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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 578 DE 15 DE MARÇO DE 2024


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 578 | 15 de março de 2024


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS

 

Negócios envolvendo boiadas gordas não andam

Segundo apurou a Scot Consultoria, no mercado paulista, a demanda pela carne bovina não evoluiu ao longo desta semana e o equilíbrio nas ofertas de boiadas gordas garantem escalas de abate confortáveis aos frigoríficos locais, com uma média de 11 dias. No Noroeste/PR, a arroba está cotada a 222,50, segundo a Scot Consultoria

 

“Como resultado, o mercado não avança”, ressalta a Scot. Pelos dados da consultoria, nas praças de São Paulo, o “boi-China” está em R$ 235/@, enquanto o boi “comum” vale R$ 230/@. Por sua vez, as fêmeas estão sendo negociadas em R$ 205/@ (vaca gorda) e R$ 220/@ (novilha). Na B3, o movimento de alta não permaneceu na quarta-feira (13/03) e todos os contratos apresentaram ajustes negativos na comparação feita com o dia anterior. O vencimento para março/24 ficou precificado em R$232,85/@, queda diária de 0,62%, informou a Agrifatto. As vendas de carne bovina no varejo de São Paulo têm apresentado baixo desempenho nesta semana, disse a Agrifatto. “Há oferta volumosa de todos os produtos com osso, contudo, a demanda para maioria deles é baixa. Existe um excesso de oferta e um claro viés de baixa nas cotações do traseiro, da ponta de agulha e da vaca casada”, acrescentou. Além disso, foram registradas algumas vendas de boi castrado com ajuste negativo de R$ 0,30/kg, chegando a R$ 15,50/kg, informou a Agrifatto. “Ou seja, a pressão negativa da segunda quinzena chegou com tudo para os atacadistas da carne bovina”, destacaram os analistas. Com a divulgação dos números de abate no Brasil referente ao quarto trimestre, o setor registrou um volume acumulado de 34,06 milhões de cabeças enviadas aos ganchos no Brasil em 2023. “Trata-se do maior montante de bovinos abatidos no Brasil desde 2013”, relata a Agrifatto. Com esses números, observa a consultoria, a participação de fêmeas sobre o total de bovinos abatidos no Brasil atingiu 41,6% em 2023, o maior resultado desde 2019 e 2,35 pontos percentuais acima da média de participação dos últimos 15 anos. O resultado reforça o argumento de que a atual fase do ciclo pecuário “é de descarte de fêmeas”. “Para 2024, esperamos que o descarte de fêmeas continue acelerado e estimamos que o total de bovinos abatidos no Brasil atinja 35,85 milhões de cabeças, o maior resultado da história”, prognostica a Agrifatto. Cotações: Barretos/SP 224.50; Araçatuba/SP 224.50; Triângulo/MG 210.50; B. Horizonte/MG 200.50; Norte/MG 210.50; Sul/MG 205.50; Goiânia/GO 205.50; Reg. Sul/GO 210.50; Dourados/MS 214.50; C. Grande/MS 210.50; Três Lagoas/MS 210.50; RS Oeste (kg)/RS7.85; Pelotas (kg)/RS7.95; Sul/BA 210.50; Oeste/BA 214.50; Norte/MT 205.50; Sudoeste/MT 205.50; Cuiabá*/MT 205.50; Sudeste/MT 205.50; Noroeste/PR 222.50; SC 234.50; Oeste/MA 200.50; Alagoas 234.50; Marabá/PA 203.50; Redenção/PA 200.50; Paragominas/PA 219.50; Sudeste/RO 190.50 ; Sul/TO 200.50; Norte/TO 203.50; Acre 190.50; ES 205.50; RJ 210.50.

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/AGRIFATTO

 

Exportações de carne: Brasil protagonista até 2033

Estimativa é do USDA, com base na produção dos principais países exportadores

 

Um novo relatório estimativo do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado em fevereiro passado, coloca o Brasil como protagonista do comércio mundial de carne bovina nos próximos 10 anos. Segundo as projeções norte-americanas, os embarques dos principais exportadores globais devem aumentar de 11,7 milhões de toneladas equivalente-carcaça (teq), em 2023, para 13,5 milhões, em 2033 (15% a mais). “Quem puxará esse crescimento ao longo de uma década será o Brasil”, destaca o economista Yago Travagini, analista da Agrifatto, consultoria com escritório na capital paulista. Das 1,757 milhão de t embarcadas a mais entre 2023 e 2033, os exportadores brasileiros serão responsáveis pelo envio de 1,076 milhão. Ou seja, o País responderá por 61% do crescimento global das exportações de carne bovina”, ressalta Travagini.

