Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 548|30 de janeiro de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Mercado do boi; estabilidade na arroba é predominante
Na B3, as desvalorizações envolvem a maior parte dos contratos futuros; na última sexta-feira, o vencimento para maio/24 teve baixa de 2%, para R$ 231,50/@, informou a Agrifatto
Como ocorre normalmente nas segundas-feiras, boa parte dos frigoríficos brasileiros aguardam uma melhor definição do mercado para abrir as compras de boiadas gordas, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário. Nas praças paulistas, segundo apuração da Scot Consultoria, as cotações dos animais terminados ficaram estáveis nesta segunda-feira (29/1). Com isso, o boi gordo “comum” segue valendo R$ 240/@ no Estado de São Paulo, enquanto a vaca e a novilhas são negociadas por R$ 215/@ e R$ 230/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). O “boi-China” está cotado em R$ 245/@ no mercado paulista, bruto, no prazo, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”. Na semana passada, em algumas regiões do País, os produtores resistiram à pressão de baixa, o que contribuiu para que as escalas de abate dos frigoríficos retrocedessem em certas praças, voltando para 9 dias úteis na média nacional, relatou a Agrifatto. No entanto, diz a consultoria, houve um aumento nas vendas de carne com ossos para o setor atacadista. “Com isso, a pressão baixista que parecia unânime foi perdendo forças ao final da última semana”, observaram os analistas da Agrifatto. Além disso, continua a consultoria, as vendas de carne bovina para a China vêm apresentando leve sinais de melhora – ou pelo menos o fim das pioras consecutivas. “Os negócios envolvendo o dianteiro, que estavam travados devido ao desacerto entre o valor pedido pelos exportadores e o oferecido pelos importadores da China, voltaram a ocorrer na faixa dos US$ 4,5 mil/tonelada, 8% acima do valor que estava sendo oferecido pelos chineses no início de 2024”, informa a Agrifatto. Na B3, as desvalorizações seguem envolvendo a maior parte dos contratos futuros do boi gordo. Na última sexta-feira, o vencimento para maio/24 foi o que mais desvalorizou, recuando 1,87%, para R$ 231,50/@, o menor patamar desde o final de set/23, relatou a Agrifatto. O único contrato que apresentou variação positiva foi para janeiro/24, que subiu 0,33% e fechou o período semanal em R$ 246,50/@. “Com o pessimismo tomando conta na B3, os contratos futuros seguem apresentando deságio em relação aos preços praticados no mercado físico”, afirma a Agrifatto. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 230@ (à vista) vaca a R$ 210/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 243/@ (prazo) vaca a R$ 225/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 227/@ (à vista) vaca a R$ 215/@ (à vista); MT-Cáceres: boi a R$ 208/@ (prazo) vaca a R$ 190/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 205/@ (à vista) vaca a R$ 185/@ (à vista); GO-Sul: boi a R$ 230/@ (prazo) vaca a R$ 210/@ (prazo); MG-Triângulo: boi a R$ 230/@ (prazo) vaca a R$ 215/@ (prazo); PA-Redenção: boi a R$ 210/@ (prazo) vaca a R$ 192/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 220/@ (prazo) vaca a R$ 198/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 200/@ (à vista) vaca a R$ 180/@ (à vista).
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/AGRIFATTO
Volume exportado de carne bovina in natura alcança 168,1 mil toneladas até quarta semana de janeiro. Preços caem 6,9%
O embarque de carne bovina in natura alcançou 168,1 mil toneladas até a quarta semana de janeiro/24, informou a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC)
No ano anterior, o volume embarcado da proteína animal ficou em 160,1 mil toneladas em 22 dias úteis. A média diária ficou em 8,8 mil toneladas, avanço de 21,50% frente ao total exportado em janeiro de 2023, que foi de 7,2 mil toneladas. O preço médio na quarta semana de janeiro/24 ficou com US$ 4,508 mil por tonelada, queda de 6,9% frente aos dados divulgados em janeiro de 2023, em que os preços médios registraram o valor médio de US$ 4,842 mil por tonelada. O valor negociado para o produto na quarta semana de janeiro/24 ficou em US$ 757.885 milhões, tendo em vista que o preço comercializado durante o mês de janeiro do ano anterior foi de US$ 775.785 milhões. A média diária ficou em US $ 39,8 milhões, avanço de 13,10%, frente ao observado no mês de janeiro do ano passado, com US$ 35,263 milhões.
