Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 560 | 20 de fevereiro de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Pressão de baixa nos preços da arroba
Após o feriado de Carnaval, as indústrias frigoríficas demonstraram pouco ímpeto nas compras de boiadas gordas, o que deu força a pressão baixista sobre a arroba, relatou a Agrifatto
Tal cenário, diz a consultoria, deve persistir ao longo do restante de fevereiro/24, já que o período final de cada mês é marcado pela queda de renda dos trabalhadores, que reduzem a procura pela carne bovina, preferindo proteínas mais baratas, como o frango. “As tentativas de redução de preço do boi gordo têm começado a surtir o efeito desejado pelas indústrias”, afirma a Agrifatto, acrescentando que as programações de abate avançaram nos últimos dias e, com isso, “continuam confortáveis”. “Quase todas as praças pecuárias do Brasil registraram quedas mais intensas que São Paulo, com destaque para Minas Gerais, que computou um recuo de 2,19% no preço do boi gordo no comparativo semanal”, observa a Agrifatto. Na segunda-feira (19/2), pelos dados da Scot Consultoria, o quadro foi de estabilidade nas praças paulistas. Com isso, o boi gordo segue valendo R$ 235/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas, respectivamente, por R$ 210/@ e R$ 230/@ (preços brutos e a prazo). O “boi-China” está cotado em R$ 245/@ no Estado de São Paulo, com ágio de R$ 10/@ sobre o animal “comum”, informou a Scot. “O avanço das escalas e pouco ímpeto dos negócios pode deixar a semana mais desafiadora (para os pecuaristas)”, reforça a consultoria. Enquanto no mercado interno os negócios não andam, o mercado externo tem demonstrado firmeza em suas parcerias, observa a Agrifatto. “O mercado chileno, por exemplo, está demonstrando um crescimento notável em suas importações de carne bovina brasileira”, afirmam os analistas da consultoria. Tal condição é atribuída, em parte, ao acordo firmado entre o Chile e o Brasil para adotar o sistema “pre-listing” em 2023, além dos preços competitivos da proteína brasileira, justifica a Agrifatto. “Esse sistema simplifica o processo de habilitação de estabelecimentos brasileiros para exportação de carne, eliminando a necessidade de inspeções individuais pelas autoridades chilenas”, explica a consultoria. Como resultado, o Chile se tornou o segundo maior comprador de carne bovina in natura do Brasil no ano passado, com um total de 99,27 mil toneladas, e foi o quinto principal destino em janeiro/24, com 5,56 mil toneladas, 32% do total importado pelo país da América do Sul. Cotações: SP Barretos – 236,01. SP Araçatuba – 236,01. MG Triângulo – 233,84. MG BH – 214,00. MG Norte – 220,50. MG Sul – 213,00. GO Goiânia – 218,04. GO Região Sul – 218,47. MS Dourados – 224,90. MS C. Grande – 226,96. MS Três Lagoas – 220,50. BA Sul – 231,02. BA Oeste – 229,18. MT Norte – 209,90. MT Sudoeste – 210,10. MT Cuiabá* – 215,78. MT Sudeste – 213,07. PA Marabá – 210,13. PA Redenção – 205,78. PA Paragominas – 226,40. RO Sudeste – 198,87. TO Sul – 207,80. TO Norte – 212,50. *Região de Cuiabá, inclui Rondonópolis.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/AGRIFATTO
Exportação de Carne bovina in natura: preço médio por tonelada na terceira semana de fevereiro teve queda de 6,50%
Média diária de embarques tem ganho de 49,40% até a terceira semana de fevereiro/24
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a média diária embarcada com carne bovina in natura ficou 10,4 mil toneladas e isso representa um avanço de 49,40% frente ao comparativo anual. No ano anterior, a média diária exportada em fevereiro de 2023 ficou em 7,0 mil toneladas. O volume exportado chegou em 104,9 mil toneladas até a terceira semana de fevereiro/24. No ano anterior, o volume embarcado da proteína animal ficou em 126,3 mil toneladas em 18 dias úteis. O preço médio na terceira semana de fevereiro/24 ficou com US$ 4.536 mil por tonelada, queda de 6,50% frente aos dados divulgados em fevereiro de 2023, com preços médios de US$ 4.854 mil por tonelada. O valor negociado para o produto na terceira semana de fevereiro/24 ficou em US $ 475.987 milhões, tendo em vista que o preço comercializado durante o mês de fevereiro do ano anterior foi de US$ 613.553 milhões. A média diária ficou em US $ 47,5 milhões, avanço de 39,6%, frente ao observado no mês de fevereiro do ano passado, com US$ 34 milhões.
