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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 537 DE 15 DE JANEIRO DE 2024


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 537|15 de janeiro de 2024

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL  

 

BOVINOS

 

Preços do boi gordo encontram ponto de equilíbrio com oferta curta e demanda enfraquecida

Os preços do boi gordo apresentaram oscilações ao longo da semana, com altas em algumas praças e baixas em outras

 

O mercado físico do boi gordo apresentou preços mistos ao longo da semana. Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, um ponto de equilíbrio parece ter sido alcançado em grande parte do país. A oferta, no geral, segue restrita, enquanto a demanda doméstica de carne bovina ainda patina em um momento fraco de consumo. Sob o prisma da oferta, o pecuarista encontrará boas condições para cadenciar o ritmo das negociações até o final do primeiro trimestre. Preços por arroba do boi gordo: São Paulo (Capital) – R$ 250 a arroba, contra R$ 245 a arroba no dia 4, subindo 28%. Minas Gerais (Uberaba) – R$ 240 a arroba, contra R$ 250, caindo 4%. Goiânia (Goiás) – R$ 240 a arroba, estável. Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 230 a arroba, contra R$ 233, recuo de 1,3%. Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 211 a arroba, contra R$ 209 (+0,96%). Em São Paulo, a semana começou com cotações pressionadas, em grande parte decorrente de um fraco escoamento da carne no mercado varejista e de escalas bem-posicionadas, preenchidas em média para 8 dias. Na sexta-feira, o mercado fechou com preços firmes para todas as categorias de bovinos destinados ao abate. Nesse período de férias escolares, é normal a pressão sobre os preços, já que o consumo costuma diminuir. Além disso, há também uma maior carga de impostos, como o IPTU e IPVA, ocorrendo nessa época do ano, reduzindo o poder de compra da população. Na região de Paragominas no Pará, as cotações da arroba permaneceram estáveis na comparação diária, com isso, já são 10 dias úteis de estabilidade para o “boi comum”, 9 dias úteis para o “boi China”, 13 dias úteis para a vaca e novilha gorda. Na região Oeste do Maranhão, a semana terminou com preços estáveis. Em sete dias úteis, a cotação do boi gordo e da novilha gorda não mudaram, já a cotação da vaca gorda, caiu 2,5%. Na região de Dourados no Mato Grosso do Sul, ao longo da semana, as cotações se mantiveram estáveis, e no fechamento de hoje, o cenário não foi diferente.

S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO/AGRIFATTO

 

SUÍNOS

 

Quedas importantes na arroba suína e na carcaça em São Paulo

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF cedeu 1,52%, custando, em média, R$ 130,00, enquanto a carcaça especial baixou 3,03%, com valor de R$ 9,60/kg

 

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (11), houve leve alta apenas em Santa Catarina, na ordem de 0,16%, alcançando R$ 6,37/kg. Ficaram estáveis os preços no Rio Grande do Sul e São Paulo, valendo, respectivamente, R$ 6,26/kg e R$ 7,02/kg. Foram registradas quedas de 0,28% em Minas Gerais, atingindo R$ 7,15/kg, e de 0,93% no Paraná, fechando em R$ 6,37/kg.

Cepea/Esalq

 

FRANGOS

 

Frango: atacado paulista voltou a ter queda de preço na sexta-feira

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,20/kg, enquanto o frango no atacado caiu 0,74%, valendo R$ 6,75/kg

Na cotação do animal vivo, em Santa Catarina, não houve referência de valor, já no Paraná, foi registrada queda de 0,21%, atingindo R$ 4,66/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (11), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram com preços estáveis, custando, respectivamente, R$ 7,28/kg e R$ 7,34/kg. 

Cepea/Esalq

 

Frango/Cepea: Preço da carne recua; exportação de 2023 é recorde

Levantamentos do Cepea mostram que os preços do frango inteiro recuaram neste início de 2024, influenciados pela menor demanda típica de início de ano, devido às despesas extras da população

 

O setor segue com a estratégia de reduzir os valores em busca de melhorar a liquidez, evitando elevar os estoques. Quanto às exportações, o volume de carne de frango enviado ao exterior em 2023 bateu novo recorde, segundo dados da Secex. Foram 4,7 milhões de toneladas do produto in natura e processado embarcadas no ano, superando em 8,6% a maior quantidade até então exportada, de 4,3 milhões de toneladas, em 2022. Já a receita caiu 2,7%, para R$ 48,9 bilhões em 2023.

