Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 595|10 de abril de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Negócios travados na compra e venda de boiadas
As negociações entre pecuaristas e frigoríficos continuam cautelosas, informou na terça-feira (9/4) a Agrifatto. No Paraná, o boi vale R$225,00 por arroba. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de sete dias
Na avaliação da Agrifatto, se o padrão de negociação persistir, “é provável que as escalas encolham em um ou dois dias, o que as fariam deixar de serem confortáveis”. Na terça-feira (9/4), pelo quarto dia consecutivo, os preços da arroba do boi gordo permaneceram estáveis em todas as 17 regiões monitoradas pela Agrifatto. Os analistas da consultoria dizem que, provavelmente, os frigoríficos irão intensificar a pressão de baixa sobre os preços do animal terminado durante o período de transição da safra para a entressafra. “Isso pode resultar em desvalorização da arroba no médio prazo”, antecipam os consultores. Historicamente, o valor do boi gordo em maio reduz quando comparado com os preços de abril. “Dentro dos últimos 29 anos, em 26 vezes o preço de maio foi menor do que o valor de abril, com a maior diferença negativa ocorrendo no ano passado (-7,69%) e uma média de -2,15% de desvalorização no comparativo entre os períodos”, destacou a Agrifatto. Na terça-feira, o preço médio do boi gordo em São Paulo permaneceu em R$ 227,50/@, de acordo com apuração da Agrifatto, que faz uma média entre os valores do animal “comum” (direcionado ao mercado doméstico) e o boi padrão exportação (o chamado “boi-China, abatido mais jovem, com idade até 30 meses). O mercado futuro segue apresentando melhores expectativas. Na segunda-feira (8/4), na B3, os preços futuros continuaram pressionados para cima e a maioria dos contratos apresentou ajuste positivo. O contrato com vencimento para maio de 2024 ficou cotado em R$ 230,30/@, ligeira valorização de 0,13% no comparativo diário. Pelos números levantados pela Scot Consultoria, no Estado de São Paulo, as escalas de abate estão, em média, para 8 dias úteis e as indústrias frigoríficas locais estão aos poucos retornando às compras após analisarem as vendas da última semana. Mas, diz a Scot, a oferta de bovinos terminados está ajustada e, com isso, as negociações no mercado do boi continuam morosas. Segundo a Scot, o boi gordo “comum” está precificado em R$ 227/@ na praça paulista, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 205/@ e R$ 220/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). A arroba do “boi-China”, de acordo com a Scot, está valendo R$ 235 em São Paulo, com ágio de R$ 8/@ sobre o preço do boi gordo “comum”. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na terça-feira (9/4): São Paulo — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$235,00. Média de R$227,50. Vaca a R$200,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abates de nove dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de nove dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$225,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de sete dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de sete dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de nove dias; Pará — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de treze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de sete dias; Rondônia — O boi vale R$190,00 a arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de doze dias; Maranhão — O boi vale R$205,00 por arroba. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de onze dias;
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/AGRIFATTO
SUÍNOS
Preço do suíno vivo subiu 0,48% no Paraná na terça-feira
O mercado de suínos encerra a terça-feira (9) com queda para a carcaça especial em São Paulo e elevação no valor do animal vivo em Minas Gerais
Segundo pesquisadores do Cepea, o poder de compra de suinocultores paulistas frente ao farelo de soja vem crescendo há três meses, atingindo, em março, o melhor resultado desde novembro de 2020, em termos reais. Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável, custando, em média, R$ 127,00, enquanto a carcaça especial baixou 2,02%, com valor de R$ 9,70/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (9), houve queda somente em São Paulo, na ordem de 0,45%, chegando a R$ 6,63/kg. Foram registradas altas de 2,04% em Minas Gerais, alcançando R$ 6,50/kg, e de 0,48% no Paraná, custando R$ 6,27/kg. Os valores não mudaram no Rio Grande do Sul (R$ 6,13/kg) e em Santa Catarina (R$ 6,00/kg).
