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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 543 DE 23 DE JANEIRO DE 2024

prcarne

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 543 | 23 de janeiro de 2024

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL  

 

BOVINOS

 

Boi gordo: redução no consumo e aumento nas escalas de abate abrem espaço para quedas

"O indicador Cepea do boi gordo parou de subir e enfrenta dificuldades em se sustentar acima dos R$ 250/@", afirmam os analistas da Agrifatto. No Paraná o boi vale R$235,00 por arroba. Vaca a R$215,00. Novilha a R$225,00. Escalas de abate de nove dias

 

Com a chegada da segunda quinzena do mês, diz a consultoria, o escoamento de carne bovina no varejo, que já não estava bem, anda ainda mais fraco, devido ao menor poder aquisitivo da população. Tal conjuntura resultou em estoques cheios e escalas de abate confortáveis para as indústrias brasileiras, afirma a Agrifatto. As programações de abate dos frigoríficos fecharam a sexta-feira rondando a casa de 10 dias úteis na média nacional, com avanço de 1 dia no comparativo semanal, informou a consultoria. Porém, a liquidez dos negócios envolvendo os contratos futuros de boi gordo seguiu avançando na B3. O volume de contratos em aberto (futuros + opções) subiu 10,43%, atingindo 40,06 mil contratos, puxado pelo aumento nas negociações das opções, observou a Agrifatto. No entanto, a pressão negativa sobre os valores negociados continua e o vencimento que mais apresentou desvalorização foi para março/24, que fechou a sexta-feira em R$ 236,35/@, com forte queda semanal de 3,06%. Com isso, o ágio entre os preços futuros na B3 e a cotação do boi gordo no mercado físico está negativo para quase todos os contratos, relatou a Agrifatto. Voltando ao mercado físico, o indicador Cepea do boi gordo parou de subir e enfrenta dificuldades em se sustentar acima dos R$ 250/@, afirmam os analistas da Agrifatto. As vendas de carne bovina no varejo paulista durante o final de semana apresentaram uma dualidade de comportamento, relatou a Agrifatto. Nas áreas economicamente menos favorecidas, marcadas pela maior comercialização de carne de segunda, os resultados foram considerados satisfatórios, informa a consultoria. Por outro lado, nos bairros de alto poder aquisitivo, devido à ausência da maioria de moradores por conta das férias, as vendas se estabeleceram como fracas. “Considerando tanto o atacado quanto o varejo, as vendas do final de semana demonstraram performances comerciais consideradas apenas razoáveis”, ressaltam os analistas da Agrifato, que reforçam: “É preciso destacar que a forte redução no consumo de carne bovina durante a segunda quinzena de janeiro pode criar espaços para ajustes negativos nos preços do animal para abate”. Na segunda-feira, 22 de janeiro, a cotação média em São Paulo do boi gordo recuou para R$ 240/@. “Apenas uma (SP) das 17 praças passou por desvalorização na arroba”, destacou a Agrifatto, acrescentando que nas demais regiões os preços ficaram estáveis. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 230@ (à vista) vaca a R$ 205/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 240/@ (prazo) vaca a R$ 225/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 232/@ (à vista) vaca a R$ 215/@ (à vista); MT-Cáceres: boi a R$ 208/@ (prazo) vaca a R$ 190/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 210/@ (à vista) vaca a R$ 185/@ (à vista); GO-Sul: boi a R$ 230/@ (prazo) vaca a R$ 215/@ (prazo); MG-Triângulo: boi a R$ 230/@ (prazo) vaca a R$ 215/@ (prazo); PA-Redenção: boi a R$ 210/@ (prazo) vaca a R$ 192/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 220/@ (prazo) vaca a R$ 198/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 200/@ (à vista) vaca a R$ 195/@ (à vista).

