo R$ 6,62/kg. Na cotação do animal vivo, o Paraná ficou não mudou, valendo R$ 4,56/kg, da mesma maneira que em Santa Catarina, com valor de R$ 4,43/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à terça-feira (9), o valor da ave congelada e do frango resfriado não mudou, custando, respectivamente, R$ 7,24/kg e R$ 7,43/kg. 

Cepea/Esalq

 

Maior importador de carne de frango brasileira vai demandar mais proteína em 2024

Os Emirados Árabes Unidos (EAU), o maior importador de carne de frango brasileira em março, deverá elevar as importações totais do produto em 2024, o que poderá gerar oportunidades para frigoríficos brasileiros, segundo estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

 

As importações de carne de frango dos Emirados Árabes Unidos deverão aumentar cerca de 3% em 2024 para 385 mil toneladas. A produção emiradense de carne de frango deverá aumentar 7% para 60 mil toneladas, insuficiente para atender ao consumo total doméstico estimado em 445 mil toneladas. “A participação de mercado do Brasil deverá continuar a crescer”, disse o USDA em relatório no fim de março. Os Emirados Árabes Unidos foram o principal comprador de carne de frango brasileira com 40,7 mil toneladas, volume 16,2% superior ao registrado no mesmo mês de 2023. O país do Oriente Médio também tem elevado as compras de carne bovina brasileira. No primeiro trimestre, os EAU elevaram as compras do produto brasileiro em 270% ante igual período do ano passado, para 41,1 mil toneladas, e foram o terceiro maior comprador da proteína bovina do Brasil. Um dos motivos deste crescimento é que o país junto com a Turquia há algum tempo são também rotas de abastecimento do mercado do Irã que, por causa de vários boicotes internacionais, tem dificuldades de fazer compras diretas.

Carnetec

 

EMPRESAS

 

Frigoríficos: Cade pode adiar aprovação da transação entre Minerva e Marfrig

Minerva pretende adquirir 11 plantas de abate de bovinos da Marfrig no Brasil

 

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) considerou a aquisição pela Minerva, de 11 plantas de abate de bovinos da Marfrig no Brasil, como um ato de concentração “complexo”. A decisão permite uma extensão do prazo de análise de 240 para 330 dias, o que pode empurrar a decisão final para 14 de dezembro. A demora na aprovação levaria a uma correção pelo CDI do valor acordado (+ R$ 500 milhões só de ajuste). Há especulações sobre possíveis “remédios” impostos pelo Cade, mas ainda não se vislumbra uma reprovação. A Genial Investimentos disse que, caso a aprovação ultrapasse o segundo trimestre de 2024, poderá retirar seu “voto de confiança e rebaixar o rating de Minerva, uma vez que a postergação espreme a janela de tempo que a companhia terá para aproveitar o ciclo do gado positivo no Brasil à frente desses ativos”. No fim do ano passado, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) protocolou no Cade um pedido para fazer parte em um processo que avalia a compra de frigoríficos. Com a medida, a entidade busca assegurar que os pecuaristas estabelecidos nas áreas de abrangência das plantas frigoríficas não sofram abuso de poder de mercado no futuro. A CNA também encaminhou ao Cade uma nota técnica que aborda os impactos da concentração de mercado ocorrida nos últimos anos no setor. De acordo com a entidade, a aquisição das operações dos frigoríficos Marfrig pela Minerva poderá ampliar a concentração de mercado em determinados estados do país. Para a CNA, dentre suas inúmeras atribuições, o Cade deve avaliar o “Mercado Relevante” e assegurar a livre concorrência, evitando que ocorra posição dominante de uma empresa, seja em um produto ou em uma área geográfica relevante, o que pode dificultar a concorrência e trazer prejuízo aos produtores rurais, aos consumidores e à economia brasileira.