Cepea/Esalq
FRANGOS
Altas na terça-feira para o frango congelado ou resfriado em São Paulo. Estabilidade no Paraná
A terça-feira (9) foi de leves altas para o frango congelado ou resfriado em São Paulo, mantendo as demais cotações estáveis
Segundo pesquisadores do Cepea, a carne de frango ganhou competitividade frente à suína em março, mas perdeu para a de boi. Isso porque, segundo pesquisadores do Cepea, a proteína avícola se desvalorizou mais que a suína e menos que a bovina, em valores absolutos, em relação ao mês anterior. Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável, valendo R$ 5,00/kg, assim como o frango no atacado, valendo R$ 6,65/kg. No caso do animal vivo, Paraná ficou não mudou, valendo R$ 4,56/kg, da mesma maneira que em Santa Catarina, com valor de R$ 4,43/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (9), a ave congelada teve aumento de 0,98%, alcançando R$ 7,24/kg, enquanto o frango resfriado subiu 0,68%, fechando em R$ 7,43/kg.
Cepea/Esalq
EMPRESAS
Com R$ 40 milhões do BNDES, cooperativa do Paraná modernizará armazenagem de grãos
Cooperativa Frísia receberá financiamento com recursos do Prodecoop, no âmbito do Plano Safra, e do BNDES Finem Apoio do Banco amplia a capacidade de armazenamento de grãos no país e fortalece o cooperativismo, gerando renda ao produtor rural
O Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento no valor de R$ 40 milhões para a Cooperativa Frísia modernizar e ampliar unidades de armazenamento de grãos em Carambeí, Imbituva e Tibagi, todos no Paraná. O projeto tem valor total de R$ 47,9 milhões. Dos recursos aprovados pelo Banco, R$ 34,6 milhões são do Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop), no âmbito do Plano Safra 2023/24, e R$ 5,4 milhões do BNDES Finem, programa do Banco de apoio a projetos de investimentos, voltados à geração e aumento de capacidade produtiva. “A modernização e a ampliação da capacidade de armazenamento de grãos no país são estratégicas para fortalecer as cadeias agroindustriais e para garantir a segurança alimentar no Brasil, objetivos centrais do governo Lula”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Segundo o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon, o projeto também vai contribuir para o aumento da produção da cooperativa e para a geração de renda no campo. “Ao mesmo tempo em que reduz o déficit de armazenagem de grãos no Brasil, o projeto fortalece o cooperativismo como estrutura social de produção, gerando renda ao produtor rural e estimulando sua permanência no campo”, afirma. Somente nos últimos dois anos, o BNDES desembolsou cerca de R$ 2 bilhões para investimentos que busquem reduzir o déficit de capacidade de armazenagem agrícola no Brasil. O superintendente da Frísia, Mario Dykstra, destacou a importância do investimento para o contínuo desenvolvimento da região paranaense. “Temos uma ampliação da capacidade produtiva dos cooperados e da cooperativa, o que nos dá segurança e previsibilidade. Além disso, quando produzimos mais e melhor, há reflexo direto para o consumidor final, que terá acesso a uma maior gama de produtos, com qualidade e sustentabilidade”, afirma. Com o financiamento, a unidade de recebimento e armazenagem de grãos em Carambeí (PR), que recebe soja, milho, feijão preto, feijão branco, trigo e aveia branca e preta, terá novos equipamentos, que vão garantir maior produtividade. Serão adquiridos transportadores verticais e horizontais de grãos, que aumentarão a eficiência operacional, a diminuição do consumo de energia elétrica (com motores novos de alta eficiência energética) e duas novas máquinas de limpeza com maior capacidade e melhor eficiência operacional. A unidade de Imbituva (PR) será modernizada e sua capacidade de processamento de grãos será ampliada com a aquisição de um novo secador, um silo pulmão e de novas máquinas de limpeza, mais modernas e com maior capacidade. A cooperativa também vai aumentar a capacidade de elevadores da linha de descarga e automatizar a linha de coleta de resíduos. O objetivo é garantir maior produção, com novos equipamentos e com o aumento da capacidade de secagem, proporcionando maior disponibilidade para a unidade, reduzindo longas filas de espera de caminhões para descarga de grãos, com melhoria da logística e da operação. Em Tibagi (PR), a cooperativa pretende ampliar a capacidade de armazenagem de 24 mil para até 36 mil toneladas na unidade Tibagi III, que recebe soja, milho e trigo, e passa a receber cevada neste ano. Serão instalados dois novos silos de 6 mil toneladas cada. Outra medida será a ampliação da secagem, com a instalação de um novo secador de grãos.
