Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 571 | 06 de março de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi gordo: início de março com muita pressão, arroba segue estável
Na terça-feira, 5 de março, o preço médio da arroba do boi gordo em São Paulo se manteve em R$ 230, segundo apuração da Agrifatto. No Paraná o boi vale R$225,00 por arroba. Vaca a R$205,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de nove dias
Por cinco dias consecutivos, os preços do animal terminado permaneceram estáveis em quase todas as 17 regiões monitoradas pela Agrifatto (somente a Bahia teve recuo nos preços na terça-feira, 5 de março). “É importante ressaltar que, desde a semana passada, as chuvas torrenciais, enchentes e alagamentos que ocorreram em alguns Estados (como no Acre, Pará e Tocantins) prejudicou as estradas e impediram a retirada de animais para abate, resultando no encurtamento das escalas nessas regiões”, observou a consultoria. Ainda assim, na média nacional, as programações de abate seguiram atendendo dez dias úteis, segundo apuração dos analistas da Agrifatto. Na terça-feira, o preço médio da arroba do boi gordo em São Paulo se manteve em R$ 230, segundo apuração da Agrifatto. “Apenas uma das 17 praças acompanhadas desvalorizou a arroba”, diz a consultoria, referindo-se à praça baiana. As outras 16 regiões mantiveram cotações estáveis. Na B3, na segunda-feira (4/3), o contrato com vencimento para março de 2024 ficou cotado em R$ 229,10/@, um avanço de 0,55% no comparativo diário. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na terça-feira (5/3): São Paulo — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$230,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abates de onze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de dez dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$225,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de nove dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de dez dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de oito dias; Pará — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de dez dias; Goiás — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$225,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de dez dias; Rondônia — O boi vale R$200,00 a arroba. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de onze dias; Maranhão — O boi vale R$205,00 por arroba. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de treze dias;
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/AGRIFATTO
Após assembleia geral, 98% dos auditores agropecuários recusam contraproposta de reestruturação da carreira encaminhada pelo MGI
Os auditores fiscais federais agropecuários vão continuar a mobilização nacional que reivindica a valorização da carreira responsável pela segurança dos alimentos no Brasil
Como resultado da votação em assembleia geral, 98% dos servidores recusaram a contraproposta de reestruturação enviada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) na segunda-feira (4). Iniciado em 22 de janeiro, o movimento não se caracteriza como greve e, por isso, as atividades essenciais de defesa agropecuária continuam sendo realizadas normalmente, dentre elas, o diagnóstico de doenças e pragas previstas em programas de controle do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a emissão de Certificado Veterinário Internacional para viagem de pets, bem como a vistoria de cargas vivas e perecíveis. Neste período, os auditores deixam de cumprir horas extras não remuneradas, ou seja, atuam estritamente dentro de suas jornadas oficiais de trabalho.
Anffa Sindical
SUÍNOS
Arroba suína e a carcaça sobem em São Paulo. Valor do animal vivo cai
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF teve elevação de 0,82%, custando, em média, R$ 123,00, enquanto a carcaça especial subiu 2,17%, com valor de R$ 9,40/kg
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (4), houve queda de 1,10% em Minas Gerais, chegando a R$ 6,45/kg, baixa de 0,16% no Paraná, chegando a R$ 6,08/kg, recuo de 0,50% no Rio Grande do Sul, valendo R$ 5,99/kg, retração de 0,51%, precificado em R$ 5,86/kg, e de 0,45% em São Paulo, fechando em R$ 6,57/kg.
Cepea/Esalq
FRANGOS
Mercado do frango encerrou a terça-feira estável
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável, valendo R$ 5,20/kg, da mesma forma que o frango no atacado, valendo R$ 6,65/kg
Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável no Paraná, valendo R$ 4,61/kg, assim como em Santa Catarina, custando R$ 4,44/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (4), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, valendo, respectivamente, R$ 7,28/kg e R$ 7,35/kg.
Cepea/Esalq
EVENTOS
Após gulfood, exportadores agrícolas projetam negócios de mais de US$ 650 milhões
Milhares de novos contatos e centenas de milhões de dólares em negócios projetados são alguns dos resultados da ação organizada pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), durante a Gulfood, uma das maiores feiras de alimentos e bebidas do mundo, realizada entre 19 e 23 de fevereiro, em Dubai (Emirados Árabes Unidos).