Agência Safras

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

G7:grupo de entidades do setor produtivo paranaense tem nova coordenação

O G7, grupo composto por sete entidades representativas do setor produtivo paranaense tem um novo coordenador. Sérgio Malucelli, presidente do Sistema Fetranspar assume o cargo que, até o começo de 2024, era exercido por Fernando Moraes, presidente da Faciap. A gestão é de dois anos. O primeiro encontro do grupo foi realizado na manhã da terça-feira (09/04), em Curitiba

 

A reunião contou com a presença de representantes das entidades participantes e teve foco em temas que o setor produtivo vem observando como latentes e que repercutem para toda a economia estadual. Entre eles, está a questão da necessidade de se pensar em estratégias que fomentem a infraestrutura de transportes – em todos os modais – para os próximos anos. Na avaliação do G7, a economia estadual cresce a uma velocidade maior que a infraestrutura hoje disponível. “É preciso pensar em alternativas de ampliação da capacidade portuária, de via alternativa à BR 277 rumo ao litoral, e ficar atentos às novas concessões ferroviárias que serão renovadas nos próximos anos, que precisam atender à demanda das próximas décadas de nosso estado”, frisa o coordenador do grupo. Os representantes do setor produtivo convidaram a liderança do Portoguará – projeto que está sendo desenvolvido na cidade de Paranaguá, para explanar seus investimentos para a logística portuária estadual. O projeto é tido como um dos mais modernos na área portuária e deve contribuir para suprir a demanda prevista para continuar crescendo nos próximos anos. O agronegócio também esteve na pauta, principalmente o crescimento constante que o segmento vem apresentando e a infraestrutura proporcional que exige ações do Estado. A questão leiteira foi um dos temas abordados na reunião, uma vez que foi identificada a venda do produto fora dos padrões acordados com o Mercosul, o que pode gerar operações duvidosas e não convencionais. Esse é um tema que precisa ser tratado em uma discussão ampla no âmbito nacional e o grupo pretende levá-lo para discussão em Brasília. A substituição tributária foi outro assunto que volta à pauta. O governo estadual tem até o dia 15 de maio para se manifestar sobre a questão, algo que impacta diretamente o setor de comércio. Presenças - Participaram da reunião, o coordenador do G7 e presidente do Sistema Fetranspar, Sérgio Malucelli, o presidente da Fecomércio, vice-governador Darci Piana, o presidente da ACP, Gilberto Deggerone, o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, o superintendente da Fecoopar, Nelson Costa, o vice-presidente do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette, o superintendente do Senar-PR, Carlos Augusto C. Albuquerque, e Helena Arriola Sperandio, da área de Relações Governamentais da Faciap.

Assessoria de Imprensa Fetranspar 

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

IPCA desacelera para 0,16% em março e fica abaixo do esperado

A inflação oficial brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,16% em março, após alta de 0,83% em fevereiro

 

Em março de 2023, houve elevação de 0,71%. As informações foram divulgadas na quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o menor resultado para um mês de março desde 2020 (0,07%). A taxa de 0,16% em março também ficou abaixo da mediana das projeções de 38 instituições financeiras e consultorias, ouvidas pelo Valor Data, de alta de 0,24%, mas dentro do intervalo das projeções, que ia de 0,15% a 0,34%. Com a taxa de março, o resultado acumulado nos últimos 12 meses é de 3,93%, ante 4,50% em fevereiro, ainda acima do centro da meta inflacionária estabelecida pelo Banco Central (BC) de 3% para 2024, mas dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, para mais ou para menos. Para esse resultado, a mediana das estimativas coletadas pelo Valor Data era de 4,01%, com projeções entre 3,92% e 4,10%. Das nove classes de despesas usadas para cálculo do IPCA, seis tiveram desaceleração na passagem entre fevereiro e março. Foram observadas taxas menores de inflação em alimentação e bebidas (de 0,95% para 0,53%); habitação (de 0,27% para 0,19%); transportes (de 0,72% para -0,33%); saúde e cuidados pessoais (de 0,65% para 0,43%); educação (de 4,98% para 0,14%); e comunicação (de 1,56% para -0,13%). Foram registradas taxas maiores em vestuário (de -0,44% para 0,03%); despesas pessoais (de 0,05% para 0,33%); e artigos de residência (de -0,07% para -0,04%), embora o último grupo tenha permanecido no campo negativo. O IBGE calcula a inflação oficial brasileira com base na cesta de consumo das famílias com rendimento de um a 40 salários-mínimos, abrangendo dez regiões metropolitanas, além das cidades de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília. A inflação se espalhou menos pelos itens que compõem o IPCA em março. O chamado Índice de Difusão, que mede a proporção de bens e atividades que tiveram aumento de preços, caiu para 55,7% no mês passado, de 57,0% em fevereiro, segundo cálculos do Valor Data considerando todos os itens da cesta. Excluindo alimentos, grupo considerado um dos mais voláteis, o indicador também mostrou uma menor abrangência das altas de preços, de 57,9% para 51,7%. A média dos cinco núcleos do IPCA monitorados pelo Banco Central (BC) saiu de 0,50% em fevereiro para 0,15% em março, segundo cálculos da MCM Consultores. No IPCA acumulado em 12 meses, a média dos cinco núcleos recuou de 4,01% para 3,79%. A meta de inflação anual perseguida pelo BC é de 3,0% em 2024, 2025 e 2026, sempre com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual, para cima ou para baixo.