BNDES
GOVERNO
27ª abertura de mercado em 2024 é para a Coreia do Sul
Desde o início do terceiro mandato do Presidente Lula, já foram abertos 105 novos mercados em 50 países
O Brasil recebeu com satisfação a notícia da abertura do mercado da Coreia do Sul às exportações brasileiras de subprodutos de origem animal (farinhas e gorduras de aves) destinados à alimentação animal. Essa nova abertura, marca a 27ª expansão para o agro brasileiro somente neste ano. Com a recente conclusão das negociações sobre o Certificado Sanitário Internacional (CSI), os estabelecimentos brasileiros já podem ser habilitados a exportar esses produtos. O anúncio reafirma ainda a confiança internacional no sistema de controle sanitário do Brasil. Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a abertura atende também uma demanda da Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA) e suas empresas associadas, bem como de importadores coreanos que preveem uma expansão da indústria coreana de rações a fim de dar conta do crescimento do número de animais domésticos na Ásia. A Coreia do Sul foi o oitavo destino para os produtos agrícolas brasileiros em 2023, somando US$ 3,37 bilhões em exportações. Com esta nova abertura, o agronegócio brasileiro alcançou sua 105ª expansão comercial em 50 países desde o início do ano passado, durante mandato do presidente Lula e sob gestão do ministro Carlos Fávaro no Mapa. O resultado positivo alcançado é fruto dos esforços conjuntos entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).
MAPA
BNDES disponibiliza mais R$ 1,4 bi para o Plano Safra 2023-24
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em esforço conjunto com o Governo Federal, disponibilizará no dia 11 de abril mais R$ 1,4 bilhão para operações de crédito no âmbito dos Programas Agropecuários do Governo Federal (PAGF) para o Plano Safra 2023-2024
Com a medida, o total de recursos ainda disponível nos diferentes PAGF a serem repassados pelo Banco é de R$ 4,6 bilhões, com prazo de utilização até junho de 2024. O Banco já aprovou mais de R$ 28 bilhões, em mais de 120 mil operações, para o Plano Safra 2023-2024, um crescimento de 23% em relação ao mesmo período da safra passada. “São recursos importantes que poderão ser utilizados por produtores rurais, inclusive agricultores familiares, e cooperativas agropecuárias, para custeio e investimento em diversas finalidades, e revelam a prioridade com que o governo do presidente Lula trata o setor agropecuário do país”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Segundo ele, os produtores poderão ampliar a produção, a aquisição de máquinas e equipamentos, a armazenagem e investir em inovação. O BNDES é um dos principais apoiadores do setor agropecuário. Além dos PAGF, o Banco também oferece soluções próprias para garantir a oferta de crédito durante todo o ano, como o BNDES Crédito Rural.