S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO/AGRIFATTO

 

Exportação de carne bovina in natura vai a 123 mil toneladas até a terceira semana de janeiro. Preços caem 6,9%

O embarque de carne bovina in natura alcançou 123,02 mil toneladas até a terceira semana de janeiro/24, informou a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). No ano anterior, o volume embarcado foi de 160,1 mil toneladas

 

Em 14 dias úteis, a média diária ficou em 8,7 mil toneladas e isso representou um avanço de 20,7% frente ao comparativo anual. Em janeiro de 2023 a média diária foi de 7,2 mil toneladas. De acordo com o analista de Mercado da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os volumes seguem com bom ritmo neste mês de janeiro, mas a preocupação ainda segue sendo os preços pagos pela proteína brasileira. “Isso vai afetar nossa receita e o Brasil precisa agregar valor ao produto para conseguir preços melhores”, comentou. O preço médio na terceira semana de janeiro/24 ficou com US$ 4.509 por tonelada, na qual teve uma queda de 6,9% frente aos dados divulgados em janeiro de 2023, em que os preços médios registraram o valor médio de US$ 4.842 por tonelada. O valor negociado para o produto na terceira semana de janeiro/24 ficou em US$ 554,7 milhões, tendo em vista que o preço comercializado durante o mês de janeiro do ano anterior foi de US$ 775,7 milhões. A média diária ficou em US$ 39.6 milhões, avanço de 12,4%, frente ao observado no mês de janeiro do ano passado, com US$ 35,263 milhões.

AGÊNCIA SAFRAS

 

Auditores agropecuários iniciam mobilização por reestruturação da carreira

Ritmo das liberações de mercadorias será mais lento; servidores também deixarão de cumprir horas extras não remuneradas. Categoria cobra reajuste salarial e a realização de concurso público

 

Os auditores fiscais federais agropecuários iniciaram na segunda-feira (22/01) uma mobilização em todo país para pressionar o governo federal a apresentar uma proposta "razoável" de reestruturação da carreira. O movimento foi aprovado em assembleia do sindicato nacional da categoria (Anffa Sindical) na semana passada. A partir de agora, os servidores vão realizar a liberação de certificados e mercadorias em portos apenas no último dia de prazo previsto em normas do Ministério da Agricultura, o que deve deixar o ritmo das operações mais lento. Eles também deixarão de cumprir horas extras não remuneradas.

Batizada de "Operação Reestruturação", a mobilização seguirá "até que o governo apresente uma proposta razoável aos servidores", disse o Anffa, em nota. Neste período, atividades essenciais de defesa agropecuária seguem normalmente, como, por exemplo, o diagnóstico de doenças e pragas previstas em programas de controle do Ministério da Agricultura, a emissão de Certificado Veterinário Internacional para viagem de pets e a vistoria de cargas vivas e perecíveis. Com déficit de servidores, a categoria cobra reajuste salarial e a realização de concurso público há anos. Servidores do Ibama, ICMbio e Receita Federal também pressionam o governo por melhorias nas carreiras.

GLOBO RURAL

 

O tombo do boi no Paraná

Em 2023, o pecuarista do Paraná recebeu uma média de R$ 246 por arroba de boi vendida para frigoríficos, representando uma redução de 17% em comparação com 2022. As informações são do Deral-PR

 

Essa queda se deve a um aumento na oferta de animais, permitindo aos frigoríficos operar com maior flexibilidade e pressionar negociações de preço. Em 2022, foram abatidas 22,4 milhões de cabeças, enquanto, em 2023, o número subiu para 24,8 milhões, um aumento de 11%. No mercado atacadista, houve queda significativa nos preços. O quilo do traseiro bovino diminuiu de R$ 17,24 para R$ 14,05, uma baixa de 18,5%, e o dianteiro passou de R$ 23,55 para R$ 21,38, caindo 9,3%. No varejo, conforme pesquisa do Deral, todos os cortes apresentaram redução nos preços, com variações entre eles. O destaque foi a queda no preço do peito bovino com osso, que ficou em média 9% mais barato que no ano anterior.

 

SUÍNOS

 

Cotações no mercado de suínos caem

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF teve queda de 3,28, custando, em média, R$ 118,00, enquanto a carcaça especial baixou 0,56%, com valor de R$ 0,95/kg. 

 

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (19), os preços ficaram estáveis no Paraná (R$ 6,11/kg) e no Rio Grande do Sul (R$ 6,02/kg). Houve queda de 0,29% em Minas Gerais, chegando a R$ 6,91/kg, baixa de 0,50% em Santa Catarina, alcançando R$ 5,97/kg, e de 3,33% em são Paulo, fechando em R$ 6,39/kg.