Agência Safras
SUÍNOS
Suínos: cotações estáveis na segunda-feira (19)
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável, custando, em média, R$ 129,00, assim como a carcaça especial, com valor de R$ 9,80/kg
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (16), houve queda de 1,58% em Minas Gerais, atingindo R$ 6,86/kg, e tímida alta de 0,16% no Paraná, custando R$ 6,38/kg. Os valores não mudaram no Rio Grande do Sul (R$ 6,16/kg), Santa Catarina (R$ 6,15/kg), e São Paulo (R$ 6,79/kg).
Cepea/Esalq
Carne suína exportada pelo Brasil segue com queda de preço em fevereiro
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações de carne suína in natura referentes à terceira semana de fevereiro (10 dias úteis), tiveram resultados superiores ao mês anterior, exceto pelo preço pago pela tonelada
Para o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, “a grande questão é a queda dos preços, que é um sintoma da economia da China e da suinocultura local, que convive com excesso de oferta local de carne suína. O yuan está muito desvalorizado, e isso faz com que o importador chinês tenha que baixar preços em dólar para comprar". A receita obtida, US$ 105 milhões, representa 61% do total arrecadado em todo o mês de fevereiro de 2023, que foi de US$ 172,1 milhões. No volume embarcado, as 46.535 toneladas são 66,64% do total registrado em fevereiro do ano passado, com 69.825 toneladas. A receita por média diária até este momento do mês foi de US$ 10,5 milhões valor 9,8% a mais do que fevereiro de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve alta de 12,74% observando os US$ 9.315 obtidos na semana passada. Em toneladas por média diária, 4.653 toneladas, houve elevação de 20% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, alta de 12,27%, em relação às 4.144 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.256, ele é 8,5% inferior ao praticado em fevereiro passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa alta de 0,41% em relação aos US$ 2.247 anteriores.
Agência Safras
FRANGOS
Queda de 1,83% para o frango vivo em SC
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável, valendo R$ 5,20/kg, enquanto o frango no atacado caiu 0,43%, valendo R$ 6,90/kg
Na cotação do animal vivo, o preço não mudou no Paraná, valendo R$ 4,52/kg, enquanto em Santa Catarina, foi registrado aumento de 1,83%, alcançando R$ 4,44/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (16), a ave congelada ficou estável em R$ 7,40/kg, enquanto o frango resfriado teve tímido recuo de 0,13%, fechando em R$ 7,52/kg.
Cepea/Esalq
Na 3ª semana de fev/24 tonelada da carne de frango exportada tem preço menor que fev/2023
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações de carne de aves in natura na terceira semana de fevereiro (10 dias úteis), teve queda no preço da tonelada em relação a fevereiro do ano passado, mas subiu em relação à semana anterior
Para o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, no caso da carne de frango, a China é o principal importador do Brasil, e o gigante asiático passa por problemas econômicos. "Dentro do setor carnes, a China tem uma capacidade de movimentar preços", disse. A receita, US$ 391,7 milhões, representa 58,75% do total arrecadado em todo o mês de fevereiro de 2023, que foi de US$ 666,7 milhões. No volume embarcado, as 224.221 toneladas são 63,46% do total registrado em fevereiro do ano passado, com 353.297 toneladas. A receita por média diária até o momento foi de US$ 39,1 milhões, valor 5,85% maior do que o registrado em fevereiro de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve incremento de 5,75%. Em toneladas por média diária, 22.422 toneladas, houve avanço de 14,2% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Em relação à semana anterior, alta de 10,78% em relação às 20.240 toneladas da semana anterior. No preço pago por tonelada, US$ 2.256, ele é 8,5% inferior ao praticado em fevereiro do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa avanço de 30,13% na comparação com US$ 1.734 obtido na semana passada.