Portal DBO


SUÍNOS

 

Preços sobem no mercado de suínos do PR e SC

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável, custando, em média, R$ 127,00, assim como a carcaça especial, com valor de R$ 10,00/kg

 

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (13), houve queda somente em Minas Gerais, na ordem de 0,15%, atingindo R$ 6,77/kg. Os preços não mudaram no Rio Grande do Sul (R$ 6,14/kg) nem em São Paulo (R$ 6,70/kg). Houve aumento de 0,49% em Santa Catarina, chegando a R$ 6,10/kg, e de 1,13% no Paraná, fechando em R$ 6,28/kg. Na quinta-feira (14) as principais Bolsas de Suínos que comercializam os animais na modalidade independente registraram aumento nos preços, antes que a primeira quinzena do mês termine. De acordo com lideranças do setor, menor oferta de animais e a notícia de habilitações de frigoríficos por parte da China aqueceram os preços. 

Cepea/Esalq

 

Suinocultura independente: Preços seguem em alta antes da virada da quinzena

Em São Paulo o preço teve alta, passando de R$ 6,93/kg vivo para R$ 7,04/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). 

 

No mercado mineiro, o valor ficou estável em R$ 6,80/kg vivo, som acordo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal aumentou, passando de R$ 6,21/kg vivo para R$ 6,42/kg vivo nesta semana. No Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 07/03/2024 e 13/03/2024), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui), da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 1,76%, fechando a semana em R$ 6,51/kg vivo. "Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$ 6,40/kg vivo", informou o Lapesui.

Agrolink

 

Abertura do mercado britânico para exportação de gelatinas e colágenos de suínos

Com esta abertura, o agronegócio brasileiro alcançou sua 19ª expansão comercial no ano

 

O governo brasileiro acolheu com satisfação a decisão do Reino Unido de autorizar as exportações brasileiras de gelatinas e colágenos derivados de suínos para aquele mercado. Somente no ano passado, o Brasil exportou US$ 375 milhões em gelatinas para cerca de 70 países. Este é o terceiro mercado aberto para a exportação do produto neste ano, após o estabelecimento de parcerias comerciais com El Salvador e Estados Unidos. O resultado positivo é fruto dos esforços conjuntos entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

MAPA

 

Suínos/Cepea: Poder de compra cai em relação ao milho, mas sobe frente ao farelo

O poder de compra de suinocultores paulistas tem caído em relação ao milho, mas avançado frente ao farelo de soja, conforme apontam pesquisas do Cepea

 

Isso porque, enquanto os preços do suíno vivo posto frigorífico no mercado independente apresentam leves quedas em março, os do cereal seguem firmes e os do derivado da oleaginosa caem com força. Segundo pesquisadores do Cepea, apesar das recentes valorizações do animal, a menor procura por parte da indústria no início do mês pressionou a cotação média mensal do suíno. Para o milho, de acordo com a Equipe Grãos/Cepea, o baixo volume de estoques e as valorizações externas vêm sustentando os preços em regiões paulistas; já no caso do farelo, consumidores estão se abastecendo aos poucos, fundamentados na possível maior oferta do derivado diante do aumento na demanda por óleo de soja.

Cepea

 

FRANGOS

 

Frango: cotações estáveis no PR e SP

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável, valendo R$ 5,20/kg, assim como o frango no atacado, valendo R$ 6,55/kg

Na cotação do animal vivo, o preço ficou inalterado no Paraná, custando R$ 4,58/kg, enquanto em Santa Catarina, houve alta de 2,08%, valendo R$ 4,42/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta-feira (13), a ave congelada ficou com preço estável em R$ 7,33/kg, enquanto o frango resfriado subiu 0,94%, fechando em R$ 7,48/kg.

Cepea/Esalq

 

USDA estima aumento de 4% na exportação de carne de frango do Brasil em 2024

De acordo com relatório divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a estimativa para este ano de 2024 é que o Brasil amplie as exportações de carne de frango em 4%, com volume de 4,97 milhões de toneladas, seguindo na liderança como maior exportador mundial da proteína avícola 

 

"O Governo do Brasil está trabalhando para abrir novos mercados, aumentar a diversidade de produtos nos mercados existentes e negociar a regionalização de cláusulas aos seus atuais certificados sanitários para evitar o embargo de mercados caso a gripe aviária de alta patogenicidade atinja alguma granja comercial", aponta o relatório. Pelo viés da produção de carne de frango no Brasil, o USDA pontua que o país deve continuar na segunda aposição, atrás somente dos Estados Unidos no ranking. O volume de proteína avícola produzida em solo brasileiro previsto para 2024 pelo USDA é de 15,1 milhões de toneladas, o que significa aumento de 1% em relação ao ano passado. "Isto é um marco histórico para o Brasil e a previsão baseia-se em forte procura externa, no desempenho socioeconômico, e melhores custos de produção. As granjas comerciais do Brasil continuam livres da influenza aviária altamente patogênica, e essas projeções pressupõem que continuarão a ser assim".