Cepea

 

Paraná abateu mais de 3,5 Milhões de toneladas de aves em 2023

O setor de avicultura do estado movimentou US$ 3,2 bilhões em 2023. O Paraná teve um ano produtivo no setor de avicultura

 

Em 2023, o estado abateu mais de 3,5 milhões de toneladas em aves. Nas exportações, o setor de avicultura do estado movimentou US$ 3,2 bilhões, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O Paraná é líder na produção de frangos, responsável por 34,5% dos abates do Brasil. Com destaque na exportação, em 2023, mais três frigoríficos com plantas no Paraná passaram por habilitação para vender carne de frango à China. O setor espera que 2024 continue com os bons índices de produção e exportação, mas que o lucro também alcance o avicultor. “O que pode ser feito é remuneração. O dólar tem se mantido. Soja e milho baixaram. Os insumos da ração diminuíram. Isso acarreta um custo de produção menor na indústria. Queríamos que tivesse uma melhor divisão de remuneração. A gente gostaria de ter uma participação melhor nos lucros”, ressalta Diener Santana, presidente da Comissão Técnica de Avicultura do Sistema Faep. Ele afirma que a remuneração paga para o produtor não acompanha o sucesso das exportações do Paraná. Santana conta que a Faep, juntamente à Comissão de Avicultura do estado e às comissões regiões para acompanhamento, desenvolvimento e conciliação da integração, está organizando uma reunião para negociar com a indústria e expor a situação da remuneração dos avicultores. “O negócio tem que ser viável, mas tem que dar lucro também. Os pequenos produtores que dependem exclusivamente disso têm passado dificuldades”, acrescenta.

GAZETA DO POVO

 

GOVERNO

 

Ministério da Agricultura projeta queda leve do VBP agropecuário em 2024

Projeções preliminares estimam o índice em R$ 1,166 trilhão, 0,2% menor do que em 2023. Milho apresenta queda acentuada de 12,7% em 2024, para R$ 123,9 bilhões

 

O Ministério da Agricultura prevê queda de 0,2% no Valor Bruto da Produção VBP) agropecuária brasileira em 2024. As projeções preliminares da Pasta estimam o índice em R$ 1,166 trilhão, pouco abaixo dos R$ 1,168 trilhão atingido em 2023, de acordo com os cálculos atualizados. O faturamento das lavouras para este ano está previsto em R$ 818,9 bilhões, sem variação porcentual em relação aos valores apurados em 2023. A estagnação projetada na agricultura se deve ao desempenho distinto do conjunto de cultivos. O milho, por exemplo, apresenta queda acentuada de 12,7% em 2024, para R$ 123, 9 bilhões. Na soja, a retração é mais tímida, de 1,4%, para R$ 329,9 bilhões. Mesmo com o recuo, a oleaginosa continuará com o maior faturamento da agropecuária nacional. O Ministério da Agricultura também projeta diminuição de 11,8% nas receitas do algodão, para R$ 26,8 bilhões. Se confirmada, será o segundo ano consecutivo de queda acentuada, já que o resultado consolidado de 2023 mostra retração de 9,2% na economia algodoeira. O tomate é outro produto agrícola com baixa estimada neste ano, de 5,5%, para R$ 16,8 bilhões. Por outro lado, a maior parte dos produtos agrícolas apresentam estimativa de alta para este ano. Os principais destaques são o arroz, com alta projetada pelo ministério de 29,9%, para R$ 26,3 bilhões, a laranja, com incremento de 28,3%, para R$ 26,4 bilhões, e o trigo, com elevação de 24,2%, para R$ 12,9 bilhões - revertendo cenário de queda drástica do cereal, de 41,7%, em 2023. Amendoim (14%), banana (8,9%), batata-inglesa (23,1%), cacau (20,5%), café (7,8%), cana-de-açúcar (1,2%), feijão (4,6%), mamona (6,6%), mandioca (0,9%) e uva (15,7%) completam a lista de altas no faturamento. Em 2023, o resultado do VBP das lavouras foi de R$ 819,1 bilhões, diz o Ministério da Agricultura, com crescimento de 4% em relação a 2022. Já o VBP da pecuária deve repetir a sequência de quedas e recuar 0,5% neste ano, para R$ 347,2 bilhões, ainda pressionada por resultados negativos na carne bovina, que deve perder 4,8% de receita em 2024 e ficar em R$ 129,3 bilhões. O ano de 2023 fechou com retração de 9% no segmento, com faturamento de R$ 135,7 bilhões. O cenário também é desfavorável para leite (-3,6%) e ovos (-9,5%). Já a produção de carne de frango deve aumentar sua receita em 10,1%, recuperando a queda de 2,4% em 2023, e romper a barreira dos R$ 100 bilhões de faturamento pela primeira vez. Depois de crescer 9,2% no ano passado, o segmento de suínos deve ter expansão mais contida, de 0,2% em 2024, para R$ 34,2 bilhões. O resultado de 2023 (R$ 1,168 trilhão) representou crescimento de 2,5% sobre 2022, com alta de 4% na receita das lavouras e queda de 0,7% na pecuária. Os principais produtos da economia agropecuária no ano passado foram soja (R$ 334,7 bilhões), milho (R$ 142,0 bilhões), bovinos (R$ 135,7 bilhões), cana-de-açúcar (R$ 113,6 bilhões) e frango (R$ 91,6 bilhões). Mato Grosso continuou na liderança nacional em 2023, com VBP de R$ 185 bilhões, seguido por São Paulo (R$ 144,9 bilhões) e Paraná (R$ 143,2 bilhões). A região Centro-Oeste foi responsável por R$ 365,9 bilhões, mais de 31% do faturamento total do setor agropecuário no ano passado.

