Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 554 | 07 de fevereiro de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Mercado do boi gordo: baixa liquidez e preços estáveis
“Expectativa é de que haja movimentações positivas ao longo da semana com a aproximação do Carnaval”, diz a Agrifatto
O mercado físico do boi gordo manteve a arroba estável na maioria das praças brasileiras monitoradas pelas consultorias. Pelos dados da Agrifatto, o preço médio do boi gordo no Estado de São Paulo está em R$ 239,20/@. Na B3, o vencimento para fevereiro/24 fecho a última segunda-feira em R$ 240,15. Segundo relatos da Scot Consultoria, com os abates em equilíbrio com a oferta, as escalas de abate estão, em média, para 8 dias. Com isso, a cotação do boi gordo ficou estável, em R$ 235/@, enquanto a vaca e a novilha gorda são negociadas por R$ 210/@ e R$ 230/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). O “boi-China” encerrou cotado em R$ 245/@ (base SP, bruto, prazo), com ágio de R$ 10/@ sobre o “animal comum”. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 231@ (à vista) vaca a R$ 210/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 243/@ (prazo) vaca a R$ 229/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 227/@ (à vista) vaca a R$ 215/@ (à vista); MT-Cáceres: boi a R$ 208/@ (prazo) vaca a R$ 185/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 202/@ (à vista) vaca a R$ 182/@ (à vista); GO-Sul: boi a R$ 228/@ (prazo) vaca a R$ 210/@ (prazo); MG-Triângulo: boi a R$ 238/@ (prazo) vaca a R$ 215/@ (prazo); PA-Redenção: boi a R$ 202/@ (prazo) vaca a R$ 192/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 208/@ (prazo) vaca a R$ 198/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 200/@ (à vista) vaca a R$ 180/@ (à vista).
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/AGRIFATTO
Rússia amplia lista de frigoríficos brasileiros habilitados a exportar carnes
Foram liberadas plantas em Mato Grosso, Santa Catarina e São Paulo. Governo russo ampliou o leque de produtos que a planta da BRF em Chapecó (SC) poderá vender
O Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Federação da Rússia anunciou na terça-feira (06/02) a ampliação da lista de frigoríficos brasileiros aptos a exportarem carnes bovina e de aves para lá. A unidade da JBS em Confresa (MT) foi habilitada para iniciar as exportações de carne bovina aos russos. O Kremlin ainda ampliou o leque de produtos que a planta da BRF em Chapecó (SC) poderá enviar para lá. O frigorífico catarinense recebeu autorização para iniciar as vendas para a Rússia em maio de 2022, mas os negócios se limitavam aos embarques de farinha animal. Agora, também poderão ser exportadas carnes de aves e gorduras. Os russos também retiraram as restrições temporárias aplicadas a outros três frigoríficos há quase sete anos. A lista incluiu duas plantas da Seara Alimentos, uma em Forquilhinha (SC) e outra em Itapetininga (SP), e a unidade da JBS de Lins (SP). Com o levantamento das restrições, a planta da Seara em Santa Catarina poderá exportar carne de aves, subprodutos e gorduras avícolas e farinha de origem animal. Já a unidade paulista da empresa está autorizada a vender apenas carnes de aves. O frigorífico da JBS foi reabilitado para a exportação de carne bovina. As vendas desses estabelecimentos estavam suspensas desde 2017. As novas habilitações e a retirada das restrições é resultado de uma auditoria presencial realizada por técnicos russos no Brasil entre novembro e dezembro do ano passado, a primeira desde 2015. Durante a inspeção a delegação russa passou por seis Estados brasileiros e pelo Distrito Federal. Com a ampliação, a lista de frigoríficos brasileiros habilitados soma agora 358. Desses, apenas 178 estão totalmente aptos a exportarem e 180 estão sob algumas restrições e suspensões. "A missão russa mais uma vez fortaleceu a relação de confiança entre as autoridades sanitárias do Brasil e da Rússia e reafirmou a importância do papel do Brasil em fornecimento de produtos de origem animal sendo um dos principais fornecedores de carnes para o mercado russo", afirmou o adido agrícola da Rússia no Brasil, Andrey Yurkov, em postagem em rede social.