De acordo com levantamento feito pela ABPA junto às agroindústrias participantes, quase US$ 75 milhões em exportações foram consolidados apenas nos cinco dias do evento. Pelas projeções das agroindústrias, as tratativas estabelecidas em meio ao evento projetam negócios superiores a US$ 650 milhões nos próximos 12 meses. Cerca de 6 mil clientes e potenciais importadores visitaram o espaço da ABPA na Gulfood – mais de 2 mil são novos contatos. “O desempenho comercial das agroindústrias na Gulfood reflete a sólida e sempre positiva relação que mantemos com as nações islâmicas, destinatárias de metade das exportações brasileiras, que nos posicionam não apenas como maiores exportadores de carne de frango do mundo como, também, os maiores exportadores do produto halal”, avaliou o presidente da ABPA, Ricardo Santin. Ao todo, 19 agroindústrias participaram da iniciativa, entre elas, a Aurora Alimentos, Bello Alimentos, Coasul Cooperativa Agroindustrial, Copacol Cooperativa Agroindustrial Consolata, C. Vale Cooperativa Agroindustrial, Granja Faria, GTFoods, Lar Cooperativa Agroindustrial, Avenorte Avícola Cianorte, Jaguafrangos, Frangos Pioneiro, Somave Agroindustrial, São Salvador Alimentos, Netto Alimentos, Pamplona Alimentos, Villa Germania Alimentos, Vossko do Brasil, Zanchetta Alimentos e Granja Econômica Avícola. Outras empresas brasileiras do setor, como a BRF, a Seara Alimentos e a Vibra Agroindustrial, participaram com estandes próprios.
Assessoria de Imprensa ABPA
CLIMA
La Niña: probabilidade de o fenômeno voltar em 2024 sobe para 75%
Principais consequências para a agropecuária na safra 2024/25 seriam estiagem no Sul e atraso das chuvas no Centro-Oeste do Brasil. La Niña tem 75% de chance de impactar Safra 2024/25
O fenômeno climático La Niña tem 75% de chances de estar ativo já durante a safra 2024/25, que começa a partir de julho no Brasil. É o que apontam os dados da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês), principal referência internacional de monitoramento dos fenômenos climáticos. Neste início de março, o planeta continua sob efeitos do El Niño, que teve alta intensidade em 2023, mas caminha para a neutralidade entre abril e junho. "O cenário deve mudar rapidamente nos próximos meses. Entre julho e agosto, podemos ter o início do La Niña, o que traz impactos extremamente importantes para o agronegócio brasileiro", afirma Willians Bini, meteorologista e Chief Climate Officer (CCO) da FieldPRO. Com isso, o inverno deste ano já deve ter interferência do fenômeno. Bini lembra que o El Niño atual foi precedido por três anos consecutivos de La Niña, que provocaram secas históricas em lavouras de milho e soja na região Sul. A chegada do novo fenômeno acende o alerta para novas possíveis estiagens. O que esperar para a próxima safra? “Em primeiro lugar, chuvas irregulares. Até mesmo uma estiagem no Sul pode marcar a próxima safra”, diz o meteorologista. Na região Centro-Oeste, principalmente em Mato Grosso, o início das chuvas deve se atrasar, mas isso não significa uma “ausência de chuva”, e sim que o período úmido deve começar mais tarde. "Isso pode prejudicar o início da safra de grãos", relata Bini. Na região do Matopiba (confluência de divisas dos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), os modelos apontam chuva abundante para o período de La Niña. Depois de uma seca histórica em 2023, as chuvas regulares tendem a voltar à metade norte do Brasil.
Globo Rural
GOVERNO
Abertura de mercado em El Salvador para exportação de gelatina e colágeno
Com este anúncio, o agronegócio brasileiro alcançou sua 18ª abertura de mercado, em 13 países, neste ano
O governo brasileiro recebeu com satisfação o anúncio, pelo governo de El Salvador, de aprovação sanitária que autoriza o Brasil a exportar gelatina e colágeno originados de pele bovina, suína e de outros ruminantes àquele país. Essa abertura, que deverá contribuir para aumentar o fluxo comercial entre os dois países, é mais uma demonstração da confiança internacional no sistema de controle sanitário do Brasil. As exportações agrícolas para El Salvador somaram cerca de US$ 137 milhões em 2023. Os principais itens foram cereais e produtos florestais. Somente em janeiro deste ano, as exportações agrícolas para El Salvador alcançaram mais de US$ 9 milhões. Com este anúncio, o agronegócio brasileiro alcançou sua 18ª abertura de mercado, em 13 países, neste ano.