GLOBO RURAL

 

CLIMA

 

El Niño terá novo pico de intensidade este mês antes de perder força em fevereiro

O fenômeno El Niño vai começar a enfraquecer gradualmente a partir de fevereiro. A transição para a neutralidade acontece durante o outono no Hemisfério Sul, que começa em 19 de março de 2024, segundo informações da agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), principal órgão monitorador do fenômeno

 

A fase neutra acontece quando não há nenhum evento do El Niño nem do La Niña, sendo mantidas as condições comuns às estações. “Alguns modelos climáticos dinâmicos de última geração sugerem uma transição para El Niño neutro já em março a maio ​​de 2024. A equipe de previsão, no entanto, atrasa esse momento e indica uma transição entre abril e junho”, informa em nota a NOAA. Apesar disso, o aquecimento das águas do Pacífico Equatorial acima da média já teve seu pico máximo e pode ter outro ainda em janeiro. A informação é da meteorologista Andrea Ramos, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em entrevista à Agência Brasil. “O que os modelos estão indicando é que o El Niño começa a perder a força a partir de fevereiro. Isso não significa que ele não atue, porque ele influencia, sim, todo o ciclo, seja no campo de chuva, de pressão, de vento. Mas já perde a força. Isso já é confirmado”, explica a especialista. Segundo Andrea, o outono será uma fase de transição onde ainda teremos temperaturas elevadas no primeiro mês, seguido de um período mais frio sem interferências dos fenômenos. Além disso, a perspectiva é que tenhamos o La Niña no segundo semestre depois da condição de neutralidade acordo com a previsão da NOAA. O fenômeno é o inverso do El Niño, marcado pelo frio, diminuição das chuvas na região Sul e aumento na região Norte.

GLOBO RURAL

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Indústria do Paraná é a que mais cresceu no país nos últimos meses

Setor de alimentos, o mais expressivo da indústria do Paraná, é um dos responsáveis pela alta em 2023

 

A indústria do Paraná registra o maior crescimento do país nos últimos meses, acumulando alta de 14,5% no período de agosto a novembro de 2023. Os dados regionais da produção industrial foram divulgados na sexta-feira pelo IBGE, que destacou que o nível de atividade da indústria paranaense já está 9,6% acima do patamar pré-pandemia. Segundo os resultados divulgados pelo IBGE na sexta, a indústria do Paraná apresentou a maior alta individual do país em novembro, com aumento de 5,4% em sua produção, na comparação com outubro. No mês, a indústria nacional teve crescimento médio de 0,5%. Quando o desempenho é comparado com novembro de 2022, o resultado é ainda mais expressivo: alta de 21,2%. Novembro foi o quarto mês consecutivo de resultados positivos no estado, que somou alta de 14,5% na produção industrial nesse período. Já no acumulado de janeiro a novembro de 2023, o setor registra crescimento de 4,2% na produção, enquanto a média nacional é de alta de apenas 0,1%. No ano, os setores que mais contribuem para o crescimento da produção industrial do Paraná são os de fabricação de derivados do petróleo e de biocombustíveis, com alta de 32,2%, e o de alimentos – o mais expressivo da indústria do estado – com aumento de 7,7%. Quando analisados os produtos de maior influência por atividade, óleo diesel, gás liquefeito de petróleo, gasolina, asfalto e querosene de aviação foram as mercadorias com maior impacto positivo no setor de petróleo e biocombustível. Em alimentos, aparecem as produções de carnes e miudezas de aves congeladas, açúcar, carnes frescas e bombons e chocolates. Além deles, também se destacam no ano os segmentos de bebidas (+4,1%) e de fabricação de móveis (+2,7%). Segundo o analista da pesquisa do IBGE, Bernardo Almeida a indústria do Paraná apresentou a maior alta individual, com taxa de 5,4%, e foi a segunda maior influência no resultado nacional. Novembro foi o quarto mês consecutivo de resultados positivos no estado, que acumula ganho de 14,5%. “Houve uma significativa melhora no ritmo de produção da indústria paranaense e podemos afirmar isso olhando os números relacionados aos números pré-pandemia. A indústria paranaense se encontra 9,6% acima do patamar pré-pandemia. É um patamar significativo, positivamente falando. Assim como em São Paulo, é necessário aguardar para ver se essa melhora vai ser tornar um crescimento sustentado, se vai perdurar, mas é uma melhora de ritmo de produção. O setor que tem mais influenciado essa indústria nos últimos meses é o de derivados do petróleo, que é um setor bastante influente dentro dessa indústria”, destacou Almeida.