Agência Safras
SUÍNOS
Cotações estáveis para o mercado de suínos
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável, custando, em média, R$ 116,00, assim como a carcaça especial, com valor de R$ 8,90/kg
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (26), houve alta de 0,16% em São Paulo, chegando a R$ 6,19/kg, e queda de 0,16% em Minas Gerais, atingindo R$ 6,27/kg. Os preços ficaram estáveis no Paraná) R$ 5,62/kg), Rio Grande do Sul (R$ 5,85/kg) e Santa Catarina (R$ 5,66/kg).
Cepea/Esalq
Preço pago pela tonelada da carne suína exportada cai 12% na quarta semana de janeiro
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações de carne suína in natura referentes à quarta semana de janeiro (19 dias úteis), tiveram o preço pago pela tonelada com queda 12% em relação ao registrado em janeiro de 2023
A receita obtida, US$ 197,9 milhões, representa 77,70% do total arrecadado em todo o mês de janeiro de 2023, que foi de US$ 197.978. No volume embarcado, as 70.626,422 toneladas são 88,30% do total registrado em janeiro do ano passado, quantidade de 79.983,094 toneladas. O faturamento por média diária até este momento do mês foi de US$ 8.096,385, quantia 10% a menos do que janeiro de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve aumento de 3,5% observando os US$ 7.820,556, vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 3.717, incremento de 2,2% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparada à semana anterior, avanço de 4,09%, sobre às 3.571,040 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.178, ele é 12% inferior ao praticado em janeiro passado. O resultado, frente a semana anterior, é de queda de 0,54% em relação aos US$ 2.189 anteriores.
Agência Safras
FRANGOS
Frango congelado e resfriado sobem em São Paulo
A maioria das cotações do mercado do frango ficaram estáveis nesta segunda-feira (29), com exceção da ave congelada ou resfriada em São Paulo
Segundo pesquisadores do Cepea, o preço da carne de frango registrou quedas em janeiro. Além do movimento sazonal de demanda enfraquecida nesta segunda quinzena, os estoques elevados têm reforçado o movimento de baixa sobre os valores da proteína no mercado nacional, conforme relatam agentes consultados pelo Cepea. Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável, valendo R$ 5,05/kg, assim como o frango no atacado, valendo R$ 6,70/kg. Na cotação do animal vivo, em Santa Catarina, o preço ficou estável em 4,58/kg, da mesma forma que no Paraná, valendo R$ 4,52/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta (26), houve elevação de 0,28% para a ave congelada, atingindo R$ 7,28/kg, e de 0,27% para o frango resfriado, fechando em R$ 7,35/kg.
Cepea/Esalq
Frango: Na 4ª semana de janeiro estabilidade na média exportada em toneladas, mas preços caem
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria Comércio e Serviços (MDIC), nas exportações de carne de aves in natura na quarta semana de janeiro (19 dias úteis), o faturamento por média diária e o preço pago por tonelada caíram mais de 17%
A receita obtida, US$ 547.3 milhões, representa 70,69% do total arrecadado em todo o mês de janeiro de 2023, que foi de US$ 774.256,291. No volume embarcado, as 332.350 toneladas são 85,58% do total registrado em janeiro do ano passado, com 388.307,666 toneladas. O faturamento por média diária foi de US$ 28,8 milhões, quantia 18,1% menor do que a registrada em janeiro de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve elevação de 6,09% quando comparado aos US$ 27,1 milhões da semana passada. Em toneladas por média diária, foram 17.492, houve aumento de 0,9% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado da semana anterior, crescimento de 5,04% em relação às 16.651 toneladas da semana anterior. No preço pago por tonelada, US$ 1.647, ele é 17,4% inferior ao praticado em janeiro do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa alta de 0,99% no comparativo ao valor de US$ 1.630 da semana passada.