Globo Rural
SUÍNOS
Suíno na granja e no atacado em alta
De acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF registrou alta de 1,60%, custando, em média, R$ 127,00, assim como a carcaça especial teve alta de 2,04% e está cotada em R$ 10,00/kg
Para a Scot Consultoria, o mercado deve seguir entre estabilidade e alta no curto prazo, com o recebimento dos salários e consequente aumento da demanda. O Indicador do Suíno Vivo, referente a última segunda-feira (05), o preço registrou ganho de 2,38% no Rio Grande do Sul, a R$ 6,02/kg. No Paraná, o preço do animal também teve ganho de 4,21% e está em R$ 5,94/kg. Em Santa Catarina, o animal registrou ganho de 1,04% em R$ 5,84/kg, enquanto em São Paulo o valor ficou em R$ 6,53/kg, com ganho de 3,94%. Em Minas Gerais, o suíno teve valorização de 2,78% e está cotado em R$ 6,65/kg. A Scot Consultoria apontou que a relação de troca com o milho piorou, em São Paulo, para o produtor na comparação mensal. Na média de janeiro, com a venda de um quilograma de suíno terminado, foi possível comprar 5,9 quilogramas de milho, queda de 6,1% em comparação à média de dezembro/23. Em doze meses, o poder de compra do suinocultor melhorou 26,9%. Até a quarta semana de janeiro, foram exportadas 70,63 mil toneladas de carne suína in natura. Diariamente, foram embarcadas 3,72 mil toneladas, alta de 2,2% em comparação a janeiro/23. Apesar do aumento no volume embarcado, o preço pago pela tonelada caiu 12,0% no mesmo comparativo, ficando em US$2,18 mil por tonelada.
Cepea/Esalq/Scot Consultoria
FRANGOS
Frango: atacado paulista com alta de 3,28% na 3ª feira
Na terça-feira (06), o preço do frango no atacado paulista apresentou ganho de 3,28% e está em R$ 6,92 por kg, conforme as informações da Scot Consultoria. Já o frango na granja paulista segue com estabilidade e cotado em R$ 5,05 por kg
No Paraná, a cotação do animal vivo seguiu com estabilidade e valendo R$ 4,55/kg. Já em Santa Catarina, o valor do frango vivo seguiu estável e está em R$ 4,45/kg. Conforme informações divulgadas pelo Cepea/Esalq na última segunda-feira (05), o preço do frango vivo congelado registrou leve ganho de 0,27% em R$ 7,32/kg. No caso do frango resfriado, o preço teve alta de 0,14%, sendo comercializado em R$ 7,38/kg. Segundo o levantamento da Scot Consultoria, o primeiro mês deste ano se mostrou fraco para o mercado de frango. Na média mensal, os preços na granja paulista ficaram menores. Em janeiro/24, a desvalorização frente a dezembro/23 foi de 1,1%, com a ave sendo negociada, em média, a R$5,14/kg. “No atacado, o movimento foi semelhante, com queda de 4,5% na comparação entre o preço médio de janeiro/24 e dezembro/23. O frango médio ficou cotado em R$6,72/kg”, informou a Scot Consultoria. A consultoria destacou que este movimento é comum no período analisado. Normalmente, janeiro costuma apresentar vendas travadas em função da renda mais limitada da população e das férias escolares. Em fevereiro, principalmente nos dez primeiros dias, a demanda deve ganhar ritmo, com compradores abastecendo seus estoques para atender as vendas da primeira quinzena”, disse a Scot Consultoria. Com relação à exportação, até a quarta semana de janeiro/24, o volume embarcado de carnes de aves in natura totalizou 332,4 mil toneladas, com média diária de 17,5 mil toneladas. Se este ritmo continuar, janeiro deve atingir 384,8 mil toneladas exportadas, volume próximo ao observado em igual período do ano passado.