Cepea/Esalq

 

Exportação de carne suína na 3ª semana de janeiro tem queda no preço de 11,5%

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações de carne suína in natura, referentes à terceira semana de janeiro (14 dias úteis), vão bem em volume embarcado, mas apresentam queda na receita

 

De acordo com o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a carne suína está sinalizando 11,5% de queda no preço médio, e isso é preocupante. "O que pega nas exportações brasileiras não é volume, mas sim o preço", colocou. A receita, US$ 109,4 milhões representa 55,30% do total arrecadado em todo o mês de janeiro de 2023, que foi de US$ 197,9 milhões. No volume embarcado, as 49.994 toneladas são 62,50% do total registrado em janeiro do ano passado, com 79.983 toneladas. A receita por média diária foi de US$ 7,8 milhões, valor 13,1% menor do que a de janeiro de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 13,20% observando os US$ 9 milhões, vistos na semana passada. Nas toneladas por média diária, 3.571 toneladas, houve recuo de 1,8% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, baixa de 13,50%, comparado às 4.128,661 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.189, ele é 11,5% inferior ao praticado em janeiro passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa alta de 0,35% em relação aos US$ 2.182 anteriores.

AGÊNCIA SAFRAS

 

FRANGOS

 

Cotações mercado do frango sobem em SC e caem no PR

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável, valendo R$ 5,10/kg, enquanto o frango no atacado baixou 0,30%, valendo R$ 6,55/kg

 

Na cotação do animal vivo, em Santa Catarina, houve alta de 6,98%, chegando a 4,60/kg, e no Paraná, recuo de 2,15%, custando R$ 4,56/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (19), a ave congelada teve desvalorização de 0,55%, atingindo R$ 7,36/kg, enquanto o frango resfriado aumentou 0,27%, fechando em R$ 7,38/kg.

Cepea/Esalq

 

Exportações de frango na terceira semana de janeiro ficam "no vermelho"

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações de carne de aves in natura na terceira semana de janeiro (14 dias úteis), mostraram todos os indicadores no vermelho em relação a janeiro do ano passado

 

De acordo com o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, para exportação de carne de frango, ficou registrada queda dos três principais indicadores. "Mas o que mais chama atenção é uma queda de mais de 18% no preço médio pago pela carne de frango no mercado internacional, algo bastante baixo, o que vai impactar muito as nossas receitas de exportação. Temos essa dificuldade e precisamos acompanhar o que vem pela frente", disse. A receita, US$ 380,1 milhões, representa 49,10% do total arrecadado em todo o mês de janeiro de 2023, que foi de US$ 774,2 milhões. No volume embarcado, as 233.126 toneladas são 60,03% do total registrado em janeiro do ano passado, com 388.307 toneladas. O faturamento por média diária até o momento do mês foi de US$ 27,1 milhões, valor 22,8% menor do que o registrado em janeiro de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve retração de 12,71% quando comparado aos US$ 31,1 milhões da semana passada. Nas toneladas por média diária, 16.651 toneladas, houve recuo de 5,7% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Em relação à semana anterior, queda de 12,11% em relação às 18.947 toneladas da semana anterior. No preço pago por tonelada, US$ 1.630, ele é 18,2% inferior ao praticado em janeiro do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa queda de 0,68% no comparativo com US$ 1.641 da semana passada.

AGÊNCIA SAFRAS

 

Brasil não registra novos casos de gripe aviária há mais de 1 mês

O Brasil não registra novo foco de influenza aviária de alta patogenicidade há mais de um mês, segundo o portal de informações do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) até o fim da tarde de segunda-feira (22)

 

O último foco da doença foi registrado no dia 18 de dezembro de 2023 em ave silvestre em Barra Velha, Santa Catarina. Já foram registrados 151 focos da doença no Brasil desde 15 de maio de 2023, entre os quais 148 em animais silvestres e três em aves de subsistência. Nenhum caso foi registrado em aves do setor produtivo e o Brasil continua sendo considerado livre da doença segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA). No fim de 2023, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) lançou uma campanha de prevenção à influenza aviária com orientações e cuidados recomendados a turistas, frequentadores de praias e moradores de áreas litorâneas. O governo do estado do Rio Grande do Sul anunciou na segunda-feira a prorrogação do status de emergência zoosanitária no estado por mais 180 dias, como medida para manter o rigor no enfrentamento da gripe aviária. O Rio Grande do Sul está há 41 dias sem registro de mortalidade de animais, principalmente de mamíferos aquáticos, os quais foram os últimos focos da gripe aviária no estado, segundo informações da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). Os governos estaduais do Tocantins e Piauí também prorrogaram o status de emergência zoosanitária por 180 dias na semana passada como medida preventiva contra a doença.