Agência Safras
EMPRESAS
Plusval projeta abater 15% mais frangos em unidade do Paraná caso China abra mercado
Planta foi um dos 28 frigoríficos brasileiros auditados por técnicos chineses em janeiro. Plusval produz 7,5 mil toneladas de carnes de aves por mês
A indústria de carne de aves Plusval Agroavícola, detentora da marca Levo Alimentos, espera aumentar em 15% o abate na sua unidade em Umuarama (PR) se receber o aval da China para exportar seus produtos para lá. A Plusval foi um dos 28 frigoríficos brasileiros auditados por técnicos chineses em janeiro. A auditoria foi feita por vídeo para verificação dos processos produtivos, procedimentos operacionais e documentos de monitoramento. A expectativa é que os resultados sejam divulgados em 30 dias, disse a empresa em nota. Atualmente, a empresa, fundada em 2020 fruto de uma parceria entre a Pluma Agroavícola e a Cooperativa C. Vale, produz 7,5 mil toneladas de carnes de aves por mês. A previsão de aumento na produção é justificada pela possibilidade de atender nichos de mercado com a habilitação para a China. "Este é um dos mais almejados mercados para venda de carne de frango, e a habilitação permitirá um aumento no volume de abate da unidade, gerando mais empregos e renda para a região", disse o gerente de operações, Fábio Loch, em nota. A Pulsval Agroavícola já pode exportar os produtos da marca A Levo Alimentos para África do Sul, Angola, Argentina, Bahrein, Canadá, Catar, Chile, Coréia do Sul, Cuba, Emirados, Árabes, Haiti, Hong Kong, Iraque, Japão, Jordânia, Líbia, Maldivas, N. Caledônia, Omã, Paraguai, Rep. do Congo, Rússia, Serra Leoa e Uruguai.
Globo Rural
Castrolanda anuncia instalação de unidade no Tocantins
Entreposto de recebimento de grãos será construído em área de 83 hectares em Colinas do Tocantins. Cooperativa atingiu um faturamento recorde de mais de R$ 7 bilhões em 2022
A Castrolanda Cooperativa Agroindustrial anunciou a instalação de um entreposto de recebimento de grãos em Colinas do Tocantins (TO). O município tem cerca de 34 mil habitantes, número considerado baixo se comparado às cidades da região Sul e sudeste do país, onde a Castrolanda atua. Colinas, no entanto, é o sexto município mais populoso do Estado e tem grande potencial de desenvolvimento agrícola. A área adquirida para a instalação da unidade é de 83 hectares, localizada ao norte da cidade, às margens da rodovia BR-153 e a pouco mais de 12 km do centro de Colinas. A localização é estratégica para receber a safra de produtores e escoá-la até regiões portuárias. As escolhas pela instalação da unidade no Tocantins – e pela região de Colinas – se deram por motivos estratégicos e após um longo estudo de viabilização. O principal motivo da chegada da Castrolanda ao Norte do país se dá pela dificuldade de aquisição, por parte dos cooperados que atuam nas regiões Sul e Sudeste, de novas terras para ampliar os negócios locais, como explica o gerente de Estratégia, Projetos e Processos da cooperativa, Vitor Almeida. “A Castrolanda tem como desafio atual para as áreas agrícolas o ganho de escala e o crescimento limitado devido à falta de terras para plantio nas regiões de atuação da cooperativa. Esse cenário se deve a fatores como concentração fundiária, valorização de terras na região Sul e Sudeste, expansão das áreas urbanas e tantos outros que dificultam ao nosso cooperado qualquer possibilidade de ampliar a área de atuação”, diz o gerente. A Castrolanda tem mais de 1,1 mil cooperados e 2,5 mil colaboradores espalhados em 28 unidades nos Estados do Paraná e São Paulo.