MAPA
OCB quer Plano Safra de R$ 558 bilhões para 2024/25
Entre as demandas da entidade se destacam a ampliação dos limites de contratação por tomador. OCB quer fortalecimento do programa de subvenção ao seguro rural (PSR), com a alocação de R$ 3 bilhões
A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) elaborou um documento contendo as principais propostas para o próximo Plano Safra 2024/25. O estudo foi entregue no final de março ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e sugere um montante de recursos total de R$ 558 bilhões, o maior da história até o momento. “Elaboramos um documento que contempla as principais necessidades dos agricultores”, diz Luís Alberto Pereira, presidente da OCB-GO. Ele esteve presente no primeiro dia da Tecnoshow, feira agropecuária que acontece em Rio Verde, representando a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB). Entre as demandas da entidade se destacam a ampliação dos limites de contratação por tomador; manutenção da atual arquitetura do crédito rural; redução das taxas de juros; elevação do percentual da exigibilidade dos recursos obrigatórios de depósitos à vista de 30% para 34%; a manutenção do percentual de direcionamento dos recursos captados na poupança rural em 65%; a a elevação do direcionamento dos recursos captados através da letra de crédito do agronegócio (LCA) de 50% para 60%. O fomento ao acesso das cooperativas agropecuárias aos programas de promoção de sustentabilidade ambiental e a ampliação do acesso da agricultura familiar inserida no cooperativismo ao Pronaf também faz parte do pleito da OCB. Em linha com o que está sendo estudado pelo Ministério, a OCB apresentou também alternativas para o aumento de recursos destinados à equalização das taxas de juros e o fortalecimento do programa de subvenção ao seguro rural (PSR), com a alocação de R$ 3 bilhões. “Nossa proposta é elevar de R$ 800 milhões para R$ 1,2 bilhão os limites para créditos às cooperativas de produção agropecuária”, diz Pereira. Quanto a sugestão de redução das taxas de juros, o executivo explica que para os investimentos na safra 2024/25, a OCB propõe corte de juros em todas as linhas. “No Moderfrota, por exemplo, a sugestão é que os juros saiam dos 12,5% para uma faixa entre 8,5% e 9%. Em programas como PCA (armazéns), RenovAgro (agricultura de baixo carbono) e Inovagro (inovações), a proposta é que as taxas sejam ainda mais baixas: 6%, 5,5% e 7,5%, respectivamente”, diz. “Também sugerimos ampliar o acesso das cooperativas como beneficiárias estratégicas para a efetividade e capilaridade do programa de financiamento RenovAgro, para adaptação à mudança do clima e baixa emissão de carbono na agropecuária”, explica.
Globo Rural
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Condição do milho 2ª safra do Paraná tem piora significativa com seca, diz Deral
A condição das lavouras de milho segunda safra do Paraná na temporada 2023/24 piorou "significativamente" na última na semana por conta de um tempo seco que atinge um dos maiores produtores do cereal no Brasil, informou na terça-feira o Departamento de Economia Rural (Deral), em boletim semanal
As lavouras em condições ruins agora representam 8% das áreas, versus apenas 2% na semana passada, apontou o órgão da Secretaria Estadual de Agricultura. Da mesma forma, caiu o índice de lavouras em situação boa para 72%, versus 81% na semana anterior. Aquelas em condição média passaram a representar 20%, contra 17% anteriormente. "A safra piorou significativamente nos últimos 15 dias, falta de chuvas aliada a calor intenso no campo", afirmou o especialista do Deral Edmar Gervásio à Reuters. Até o final de março, o Deral estimava a segunda safra de milho do Paraná em 14,2 milhões de toneladas, praticamente estável na comparação anual. Mas a piora da condição da lavoura pode alterar os números. Segundo Gervásio, as chuvas nesta semana "ainda são irregulares e não foram capazes de estabilizar as perdas". "A expectativa é que, se chover nos próximos dias, teremos pelo menos uma estabilização nas perdas", afirmou. Uma frente fria está avançando pelo Sul do Brasil entre quarta e quinta-feira. O Paraná tende a receber chuvas a partir da quinta-feira, com o avanço do novo sistema, segundo boletim da terça-feira da Rural Clima, que aponta instabilidades ganhando intensidade no final de semana. Boa parte do milho segunda safra do Paraná está em fases que requerem chuvas, como a frutificação (26%) e floração (31%). Apenas 1% está em maturação, e o restante em desenvolvimento vegetativo (42%). O Deral informou ainda que a colheita de milho primeira safra e de soja está perto de ser concluída. No caso da oleaginosa, produtores já colheram 97% das áreas.
Reuters
Indústria paranaense avança 4% no bimestre e ultrapassa patamar da pandemia
Os números de fevereiro também são positivos. Enquanto no Brasil houve uma retração de 0,3% em relação a janeiro, com recuo em cinco das 15 localidades pesquisadas, a indústria do Paraná avançou 0,6% de um mês para outro. Já na comparação com fevereiro de 2023, a produção aumentou 4,7% no Estado.