USDA

 

CARNES

 

Brasil aumentou abate de bovinos e bateu recordes em frango e suínos em 2023

Abate de frango passou de 6,2 bilhões de unidades e encerrou 2023 com novo recorde. O abate de bovinos no país cresceu 13,7% em 2023, para 34,06 milhões de cabeças. É o que informam as Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro, e da Produção de Ovos de Galinha, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o segundo maior número anual de toda a série histórica, de 1997, atrás apenas de 2013

 

No quarto trimestre, o abate de bovinos aumentou 21,3% em relação aos últimos três meses de 2022, para 9,153 milhões de cabeças. Na comparação com o terceiro trimestre, houve alta de 1,8%. produção de carcaças em 2023, por sua vez, atingiu recorde de 8,95 milhões. O IBGE destacou que, em 2023, o abate de fêmeas apresentou alta pelo segundo ano consecutivo, com aumento de 26,6% em comparação a 2022. O aumento da atividade foi acompanhado das exportações recordes de carne bovina in natura (2,01 milhões de toneladas) registradas pela série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e pela queda de 19,8% no preço médio da arroba (Cepea/Esalq). O Estado de Mato Grosso ampliou sua liderança no abate de bovinos no país em 2023. O número de cabeças abatidas no Estado aumentou em 1,21 milhão e, com isso, sua participação no volume total do país chegou a 17,4%. Essa fatia era de 15,8% em 2022. Se Mato Grosso manteve sua liderança, houve mudanças nas duas posições seguintes do ranking. São Paulo, que ocupava a segunda posição em 2022 (11,5%), caiu para a terceira em 2023, com 10,1% do total. Goiás, por sua vez, que não estava entre os três primeiros lugares em 2022, alcançou a vice-liderança em 2023 (10,4%), após um aumento de 535,19 mil cabeças. O instituto divulgou também dados sobre os curtumes do Brasil. A aquisição de peças de couro subiu 17,7% no quarto trimestre e aumentou 2,6% em relação ao trimestre imediatamente anterior, somando 9,172 milhões. O abate de suínos no país atingiu novo recorde em 2023, com alta de 1,3% em comparação com 2022, para 57,17 milhões de cabeças. No quarto trimestre, houve aumento de 1,1%, para 14,148 milhões de cabeças. Na comparação com o terceiro trimestre, no entanto, houve recuo de 3,4%. O abate de 707,33 mil cabeças de suínos a mais em 2023 foi impulsionado por aumentos no abate em nova dos 24 Estados que participam da pesquisa, explicou o IBGE. Entre aquelas com participação acima de 1%, ocorreram aumentos no Paraná (+660,63 mil cabeças), Santa Catarina (+631,22 mil cabeças) e Mato Grosso do Sul (+64,29 mil cabeças). Em contrapartida, ocorreram quedas em Minas Gerais (-266,10 mil cabeças), São Paulo (-166,97 mil cabeças), Mato Grosso (-126,92 mil cabeças), Goiás (-54,25 mil cabeças) e Rio Grande do Sul (-20,85 mil cabeças). O abate de frangos totalizou 6,28 bilhões de unidades em 2023, aumento de 2,8% em relação a 2022. No quarto trimestre, o abate caiu 2,2%, para 1,530 bilhão de aves. Na comparação com o terceiro trimestre, houve recuo de 3,2%. O IBGE destacou que, em 2023, foi registrado novo recorde de exportações da carne de frango in natura e na comparação mês a mês com 2022. Em todos os meses, os embarques aumentaram. Os preços médios do setor avícola seguiram uma trajetória de queda até julho do ano passado e se recuperaram nos meses seguintes.

GLOBO RURAL

 

GOVERNO

 

Exportações do agronegócio batem novo recorde para os meses de fevereiro e atingem US$ 11,63 bilhões

Aumento foi de quase 20% comparado com fevereiro de 2023

 