CARNETEC

 

CARNES

 

Exportações de carnes do Paraná sobem 9,5% em 2023

O Paraná exportou 2,3 milhões de toneladas de carnes em 2023, alta de 9,5% em relação ao mesmo período do ano passado, com o principal aumento verificado para a carne de frango, segundo informações da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do governo do Paraná

 

O faturamento do setor de proteína animal paranaense com os embarques no ano passado teve um acréscimo de US$ 61,8 milhões para cerca de US$ 4,3 bilhões. As exportações de carne de frango do Paraná, o maior estado produtor de aves do Brasil, subiram 9,9% no ano passado para 2,1 milhões de toneladas. Em faturamento, houve redução de 0,4% para US$ 3,77 bilhões, em meio à queda nos preços de exportação da proteína. Os embarques paranaenses de carne suína aumentaram 7% em 2023 para 168 mil toneladas, gerando uma alta de 12,6% no faturamento para US$ 375,6 milhões. O Paraná também exportou 5,2 mil toneladas de pescado em 2023, ante 5,1 mil tem 2022, gerando receita de US$ 18,7 milhões para o setor. As exportações de proteína animal pelo Terminal de Contêineres de Paranaguá, um dos maiores da América do Sul, aumentaram 19% em 2023 para 235.898 TEUs (20 pés de comprimento de contêiner), segundo informações divulgadas pela empresa que administra o terminal TCP. A proteína animal é a principal commodity transportada pelo terminal paranaense. Do total exportado em 2023, 181.878 TEUs foram de carne de frango, 37.169 TEUs de carne bovina e 14.369 TEUs de carne suína. O TCP é considerado o maior corredor de exportação de carne de frango congelada do mundo, segundo a empresa.

CARNETEC

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Crescimento de 8,5%: Cooperativas do Paraná superam problemas de logística e faturam R$ 202 bi em 2023

As cooperativas do Paraná alcançaram R$ 202 bilhões em faturamento no último ano, um aumento de 8,5% na comparação com 2022. Nas exportações, o acréscimo ficou na marca de 25%, com um total de US$ 9,4 bilhões. Os dados são da área de monitoramento do Sistema Ocepar

 

Apesar de ser menor do que vinha sendo registrado na série histórica, o crescimento de 8,5% é analisado como significativo pelo presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, ao destacar que o faturamento das cooperativas do Paraná responde por um terço do total no país registrado no segmento. Dados da Organização Brasileira das Cooperativas, de 2022, mostram que o total faturado pelas cooperativas brasileiras foi R$ 655,5 bilhões. “Em número, o Paraná não é tão expressivo em nível nacional: temos 4% (um total de 225) das cooperativas registradas. O Brasil tem em torno de 5,6 mil cooperativas”, comenta Ricken. No Paraná são 62 cooperativas agropecuárias, 54 de crédito, 36 de saúde, 32 de transporte, 19 de infraestrutura, 15 de trabalho e 7 de consumo. No Paraná, 48% da produção recebida pelas cooperativas passa por algum tipo de agroindustrialização. Com variedade de produtos, as cooperativas têm mirado o foco no mercado internacional, que refletiu no próspero resultado do último ano, quando as exportações resultaram em US$ 9,4 bilhões, crescimento de 25% na comparação com 2022 e o melhor volume da série histórica, de acordo com Ricken. A safra maior foi um fator significativo para o resultado. “Tivemos mais para ofertar e, consequentemente, conseguimos comercializar mais. Também houve uma demanda em nível internacional aquecida, de pós-pandemia. Tem demanda e as cooperativas estão preparadas para atender”, destaca o presidente da Ocepar. Na estratégia, as cooperativas investiram na modernização e na ampliação das estruturas de produção. Os aportes de recursos somaram em R$ 6,5 bilhões, que engloba investimento das agroindústrias. As empresas também estão focadas na profissionalização dos cooperados. “Para modernizar, precisa profissionalizar. O cooperativismo no Paraná investiu mais de R$ 100 milhões em capacitação para quase 350 mil pessoas. Mais de 180 mil horas, quase 13 mil eventos”, ressalta Ricken. Entre os grandes investimentos no Paraná, a Ocepar destaca a Maltaria Campos Gerais. Prevista para funcionar na capacidade máxima este ano, o projeto de intercooperativismo promete fomentar a produção da cevada no eixo São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Com inauguração daquela que é considerada a maior esmagadora de soja do Brasil, a C. Vale foi outro destaque entre os investimentos no estado. A unidade foi construída em Palotina, no oeste do Paraná, com capacidade de processamento de 60 mil sacas por dia. O empreendimento recebeu mais de R$ 1 bilhão entre 2021 e 2023. Em Ponta Grossa, a instalação de uma queijaria tem investimento de R$ 460 milhões, realizado pela Unium, marca institucional das indústrias das cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal. “Agora que estamos conseguindo retomar com a privatização das estradas (...) Em função resquícios da pandemia, tivemos elevação de juros, foi um ano desafiador”, resgata Ricken, ao reforçar que os problemas com logística e infraestrutura foram os maiores. “Estamos colhendo batata, feijão, milho e soja, mas já estamos plantando a segunda safra. Essa dinâmica é um desafio quando se tem problemas com o armazenamento. Tivemos no Paraná aumento de mais de 10 milhões de toneladas, e temos um déficit de armazenamento de 8 milhões de toneladas. Tem armazém inflável para todo lado”, evidencia Ricken. Impasse recorrente tem sido no preenchimento da mão de obra necessária para os negócios, que reúnem 3,6 milhões de cooperados e abriram 13 mil novos postos de trabalho em 2023. De acordo com Ricken, a falta de trabalhadores tem sido um limitador para algumas cooperativas do estado. “Quando vai se estabelecer uma agroindústria no interior do Paraná, precisa ver as condições físicas do local, a possibilidade de energia elétrica e a mão de obra disponível, que é uma questão estratégia que precisa ser trabalhada. Temos dificuldade de levar o pessoal para o interior. Às vezes, não é que falte gente, mas falta gente para querer trabalhar”, complementa. Para Ricken, o desafio neste ano é melhorar a vida do cooperado. “A grande missão é organizar economicamente os nossos cooperados para que tenham mais oportunidade e renda, podendo se desenvolver”. Segundo a Ocepar, em mais de 130 municípios do Paraná, as cooperativas são as maiores empresas, que respondem pelo maior número de empregos e impostos recolhidos.