IBGE/FIEP

 

Safra 2023/24: clima adverso e maior demanda interna deve reduzir as exportações brasileiras de soja

O Brasil deve exportar menos soja este ano em comparação ao ano anterior. O novo cenário é consequência da estimativa de produção para a safra de grãos 2023/2024, divulgada quarta-feira (10/01) pela Conab

 

O estudo projeta uma redução de 4,2% na produção da oleaginosa em relação à estimativa anterior. De 162 milhões de toneladas previstas inicialmente, a lavoura deve render 155,3 milhões de toneladas. A redução é consequência do clima adverso, com chuvas mal distribuídas e temperaturas elevadas durante o desenvolvimento da cultura. “A safra menor, aliada à maior demanda interna por óleo vegetal, por conta da elevação do percentual de biodiesel adicionado ao diesel, deve resultar em menor exportação da soja em grão pelo Brasil”, acredita Salatiel Turra, analista da gerência de Desenvolvimento Técnico do Sistema Ocepar. A produção total de milho está estimada em 117,6 milhões de toneladas, uma redução de 10,9% em comparação ao ciclo anterior. Esta diminuição é resultado de uma menor área plantada e de uma expectativa de rendimento das lavouras menos otimista. A primeira safra do cereal, que representa 20,7% da produção, enfrenta desafios como consequência do clima adverso. Mesmo com uma estimativa menor de produção, o Brasil se mantém como o maior exportador mundial do grão. “No caso do arroz, há uma projeção de aumento nas exportações pelo Brasil. Isso devido à recuperação produtiva da cultura e ao aumento da área plantada, além da menor oferta de países exportadores”, diz Turra. Apesar dessa previsão, a Conab informa que a lavoura de arroz também sofre com os problemas climáticos. De acordo com o relatório da companhia, houve atraso no plantio, dificuldades nos tratos culturais, volume excessivo de chuvas ou de períodos de veranicos em regiões diversas, podendo gerar impactos desfavoráveis na produtividade. A cultura do feijão em áreas pontuais também sente os efeitos do clima. Mesmo assim, é esperada uma estabilidade na produção. “As condições climáticas adversas geraram desafios significativos na produção brasileira de grãos, influenciando o mercado nacional e internacional, com implicações específicas para cada cultura”, analisa Turra.

OCEPAR

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar cai pelo 3º dia sob influência de inflação ao produtor dos EUA

O dólar à vista emplacou na sexta-feira a terceira sessão consecutiva de baixa no Brasil, com as cotações voltando para a faixa de 4,85 reais em reação aos novos dados de inflação dos EUA, que elevaram as apostas de que o Federal Reserve começará a cortar juros já em março

 