As exportações do agronegócio atingiram uma cifra recorde para os meses de fevereiro, chegando a US$ 11,63 bilhões. O valor foi 19,7% superior na comparação com os US$ 9,71 bilhões exportados em fevereiro de 2023, correspondendo a um crescimento de US$ 1,91 bilhão nos valores exportados. De acordo com a secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa), quatro produtos explicam o forte crescimento das exportações em fevereiro de 2024: açúcar (+ US$ 1,06 bilhão); algodão (+ US$ 406, 55 milhões); café verde (+ US$ 313,06 milhões) e carne bovina (+ US$ 211,65 milhões). No mês passado, os cinco principais setores exportadores foram complexo soja (32,1% de participação); carnes (15,8% de participação); complexo sucroalcooleiro (14,3% de participação); produtos florestais (11,0% de participação); e café (7,0% de participação). Estes cinco setores responderam por 80,2% das vendas externas do setor em fevereiro. A China continua sendo a principal parceira do agronegócio brasileiro, tendo adquirido US$ 3,60 bilhões em produtos do setor em fevereiro de 2024. O valor colocou o país asiático com 31,0% de participação nas exportações brasileiras do agronegócio no mês. Na sequência vem os Estados Unidos com US$ 842 milhões. A Indonésia foi o país que mais aumentou a participação nas exportações brasileiras do agronegócio nesse mês de fevereiro. O país passou de 1,6% de participação em fevereiro de 2023 para 3,9% em fevereiro de 2024, ou o equivalente a US$ 448,94 milhões. Outro país que apresentou ganho superior a um ponto percentual nas exportações brasileiras do agronegócio foram os Emirados Árabes Unidos. Na prática, a participação do país dobrou, passando de 1,4% para 2,8% do valor exportado pelo Brasil em produtos do agronegócio no último mês. As importações de produtos agropecuários passaram de US$ 1,34 bilhão em fevereiro de 2023 para US$ 1,44 bilhão em fevereiro de 2024 (+7,5%). Além desses produtos, houve aquisições de inúmeros insumos necessários à produção agropecuária, como: fertilizantes (US$ 640,47 milhões) e defensivos agropecuários (US$ 306,55 milhões).

MAPA

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Com números recordes, Paraná lidera aumento da produção de frangos, suínos e ovos em 2023

Os dados foram divulgados na quinta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e reforçam o protagonismo nacional do Estado na produção de alimentos

 

Crescimento na produção de frangos e suínos foi na casa de 5%, e em ovos, de 7,1%. Paraná ainda é protagonista na cadeia leiteira, com 3.626.378 bilhões de litros produzidos em 2023. O Paraná produziu 660,63 mil suínos, 111,99 milhões de frangos e 28,82 milhões de dúzias de ovos a mais em 2023, no comparativo com 2022, com o maior crescimento nacional nas três cadeias de proteína animal. O Paraná produziu, ao todo, 2,1 bilhões de frangos em 2023 (2.155.176.303) e continua liderando amplamente o ranking dos estados, com 34,3% de participação nacional, seguido por Santa Catarina (13,4%) e Rio Grande do Sul (12,5%). Foi o melhor resultado da história do Estado, um crescimento de 5,4% em relação ao ano anterior (2.043.184.164). Em 2022 o Paraná detinha 33,5% de participação na produção nacional. Em todo o País foram abatidos 6,28 bilhões de frangos, aumento de 2,8% em relação ao ano de 2022 (172,35 milhões de frangos a mais). Esse resultado também foi o melhor da série histórica iniciada em 1997. Numa comparação mensal entre os anos 2023/2022, o mês de janeiro apresentou a maior alta nacional (+33,37 milhões de cabeças) e somente nos meses de setembro, novembro e dezembro, o abate de cabeças de frangos foi inferior. Houve aumento no abate de frango em 13 dos 25 estados produtores. Os maiores crescimentos foram no Paraná (+111,99 milhões de cabeças), Santa Catarina (+40,96 milhões de cabeças), Minas Gerais (+34,26 milhões de cabeças), São Paulo (+27,03 milhões de cabeças) e Goiás (+22,95 milhões de cabeças). Em contrapartida, ocorreram quedas no Rio Grande do Sul (-32,97 milhões de cabeças), Mato Grosso do Sul (-11,01 milhões de cabeças), Bahia (-9,97 milhões de cabeças) e Mato Grosso (-5,86 milhões de cabeças). Na cadeia de suínos, o Paraná produziu 12 milhões de unidades em 2023 (12.138.752) e ocupa a segunda posição no ranking nacional, com 21,2%, atrás de Santa Catarina (29,5%) e à frente do Rio Grande do Sul (17%). O crescimento foi de 5,7% em suínos abatidos (11.478.124 em 2022), outro recorde histórico. O Estado também aumentou a participação nacional com os últimos investimentos no setor – em 2022 era de 20,4%. Em 2023, foram abatidos 57,17 milhões de cabeças de suínos a mais no País, representando um aumento de 1,3% em relação a 2022 (707,33 milhões suínos), também um novo recorde. Em relação ao ano anterior, a produção foi impulsionada por aumentos no abate em nove dos 24 estados produtores. Os maiores aumentos correram no Paraná (+660,63 mil cabeças), Santa Catarina (+631,22 mil cabeças) e Mato Grosso do Sul (+64,29 mil cabeças). Em contrapartida, ocorreram quedas em Minas Gerais (-266,10 mil cabeças), São Paulo (-166,97 mil cabeças), Mato Grosso (-126,92 mil cabeças), Goiás (-54,25 mil cabeças) e Rio Grande do Sul (-20,85 mil cabeças). O Paraná ficou com a segunda maior evolução na produção de leite entregue a laticínios no ano. O Estado produziu no ano passado 3.626.378 bilhões de litros nessa modalidade. O crescimento foi de 5,5% em relação a 2022 (3.437.118). Minas Gerais continuou liderando o ranking, com 23,8% da captação nacional, seguido por Paraná (14,8%) e Santa Catarina (13,1%). O País produziu 24,52 bilhões de litros, com aumento de 2,5% frente a 2022 (604,02 milhões de litros de leite). As variações positivas absolutas mais consideráveis ocorreram em Santa Catarina (+215,37 milhões de litros), Paraná (+189,36 milhões de litros), Sergipe (+64,31 milhões de litros) e Ceará (+53,56 milhões de litros). Em contrapartida, ocorreram decréscimo em sete estados, sendo que os mais expressivos foram verificados em São Paulo (-117,70 milhões de litros), Minas Gerais (-37,22 milhões de litros) e Pará (-22,03 milhões de litros). O Paraná também participou do aumento na produção nacional de couro. Foram produzidas 3,60 milhões de peças inteiras de couro, em nível nacional, no comparativo 2023/2022. As variações positivas mais significativas ocorreram em Goiás (+1,35 milhão de peças), Mato Grosso (+862,48 mil peças), Rondônia (+702,83 mil peças), Pará (+326,12 mil peças), Paraná (+181,95 mil peças) e São Paulo (+173,83 mil peças). Por outro lado, a redução mais significativa ocorreu no Rio Grande do Sul (-229,74 mil peças). O abate de bovinos também cresceu no Brasil em 2023 e chegou a 34,06 milhões de cabeças, um aumento de 13,7% em relação a 2022. Em termos de cabeças abatidas, este foi o segundo maior resultado da série história da pesquisa, atrás apenas do registrado em 2013. Mato Grosso continua liderando o ranking, com 17,4% da participação nacional, seguido por Goiás (10,4%) e São Paulo (10,1%). O Paraná abateu 1.304.619 bois, crescimento de 0,3% em relação ao ano anterior (1.299.751). O Estado é o 9º maior produtor.