Cepea/Esalq/Scot Consultoria
Casos de gripe aviária no Brasil chegam em 152 com nova confirmação no Espírito Santo
A ocorrência foi detectada no município de Itapemirim, no estado do Espírito Santo
O número de casos confirmados de gripe aviária de alta patogenicidade chegou a 152 ocorrências no Brasil, conforme destacou a plataforma do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Conforme a atualização, são 149 em aves silvestres, 5 em mamíferos aquáticos e 3 em aves de subsistência. O novo caso foi detectado no município de Itapemirim, no estado do Espírito Santo, uma ave da espécie trinta-réis-boreal. A detecção, confirmada na última sexta-feira (02), representou a terceira ocorrência do gênero no município capixaba. A última ocorrência que o ministério tinha informado foi no dia 19 de dezembro do ano passado. Desde então, nenhum caso tinha sido confirmado. Espírito Santo: 32 (sendo 31 em aves silvestres e 01 em ave de subsistência). Rio de Janeiro: 23 (aves silvestres). Rio Grande do Sul: 05 (02 em ave silvestre e 03 em animais marinhos). São Paulo: 53 (52 em aves silvestres e 01 em mamífero marinho). Bahia: 04 (aves silvestres). Paraná: 13 (aves silvestres). Santa Catarina: 20 (18 em ave silvestre, 01 em ave de subsistência e 01 em mamífero marinho). Mato Grosso do Sul: 01 em ave de subsistência.
MAPA
EMPRESAS
Cooperativas do Paraná movimentaram US$ 9,4 bilhões em exportação em 2023
Em 2023, houve um crescimento de 25% nas exportações das cooperativas do Paraná
Com a demanda do mercado internacional, as cooperativas paranaenses registraram um crescimento de 25% nas exportações no último ano, em comparação com 2022. As exportações das cooperativas movimentaram US$ 9,4 bilhões na economia estadual, de acordo com dados da área de monitoramento do Sistema Ocepar
"Nós nunca tínhamos um volume dessa expressão”, afirma o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, que atrela o volume como reflexo da atuação das cooperativas. No Paraná, 48% da produção recebida pelas empresas do segmento passa por algum tipo de agroindustrialização. Com variedade de produtos, as cooperativas têm focado no mercado internacional, estratégia que refletiu nos bons números de 2023. A maior safra também impactou no volume expressivo das exportações. “Tivemos mais para ofertar e, consequentemente, conseguimos comercializar mais. Também houve uma demanda em nível internacional aquecida: tem demanda e as cooperativas estão preparadas para atender”, destaca Ricken. Na análise dele, trabalhos de gestão como programas do Sistema Ocepar também contribuíram para aumentar as exportações feitas pelas cooperativas, assim como incentivos do governo estadual. “O acesso ao mercado internacional tem que ser estimulado até pela quantidade que produzimos, temos que atuar em nível internacional. O mercado tem demanda e vamos ganhar espaço”, avalia.
Gazeta do Povo
GOVERNO
Governo anuncia aumento de 30% em recursos para corredores do agronegócio
O governo federal anunciou, na terça-feira (6), a ampliação de 30% no total de recursos públicos investidos na infraestrutura dos chamados corredores do agro, que são as rodovias e ferrovias usadas para exportação dos principais produtos do agronegócio brasileiro
De um total de R$ 3,6 bilhões investidos em 2023, o governo prevê investir R$ 4,7 bilhões neste ano. Em 2022, ainda segundo o Ministério dos Transportes, foi investido R$ 1,9 bilhão nos corredores do agro. “O teto de gastos transformou o Brasil no país que menos investiu entre todas as economias relevantes. Se investe pouco, obviamente a infraestrutura piora. Agora ela está voltando a melhorar, mas ainda está recuperando um passivo desses últimos anos”, argumentou o ministro dos Transportes, Renan Filho. O pacote de investimentos anunciado prevê 60 obras consideradas estruturantes, sendo R$ 2,66 bilhões para a infraestrutura do Arco Norte e R$ 2,05 bilhões para o Arco Sul/Sudeste. Entre as obras, estão previstas a retomada dos investimentos públicos na ferrovia Transnordestina, em Pernambuco, e das ferrovias