Safras & Mercado
Governo lança campanha para reforçar combate à gripe aviária
Objetivo é alertar a população que frequenta regiões litorâneas a evitarem o contato direto com aves silvestres e mamíferos marinhos doentes ou mortos. Campanha sobre cuidados contra a gripe aviária terá duração de dois meses
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), em parceria com o Ministério da Agricultura, lançou uma campanha publicitária em rede nacional para esclarecer e conscientizar a sociedade em relação ao combate à gripe aviária. As peças informam a população sobre o trabalho de monitoramento do Governo Federal e alertam especialmente aqueles que frequentam regiões litorâneas a evitarem o contato direto com aves silvestres e mamíferos marinhos doentes ou mortos. A veiculação da campanha começou no último sábado (10/2) e tem duração prevista de dois meses. A campanha de comunicação conta com o apoio do Ministério do Meio Ambiente (MMA), do Ministério do Turismo (MTur), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A ação enfatiza ainda o trabalho conjunto que vem sendo realizado para a proteção do país da gripe aviária, com destaque aos papéis desempenhados pelo Serviço Veterinário Oficial e pelos agentes do Ibama e do ICMBio, que atuam para a promoção da saúde animal e para a proteção da biodiversidade brasileira. A assinatura "Cuidar é da nossa natureza" convida a população a se engajar e aderir às medidas preventivas, contribuindo para a identificação precoce de focos e a prevenção da circulação do vírus entre diferentes espécies de aves. A campanha conta com dois comerciais: o principal tem duração de 30 segundos e traz a mensagem geral sobre os cuidados profiláticos. Uma outra versão, também de 30 segundos, é endereçada aos turistas que estão veraneando no litoral. Nas redes sociais, também será lançado um filme destinado aos veterinários e às autoridades sanitárias, além de outros conteúdos informativos à população em geral. O Brasil soma neste momento 154 casos de gripe aviária, segundo monitoramento feito pelo Ministério da Agricultura. Do total de casos 151 acometeram animais silvestres, e outros três casos levaram a óbito aves de subsistência.
Globo Rural
MEIO AMBIENTE
IAT INDICA REDUÇÃO de 71,5% na área de mata Atlântica desmatada em 2023
O Paraná conseguiu reduzir em 71,5% a supressão ilegal da Mata Atlântica em 2023. Um relatório divulgado na segunda-feira (19/02) pelo Instituto Água e Terra (IAT) revelou que a área desmatada no Estado foi de 1.150,40 hectares no ano passado, contra 4.037,83 hectares em 2022
O levantamento é do Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação (NGI) do órgão ambiental, setor desenvolvido para colaborar com a vigilância do patrimônio natural paranaense, com base nos alertas publicados pela Plataforma MapBiomas, uma iniciativa do Observatório do Clima. É justamente a melhora do serviço de fiscalização um dos pilares da redução do desflorestamento. De acordo com a pesquisa, o valor aplicado em multas por danos à flora foi de R$ 110,9 milhões em 2023, um incremento de 16% no comparativo com o ano anterior (R$ 95,3 milhões). O número de Autos de Infração Ambiental (AIA) também subiu, passando de 3.498 para 3.590 no período. Desde 2019, as multas deferidas totalizam R$ 387,5 milhões. O valor arrecadado com as infrações é repassado integralmente ao Fundo Estadual do Meio Ambiente. A reserva financeira tem como finalidade financiar planos, programas ou projetos que objetivem o controle, a preservação, a conservação e a recuperação do meio ambiente, conforme a Lei Estadual 12.945/2000. O balanço demonstra que a regional de Guarapuava, com 548 autuações, liderou o número de ocorrências. É mais do que o dobro da segunda colocada, a Região Metropolitana de Curitiba, com 245. Na sequência aparecem as divisões de União da Vitória (243), Francisco Beltrão (222), Ponta Grossa (202) e Pato Branco (148). O