MAPA
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Índice de Confiança do empresário do comércio cresce em fevereiro no Paraná
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) voltou a crescer no Paraná. Com 106,2 pontos, aumentou 0,6% em fevereiro na comparação com o mês anterior. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR)
Os empreendedores do estado estão receosos principalmente com relação às condições atuais da economia, do comércio e da situação das próprias empresas. Com 83,8 pontos, o fator Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) está abaixo da zona de satisfação de 100 pontos. Desde março de 2023 esse quesito se mantém no patamar de insatisfação, mesmo com a elevação de 4,7% de janeiro para fevereiro. Por outro lado, as Expectativas do Empresário do Comércio (IEEC) cresceram 0,8% na variação mensal e marcam 133,6 pontos. Já a previsão de Investimentos do Empresário do Comércio (IIEC) caiu 2,8% e está em 101,3 pontos. As micro e pequenas empresas são as mais confiantes, com pontuação de 106,3 ante os 103,2 pontos entre as médias e grandes empresas. Pela primeira vez, após quase oito anos, o ICEC dos estabelecimentos de maior porte foi inferior ao índice registrado entre as lojas de menor porte.
Gazeta do Povo
Copel apresenta investimento recorde de R$ 2,1 bilhões em distribuição de energia em 2024
O plano prevê a construção de 18 novas subestações, 12 linhas de distribuição, ampliação e modernização de outras 80 subestações, além da instalação e substituição de transformadores, novas redes e o aporte nos principais programas da companhia, como o Paraná Trifásico e o Rede Elétrica Inteligente.
A Companhia Paranaense de Energia (Copel) anunciou na terça-feira (5) o plano de investimentos para 2024, com o valor recorde de R$ 2,1 bilhões, o maior para um ano. Os recursos serão aplicados em obras de melhoria na rede de distribuição de energia em todas as regiões do Estado. O plano prevê a construção de 18 novas subestações, 12 linhas de distribuição, ampliação e modernização de outras 80 subestações, além da instalação e substituição de transformadores, novas redes e o aporte nos principais programas da companhia, como o Paraná Trifásico e Rede Elétrica Inteligente. Um dos principais destaques do investimento é a construção de novas subestações em todo o Estado. Das 18 unidades cuja construção está em andamento, três – todas de 138 mil volts – devem entrar em operação ainda em 2024. São elas as subestações Petrópolis em Francisco Beltrão, Morangueira, em Maringá, e São Miguel do Iguaçu, no município homônimo do Oeste. Dentre as 15 restantes, sete unidades são de 138 mil volts e estão sendo construídas em Capanema, Capitão Leônidas Marques, Cianorte, Campo Mourão, Apucarana, Paiçandu e Piraí do Sul. As outras oito subestações em construção, que vão operar em 34,5 mil volts, beneficiam diretamente Mallet, Santa Mônica, Brasilândia do Sul, Balsa Nova, Vitorino, Almirante Tamandaré, Ponta Grossa e Paula Freitas. Além das novas estruturas, 80 subestações estão sendo ampliadas e modernizadas em todas as regiões do Paraná. Em 26 delas (nove unidades de 138 mil volts e 17 de 34,5 mil volts), as melhorias serão concluídas ainda em 2024. Nas 54 unidades restantes, as obras serão concluídas a partir de 2025 (são 25 subestações de 138 mil volts, três de 69 mil volts e 26 de 34,5 mil volts). A companhia também está construindo 12 novas linhas de alta tensão para conectar subestações e reforçar a redundância da rede. Dessas, três ficarão prontas ainda em 2024: duas para conectar a nova subestação Lea Martins, em Ponta Grossa, às unidades Sabará e Ponta Grossa Sul, e uma terceira para inserir a subestação Morangueira no sistema. Outro destaque é o programa Paraná Trifásico, que está substituindo a rede rural existente por uma rede mais moderna, trifaseada, com cabos protegidos e capacidade de comunicação remota. Em 2023, o programa concluiu a implantação de mais de 15 mil quilômetros de redes. Até o final de 2024, chegará à marca de 20 mil km de redes, 80% do total de 25 mil km previstos para o programa. Com a iniciativa, a Copel melhora a qualidade no fornecimento de energia para o campo, renova seus ativos e contribui para o desenvolvimento do setor agrário paranaense, um dos mais competitivos do país. Ao todo, serão R$ 2,7 bilhões em