FIOL 1 e 2 e a FICO, ligando Ilhéus, no litoral baiano, até Lucas do Rio Verde (MT). “Vai criar esse corredor que estamos chamando de leste-oeste, que vai ligar Ilhéus (BA) até Água Boa (MT), mas depois de Água Boa, com a FICO 2, até Lucas do Rio Verde (MT)”, disse o Ministro, que acrescentou que a ideia é, no futuro, conectar a ferrovia transnordestina a ferrovia Norte-Sul. No Arco Norte, que envolve os estados do Norte, além de Mato Grosso, Bahia, Maranhão e Piauí, o ministério prevê, entre outras obras, duplicar a BR 135, no Maranhão, restaurar a BR 158, no Pará, recuperar a BR 242, na Bahia, além de construir as travessias de Itapoã do Oeste, Jaru e Ji-Paraná, em Rondônia, e a Ponte de Xambioá, em Tocantins. Em relação à infraestrutura do Arco Sul/Sudeste, que engloba todo o Centro-Sul do Brasil, o governo prevê a conclusão da Ferrovia Norte Sul, a intensificação das obras da ferrovia FICO, além de duplicação da BR 163, do Paraná, das BRs 470 e 290, em Santa Catarina, e das BRs 116 e 386, no Rio Grande do Sul. A meta do governo, de acordo com o ministro Renan Filho, é chegar a 90% da malha rodoviária do Arco Norte sendo considerada boa, com 80% das rodovias em boas condições em todo o país. A avaliação sobre a qualidade da malha rodoviária é feita pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) por meio do Índice de Composição da Manutenção (ICM). Segundo o Ministério dos Transportes, foi possível aumentar de 52% para 80% o total das rodovias do Arco Norte consideradas em bom estado no período de dezembro de 2022 a dezembro de 2023. Além dos investimentos públicos diretos em infraestrutura, o governo prevê realizar 13 leilões para concessões de estradas e pontes, com expectativa de investimentos de R$ 122 bilhões de reais. Desse total, R$ 95 bilhões estariam relacionados aos chamados corredores do agronegócio. Entre os leilões previstos, estão o da concessão da BR 262, de Minas Gerais, da BR 040, entre Minas Gerais e Goiás, e das BRs 070, 174, 364 entre Mato Grosso e Rondônia. O governo também detalhou nesta terça-feira (6) os investimentos em portos e aeroportos para os próximos anos. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, prevê investir, em 2024, R$ 639 milhões em portos e hidrovias, além de criar a Secretaria Nacional de Hidrovias e Transporte Aquaviário. “O Brasil hoje tem 19 mil quilômetros de hidrovias navegáveis, com potencial de chegarmos a 42 mil nesses próximos oito ou dez anos. Isso significa reduzir custos nas operações, dialogar com a agenda ambiental e ajudar a potencializar o escoamento da produção brasileira”, destacou Silvio Costa Filho. A pasta de Portos e Aeroportos ainda tem como meta realizar, até 2026, 35 leilões de infraestrutura com previsão de arrecadar R$ 14,5 bilhões em investimentos no setor. Outros R$ 23 bilhões são previstos por meio das renovações e prorrogações de contratos de arrendamento e outros R$ 41 bilhões com novas autorizações de contratos de adesão. “Estamos falando em R$ 78 bilhões de novos arrendamentos, renovações, prorrogações e novas autorizações. É um volume muito grande e isso vai potencializar muito a economia brasileira e vai ajudar no escoamento da nossa produção”, comentou.
Agência Brasil
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
BNDES aprova financiamento de R$ 495 milhões para modernização do Porto de Paranaguá
Investimento irá contribuir para o aumento da capacidade de recepção ferroviária de granéis e para a melhoria da circulação viária no porto. Se espera que as alterações no tráfego reduzam em cerca de 70% as emissões de CO2 na região portuária