A produção industrial paranaense cresceu 4% no primeiro bimestre de 2024, na comparação com os primeiros dois meses de 2023, e já supera o ritmo dos períodos anteriores à pandemia. As informações são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada na terça-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostra o avanço da atividade no Estado em todos os recortes analisados pelo IBGE. Os números de fevereiro também são positivos. Enquanto no Brasil houve uma retração de 0,3% em relação a janeiro, com recuo em cinco das 15 localidades pesquisadas, a indústria do Paraná avançou 0,6% de um mês para outro. Já na comparação com fevereiro de 2023, a produção aumentou 4,7% no Estado. O Paraná também apresentou o melhor resultado da região Sul no acumulado de 12 meses, com crescimento de 2,4% entre março de 2023 a fevereiro de 2024, ante os 12 meses anteriores. A indústria de Santa Catarina caiu 0,4% e a do Rio Grande do Sul recuou 2,2%. Este recorte também supera a média nacional, que avançou 1%. Com um índice de 105,65774 na atividade industrial em fevereiro, o nível de produção está à frente do registrado em fevereiro de 2020, antes dos períodos mais restritivos da pandemia de Covid-19, quando o índice era 103,89571. O indicador mede as variações no volume físico de bens e serviços produzidos pela indústria ao longo do tempo, sem considerar as oscilações nos preços desses produtos. “Em fevereiro de 2024, encontramos nove locais acima do patamar pré-pandemia: Amazonas, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e São Paulo”, afirmou Bernardo Almeida, analista da PIM Regional, na divulgação oficial dos dados. A produção bimestral foi alavancada, no Estado, principalmente pela fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, que avançou 41,4% nos primeiros meses do ano, e de produtos de madeira, com aumento de 22,1%. Também cresceram, no período, as indústrias de bebidas (14,3%), de produtos de borracha e de material plástico (9,6%), de móveis (5,8%), de produtos alimentícios (4,4%), de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (3,4%) e de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (0,1%). Houve redução, no bimestre, na produção de máquinas e equipamentos (-13,3%), produtos de minerais não metálicos (-4%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-1,3%) e celulose, papel e produtos de papel (-1%). Na relação com fevereiro de 2023, mais uma vez os destaques foram a fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos e de produtos de madeira, com crescimento de 26,6% e 21,9%, respectivamente. Também avançaram as indústrias de bebidas (18,6%), produtos de borracha e de material plástico (13,1%), móveis (11%), produtos químicos (7,8%), produtos alimentícios (6,1%), produtos de minerais não metálicos (5%), produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (2,4%) e celulose, papel e produtos de papel (1,7%). Apenas três setores industriais reduziram a produção no período: a maior queda foi na fabricação de máquinas e equipamentos (-11,7%), seguido de veículos automotores, reboques e carrocerias (-0,9%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,7%). Já no acumulado de 12 meses, o maior avanço foi na produção de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, com aumento de 16,6% ante os 12 meses anteriores. Também fecharam em alta as indústrias de bebidas (8%), produtos alimentícios (6,4%), produtos de borracha e de material plástico (1,4%) e de móveis (1,2%).