órgão ambiental promoveu 10 grandes operações de fiscalização contra o desmatamento no ano passado, em diferentes regiões do Estado. Em agosto, por exemplo, foram emitidos 154 Autos de Infração Ambiental (AIA), com aplicação de R$ 13.161.000,00 em multas por supressão vegetal nos municípios de Adrianópolis, Bocaiúva do Sul, Cerro Azul, Doutor Ulysses, Itaperuçu, Rio Branco do Sul e Tunas do Paraná, no Vale do Ribeira, na Região Metropolitana de Curitiba. A área total embargada foi de 670,62 hectares. Outro pilar bastante significativo nas ações contra o desmatamento é focado na tecnologia. O instituto ambiental do Estado passou a fiscalizar supressões de floresta natural a partir de alertas gerados por imagens de satélite. As ocorrências são publicadas na Plataforma MapBiomas Alerta e, a partir deles, o NGI analisa as imagens mais recentes, que têm um "delay" de cerca de um mês. Essa investigação resulta na elaboração de laudos técnicos com a delimitação da área do desmatamento, os possíveis autos de infração e áreas embargadas. Verificação - Além disso, a tecnologia permite verificar o licenciamento dos imóveis e, também, sua sobreposição com Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal. Os laudos são enviados diretamente para as regionais do IAT para serem tomadas as devidas providências. Esse núcleo de inteligência iniciou recentemente a análise de alertas de desmatamento detectados nos últimos cinco dias, via Plataforma Global Forest Watch. Ela integra alertas de desmatamento GLAD, criados pelo laboratório Global Land Analysis and Discovery (GLAD) da Universidade de Maryland, dos Estados Unidos. Um levantamento preparado pelo Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação (NGI) do IAT, com base em dados de 2021 do MapBiomas, também revela que o Paraná teve leve aumento de cobertura florestal natural nos últimos anos. Passou de 54.856 km² em 2017 para 55.061 km² em 2022, uma diferença de 205 km², o equivalente a uma área de 20,5 mil campos de futebol.
Agência Estadual de Notícias
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Colheita atípica em janeiro no Paraná levou a aumento de 282% nas exportações de soja
No primeiro mês deste ano saíram do Estado 1,2 milhão de toneladas de produtos desse complexo, volume 282% superior às 326,5 mil toneladas de janeiro de 2023. Dentro do complexo, a soja em grão lidera os volumes, com 853,5 mil toneladas
A acelerada colheita de soja em janeiro deste ano, o que não é comum para o período, levou a um aumento expressivo no volume de produtos do complexo soja exportado pelo Paraná. No primeiro mês deste ano saíram do Estado 1,2 milhão de toneladas de produtos desse complexo, volume 282% superior às 326,5 mil toneladas de janeiro de 2023. Os números estão na Agrostat, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária que acompanha o comércio exterior de produtos agropecuários. Em valores, o percentual não foi tão expressivo, tendo em vista a queda do preço no mercado internacional: foram US$ 215,7 milhões obtidos em janeiro do ano passado e US$ 542,2 milhões neste ano (151,3%). A soja em grão lidera os volumes, com 853,5 mil toneladas, contra 84,8 mil toneladas de 2023. Com uma média de US$ 505 a tonelada neste ano, o volume financeiro alcançou US$ 542,2 milhões. Em janeiro do ano passado o valor médio da tonelada foi de US$ 595, com faturamento total de US$ 215,7 milhões. O segundo colocado neste ano foi o farelo de soja, com 365 mil toneladas vendidas e arrecadação de US$ 183 milhões (US$ 501 a tonelada). Em janeiro de 2023 tinham sido 191 mil toneladas a um custo de US$ 100,8 milhões (US$ 528 a tonelada). Também foram vendidas 29,3 mil toneladas de óleo de soja a US$ 28,8 milhões (US$ 980 a tonelada), contra 50,7 mil toneladas em 2023, com faturamento de US$ 64,2 milhões (US$ 1.266 a tonelada). “Esse grande volume de exportação do complexo se deve basicamente à colheita