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento no valor de R$ 495 milhões para a modernização da infraestrutura logística do Porto de Paranaguá, situado no estado do Paraná. O projeto, a ser executado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), possui investimento total de R$ 647 milhões e tem como principal objetivo a implementação de um sistema de recepção e descarga ferroviária de grãos e farelos nos terminais destinados à exportação, incluindo a adequação do sistema rodoviário e ferroviário na região leste do porto. Atualmente, a matriz logística da APPA sofre com uma participação de aproximadamente 80% do transporte de cargas realizado por caminhões, gerando congestionamentos e poluição na região. “Essa iniciativa se insere dentro do contexto do projeto BNDES Azul, que envolve o apoio a diversas frentes relacionadas à economia do mar, inclusive em infraestrutura. Este projeto aprovado específico tem como foco não apenas aprimorar a eficiência operacional, mas também minimizar o conflito Porto-Cidade. Espera-se que as alterações no tráfego reduzam em cerca de 70% as emissões de CO2 na região portuária”, explicou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. O BNDES conta, atualmente, com cerca de R$ 22 bilhões em carteira relacionados à economia azul. Deste total, R$ 13,6 bi são para projetos de docagem, embarcações de apoio, estaleiros e navios petroleiros. Outros projetos, de transporte marítimo, portos, terminais e embarcações respondem por R$ 7,7 bi de apoio. Para o setor de turismo marinho e costeiro, o Banco tem em carteira R$ 296,7 mi e, para o apoio a projetos de recuperação de manguezais, são R$ 47 mi no âmbito da iniciativa Floresta Viva, em parceria com a Petrobras. “Além dos benefícios logísticos e econômicos, o projeto promete trazer impactos positivos do ponto de vista ambiental e social, contribuindo para a redução da emissão de gases do efeito estufa e melhorando as condições de tráfego na região”, explica Luciana Costa, diretora de Infraestrutura e Mudança Climática do BNDES. Os principais impactos esperados com a operação de modernização do Porto de Paranaguá contemplam o aumento da capacidade de recepção ferroviária de granéis de sete para 24 milhões de toneladas anuais; a eliminação da necessidade de locomotivas e vagões realizarem manobras complexas; e a melhoria na circulação viária da região portuária, com a redução de 16 para cinco cruzamentos da linha férrea com as vias urbanas e com a expectativa de diminuição significativa no tráfego de caminhões. O projeto também visa liberar áreas internas nos terminais para possíveis melhorias operacionais, ao eliminar ramais ferroviários individuais, e diminuir o tempo de permanência de vagões, locomotivas e caminhões para descarga, aumentando a eficiência.
BNDES
Plantio da safrinha de milho avança rápido no Paraná, informa Deral
Semeadura está em 32%, enquanto colheita do milho verão chega à 36%
O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou seu relatório semanal trazendo as condições de tempo e cultivo para as principais culturas do estado. De acordo com o levantamento as lavouras da safra de verão de milho 2023/24 se dividem em 1% ainda em floração, 25% em frutificação e 74% já em maturação. Enquanto isso, 36% da área já foi colhida até a última segunda-feira (05). Os técnicos do Deral ainda classificaram 66% das lavouras em boas condições de desenvolvimento, 28% em médias e 6% em ruins. Ao mesmo tempo, as lavouras de milho segunda safra já plantadas chegaram à 32% do total previsto, e dividem entre germinação (53%) e desenvolvimento vegetativo (47%). As áreas avaliadas como boas são 91% e como média 9%. Detalhando as regiões paranaenses, o Deral indica que as lavouras de verão estão em maturação na região Norte, enquanto o plantio da safrinha deve ser intensificar conforme o avanço da colheita da soja. A região Oeste está se beneficiando do avanço rápido da colheita da soja para semear o milho segunda safra em um período bastante favorável. “O milho está sendo semeado à medida que há umidade para o plantio do mesmo, pois o investimento é alto. Se as condições permanecerem favoráveis, é esperada uma boa safra, o que pode ajudar os produtores a mitigarem prejuízos na cultura da soja”, diz o Deral. Já no Sudoeste paranaense, a colheita de verão avança e as produtividades do milho estão abaixo do esperado pelos produtores. No Sul a colheita também está em andamento e as produtividades apresentam grande variação.