obras no programa. Maior programa de smart grids do Brasil, o Rede Elétrica Inteligente está promovendo uma automatização sem precedentes na rede do Estado. Somente na primeira fase, 151 municípios das regiões Leste, Centro-Sul, Sudoeste e Oeste estão recebendo a rede de distribuição de energia automatizada. Em 2024 devem ser instalados cerca de 500 mil medidores inteligentes. A tecnologia reduz o tempo de desligamento provocado por intempéries e outros fatores externos ao sistema. Além disso, torna possível a leitura de consumo à distância e permite que o cliente tenha autonomia para monitorar seu consumo de energia em tempo real, entre outros benefícios. Com a Rede Elétrica Inteligente, a leitura do consumo será on-line, e os clientes poderão acompanhá-la no telefone celular, em tempo real, por meio do aplicativo da Copel. Ao longo do ano, a companhia vai construir, ainda, 1,3 mil quilômetros de redes de distribuição por todas as regiões. Serão instalados, também, 823 equipamentos que adicionam automação e reforçam a rede elétrica, como religadores automáticos, reguladores de tensão e chaves elétricas.
Agência Estadual de Notícias
Colheita de soja chega a 64% da área no Paraná
As plantas classificadas com boas condições somam apenas 66% do total semeado. As condições de clima adverso levaram o Deral a reduzir sua estimativa para a colheita de soja no Estado
A colheita de soja no Paraná chegou a 64% da área prevista para o ciclo 2023/24, disse hoje o Departamento de Economia Rural do Estado (Deral). Na semana passada, o índice era de 52%. Um ano atrás, os produtores haviam recolhido 30%. Neste ciclo, a condição das lavouras piorou consideravelmente. As plantas classificadas com boas condições somam 66% do total semeado, muito abaixo das 87% nessa mesma situação na temporada 2022/23. As condições de clima adverso levaram o Deral a reduzir sua estimativa para a colheita de soja no Estado, agora prevista em 18,2 milhões de toneladas, ou 1 milhão de toneladas a menos se comparado com o dado de janeiro. Sobre o plantio de milho safrinha, o Deral informou que 82% da área foi semeada, um avanço em relação aos 66% da semana anterior e ainda à frente dos 37% plantados no ano passado.
Valor Econômico
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar tem leve alta com cautela antes de Powell e dados dos EUA
O dólar subiu frente ao real na terça-feira, com a cautela de investidores antes de um importante relatório de empregos norte-americano e de falas do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, compensando dados de serviços mais fracos do que o esperado nos Estados Unidos
A divisa norte-americana à vista fechou em alta de 0,14%, a 4,9556 reais na venda, recuperando fôlego depois de ter chegado a cair mais cedo. Na B3, às 17:01 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,15%, a 4,9665 reais. "Ninguém sai vendendo (dólar) feito doido porque, de repente, pode ter surpresa no emprego, ou algo mais agressivo na fala do Powell, então é modo de espera", disse Hideaki Iha, operador de câmbio da Fair Corretora. Powell dará depoimento a parlamentares na quarta e na quinta-feira, falas que virão após moderação recente nas apostas de mercado sobre cortes de juros. Enquanto isso, a expectativa é de que o relatório de empregos do governo dos EUA, a ser publicado na sexta-feira, mostre abertura ainda sólida de 200 mil vagas de trabalho, contra 353 mil em janeiro. Qualquer surpresa para cima deve levar a novos adiamentos nas apostas de mercado sobre o momento do primeiro corte de juros do Fed. A manutenção dos juros em patamar elevado por mais tempo pelo Fed torna menos atraente o diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos -- um dos fatores que mais impulsionou os ganhos do real em 2022 e 2023. Um diferencial maior torna a moeda brasileira mais interessante para uso em estratégias de "carry trade", que consistem na tomada de empréstimo em país de juros baixos e aplicação desse dinheiro em mercado mais rentável, de forma que se lucra com a diferença de taxas. Apesar do recente pessimismo quando ao afrouxamento do Fed, o Citi disse em relatório a clientes na terça-feira que "o ambiente global permanece favorável para nossa cesta de compras nos mercados emergentes, e continuamos a negociar ativos de alto rendimento da América Latina no lado comprado".