Agência Estadual de Notícias

 

Boletim analisa safra de 18,8 milhões de toneladas de soja no Paraná e preços das carnes

Segundo demonstra o documento Boletim de Conjuntura Agropecuária preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a previsão da Conab projeta 5% a menos de soja do que foi produzido de soja na safra anterior – 156,6 milhões de toneladas

 

No Paraná a safra anterior rendeu 22,5 milhões de toneladas. Mesmo que a produção seja menor no Brasil, a estimativa é que os preços da oleaginosa continuem pressionados e com viés de queda, em razão da grande disponibilidade do produto no mundo. O Departamento de Agricultura do Estados Unidos (USDA) aponta para 396,8 milhões de toneladas. A última ficou em 378 milhões de toneladas. Essa alta de 18,8 milhões de toneladas é o que está projetado para a produção paranaense. O plantio da segunda safra de milho 2023/24 superou os 91% da área estimada de 2,4 milhões de hectares. De modo geral, essa etapa foi antecipada em praticamente todo o Estado. Com isso os riscos com temperaturas mais baixas ou geadas ao final do ciclo ficam reduzidos, principalmente no Oeste, mais suscetível. O boletim também registra o recente anúncio do Ministério da Agricultura e Pecuária sobre a habilitação de 25 frigoríficos brasileiros que poderão exportar bovinos à China. Maior importador da carne brasileira, o país asiático não habilitava para esse tipo de entrega havia cinco anos, e foi o maior número em uma única vez na história. A China é o maior importador de carne brasileira, adquirindo, ano após ano, aproximadamente metade dos bovinos abatidos no País. Só em janeiro foram 96,3 mil toneladas de carne importada do Brasil, a um valor de US$ 426.3 milhões de dólares, atingindo em média US$ 4.426 por tonelada. Sobre o suíno, a análise é do preço médio dos principais cortes acompanhados pelo Deral (lombo sem osso, paleta com osso e pernil com osso), que ficou em R$ 12,27 o quilo em 2023. No varejo, o preço médio foi de R$ 17,59 o quilo, variando entre R$ 16,71 e R$ 18,70. O custo de produção do frango vivo no Paraná, especificamente em aviários tipos climatizado em pressão positiva, apresentou uma redução próxima de 0,6% em janeiro de 2024. O valor atingido foi de R$ 4,39 o quilo, contra R$ 4,41 o quilo no mês anterior. Comparativamente com janeiro de 2023, quando ficou em R$ 5,34, a queda foi de 17,79%. Os custos com ração/nutrição experimentaram uma queda de 21,91% em 12 meses, representando 68,20% do ICPFrango. A aquisição de pintinhos de um dia/genética, pesando 14,78% sobre o ICPFrango, teve uma redução de 16,38% no ano e nos últimos 12 meses.