SEAB-PR/DERAL
ECONOMIA/INDICADORES
Em manifesto, parlamentares cobram devolução de MP que reonera folha de pagamento de 17 setores
Texto de 14 frentes que reúnem deputados e senadores é dirigido a Lira e Pacheco
Um manifesto divulgado na quarta-feira por 14 frentes parlamentares ligadas ao setor produtivo pede a devolução ao governo da medida provisória (MP) que reonera a folha de pagamento de 17 setores da economia intensivos em mão de obra. O documento é dirigido aos presidentes da Cãmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A devolução de uma MP significa, na prática, que a medida perde validade. O manifesto classifica a MP como “autoritária e antidemocrática” e fala em desrespeito às decisões do Congresso. Entre outros pontos, a MP reverte a prorrogação até 2027 da desoneração dos setores mais intensivos em mão de obra do país. A medida havia sido promulgada pelo Congresso com amplo apoio, após a rejeição de um veto do presidente Lula à proposta. A MP tem validade imediata, mas ainda precisa ser analisada pelo Congresso. O manifesto destaca que a prorrogação da desoneração foi aprovada após pouco mais de 8 meses de tramitação, inclusive em regime de urgência, com “inúmeras” discussões entre parlamentares, sociedade civil e negociações com o governo. O documento lembra que, mesmo após as negociações dentro do Congresso e apoio da base, o projeto foi integralmente vetado pelo governo quando remetido à sanção. O veto foi derrubado e a lei foi promulgada no dia 27 de dezembro de 2023. “No dia seguinte, de forma autoritária e antidemocrática e em total desrespeito ao Congresso Nacional, aos pagadores de impostos, aos meses de trabalho realizado, aos empregados que possuem sua folha desonerada e , por fim, à Constituição; o governo federal publicou a Medida Provisória nº 1202, de 28/12/2023, que revogou a Lei recém promulgada e propôs a reoneração da folha de pagamentos; além de reduzir os benefícios de PERSE (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos” e limitar a compensação de créditos tributários decorrentes de decisão judicial”, afirma o documento. As frentes parlamentares dizem que a MP é inconstitucional por dois motivos. Primeiro por “estarem ausentes os pressupostos de relevância e urgência, vez que versa sobre matérias recém-deliberadas por ambas as casas do Congresso Nacional”. E segundo por a Emenda da Reforma Tributária, aprovada no ano passado, que determina ao Executivo encaminhar ao Congresso Nacional um projeto de lei para reformar a tributação da folha e salários. A desoneração permite substituir a contribuição previdenciária — de 20% sobre os salários dos empregados — por uma alíquota sobre a receita bruta do empreendimento, que varia de 1% a 4,5%, de acordo com o setor e o serviço prestado. Assinam o documento as frentes parlamentares: do Empreendedorismo (FPE); do Material de Construção (FMC); do Comércio e Serviços (FCS); do Biodiesel (FPBio); da Mineração Sustentável (FPMin); da Agropecuária (FPA); do Livre Mercado (FPLM); da Mulher Empreendedora (FPMEmp); da Indústria de Máquinas e Equipamentos (FPMaq); em Defesa do Setor Coureiro-Calçadista; da Vitivinicultura; de Inovação e Tecnologias em Saúde para Doenças Raras; da Indústria (FPMI); e pelo Brasil Competitivo. O manifesto também trata da portaria do Ministério do Trabalho que dificultou o trabalho no comércio durante os feriados, condicionando o seu funcionamento à celebração de convenção coletiva de trabalho com o sindicato dos trabalhadores da categoria. “Até o momento, foram realizadas diversas reuniões infrutíferas junto à mesa de negociações criada pelo governo, sem um acordo entre os setores do comércio e o Ministério do Trabalho”, diz o texto, que defende a aprovação de um projeto de decreto legislativo para sustar a portaria. O manifesto trata ainda da regulamentação da Reforma Tributária. O pleito é para que membros do Legislativo e da sociedade civil também participem do Programa de Assessoramento Técnico à Implementação da Reforma da Tributação sobre o Consumo, instituído pela Fazenda e com duração prevista de 60 dias.
O Globo/Economia
Dólar cai em dia de ajustes e busca por ativos de risco
O dólar à vista fechou a terça-feira em baixa ante o real, se distanciando um pouco dos 5,00 reais, em sintonia com o exterior, numa sessão marcada pela busca global por ativos de risco depois dos avanços mais recentes da divisa dos EUA
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9630 reais na venda, em baixa de 0,38%. Em fevereiro, a moeda acumula ganho de 0,50%. Na B3, às 17:21 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,53%, a 4,9705 reais. Profissionais ouvidos pela Reuters afirmaram que o dia foi de ajustes, com os investidores em busca de ativos de maior risco, após o pessimismo recente. “Nos últimos dias, com a decisão (de política monetária) do Fed na semana passada, o dólar acabou se valorizando, com um sentimento pessimista nos mercados”, lembrou Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital. “O (presidente do Fed, Jerome) Powell fez colocações no sentido de que o mercado não deveria ficar tão animado com cortes de juros no primeiro semestre, o que acabou jogando um balde de água fria nos investidores”, acrescentou. Na terça-feira, o ambiente era de otimismo, com os investidores em busca de ativos de maior risco, como o real. Além de ajustes em relação aos movimentos mais recentes, as cotações refletiam, conforme Izac, declarações da presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester. Para ela, se a economia dos Estados Unidos tiver o desempenho esperado, isso poderá abrir a porta a cortes na taxa básica de juros. Por outro lado, Mester disse que ainda não está pronta para oferecer qualquer cronograma para uma política monetária menos restritiva. “Nos últimos dias vimos um estresse que tomou conta dos mercados no Brasil. Acho que 5,00 reais neste momento me parecem um exagero; trabalhar em torno de 4,85 e 4,90 reais faz mais sentido”, avaliou o economista-chefe na Way Investimentos, Alexandre Espírito Santo. “Nosso mercado deu uma exagerada em janeiro e nos primeiros dias de fevereiro, mas ontem (terça-feira) vê que não é para tudo isso. Bolsa e dólar estão recompondo um pouco do excesso de pessimismo do início do ano”, acrescentou.