antecipada deste ano”, disse o analista de soja do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Edmar Gervásio. Em janeiro deste ano 12% dos 5,7 milhões de hectares já estavam colhidos. Em 2023 a colheita começou em fevereiro. No milho e seus subprodutos houve uma redução tanto no volume quanto no valor da exportação. Foram 491,8 mil toneladas enviadas ao exterior em janeiro do ano passado e 416,2 mil toneladas neste último mês. As divisas reduziram de US$ 142,7 milhões para US$ 94,8 milhões. O preço de cada tonelada também caiu: de US$ 290 em 2023 para US$ 228. No complexo das carnes, os números do Agrostat apontam que o Paraná enviou ao Exterior 182,6 mil toneladas no primeiro mês de 2024, com faturamento de US$ 305,3 milhões (US$ 1.672 a tonelada). No mesmo período de 2023 foram exportadas 174,4 mil toneladas e arrecadados US$ 332,5 milhões (US$ 1.905 a tonelada). O destaque paranaense ficou na carne de frango, da qual é líder nacional em produção e exportação. Em janeiro foram exportadas 166 mil toneladas, com a entrada de US$ 269,2 milhões. No ano anterior tinham sido 159,7 mil toneladas com US$ 299,7 milhões. O volume exportado de carne suína foi quase o mesmo comparativamente a janeiro de 2023, saltando de 10,2 mil toneladas para 10,7 mil toneladas. Em valores retrocedeu de US$ 22,5 milhões para US$ 22 milhões, fruto da menor valorização no mercado global.
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar tem leve baixa em dia de liquidez limitada por feriado nos EUA
Numa sessão marcada pela baixa liquidez em função do feriado nos Estados Unidos, o dólar à vista oscilou em margens estreitas ante o real e fechou a segunda-feira em leve baixa, em um dia sem referências fortes para as cotações e de sinais divergentes para a moeda norte-americana no exterior
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9621 reais na venda, em baixa de 0,11%. Em fevereiro, a moeda norte-americana acumula alta de 0,48%. Na B3, às 17:11 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,16%, a 4,9670 reais. O feriado do Dia dos Presidentes nos EUA manteve os mercados de títulos e ações fechados em Nova York, o que também reduziu as negociações com moedas ao redor do mundo. No Brasil, o evento de maior destaque da agenda era a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), no início do dia. Considerado um sinalizador para o Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br subiu 0,82% em dezembro ante novembro, em dado dessazonalizado, acima do avanço de 0,75% projetado pelo mercado. Foi o quarto resultado mensal positivo e o mais forte desde abril de 2023 (+1,3%), o que ajudou o índice a fechar o quarto trimestre com expansão de 0,22% sobre os três meses anteriores, em dado dessazonalizado. Ainda que os números do IBC-Br tenham sido positivos, eles pouco impactaram os negócios no Brasil -- seja no câmbio, seja no mercado de juros. O dólar à vista, que marcou a cotação máxima de 4,9721 reais (+0,09%) às 9h02, cedeu a uma mínima de 4,9521 reais (-0,31%) às 11h18. No restante do dia, sem catalisadores, oscilou entre estas margens estreitas. O movimento no Brasil ocorreu enquanto no exterior o dólar manteve à tarde leve alta ante uma cesta de moedas fortes. Em relação às demais divisas, os sinais do dólar eram mistos.
Reuters
Ibovespa fecha com alta modesta em dia de liquidez reduzida por feriado nos EUA
O Ibovespa fechou com um acréscimo modesto nesta segunda-feira, assegurado pelo avanço de ações de bancos, em sessão marcada por volume reduzido em razão da ausência de Wall Street por feriado nos Estados Unidos
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,14%, a 128.903,14 pontos, de acordo com dados preliminares. Na máxima do dia, chegou a 128.944,37 pontos. Na mínima, a 128.096,54 pontos. O volume financeiro somava 11,97 bilhões de reais antes dos ajustes finais, de uma média diária de 24,1 bilhões de reais em 2024.