SEAB-PR/Deral

 

Vendas do comércio varejista crescem 4% no Paraná em janeiro, acima da média nacional

Os principais motores dessa evolução foram veículos, motos, partes e peças (11,4%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (9,7%), móveis e eletrodomésticos (8,8%), hipermercados e supermercados (6,6%). Os dados foram divulgados na quinta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

 

As vendas do comércio varejista ampliado do Paraná cresceram 4% em janeiro deste ano em relação a dezembro do ano passado, acima da média nacional (2,4%) e da região Sul no período – Santa Catarina registrou queda de 2,1% e o Rio Grande do Sul crescimento de 3,7%. Na comparação com o mesmo mês de 2023, a evolução foi ainda maior, de 5,8%, também a mais alta do Sul. O segmento ampliado reúne todos os setores do comércio, inclusive aqueles com mais peso no resultado, como as vendas de veículos, motos, partes e peças, alimentos e bebidas e a construção civil. Sem essas três categorias, o crescimento do Paraná no primeiro mês do ano foi de 3,1%, enquanto a média nacional ficou em 2,5%. Em relação a janeiro de 2023, a evolução no Estado foi de 4,3% nesse recorte e no País de 4,1%. Os principais motores dessa evolução foram veículos, motos, partes e peças (11,4%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (9,7%), móveis e eletrodomésticos (8,8%), hipermercados e supermercados (6,6%), artigos de uso pessoal e doméstico (5,8%), alimentos e bebidas (4,7%), artigos farmacêuticos, médicos, perfumaria e cosméticos (3,8%), tecido, vestuário e calçados (2%) e materiais de construção (0,5%). Apenas combustíveis (-2%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-10,6%) registraram recuos. No caso dos veículos, é o oitavo resultado mensal positivo no comparativo com o mesmo mês do ano anterior. A evolução vem desde junho de 2023, com 1%, julho, com 0,7%, agosto, com 5,1%, setembro, com 1,1%, outubro, com 10,3%, novembro, com 19,3%, e dezembro, com 7,6%. O crescimento do segmento no acumulado do ano passado ficou em 3,7%. Na construção civil, o ano começou com recuperação em relação a dezembro, que registrou recuo de 1,3%. Outro destaque estadual é no comércio de alimentos e bebidas. Foi a quarta evolução consecutiva, após os aumentos de 8,8% em outubro, 6% em novembro e 3,7% em dezembro. Em janeiro de 2024, o volume de vendas do comércio varejista cresceu 2,5% no País, frente a dezembro. No comércio varejista ampliado, o volume de vendas cresceu 2,4% na série com ajuste sazonal. Com o resultado de janeiro, o setor passou a operar 0,8% abaixo do nível recorde da série histórica da pesquisa, atingido em outubro de 2020, e 5,7% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020. Houve crescimento nas três atividades adicionais que são consideradas na comparação com o mesmo período do ano anterior: veículos, motos, partes e peças (11,9%), materiais de construção (0,4%) e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo (16,1%). Outros setores com altas foram artigos farmacêuticos (7,1%), hipermercados e supermercados (6,9%), equipamentos e material para escritório informática e comunicação (4,3%) e tecidos, vestuário e calçados (0,7%).

Agência Estadual de Notícias

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar fecha em alta de 0,27%, a R$4,9877 na venda

O dólar subiu frente ao real na quinta-feira, com o mercado doméstico sendo contaminado pelo receio internacional depois de dados mais fortes do que o esperado sobre a inflação ao produtor dos Estados Unidos

 

A moeda norte-americana à vista teve alta de 0,27%, a 4,9877 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,41%, a 4,995 reais na venda.

Reuters

 

Ibovespa fecha em queda com declínio de Vale; Embraer dispara

O Ibovespa fechou em queda na quinta-feira, pressionado particularmente pelo declínio das ações da Vale na esteira do recuo dos futuros do minério de ferro na China, enquanto Embraer disparou para uma máxima em vários anos após relatórios positivos de Morgan Stanley e BTG Pactual.