Reuters
Ibovespa fecha em alta de mais de 2% com apoio de Itaú e Bradesco
O Ibovespa subiu mais de 2% nesta terça-feira, fechando acima dos 130 mil pontos, o que não acontecia desde meados de janeiro, com Itaú Unibanco valorizando-se mais de 4% após divulgação de balanço e projeções para 2024, enquanto Bradesco avançou cerca de 6% reagindo à decisão de OPA da Cielo e antes da apresentação do resultado trimestral e de seu plano estratégico
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 2,18%, a 130.380,15 pontos, de acordo com dados preliminares. Na máxima do dia, chegou a 130.416,95 pontos. Na mínima, a 127.592,80 pontos. O volume financeiro somava 24,7 bilhões de reais antes dos ajustes finais.
Reuters
Projeção do IPCA é mantida em 3,81% neste ano e 3,50% em 2025 e 2026, aponta Focus
Para a Selic, as medianas das estimativas dos economistas do mercado permaneceram em 9,00% no fim de 2024 e 8,50% nos encerramentos de 2025 e de 2026
A mediana das projeções dos economistas do mercado para a inflação oficial brasileira neste ano permaneceu em 3,81%, segundo o Relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgado nesta terça-feira (06) com estimativas coletadas até o fim da semana passada. Para 2025 e 2026, as medianas das expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mantiveram-se ambas em 3,50%. Para a taxa básica de juros (Selic), as medianas das estimativas permaneceram em 9,00% no fim de 2024 e 8,50% nos encerramentos de 2025 e de 2026. A meta de inflação perseguida pelo BC é de 3,00% em 2024, 2025 e 2026, com margem de tolerância 1,5 ponto percentual (p.p.) para cima ou para baixo. A mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia brasileira em 2024 permaneceu em 1,60%. Para 2025 e 2026, as medianas das expectativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) mantiveram-se ambas em 2,00%. O PIB do quarto trimestre, e, portanto, de 2023 fechado também, será conhecido em 1º de março. Até lá, as atualizações das apostas dos economistas para o ano passado são informadas pela autoridade monetária por meio do seu Sistema de Expectativas de Mercado às 9h. A mediana das projeções do mercado para a expansão do PIB em 2023 voltou a subir, de 2,93% para 2,95%, de acordo com estimativas compiladas pelo BC que dão origem ao Relatório Focus. A economia brasileira cresceu 0,1% no terceiro trimestre, informou o IBGE no começo de dezembro. A mediana das estimativas para o dólar no fim de 2024 foi mantida em R$ 4,92. Para 2025, a mediana das estimativas para a moeda americana ficou parada em R$ 5,00 entre uma semana e outra. Para 2026, caiu de R$ 5,05 para R$ 5,04.