Reuters
Ibovespa fecha em queda com Vale e cautela antes de Powell
O Ibovespa fechou com uma queda modesta nesta terça-feira, pressionado particularmente pelas ações da Vale, com agentes financeiros na expectativa da fala do chair do Federal Reserve ao comitê do Congresso norte-americano na quarta-feira
O noticiário corporativo também movimentou a bolsa paulista, com resultado trimestral da Vibra e oferta de ações do GPA, além de "upgrade" para as ações da Cogna e ruídos envolvendo Azul e Gol. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,19%, a 128.092,78 pontos, de acordo com dados preliminares. Na máxima do dia, chegou a 128.989,02 pontos. Na mínima, a 127.823,31 pontos. O volume financeiro somava 18,8 bilhões de reais antes dos ajustes finais.
Reuters
Mercado melhora projeções para inflação e crescimento em 2024
Analistas consultados pelo Banco Central reduziram novamente a expectativa para a inflação neste ano e melhoraram a perspectiva de crescimento econômico, de acordo com a pesquisa Focus divulgada na terça-feira
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA este ano agora é de 3,76%, contra 3,80% na semana anterior. O Brasil iniciou 2024 com desaceleração da inflação a 0,42%, mas a alta do IPCA tende a ganhar força em fevereiro devido ao impacto sazonal dos custos de Educação. Para os anos seguintes as contas no Focus não mudaram, com a inflação sendo calculada em 3,51% em 2025 e 3,50% nos dois anos seguintes. O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou também melhora na perspectiva de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, com estimativa de expansão de 1,77%, 0,02 ponto percentual a mais do que no levantamento anterior. Para 2025 segue a estimativa de uma expansão de 2,0%. Na semana passada, o IBGE informou que o Brasil registrou crescimento de 2,9% em 2023 diante de um desempenho recorde da agropecuária, mas o PIB estagnou no quarto trimestre. Os analistas também mantiveram o cenário para a política monetária, com a taxa Selic calculada em 9,0% este ano e em 8,5% no próximo.
Reuters
Crescimento de serviços no Brasil atinge em fevereiro pico de 19 meses, mostra PMI
O setor de serviços do Brasil ganhou força em fevereiro e o crescimento da atividade atingiu um pico de 19 meses em meio à expansão de novos negócios, embora tenha havido pressão de preços, de acordo com uma pesquisa divulgada na terça-feira
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços da S&P Global disparou a 54,6 em fevereiro, de 53,1 em janeiro, patamar mais elevado desde julho de 2022. A marca de 50 separa crescimento de contração. O resultado do setor de serviços brasileiro associado ao pico de 20 meses no crescimento da atividade industrial levou o PMI Composto do Brasil a 55,1 em fevereiro, de 53,2 em janeiro. Com isso, o crescimento da atividade empresarial marcou uma máxima em 19 meses. “A aceleração do crescimento em ambas as categorias mostra que a demanda interna mais alta impulsionou o ritmo da expansão econômica em todo o setor privado, o que é um bom sinal para o PIB do primeiro trimestre", avaliou a diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence, Pollyanna De Lima. “Parece que a incerteza política diminuiu um pouco, pelo menos por agora, com a efetiva recuperação da confiança nos negócios devido a incentivos governamentais e à liberação de investimentos industriais." Os novos negócios no setor de serviços, de acordo com a S&P Global, subiram no ritmo mais acelerado desde outubro de 2022, com os participantes da pesquisa citando o fortalecimento da demanda por serviços, publicidade eficaz e eventos de vendas bem-sucedidos. Diante disso, os fornecedores de serviços contrataram funcionários adicionais em fevereiro tanto em período integral quanto em meio período, além de estagiários. No entanto, a taxa geral de crescimento de emprego desacelerou em meio a cortes de custos e capacidade ociosa em algumas empresas. O mês ainda foi marcado por aumento nas pressões inflacionárias, com as empresas respondendo a uma alta mais acentuada nas despesas operacionais com o maior aumento dos preços de venda desde maio de 2023. A sequência de aumentos nos preços médios cobrados chegou a quase três anos e meio, com a taxa de inflação em um pico de nove meses. As empresas que aumentaram preços citaram repasse de maiores encargos para os clientes. Os preços de insumos subiram em fevereiro no ritmo mais forte em quatro meses, de acordo com a pesquisa, com as empresas citando pressões salariais, preços mais altos de combustíveis e despesas maiores com contas de água, eletricidade e seguros. Ao mesmo tempo, o grau de otimismo chegou ao nível mais alto em quatro meses, com mais da metade dos participantes da pesquisa esperando alta na atividade de negócios no próximo ano. Incentivos governamentais, investimentos industriais, publicidade e previsões de crescimento das vendas aumentaram as expectativas.