Valor Econômico

 

Dólar atinge maior valor desde outubro após inflação acima do esperado nos EUA

O dólar à vista fechou a quarta-feira com forte alta ante o real, no maior patamar desde outubro do ano passado, com as cotações reagindo aos dados ruins de inflação nos EUA, que ampliaram as apostas de que o Federal Reserve começará a cortar juros apenas depois de junho.

 

O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,0786 reais na venda, em alta de 1,44%. Foi o maior valor de fechamento desde 13 de outubro de 2023, quando a divisa dos EUA encerrou a 5,0888 reais. Em abril, a divisa acumula elevação de 1,26%. Às 17h17, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,35%, a 5,0865 reais na venda. Quando os dados norte-americanos saíram, às 9h30, o cenário mudou. O Departamento do Trabalho informou que o CPI aumentou 0,4% em março, depois de avançar pela mesma margem em fevereiro. Nos 12 meses até março, o índice aumentou 3,5%, após alta de 3,2% em fevereiro. Os resultados foram piores que os esperados pelos economistas consultados pela Reuters, que previam alta de 0,3% no mês e de 3,4% na base anual. Em reação, os rendimentos dos Treasuries dispararam nos EUA, puxando também a curva de juros brasileira, e o dólar passou a registrar fortes ganhos ante as demais moedas globais. Por trás do movimento estava a percepção de que, com a inflação elevada nos EUA, o Fed não cortará juros em maio ou em junho, o que reduz o diferencial de juros entre o Brasil e o exterior. Na prática, o país se torna menos atrativo ao capital internacional, o que penaliza o real. No pior momento do dia, às 14h44, o dólar à vista marcou a cotação máxima de 5,0866 reais (+1,60%). O movimento esteve em sintonia com o exterior, onde o dólar também disparava ante divisas como o dólar australiano, o rand sul-africano e o peso chileno, na esteira da forte abertura da curva de juros norte-americana.

Reuters

 

Ibovespa recua com aposta de corte de juros nos EUA passando para setembro

O Ibovespa fechou em queda na quarta-feira, após um dado de inflação nos Estados Unidos mover para setembro as apostas de um primeiro corte de juros pelo Federal Reserve, enquanto Petrobras figurou entre as poucas altas do dia, após a estatal anunciar descoberta de petróleo na Margem Equatorial e com notícias de que o CEO Jean Paul Prates deve continuar no cargo

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,41%, a 128.053,74 pontos. Na máxima do dia, chegou a 129.871,64 pontos. De acordo com o chefe da EQI Research, Luís Moran, o mercado brasileiro refletiu um ajuste de preços conforme as apostas de um primeiro corte de juros nos EUA se moveram rapidamente em direção a setembro, uma vez que os dados corroboram a visão de que os juros ficarão mais altos por mais tempo. "A inflação está mais resistente do que o mercado estava esperando originalmente e, portanto, talvez o Fed não corte os juros tão cedo", afirmou. Nos EUA, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) aumentou 0,4% no mês passado, depois de avançar pela mesma margem em fevereiro, informou o Departamento do Trabalho na quarta-feira. Economistas consultados pela Reuters, porém, previam alta de 0,3%. Na visão do economista-chefe da Azimut Brasil, Gino Olivares, o dado provavelmente demandará uma recalibragem do discurso do Fed de que tudo estava indo conforme o esperado. "A resposta dos mercados foi imediata, reduzindo ainda mais as suas previsões de cortes de juros pelo Fed neste ano", observou.