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,27%, a 127.661,31 pontos, de acordo com dados preliminares. Na máxima do dia, chegou a 128.255,78 pontos. Na mínima, a 127.192,19 pontos. O volume financeiro somava 21,56 bilhões de reais antes dos ajustes finais.

Reuters

 

Fluxo cambial no Brasil fica positivo em US$2,233 bi em março até dia 8, diz BC

O Brasil registrou fluxo cambial total positivo de 2,233 bilhões de dólares em março até o dia 8, em movimento puxado pela via comercial, informou na quinta-feira o Banco Central

 

Pelo canal comercial, o saldo de março até o dia 8 foi positivo em 1,840 bilhão de dólares, segundo dados preliminares das estatísticas de câmbio contratado do BC. Pelo canal financeiro, houve entradas líquidas menos intensas no período, de 394 milhões de dólares. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Na semana passada --período que englobou todos menos um dos dias úteis do mês até o momento--, o fluxo cambial total foi positivo em 2,747 bilhões de dólares. No acumulado do ano até 8 de março, o Brasil registra fluxo cambial total positivo de 5,312 bilhões de dólares. No mesmo período do ano passado, o fluxo estava positivo em 10,773 bilhões de dólares.

Reuters

 

Cepea: Em 2023, número de pessoas trabalhando no agronegócio é recorde

Por outro lado, a população ocupada na agropecuária caiu, 5% ou 432,99 mil pessoas

 

O número de pessoas trabalhando no agronegócio brasileiro somou 28,34 milhões em 2023, conforme nova metodologia aplicada pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). Trata-se de um recorde da série histórica, iniciada em 2012. Diante disso, no ano passado, a participação do setor no total de ocupações do Brasil foi de 26,8%. A população ocupada no agronegócio cresceu 1,2% (ou aproximadamente 341 mil pessoas) de 2022 para 2023. Segundo pesquisadores do Cepea/CNA, esse incremento foi impulsionado sobretudo pelos crescimentos dos contingentes empregados nos agrosserviços (que aumentou 8,4%, ou 772,27 mil pessoas) e em insumos (elevação de 5,1%, ou de 14,54 mil pessoas). O avanço em ambos os segmentos, por sua vez, é reflexo do excepcional desempenho da produção dentro da porteira, o que estimula os segmentos a montante e a jusante no agronegócio. Por outro lado, a população ocupada na agropecuária caiu, 5% (ou 432,99 mil pessoas). Pesquisadores do Cepea indicam que esse cenário está atrelado a retrações observadas na horticultura, na cafeicultura, no grupo cereais, na bovinocultura, no cultivo de laranjas, na produção florestal, e nas atividades denominadas “outras lavouras” e “outros animais”. No segmento agroindustrial, a população ocupada manteve-se relativamente estável. Neste caso, observaram-se avanços nas agroindústrias pecuárias, impulsionados pelas indústrias de abate e de laticínios, mas recuos nas agroindústrias agrícolas, pressionadas pelas quedas no número de pessoas atuando nas indústrias de açúcar, etanol, café, óleos e gorduras, massas e outros, têxteis de base natural, vestuários e acessórios e produtos e móveis de madeira. Entre 2022 e 2023, o aumento da população ocupada no agronegócio foi puxado por empregados, sobretudo com carteira – o que indica o aumento da formalização do emprego –, e por trabalhadores com maior nível de instrução (ensino médio e superior) – tendência verificada no setor desde o início da série histórica. Alguns ajustes importantes foram implementados pelo Cepea/CNA na série histórica do mercado de trabalho do agronegócio brasileiro em 2023. Essas mudanças causaram um impacto expressivo nos números e, por isso, elas estão explicadas em nota no site do Cepea. Algumas das mudanças foram de caráter técnico (foram identificados com mais precisão alguns trabalhadores do agronegócio nos setores industrial e de serviços, que não estavam sendo contabilizados anteriormente, por conta de dificuldades metodológicas), mas a principal foi de caráter conceitual em relação ao que se entende por “pessoa ocupada”. Nesse último caso, o Cepea/CNA passa a contemplar trabalhadores que atuam produzindo somente (ou exclusivamente) para o próprio consumo.