GAZETA DO POVO

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar sobe mais de 1% com exterior

Em movimento sustentado pela recuperação da divisa dos EUA no exterior durante a tarde, o dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9878 reais na venda, em alta de 1,23%. Em janeiro, a moeda acumula elevação de 2,81%

 

Na B3, às 17:25 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,09%, a 4,9925 reais. Investidores demonstravam cautela nos negócios à espera do restante da semana, quando saem dados importantes no Brasil e no exterior, além de decisões de política monetária em economias centrais. A aceleração das cotações no Brasil foi favorecida pelo fato de que, no início da tarde, o dólar Index -- que compara a moeda ante uma cesta de divisas fortes -- recuperou fôlego no exterior, passando a registrar leves altas. Porém, a divisa não teve força para superar os 5,00 reais -- um importante nível de resistência técnica, cuja proximidade atrai vendedores de moeda ao mercado. Ao longo desta semana, os investidores vão monitorar a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira, a divulgação de uma série de dados norte-americanos e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) no Brasil, na próxima sexta-feira.

REUTERS

 

Ibovespa descola de NY e recua 0,81%

No setor de proteínas, a BRF ON avançou 4,92%, a 13,64 reais, no segundo dia de recuperação, após tocar na quinta-feira uma mínima intradia desde meados de novembro, o que fez com o que a queda acumulada no mês até aquele momento chegasse a quase 12%

 

O Ibovespa fechou em queda na segunda-feira, renovando mínimas desde meados de dezembro, em movimento descolado de Wall Street. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,81%, a 126.601,55 pontos., menor patamar de fechamento desde 12 de dezembro. O volume financeiro somou 18,5 bilhões de reais. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta segunda-feira um plano de desenvolvimento para a indústria, que prevê subsídios, exigências de conteúdo local nos produtos e 300 bilhões de reais em linhas de crédito. A queda na B3 ocorreu mesmo com o avanço nas bolsas norte-americana, onde o S&P 500 renovou máxima histórica, fechando em alta de 0,23%. O começo da semana também foi de recuo nos rendimentos dos Treasuries. A bolsa paulista vem sofrendo uma correção nas últimas semanas desencadeada por mudanças nas expectativas atreladas aos próximos passos de política monetária do Federal Reserve, que têm afetado principalmente mercados emergentes. Após o otimismo do final de 2023, houve uma reprecificação das apostas sobre quando o banco central dos Estados Unidos começará a reduzir os juros naquele país, com dados esfriando as previsões de um corte já em março. Após um último bimestre forte no ano passado, quando o Ibovespa acumulou uma alta de 18,6%, esses ajustes endossaram movimentos de realização de lucros no pregão brasileiro. Em 2024, Ibovespa já contabiliza uma perda de mais de 5%. O Ibovespa ainda está "em processo de realização de lucros", afirmaram analistas do Itaú BBA no relatório de análise técnica Diário do Grafista, enviado a clientes na segunda-feira. E parte disso é explicada pela saída de estrangeiros. Dados da B3 mostram o saldo de capital externo na bolsa negativo em 951,1 milhões de reais em janeiro até o dia 18.