Reuters
IBC-Br fecha o ano com crescimento de 2,45% após apontar alta da atividade no 4º tri
A atividade econômica brasileira cresceu mais do que o esperado em dezembro e fechou o quarto trimestre do ano passado com resultado positivo, terminando 2023 com crescimento de 2,45%, segundo dados do Banco Central divulgados na segunda-feira
O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), apresentou em dezembro crescimento de 0,82% em relação a novembro em dado dessazonalizado, resultado acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,75%. Foi o quarto resultado mensal positivo e o mais forte desde abril de 2023 (+1,3%), o que ajudou o índice a fechar o quarto trimestre com expansão de 0,22% sobre os três meses anteriores, em dado dessazonalizado. O BC ainda revisou o resultado de novembro para uma expansão de 0,1%, de variação positiva de 0,01% informada antes. Na comparação com dezembro do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 1,36%, de acordo com números observados. "Importante ressaltar que, apesar da desaceleração da atividade econômica nos últimos meses de 2023, ainda influenciada pelos efeitos da política monetária restritiva e o esgotamento da expansão de alguns setores, a economia brasileira se mostrou mais resiliente e dinâmica que o esperado ao longo de todo ano", avaliou Rafael Perez, economista da Suno Research. Depois de surpreender no primeiro semestre de 2023 e mostrar resiliência no terceiro trimestre, a expectativa era de que a economia brasileira teria terminado o ano rondando a estagnação. De um lado pesaram os efeitos defasados dos juros elevados, o alto endividamento das famílias e a dissipação dos efeitos do setor agrícola. Mas o mercado de trabalho favorável e o arrefecimento da inflação favoreceram de outro. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará em 1° de março os números oficiais do PIB em 2023. Em 2022, o PIB brasileiro cresceu 3,0%. Tanto o Banco Central quanto o Ministério da Fazenda projetaram no final do ano passado uma expansão de 3,0% do PIB em 2023. Dados recentes mostram que o último mês do ano foi marcado por desempenho melhor do que o esperado da indústria, mas queda intensa das vendas varejistas e decepção com o aumento no volume de serviços. "Para 2024, embora alguma desaceleração já seja esperada, algumas questões chaves ainda precisam ser respondidas. A principal delas é justamente sobre o setor de serviços, que tem se mostrado bastante resiliente à desaceleração econômica", destacou Helena Veronese, chefe de economia da B.Side Investimentos. Também fica no foco em 2024 o afrouxamento monetário iniciado em agosto pelo Banco Central e medidas para o equilíbrio fiscal, com a cena externa voltada para a perspectiva de redução dos juros globais. O Banco Central já tirou a taxa básica de juros Selic do pico de 13,75% para o patamar atual de 11,25%.
Reuters
Balança tem superávit comercial de US$ 1,558 bilhão na 3ª semana de fevereiro
No mês, o superávit acumulado é de US$ 3,366 bilhões e, no ano, de US$ 9,892 bilhões
A balança comercial brasileira teve superávit de US$ 1,558 bilhão na terceira semana de fevereiro. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta segunda-feira, 19, o valor foi alcançado com exportações de US$ 4,969 bilhões e importações de US$ 3,411 bilhões. No mês, o superávit acumulado é de US$ 3,366 bilhões e, no ano, de US$ 9,892 bilhões. Até a terceira semana do mês, a média diária das exportações aumentou 17,8% na comparação com a média diária do período em 2023, com crescimento de US$ 38,53 milhões (15,9%) em agropecuária; alta de US$ 119,97 milhões (61,4%) em indústria extrativa; e avanço de US$ 45,16 milhões (6,7%) em produtos da indústria de transformação. As importações também tiveram crescimento no período, de 0,7%, também na comparação pela média diária, com alta de US$ 3,44 milhões (16,1%) em agropecuária; queda de US$ 9,35 milhões (-13,2%) em indústria extrativa; e alta de US$ 17,4 milhões (2,0%) em produtos da indústria de transformação.