Globo Rural
GOVERNO
Parcelas de financiamentos rurais que somam quase R$ 43 bi poderão ser adiadas
Valor se refere a financiamentos para investimentos rurais com vencimento em 2024. Com a previsão de quebra na safra de grãos, Ministério da Agricultura articula a prorrogação de dívidas para dar um alívio aos produtores que terão receita menor
A soma das parcelas de financiamentos para investimentos rurais com vencimento em 2024 passa de R$ 42,8 bilhões. São mais de 1,7 milhão de contratos nessa situação, segundo dados do Banco Central. Cerca de 55% dessas operações receberam subsídios do governo, como a equalização de juros. Com a previsão de quebra na safra de greãos, o Ministério da Agricultura articula a prorrogação dessas prestações para dar um alívio aos produtores que terão receita menor. A medida será tratada em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta terça-feira (30/1). Ainda não há estimativa de custos aos cofres públicos para prorrogar as parcelas de investimentos. Nem definição se todas as operações serão alongadas. Na semana passada, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que é preciso fazer um filtro para identificar quais financiamentos precisarão da medida. O maior volume de contratos e valores com vencimento em 2024 está na região Sul, onde o clima impactou menos as lavouras de soja até agora. São 705,2 mil contratos cuja soma das parcelas de investimentos a vencer é de R$ 13,1 bilhões. No Centro-Oeste, alvo de maior preocupação devido aos relatos de perdas mais acentuadas na produção de soja, são 120,7 mil contratos com parcelas a vencer em 2024. Elas somam R$ 12,9 bilhões. Nas demais regiões do país estão vigentes outros 957,4 mil contratos cujas prestações com vencimento neste ano somam R$ 16,7 bilhões. Na sexta-feira, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) enviou um ofício com sugestões de medidas de socorro ao setor para o secretário de Política Agrícola, Neri Geller. A entidade indicou a necessidade de R$ 1,55 bilhão extras no orçamento da União para a equalização de juros de operações que precisarão ser prorrogadas e de novos contratos que serão necessários para capital de giro dos agricultores. Até a semana passada, o Tesouro Nacional não tinha uma estimativa de custo para a prorrogação desses financiamentos. Segundo o órgão, não é possível afirmar que a queda da Selic e o ritmo menor de contratação de novas operações de investimentos na safra 2023/24 tenham proporcionado uma “sobra” no orçamento para equalização de juros em 2024, o que abriria espaço para bancar esse alongamento. A verba para subvenção dessas operações neste ano é de R$ 3,4 bilhões. A quebra na produção brasileira será tema de nova reunião da Câmara Setorial da Soja nesta terça-feira, no Ministério da Agricultura. A Conab vai apresentar uma posição sobre as estimativas para a colheita e detalhar a metodologia adotada nos levantamentos, que têm sido contestados pelo setor. Consultorias privadas vão mostrar relatórios sobre a safra e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) vai encaminhar suas propostas de medidas emergenciais para os produtores.
Valor Econômico
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Lotes 1 e 2: Lula assina os primeiros contratos do novo pedágio do Paraná
Paraná concretiza primeiras concessões de rodovias à iniciativa privada. Encerramento dos contratos anteriores ocorreu em novembro de 2021
Nesta terça-feira (30), o governo federal assina dois contratos que concretizam a transferência do controle de rodovias do Paraná à iniciativa privada. Anunciados como pioneiros na modelagem da nova política de concessões rodoviárias, os lotes 1 e 2 do novo pedágio paranaense serão geridos pelas concessionárias Via Araucária e EPR Litoral Pioneiro, respectivamente, pelos próximos 30 anos. A solenidade será realizada no Palácio no Planalto. Ainda não há data anunciada para o retorno da cobrança de tarifa nas praças de pedágio que compõem os dois lotes. O Paraná está sem cobrança de pedágio desde novembro de 2021, quando foi encerrada a concessão anterior, que integrava o chamado Anel de Integração, marcado por escândalo de corrupção. O governo federal evidencia que as novas concessões do Paraná - que começaram a ser desenhadas ainda durante a gestão governamental anterior - foram marcadas pelo ineditismo de unir vias estaduais e federais. Ao todo, as concessões foram divididas em um total de seis lotes, sendo esses os dois primeiros. Os leilões na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) ocorreram em agosto e em setembro do ano passado. Com investimentos e serviços operacionais, as empresas serão responsáveis por aplicar R$ 30,4 bilhões em 19 trechos de rodovias. Participam da assinatura dos contratos de concessão, nesta terça-feira, o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Rafael Vitale; o ministro dos Transportes, Renan Filho; e o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), juntamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Gazeta do Povo
Embarque de carne congelada no porto de Paranaguá registrou alta de 19% em 2023
Foram embarcadas mais de três milhões de toneladas no ano passado. Terminal é reconhecido por ser o maior corredor de exportação de carne de frango congelada do mundo
Os embarques de carne congelada armazenada em contêiner pelo porto de Paranaguá registraram recorde em 2023, com mais de três milhões de toneladas e um crescimento de 19% ante o ano anterior, informou nesta segunda-feira (29/1) a empresa responsável pelo terminal, a TCP. Segundo a companhia, o principal destino da carga foi o continente asiático, que recebeu aproximadamente 67% do volume embarcado, o equivalente a mais de dois milhões de toneladas. O terminal é reconhecido por ser o maior corredor de exportação de carne de frango congelada do mundo e, segundo a TCP, deve ter sua capacidade ampliada este ano, aumentando em 45% o número de tomadas de seu pátio reefer, para 5.268, até o final de fevereiro.