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar cai para perto dos R$5 em novo dia de alta do minério de ferro
A forte alta dos preços do minério de ferro no mercado internacional, pelo segundo dia consecutivo, abriu espaço para nova baixa do dólar à vista no Brasil, importante exportador global da commodity, mas ainda assim a moeda norte-americana se manteve pouco acima do nível técnico dos 5 reais na terça-feira
O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,0067 reais na venda, em baixa de 0,50%. Em abril, a divisa acumula queda de 0,18%. Às 17h03, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,39%, a 5,0170 reais na venda. A moeda norte-americana cedeu durante toda a sessão no Brasil em continuidade ao movimento da véspera, com o real sendo favorecido pela alta do minério de ferro no exterior. Em meio à expectativa de melhora na demanda da China, maior consumidor global do produto, o minério de ferro mais negociado para setembro na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou com alta de 5,63%, a 815,5 iuanes (112,73 dólares) por tonelada. Este é o nível mais alto desde 25 de março, após aumento de mais de 3% na segunda-feira. “O real está mais ligado hoje às moedas de commodities, como o rand sul-africano e o peso chileno, que também se beneficiam da valorização dos metais”, pontuou Carlos Lopes, economista do banco BV. “Mas hoje, especificamente, (o câmbio) está com pouca movimentação, com ausência de dados. O mercado está aguardando os números de inflação dos EUA”, acrescentou. “Ali (nos 5 reais) aparece comprador e investidor recompondo posição (em dólar)”, justificou Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora. Rugik e um operador ouvido pela Reuters chamaram atenção, no entanto, para a liquidez relativamente reduzida na terça-feira, com investidores segurando posições antes da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA, na quarta-feira. Participantes do mercado no Brasil também seguiam atentos ao noticiário sobre possível mudança na meta fiscal para 2025. O governo tem até o dia 15 para encaminhar ao Congresso o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do próximo ano. Na segunda-feira, surgiu a informação de que a meta pode cair de superávit primário de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para um resultado de 0% a 0,25%.
Reuters
Ibovespa fecha em alta e encosta em 130 mil pontos com alívio nos Treasuries
No setor de proteínas, JBS ON valorizou-se 3,99%, a 22,41 reais, enquanto a rival BRF ON subiu 2,80%, a 17,26 reais. Analistas do JPMorgan citaram em relatório reunião com a Almarai, líder em produtos avícolas da Arábia Saudita, afirmando que a conversa teve tom construtivo para os mercados de aves do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) "e, portanto, uma leitura positiva para a BRF e, em menor medida, para a JBS".
O Ibovespa fechou em alta na terça-feira, resistindo ao enfraquecimento das ações da Vale e da Petrobras e encostando nos 130 mil pontos, marcado pelo alívio nos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano, que reverberou na curva de juros doméstica. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,8%, a 129.890,37 pontos. O volume financeiro somou 20,18 bilhões de reais. Investidores encerraram o pregão no aguardo de uma pauta relevante na quarta-feira, que tem como destaque o índice de preços ao consumidor (CPI) norte-americano de março, em um momento de incertezas crescentes sobre quando começará um muito aguardado ciclo de cortes de juros na maior economia do mundo. "As bolsas no mundo todo estão aguardando o que vai sair sobre inflação amanhã nos Estados Unidos", afirmou o sócio e especialista da Blue3 Investimentos Kevin Costner. Além do CPI, a próxima sessão também reserva a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve. Em Wall Street, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, fechou com uma variação positiva de 0,14%, enquanto o rendimento do título de 10 anos do Tesouro dos EUA recuou a 4,3576%, de 4,424% na véspera. No Brasil, a agenda de quarta-feira destaca o IPCA de março, que também deve ajudar a calibrar as apostas sobre a taxa terminal da Selic no atual ciclo de afrouxamento monetário no país, principalmente após o Banco Central encurtar a prescrição sobre os próximos movimentos.
Reuters
Mercado eleva projeções para inflação neste ano e no próximo. PIB cresce 0,01 ponto percentual
Analistas consultados pelo Banco Central elevaram levemente a perspectiva para a inflação neste ano e no próximo, vendo ainda um pouco mais de crescimento em 2024, de acordo com a pesquisa Focus divulgada na terça-feira.
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA em 2024 subiu 0,01 ponto percentual, a 3,76%. Para 2025 o ajuste foi de 0,02 ponto para cima, a 3,53%. Para os dois anos seguintes a conta permanece em 3,50% pela 40ª semana seguida. O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento este ano melhorou em 0,01 ponto percentual, a 1,90%, permanecendo em 2,0% para o ano que vem. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que não houve alterações no cenário para a taxa básica de juros, com a Selic estimada em 9,0% ao final de 2024 e em 8,50% em 2025. Para a reunião de política monetária de 7 a 8 de maio, os analistas consultados pelo BC veem novo corte de 0,5 ponto percentual para a Selic, atualmente em 10,75% ao ano.
Reuters
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