Estadão Conteúdo
FGV: prévia aponta crescimento da economia de 3% em 2023
Levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) aponta que a economia brasileira teve um crescimento de 3% em 2023. O dado faz parte do Monitor do PIB, estudo que funciona como uma prévia do comportamento do PIB (conjunto de todos os bens e serviços produzidos no país)
De acordo com o Ibre, a economia teve desempenho positivo de 0,6% em dezembro ante o mês anterior e de 2,1% em relação a dezembro de 2022. Em janela de tempo trimestral, a atividade econômica no quarto trimestre apresentou alta de 0,1% na comparação com o terceiro trimestre e de 2,3% diante do quatro trimestre de 2022. De acordo com a coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, o último trimestre do ano passado ficou marcado por uma “clara tendência de desaceleração”, porém, segundo ela, o resultado mostra resiliência da economia apesar das fragilidades de um crescimento anual concentrado e bastante influenciado por commodities (matérias primas com preços ditados pelo mercado internacional). O principal motor de crescimento de 2023 foi a agropecuária, com alta de 15,8%, com destaque para o desempenho da soja na região Centro-Sul do país. Segundo Juliana Trece, a força do setor agro se nota ao perceber que, sendo apenas 6% do PIB, respondeu por 30% do crescimento da economia. “Esse contexto mostra forte concentração setorial e regional e evidencia que o crescimento econômico não foi sentido de modo uniforme no país”, pondera. Ainda segundo a pesquisadora, “o efeito do excelente desempenho agropecuário no ano se estendeu para outras atividades econômicas, o que potencializou sua influência na economia”. O setor de serviços apresentou alta de 2,5% em 2023, em um desempenho considerado “crescimento generalizado”. Já a indústria brasileira terminou o ano com alta de 1,4%. O Monitor do PIB estima que o consumo das famílias cresceu 3,2% no ano passado. Dentro desse segmento, se destacam positivamente os setores de serviços e de produtos não duráveis (itens de consumo imediato ou com pouco tempo de duração). Em valores monetários, o consumo das famílias ficou em R$ 6,9 trilhões, o maior já registrado. A chamada Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), indicador que reflete o nível de investimento, como compras de máquinas e equipamentos, caiu 3,4% em 2023. Segundo a FGV, o desempenho de máquinas e equipamentos “preocupa”, pois vem acumulando quedas ao longo dos meses e fechou com retração de 8,5% no ano. A construção também contribuiu negativamente para esse resultado, com queda de 0,5%. A taxa de investimento da economia foi de 18,1% em 2023. Além de representar o segundo ano seguido de queda, a taxa segue abaixo da média histórica desde 2000 (19,2%). Outro fator que contribuiu para o crescimento do PIB foram as exportações, com alta de 9,5% no ano passado. O principal destaque foram as vendas para outros países de produtos agropecuários, que cresceram 25,3% no ano. Produtos da indústria extrativa mineral, como minério de ferro e petróleo, também tiveram desempenho expressivo no ano, com alta de 16,7%. A importação de bens e serviços caiu 1,1% em 2023. Importante notar que, diferentemente das exportações, as importações não são contabilizadas no PIB, porque o indicador só inclui os bens e serviços finais produzidos dentro da economia do país. De acordo com a FGV, o PIB brasileira alcançou R$ 10,740 trilhões, marcando uma trajetória de três anos seguidos de alta e atingindo o recorde da série histórica. O PIB per capita, que equivale ao total da economia dividido pelo número de habitantes do país fechou 2023 em R$ 52.611. Apesar de estar em ritmo crescente desde 2021, o valor está ainda abaixo dos anos 2023 (R$ 52.682) e 2014 (R$ 52.672).
Agência Brasil
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