Após a divulgação, os juros futuros norte-americanos passaram a precificar que o Fed deve realizar um primeiro corte de 0,25 ponto percentual em sua reunião de 17 e 18 de setembro, levando a taxa para uma faixa de 5% a 5,25%, com apenas mais um corte provável até o final do ano.

Reuters

 

Banco Mundial corta previsão do PIB da América Latina para 2024 e aumenta a do brasil

Para o Brasil, o Banco Mundial estima uma expansão do Produto Interno Bruto de 1,7% em 2024, acelerando a 2,2% em 2025. A revisão da atividade econômica em 2024 subiu de 1,5% para 1,7%; expectativa para 2025 é de alta de 2,2% e, em 2026, de 2,0%

 

O Banco Mundial cortou na quarta-feira sua previsão de crescimento econômico para a América Latina e o Caribe em 2024 para 1,6%, em comparação com a estimativa anterior de 2,3%, afirmando que a região continua a ficar atrás das taxas de crescimento registradas em outras partes do mundo. Para o Brasil, o Banco Mundial estima uma expansão do Produto Interno Bruto de 1,7% em 2024, acelerando a 2,2% em 2025. O crescimento econômico da região poderia receber um impulso necessário com o aumento da concorrência, mas a diversificação corporativa enfrenta restrições, inclusive na educação e na infraestrutura, disse o banco em um relatório. A atual taxa de crescimento na América Latina e no Caribe não é suficiente para impulsionar a prosperidade, acrescentou o banco. "O baixo crescimento persistente não é apenas uma estatística econômica, é uma barreira para o desenvolvimento", disse Carlos Felipe Jaramillo, vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe, em um comunicado. "Isso se traduz em serviços públicos reduzidos, menos oportunidades de emprego, salários deprimidos e maior pobreza e desigualdade." A baixa concorrência na região é uma barreira para a inovação e a produtividade, pois as grandes empresas dominam vários setores, sendo que 70% dos trabalhadores da região são autônomos ou fazem parte de empresas com menos de 10 funcionários, disse o Banco Mundial. Mesmo com a presença de agências e leis de concorrência em vários países, disse o banco, a aplicação na região é frágil, pois empresas grandes e poderosas geralmente influenciam as políticas governamentais. Outra barreira importante é a educação, já que 29% das empresas da região dizem que não podem expandir devido à falta de mão de obra qualificada, um problema que William Maloney, economista-chefe do banco para a América Latina e o Caribe, associa diretamente aos sistemas de ensino público e de treinamento deficientes da região, que não são preparados para atender às necessidades do setor privado. "No Vale do Silício, temos essa ligação muito estreita entre empresas e universidades que é absolutamente fundamental para o milagre tecnológico dos EUA nos últimos 50 anos (ou mais)", disse Maloney em uma entrevista. "Mas a América Latina está empatada com a África em termos de baixos níveis de interação entre empresas e universidades." Maloney disse que isso, juntamente com níveis muito baixos de investimento em infraestrutura, significa que "temos muito trabalho a fazer em muitas frentes". Um ponto positivo na região foi a gestão macroeconômica, que levou a uma rápida queda da inflação na maioria dos países da região, a ponto de os preços subirem mais lentamente do que em muitos países desenvolvidos. "Mas nada vai acontecer se não consertarmos os fundamentos subjacentes, o baixo nível de educação, a infraestrutura ruim, a dificuldade de transportar mercadorias", disse ele. "Isso será uma barreira para qualquer tipo de política industrial que se queira considerar."

Reuters

 

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