REUTERS

 

Tesouro Nacional capta US$4,5 bi em novos títulos em dólares de 10 e 30 anos

O Tesouro Nacional captou 4,5 bilhões de dólares nesta segunda-feira em sua primeira emissão de títulos em dólares no mercado internacional neste ano, com a venda de títulos com vencimentos em 2034 e 2054, de acordo com uma fonte com conhecimento das negociações

 

Segundo o Tesouro, o objetivo da operação é "promover a liquidez da curva de juros soberana em dólar no mercado externo, provendo referência para o setor corporativo, e antecipar financiamento de vencimentos em moeda estrangeira". De acordo com a fonte ouvida pela Reuters, que falou sob anonimato porque os detalhes das transações ainda não são públicos, o Brasil captou 2,25 bilhões de dólares com cada uma das vendas de títulos. A fonte afirmou que o título com vencimento em 2034 teve um rendimento de 6,35% e o título com vencimento em 2054 teve um retorno de 7,15%. A demanda atingiu quase 7 bilhões de dólares para o título de dez anos e passou de 7 bilhões de dólares para o título de 30 anos, acrescentou a fonte. A operação foi liderada pelos bancos Citigroup, Scotiabank e UBS Investment Bank, de acordo com o Tesouro. O mais recente lançamento do Tesouro segue a captação bem-sucedida de 2 bilhões de dólares em novembro por meio da emissão inaugural de títulos "verdes", com o objetivo de direcionar fundos para a ambiciosa agenda de sustentabilidade do governo. Antes disso, a última emissão tradicional de dívida externa do país ocorreu em abril de 2023, quando o Tesouro levantou 2,25 bilhões em uma oferta de títulos soberanos de dez anos.

REUTERS

 

Indústria passa a ter um "Plano Safra" para chamar de seu com política industrial, vê Fiesp

A política industrial lançada pelo governo federal na segunda-feira tem potencial de incentivar o desenvolvimento do setor assim como o Plano Safra tem impulsionado o agronegócio do país ao longo dos últimos anos, disse o economista-chefe da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Igor Rocha

 

O governo anunciou mais cedo um plano de desenvolvimento para a indústria até 2033 e previu, entre os instrumentos para estimular o setor, 300 bilhões de reais em linhas de crédito, subsídios a empresas e exigências de conteúdo local nos produtos. "O grande mérito do plano que foi apresentado é colocar de forma muito clara a indústria da transformação como vela propulsora do desenvolvimento", disse Rocha. O plano chega para tentar conter um movimento de queda da participação da indústria da transformação no PIB, que já chegou a mais de 20% nas décadas de 1970 e 1980 e atualmente é de cerca de 13%, segundo dados de Rocha. "Olhando para essa experiência do Plano Safra no agro, o Plano Mais Produção tem condição de ser o Plano Safra da Indústria", disse Rocha, citando o pilar da política que engloba mecanismos para o financiamento do setor industrial de forma contínua nos próximos três anos. "O Plano Safra não é uma medida apenas, são várias medidas que formam um ecossistema de ações...O Plano Mais Produção procura trazer uma isonomia com outros setores", disse o economista. "Ninguém pode ser contra inovação, descarbonização e produtividade", afirmou. Dos 300 bilhões de reais do Mais Produção até 2026, 106 bilhões de reais já foram anunciados em julho do ano passado, segundo afirmou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), mais cedo. Questionado sobre temas recorrentes da indústria da transformação como proteção comercial e simplificação tributária, Rocha disse que a política industrial apresentada na segunda-feira trata de questões estruturais, mas precisa ter temas como regras de conteúdo local "construídas em sinergia com o setor privado" nos próximos meses.

REUTERS

 

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