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,8567 reais na venda, em baixa de 0,39%. Nas últimas três sessões, a divisa recuou 1,02%. Na semana, a perda acumulada foi de 0,31%. Na B3, às 17:17 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,32%, a 4,8670 reais. A divulgação de novos dados de inflação nos EUA, às 10h30, pressionou o dólar ao redor do mundo. O Departamento do Trabalho dos EUA informou que o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) para a demanda final caiu 0,1% no mês passado. Economistas consultados pela Reuters previam alta de 0,1%. Nos 12 meses até dezembro, o PPI aumentou 1,0%, depois de avançar 0,8% em novembro. O resultado disparou a queda dos rendimentos dos Treasuries no exterior, em meio à percepção de que a perda de força dos preços ao produtor chegará à ponta final -- o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) -- em alguns meses, favorecendo o início do processo de corte de juros pelo Fed. Por trás da baixa do dólar ante o real estava a leitura de que, mesmo que o Banco Central esteja em um ciclo de cortes da taxa básica Selic, o Fed também cortará suas taxas este ano, o que mantém o diferencial de juros ainda favorável ao recebimento de recursos pelo Brasil. “Para curto prazo, entre 4,85 e 4,90 reais nos parece bom para comprar (dólares). A perda definitiva dos 4,85 reais deve ativar queda mais profunda”, alertou pela manhã o diretor da consultoria Wagner Investimentos, José Faria Júnior, em comentário enviado a clientes. Durante a tarde, o Banco Central informou que o Brasil registrou fluxo cambial negativo de 2,062 bilhões de dólares na semana passada, correspondente à primeira semana de janeiro. Ainda que o resultado tenha sido negativo, profissionais ouvidos pela Reuters têm repetido que as contas externas não preocupam e que o Brasil deve continuar a receber dólares do exterior em 2024, o que favorece taxas de câmbio mais baixas.

REUTERS

 

Ibovespa fecha em alta com dados de inflação ao produtor dos EUA

A bolsa paulista fechou em alta na sexta-feira, após divulgação de inflação ao produtor nos Estados Unidos mais baixa do que a esperada reforçarem apostas de um início em breve do ciclo de redução de juros pelo Federal Reserve

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,26%, a 130.987,67 pontos. Na máxima do dia, chegou a 131.927,11 pontos. Na mínima, a 130.409,66 pontos. O volume financeiro somou 19,4 bilhões de reais. Na semana, porém, o índice acumulou declínio de 0,78%, depois de recuar 1,61% na primeira semana de 2024. O Ibovespa permaneceu no azul durante grande parte do pregão nesta sexta, ancorado em parte por alta dos papéis da Petrobras, que subiram na esteira do avanço dos preços do petróleo no exterior. A inflação ao produtor dos EUA mais baixa do que a esperada também retomou o otimismo do mercado por um início de ciclo de cortes de juros pelo Fed já em março. "Esse cenário acabou trazendo os juros futuros no Brasil para um movimento de queda, e isso aliviou nosso mercado", afirmou a analista da Nova Futura Investimentos, Bruna Sene. Na bolsa paulista, o head da EQI Research, Luís Moran, ressaltou ainda como suporte uma valorização de ações de empresas de varejo de alimentos, com destaque para GPA, que disparou 11,2% na sessão. "Esses papéis andaram 'apanhando' bastante recentemente, porque se não há inflação em alimentos, o crescimento de receita deles fica limitado", disse Moran. "O dado de ontem do IPCA mostrou uma inflação de alimentos um pouco maior, acabou puxando todo o setor." As taxas dos DIs no Brasil também fecharam em queda, em sintonia com o recuo dos rendimentos dos Treasuries no exterior, o que tende a favorecer ações de varejo.

REUTERS

 

Após dois anos, IPCA fecha 2023 dentro da meta de inflação 

Resultado do ano fica em 4,62%, com desaceleração de preços de alimentos e pressão de itens administrados; taxa de dezembro vai a 0,56% 

 