CEPEA

 

Mercado vê déficit primário menor em 2024, mas piora conta para 2025, mostra Prisma

Economistas passaram a prever um déficit primário menor neste ano, mas pioraram a visão para o rombo em 2025, mostrou na quinta-feira o relatório Prisma Fiscal de março, compilado pelo Ministério da Fazenda

 

Agora, a expectativa mediana é de saldo primário negativo de 82,818 bilhões de reais em 2024, contra visão anterior de déficit de 83,974 bilhões, segundo o relatório. No entanto, para o ano seguinte, agora se espera que resultado seja negativo em 86,541 bilhões de reais, bem pior que a projeção anterior de rombo de 79,740 bilhões. Para 2024, foi prevista receita líquida (descontados repasses a Estados e municípios) de 2,099 trilhões de reais, acima dos 2,093 trilhões do último Prisma. Para 2025, no entanto, a expectativa caiu a 2,212 trilhões de reais, de 2,222 trilhões antes. No que diz respeito à arrecadação das receitas federais -- considerada crucial pelos mercados para que o governo consiga atingir as metas previstas no novo arcabouço fiscal -- a visão mediana no Prisma passou a calcular 2,565 trilhões de reais neste ano, acima dos 2,545 trilhões previstos no boletim anterior. Para 2025, a expectativa de arrecadação também subiu, a 2,706 trilhões de reais, de 2,694 trilhões antes. Houve aumento na expectativa mediana de despesas do governo federal deste ano, a 2,180 trilhões de reais, contra 2,178 trilhões anteriormente. Para o período seguinte, a projeção caiu a 2,304 trilhões, frente a 2,306 trilhões na leitura passada. Enquanto isso, o mercado reduziu a projeção para a dívida bruta do governo geral a 77,50% do PIB neste ano, contra 77,67% esperados no mês anterior. Para 2025, o prognóstico foi reduzido marginalmente a 80,09%, de 80,10%. As revisões do relatório Prisma ocorrem num momento de desconfiança sobre a capacidade do governo de atingir seu objetivo de zerar o déficit primário neste ano. Iniciativas do Ministério da Fazenda nesse sentido, como a tentativa de reonerar a folha salarial de 17 setores da economia e reformular o programa Perse, têm encontrado resistências políticas.

Reuters

 

Vendas no varejo do Brasil sobem mais que o esperado em janeiro e têm maior alta em 1 ano

O setor de varejo do Brasil iniciou 2024 com o maior aumento no volume de vendas em um ano e bem acima do esperado, recuperando o ritmo após a fraqueza vista do final do ano passado, em meio a um cenário econômico mais favorável

 

As vendas varejistas avançaram 2,5% em janeiro na comparação com o mês anterior, depois de uma queda de 1,4% em dezembro, resultado mais forte desde janeiro de 2023 (+2,5%). O dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado nesta quinta-feira ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,2%. "Janeiro passou a ser bom porque o Natal também não foi muito bom. Aí muitos setores investem em liquidações e promoções, tanto que as maiores quedas de dezembro foram as maiores altas em janeiro", explicou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, as vendas apresentaram avanço de 4,1%, contra expectativa de alta de 1,3%. Em janeiro, o setor operava 5,7% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, e 0,8% abaixo de seu nível recorde, alcançado em outubro de 2020. O setor varejista fechou 2023 com alta das vendas. Segundo os dados do PIB, o consumo das famílias teve no ano passado aumento de 3,1%. "O varejo começa o ano com uma cara melhor, mas vale ressaltar que os dados do comércio seguem intercalando movimentos consecutivos de altas e baixas e com importante heterogeneidade entre as atividades pesquisadas... Portanto, parte do movimento de hoje deve ser visto como reflexo de um dezembro mais fraco e não como uma nova tendência", alertou João Savignon, chefe de pesquisa macroeconômica da Kínitro Capital. Para este ano, especialistas avaliam que o mercado de trabalho ainda aquecido e uma inflação comportada devem favorecer as vendas, embora os juros elevados ainda pesem, mesmo diante do afrouxamento monetário promovido pelo Banco Central. "O mercado de trabalho aquecido, a continuidade do ciclo de cortes da Selic e o cenário mais favorável para o consumo e para o crédito devem impulsionar o varejo este ano, principalmente os segmentos mais dependentes de financiamentos", disse Rafael Perez, economista da Suno Research. Entre as oito atividades pesquisadas, cinco apresentaram aumento das vendas em janeiro. Os destaques foram os ganhos de 8,5% de tecidos, vestuário e calçados e de 6,1% de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, que exerceram as principais influências sobre o resultado total do comércio varejista. O setor de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que tem o maior peso na pesquisa, apresentou alta de 0,9% nas vendas e marcou o terceiro mês seguido no azul. "Há uma influência do componente inflacionário e do maior consumo das famílias, especialmente de alimentos e bebidas", disse Santos. O comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, cresceu 2,4% em janeiro sobre o mês anterior, com alta de 2,8% em veículos. "As condições de compra melhoraram nos últimos meses com juros menor, inflação mais baixa e avanços no mercado de trabalho. Essas melhorias aparecem também na venda de veículos, um bem de maior valor", completou o gerente da pesquisa.

Reuters

 

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