Valor Econômico
IGP-DI recua em janeiro com menor efeito sazonal na inflação ao produtor, diz FGV
O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) caiu 0,27% em janeiro, ante elevação de 0,64% no mês anterior, com menor efeito da sazonalidade na inflação ao produtor, especialmente no setor agropecuário, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) na terça-feira
A queda registrada pelo índice neste mês marcou a taxa de variação mais baixa desde julho de 2023, quando o índice havia registrado recuo de 0,40%. Além disso, levou o IGP-DI a acumular baixa de 3,61% em 12 meses. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral, caiu 0,59% em janeiro, deixando para trás a alta de 0,79% vista em dezembro. Entre seus componentes, os Produtos Agropecuários apresentaram queda de 1,48% em janeiro, ante salto de 3,64% no final do ano passado. "Essa redução marcou o fim da tendência de aceleração na variação de preços que começou em outubro", disse André Braz, coordenador dos índices de preços. "A partir de janeiro, observou-se uma diminuição nos efeitos sazonais e, considerando as precipitações nas áreas produtivas, os danos previstos pelo El Niño parecem ser menos severos do que o esperado. Essa perspectiva é reforçada pela tendência de queda nos preços de commodities significativas, como a soja e a cana-de-açúcar." O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do IGP-DI, por outro lado, subiu 0,61% em janeiro, acelerando ante alta de 0,29% no mês anterior. O grupo Educação, Leitura e Recreação, componente do IPC, acelerou a alta de 0,42% para 2,59% neste mês, sob efeito da disparada de 6,65% dos cursos formais, comportamento comum no início do ano. Outro destaque foi o grupo Alimentação, que foi de alta de 1,01% em dezembro para avanço de 1,54% em janeiro, com salto de 10,08% nas hortaliças e legumes. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, subiu 0,27% em janeiro, ante 0,31% no mês anterior. O IGP-DI calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre o 1º e o último dia do mês de referência.
Reuters
Crescimento econômico pode surpreender no 1º tri, diz Campos Neto
O Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse na terça-feira que dados preliminares sobre o desempenho da economia no primeiro trimestre mostram que o crescimento pode surpreender positivamente no período
Em palestra durante evento do banco BTG Pactual, Campos Neto destacou que os indicadores mostram que o setor de serviços deve continuar puxando a atividade econômica no país. "Olhando a perspectiva de crescimento do primeiro trimestre, está parecendo que vai surpreender para cima. Essa é a nossa primeira intuição no Banco Central. A gente vê serviços puxando bastante o crescimento", disse Campos Neto. No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro surpreendeu, impulsionado pelo desempenho do agronegócio. A equipe econômica do governo espera que os dados finais de 2023 mostrem um crescimento de no mínimo 3%, superando estimativas do mercado no início do ano de uma aceleração inferior a 1%. Para este ano, a projeção oficial do Ministério da Fazenda é de alta de 2,2%, enquanto o mercado espera 1,60%. O chefe do BC também destacou o processo de queda da inflação no país, afirmando que os últimos números mostraram o índice geral "um pouco melhor" e um núcleo "marginalmente pior", mas enfatizou que a trajetória dos preços está "dentro do que a gente tinha programado". Dados de dezembro mostraram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com alta acumulada de 4,62%, o que significou que a inflação ao consumidor brasileiro voltou a ficar abaixo do teto da meta depois de dois anos seguidos de estouro do objetivo. Campos Neto ainda enfatizou a importância da confirmação da meta de inflação no ano passado, quando o Conselho Monetário Nacional fixou, em junho, em 3% a meta central para 2026, mesmos alvos já previstos para os dois anos anteriores. "Em termos de expectativas de inflação, a gente vê um marco que foi a confirmação da meta. A gente sempre dizia que era muito difícil ter uma visibilidade do que fazer em política monetária sem ter certeza de qual era a meta", afirmou. A pesquisa Focus divulgada na terça-feira mostrou que os analistas consultados seguem prevendo alta de 3,81% do IPCA em 2024 e de 3,50% em 2025. A projeção para ambos os anos segue acima do centro da meta oficial, que é de 3,0%, mas abaixo do teto, de 4,50%. O presidente do BC disse ver todas as autoridades monetárias do planeta apontando para um cenário de queda nas taxas de juros, apesar de "timings" diferentes, destacando a postura do Federal Reserve como o "carro-chefe" do processo. "Eu tenho a percepção de que, com os dados melhores, o Fed tem mais conforto de ser mais cauteloso. Parece que eles têm mais conforto de esperar um pouco mais", disse. Campos Neto também destacou a trajetória de queda na inflação geral e nos núcleos de países avançados, mas apontou que os níveis estão acima de patamares históricos. Ele citou uma série de riscos que tem travado o processo de queda da inflação global, como a questão geopolítica e o cenário pós-pandemia, marcado pelo efeito das grandes transferências de recursos promovidas por governo no mundo inteiro.
Reuters
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