A inflação oficial brasileira fechou 2023 em 4,62%, abaixo dos 5,79% de 2022 e também dos 4,75% do teto da meta do governo, que é perseguida pelo Banco Central. Foi o segundo ano seguido de desaceleração da inflação - que tinha sido de 10,06% em 2021 - e o menor resultado anual desde 2020 (4,52%). Além disso, foi a primeira vez que ficou dentro do intervalo da meta em três anos, desde 2020: o centro da meta é de 3,25%, mas com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O ano foi marcado pela deflação de alimentos, entre junho e setembro, embora os preços tenham voltado a acelerar no último trimestre. Ainda assim, foi o menor resultado anual para o grupo desde 2017: alimentação e bebidas subiram 1,03% - ante aumento de 11,64% em 2022 -, enquanto a alimentação no domicílio teve deflação de 0,52% - frente a expansão de 13,23% no ano anterior. Na direção contrária, a maior pressão veio de preços administrados, que subiram 9,12% - quase o dobro da média do IPCA -, a maior taxa para o grupo desde 2021 (16,90%). Outro grupo que se destacou nas influências para a alta do índice foi o de transportes. Após uma deflação de 1,29% em 2022, teve alta de 7,14% dos preços em 2023. Muitos dos itens com maior impacto são parte dos dois grupos, como a gasolina, que subiu 12,09% e foi individualmente o item com maior peso na alta do IPCA em 2023, e o emplacamento e licença de veículos, que engloba o IPVA, que foi a segunda maior influência, com aumento de 21,22%. Leia também: Irã toma petroleiro e eleva tensão no Oriente Médio Mercados têm reação contida a inflação resiliente no Brasil e EUA Na lista das principais pressões para o IPCA em 2023 aparecem também plano de saúde (11,52%), energia elétrica residencial (9,52%), passagem aérea (47,24%) e taxa de água e esgoto (10,08%). “A inflação de 2023 foi puxada por monitorados, ficou acima da média geral. [...] Por classe de despesas, o grupo de alimentação e bebidas contribuiu para segurar o resultado, enquanto a maior pressão veio dos transportes, com altas expressivas em diferentes itens”, afirmou o gerente do IPCA, André Almeida, ao apresentar os resultados consolidados da inflação no ano passado. Ao longo de 2023, o resultado acumulado em 12 meses pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou até junho de 2023 - quando chegou a 3,16%. Daí, seguiu em alta até setembro (5,19%) e voltou a desacelerar no fim de 2023, mostrou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em dezembro, o resultado mensal acelerou para 0,56%, o dobro do 0,28% de novembro, e veio acima do que era esperado pelo mercado, cuja mediana era de 0,49% segundo o Valor Data, com projeções entre 0,36% e 0,67%. Ainda assim, foi a menor taxa para um mês de dezembro desde 2018 (0,15%). A principal influência nesse movimento veio da aceleração dos preços de alimentos e bebidas, que passaram de 0,63% em novembro para 1,11% em dezembro. Pressões tradicionais de fim de ano, combinadas com o clima adverso trazido pelo El Niño, que prejudica a produção de alimentos, ajudam a explicar o resultado acima do estimado, segundo economistas. Ainda assim, notam que alguns sinais amarelos voltaram a aparecer, em especial para os preços de serviços subjacentes - tema que tem aparecido com frequência entre as preocupações do Banco Central quando se olha o cenário à frente. Roberto Secemski, economista-chefe do Barclays para o Brasil, chamou atenção para a aceleração dos serviços subjacentes na virada de novembro para dezembro, de 0,27% para 0,51%, o que também interrompeu 12 meses de baixa na comparação anual. “As métricas subjacentes e de núcleo têm convergido para a meta do BC, mas mais devido à dinâmica dos bens industriais que dos serviços recentemente”, destacou. “Nossa avaliação é que a análise prospectiva de desaceleração de serviços segue em jogo. O número de serviço subjacente ficou acima do teto das estimativas do mercado pela primeira vez em três meses. Na mesma direção, destacamos que a inflação subjacente encerrou o ano em velocidade maior e acelerando na margem”, escreveu a economista da Warren Rena Andréa Ângelo. Para Arthur Carvalho, economista-chefe da Truxt, embora a dinâmica dos serviços seja um ponto de atenção, existem outros fatores que podem jogar a inflação para baixo em 2024. Entre eles, novos cortes de preço da gasolina e também uma nova rodada de deflação dos bens industriais. “A gente acompanha os índices de preços ao produtor no exterior e eles estão muito fracos. Claro, tem a questão dos custos de frete. Tem uma chance grande de que isso faça os bens industriais surpreenderem para baixo”, disse. “E, dependendo de como o câmbio se comporta, pode ajudar ainda mais o resultado da inflação.”

VALOR ECONÔMICO

 

Brasil tem fluxo cambial negativo de US$2,062 bi na 1ª semana de janeiro, diz BC

O Brasil registrou fluxo cambial total negativo de 2,062 bilhões de dólares na semana passada, correspondente à primeira semana de janeiro, em movimento puxado pela via financeira, informou na sexta-feira o Banco Central

 

Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. Pelo canal financeiro, houve saídas líquidas de 3,793 bilhões de dólares na semana passada. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Pelo canal comercial, o saldo da semana passada foi positivo em 1,731 de dólares. No mesmo período do ano passado, o fluxo total havia sido negativo em 1,521 bilhão. Normalmente divulgados às quartas-feiras, os dados do fluxo cambial saíram nesta sexta-feira em função do movimento dos servidores do Banco Central por melhores salários.

REUTERS

 

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