Globo Rural
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar tem alta e fecha a R$ 4,94
Expectativas sobre a decisão do Federal Reserve (Fed) na quarta-feira e incertezas sobre a China influenciam negócios
O dólar à vista encerrou a sessão em alta consistente frente ao real, em linha com o movimento da moeda americana observado no exterior, principalmente contra divisas de mercados emergentes. O fortalecimento do dólar por aqui se deu em meio a relatos sobre um forte fluxo da saída de capital estrangeiro e também diante das expectativas sobre a decisão do Federal Reserve (Fed) na quarta-feira e com incertezas sobre a China no radar. Terminadas as negociações, o dólar comercial fechou em alta de 0,71%, a R$ 4,9453, depois de ter atingido a mínima de R$ 4,9061 e encostado na máxima de R$ 4,9574. Perto das 17h05, o dólar futuro para fevereiro exibia apreciação de 0,51%, a R$ 4,9470. O real tinha o terceiro pior desempenho frente à moeda americana, de uma lista de 33 moedas, melhor apenas que os pesos chileno e colombiano.
Valor Econômico
Ibovespa fecha em queda com agenda da semana endossando cautela
O Ibovespa fechou em queda na segunda-feira, com as ações da Gol capitaneando as perdas com um tombo de mais de 30%, conforme agentes financeiros continuam monitorando desdobramentos relacionados ao pedido de recuperação judicial da companhia aérea nos Estados Unidos
A agenda relevante da semana, que tem como destaques as decisões de política monetária nos EUA e no Brasil, que serão anunciadas na quarta-feira, além de uma bateria de dados, incluindo números do mercado de trabalho norte-americano, endossou a cautela. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,36%, a 128.502,66 pontos. O volume financeiro somou 15,8 bilhões de reais. "A cautela predominou antes das atualizações sobre as taxas (de juros) na semana, somadas às baterias de balanços e indicadores, incluindo o payroll (relatório do governo sobre o mercado de trabalho norte-americano)", afirmou o CEO da Box Asset Management, Fabrício Gonçalvez. No caso dos EUA, ele acrescentou que o foco está voltado aos sinais do Federal Reserve sobre o momento e a velocidade de cortes dos juros em 2024, uma vez que a expectativa no mercado é de que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) mantenha a taxa na faixa de 5,25% a 5,50% nesta semana. A decisão será conhecida na quarta-feira, com os mercados ainda abertos, diferentemente do desfecho da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC brasileiro, que também será conhecido no dia 31, mas após o fechamento da bolsa. Nesse caso, a previsão é de que Selic recue a 11,25% ao ano. Na visão da equipe de economistas da XP Inc chefiada por Caio Megale, o Copom deverá manter a orientação futura de que "os membros do Comitê antecipam, por unanimidade, novas reduções da mesma magnitude nas próximas reuniões", no caso de 0,50 ponto percentual. "Acreditamos que, na avaliação dos membros do Copom, não há motivos para mudança no atual 'plano de voo' de retirada gradual da restrição de política monetária", afirmaram, acrescentando que continuam a projetar que a Selic chegará a 9% no terceiro trimestre deste ano.