Reuters
Preços ao produtor no Brasil caem em janeiro pelo 3º mês seguido, aponta IBGE
Os preços ao produtor recuaram 0,31% em janeiro, no terceiro mês seguido de deflação, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira
O resultado levou o índice acumulado em 12 meses a uma retração de 5,56%. No mês anterior, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) havia caído 0,20%. Entre as 24 atividades analisadas, o IBGE apontou que somente oito tiveram queda de preços na comparação mensal. "Esta sequência de resultados negativos do IPP vem após uma série de três meses seguidos de altas, entre agosto e outubro do ano passado. Apesar do índice de -0,31% em janeiro, não há uma queda disseminada por toda a indústria, pois 15 setores tiveram aumento de preços", destacou Murilo Alvim, analista do índice. As maiores influências no resultado de janeiro partiram de refino de petróleo e biocombustíveis (-0,51 ponto percentual), indústrias extrativas (0,23 p.p.), alimentos (-0,18 p.p.) e metalurgia (0,07 p.p.). O setor de refino de petróleo e biocombustíveis apresentou queda no mês de 4,77%), marcando a segunda variação negativa seguida. "Esse desempenho de refino acontece depois de quatro altas consecutivas. Os preços do óleo diesel, produto com maior peso na atividade, foram os principais responsáveis, já que estão em trajetória de queda nas refinarias desde dezembro de 2023. O álcool também não está com grande demanda, além de contar com uma boa safra da cana-de-açúcar, influenciando no resultado", disse Alvim. Já o setor de alimentos apresentou queda de 0,74% dos preços em janeiro, após quatro resultados positivos consecutivos. De acordo com o analista do IBGE, isso se deve a preços menores do açúcar e dos derivados de soja. Considerando as grandes categorias econômicas, bens de capital tiveram alta de 0,55% em janeiro, bens intermediários recuaram 0,88% e bens de consumo subiram 0,37%. O IPP mede a variação dos preços de produtos na "porta da fábrica", isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.
Reuters
Indicador antecedente de emprego no Brasil sobe em fevereiro ao nível mais alto em quase um ano e meio, diz FGV
O Indicador Antecedente de Emprego do Brasil subiu pelo terceiro mês seguido em fevereiro e atingiu o maior patamar em quase um ano e meio, refletindo expectativas positivas de empresários, de acordo com os dados divulgados na terça-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV)
O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, avançou 0,3 ponto e foi a 78,5 pontos, nível mais alto desde outubro de 2022. "O indicador ainda não se encontra em um patamar elevado, mas a possibilidade de começar a se observar o impacto no dia-dia da melhora das variáveis macroeconômicas, como redução de juros e controle da inflação, pode estar impactando positivamente as avaliações", avaliou Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE. "A continuidade desse cenário é importante para a evolução do mercado de trabalho", completou. Os componentes do IAEmp mostram que a alta no mês ficou concentrada em três dos sete componentes do indicador, com avanços nos indicadores de Situação Atual dos Negócios e Emprego Previsto da Indústria, além de Emprego Previsto de Serviços. Por outro lado, os destaques negativos foram a Tendência dos Negócios da Indústria e Emprego Local Futuro do Consumidor. Dados do IBGE mostraram que a taxa de desemprego no Brasil ficou em 7,6% no trimestre encerrado em janeiro, abaixo do esperado e com aumento no rendimento real dos trabalhadores, em um mercado de trabalho que segue aquecido.
Reuters
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