Reuters
Governo central tem déficit de R$230,5 bi em 2023, segundo pior da história após quitação de precatórios
O governo central, composto por Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registrou em 2023 o segundo pior déficit primário da série histórica, sob o peso da quitação de precatórios
No ano passado, o déficit primário chegou a 230,535 bilhões de reais, o que representa um déficit de 2,1% do PIB e marca o retorno das contas federais ao vermelho após um dado positivo pontual em 2022. Somente em dezembro, de acordo com os dados divulgados na segunda-feira pelo Tesouro, o saldo negativo foi recorde em 116,147 bilhões de reais. O saldo final do ano passado é o segundo pior da série histórica iniciada em 1997, melhor apenas que o dado de 2020, quando o governo teve rombo de 940 bilhões de reais em valores corrigidos em meio a enfrentamento da pandemia de Covid-19. O dado do ano foi fortemente impactado pela liberação em dezembro de 92 bilhões de reais em precatórios após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir que o teto criado pelo governo do então presidente Jair Bolsonaro para esses pagamentos era inconstitucional, autorizando o pagamento do estoque acumulado sem afetar o limite de despesas públicas. De acordo com o Tesouro, se a regularização das sentenças judiciais não tivesse ocorrido, o resultado de dezembro seria um déficit de 23,8 bilhões de reais em dezembro, totalizando um saldo negativo de 138,1 bilhões de reais no acumulado do ano. Em 2023, a receita líquida do governo central, que desconta transferências a Estados e municípios, subiu 2,2% acima da inflação sobre 2022, a 1,899 trilhão de reais. Já as despesas totais tiveram alta de 12,5%, a 2,130 trilhões de reais. Ao propor o novo arcabouço para as contas públicas no ano passado, a equipe econômica chegou a afirmar que buscaria um déficit primário de 0,5% do PIB em 2023. O plano mudou diante do atraso na tramitação de medidas arrecadatórias no Congresso Nacional, o que levou o Ministério da Fazenda a retomar o plano de buscar um déficit de 1% do PIB no ano.
Reuters
Confiança da indústria avança em janeiro com percepção melhor sobre momento atual e alta nas expectativas
A confiança da indústria do Brasil voltou a subir em janeiro, em meio a melhora tanto na percepção dos empresários sobre o momento atual quanto nas expectativas para os próximos meses, informou na segunda-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV)
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 1,8 ponto no mês, a 97,4 pontos, quarta alta consecutiva e melhor resultado desde agosto de 2022 (100,0). O Índice de Situação Atual (ISA), que mede o sentimento dos empresários sobre o momento presente do setor industrial, ganhou 2,8 pontos, para 97,8 pontos, máxima desde setembro de 2022 (100,3). Segundo Stéfano Pacini, economista da FGV, isso é "resultado do aumento da demanda e do movimento de escoamento de estoques que alcançam o nível neutro pela primeira vez desde 2022". Já o Índice de Expectativas (IE), que capta a percepção sobre os próximos meses, avançou 0,8 ponto, para 97,0 pontos. "Há uma melhora das expectativas sobre o ambiente de negócios e produção prevista de forma disseminada entre segmentos da indústria. Essa evolução parece estar relacionada a um cenário de facilitação de crédito, controle da inflação e de melhora na demanda durante o ano que se inicia", disse Pacini. A taxa Selic encerrou o ano passado a 11,75%, após quatro cortes consecutivos de 0,50 ponto percentual pelo Banco Central, e a expectativa do mercado é de que os juros sejam cortados novamente nessa magnitude no encontro desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom). Enquanto isso, dados do IBGE da semana passada mostraram que o IPCA-15 iniciou 2024 com desaceleração e bem mais fraco do que o esperado, após a inflação ter voltado a ficar abaixo do teto da meta em 2023.
Reuters
POWERED BY
EDITORA ECOCIDADE LTDA
041 3289 7122
041 99697 8868
Comments