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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 535 DE 11 DE JANEIRO DE 2024


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 535 | 11 de janeiro de 2024

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL  

 

BOVINOS

 

Mercado do boi gordo: viés de baixa fortalece

Nas praças paulistas, as cotações do boi gordo destinado ao mercado interno e do “boi-China” registraram queda de R$ 5/@, segundo apuração da Scot Consultoria. No Paraná o boi vale R$235,00 por arroba. Vaca a R$215,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abate de nove dias

 

Os preços do boi gordo seguem estáveis na maioria das praças brasileiras, mas o mercado continua dando sinais incertos sobre a direção da arroba, avaliam os analistas da Agrifatto. No entanto, continua a Agrifatto, há a expectativa de que o comércio da carne durante a primeira quinzena de janeiro ainda alcance uma movimentação ao menos semelhante ao volume observado ao longo do período de festividades do final de 2023. “Em caso de uma situação desfavorável às expectativas de boa rotatividade nos frigoríficos, existe a possibilidade de uma pressão baixista no mercado físico do boi gordo em janeiro”, alertou a Agrifatto. Porém não há perspectiva de um crescimento expressivo na oferta de boiadas gordas no curto prazo, o que inibiria um movimento de queda significativa nos preços da arroba ao longo deste primeiro mês de 2024. Na quarta-feira, 10 de janeiro, os preços médios do boi gordo no Estado de São Paulo seguiram em R$ 245/@, segundo dados da Agrifatto. Três das 17 praças monitoradas pela Agrifatto registraram valorização na arroba: Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. As outras 14 regiões mantiveram as indicações laterais, apontou a consultoria. Pelos dados levantados pela Scot Consultoria, após um longo período de estabilidade, os preços dos animais terminados caíram nesta quarta-feira nas praças paulistas. As cotações do boi gordo destinado ao mercado interno e do “boi-China” registraram recuo de R$ 5/@, enquanto os preços da novilha e da vaca gorda ficaram estáveis, de acordo com a Scot. Com isso, o boi gordo “comum” agora vale R$ 240/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 220/@ e R$ 237/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). A arroba do “boi-China” está cotada em R$ 245 no mercado paulista (bruto e a prazo), com ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”, acrescenta a Scot. Cotações:  PR-Maringá: boi a R$ 240@ (à vista) vaca a R$ 222/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 245/@ (prazo) vaca a R$ 225/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 235/@ (à vista) vaca a R$ 220/@ (à vista); MT-Cáceres: boi a R$ 190/@ (prazo) vaca a R$ 185/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 210/@ (à vista) vaca a R$ 185/@ (à vista); GO-Sul: boi a R$ 236/@ (prazo) vaca a R$ 225/@ (prazo); MG-Triângulo: boi a R$ 230/@ (prazo) vaca a R$ 210/@ (prazo); PA-Redenção: boi a R$ 212/@ (prazo) vaca a R$ 192/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 220/@ (prazo) vaca a R$ 202/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 205/@ (à vista) vaca a R$ 190/@ (à vista).

S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO/AGRIFATTO

 

Receita das exportações brasileiras de carne bovina caiu 17% em 2023

Segundo a Abrafrigo, valor alcançou US$ 10,8 bilhões

 

Mesmo com o forte aumento observado em dezembro, a receita das exportações de carne bovina do país não resistiu à queda dos preços médios de venda dos meses anteriores e recuou 17,2% em 2023, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). O valor dos embarques alcançou US$ 10,845 bilhões no ano passado, ante US$ 13,09 bilhões em 2022. Em volume houve incremento de 8,1% na comparação, para 2,536 milhões de toneladas. Principal destino das exportações da proteína, a China foi a grande responsável pela retração da receita. O país asiático comprou 1,249 milhão de toneladas em 2023 (53,3% do total), 3,2% menos que no ano anterior, mas pagou, em média, US$ 4.761 por tonelada, uma queda de 25,4% em relação à média de 2022. Como resultado, o valor das vendas ao mercado chinês caiu 27,8%, para US$ 5,754 bilhões (47,7% do total). Os Estados Unidos se consolidaram como o segundo maior destino para as exportações brasileiras em 2023, com compras de 357,8 mil toneladas, ou US$ 1,116 bilhão – o volume cresceu 81,7% em relação a 2022, mas o valor foi apenas 12,7% maior, uma vez que também houve queda do preço médio dos cortes vendidos, de US$ 5.032 para US$ 3.121 por tonelada. No segmento, a expectativa é que os melhores resultados de dezembro ganhem força. No mês, os embarques brasileiros totalizaram 282,5 mil toneladas, 52% mais que no mesmo mês do ano anterior. Nessa comparação, a receita registrou incremento de 28%, para US$ 1,09 bilhão, de acordo com os dados da Abrafrigo.

INFOMONEY

 

SUÍNOS

 

Preço do suíno vivo cai em MG, PR, RS e SC

O movimento de queda nas cotações no mercado de suínos seguiu na quarta-feira (10), desta vez restrito ao mercado de animais vivos, registrando baixas nas principais praças

 

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável, custando, em média, R$ 132,00, assim como a carcaça especial, com valor de R$ 10,10/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (9), o preço não mudou apenas em São Paulo, fixado em R$ 7,11/kg. Houve recuo de 2,05% em Minas Gerais, atingindo R$ 7,15/kg, baixa de 0,46% no Paraná, com preço de R$ 6,49/kg, retração de 0,32% no Rio Grande do Sul, custando R$ 6,26/kg, e desvalorização de 0,46% em Santa Catarina, fechando em R$ 6,43/kg.

Cepea/Esalq

 

FRANGOS

 

Frango: quarta-feira (10) com cotações estáveis

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,20/kg, assim como o frango no atacado, valendo R$ 6,80/kg

 

Na cotação do animal vivo, Paraná não mudou de preço, custando R$ 4,67/kg, enquanto em Santa Catarina, não houve referência de valor. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à terça-feira (9), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram com preços estáveis, valendo, respectivamente, R$ 7,34/kg e R$ 7,37/kg. 

Cepea/Esalq

 

JBS investe R$135 mi em incubatório de frangos no Paraná, que vai operar em fevereiro

A companhia de alimentos JBS anunciou na quarta-feira que seu incubatório de frangos de corte localizado na cidade de Rolândia (PR) recebeu investimentos de 135 milhões de reais para voltar a operar na segunda quinzena de fevereiro

 

O incubatório, responsável por 12% dos pintinhos produzidos pela unidade Seara da JBS, foi reconstruído em dez meses, após incêndio ocorrido na unidade em 2023. A instalação, considerada a maior do país, tem capacidade de incubação de mais de 16 milhões de ovos férteis por mês, disse a JBS, em comunicado antecipado à Reuters. Rolândia, no norte do Paraná, já conta com complexos indústrias da JBS, incluindo uma unidade de processamento de frangos. Em outubro, a empresa inaugurou no município uma fábrica de empanados de frango e outra de salsichas da Seara que receberam investimentos de 1 bilhão de reais. O incubatório de Rolândia atenderá municípios como Campo Mourão, Santo Inácio e Jaguapitã, mas estará habilitado para atender outras unidades, se houver a necessidade, disse a empresa. "Além das melhorias do processo, a incubação realizada mais próxima às granjas reduz o tempo de deslocamento de ovos e pintos, resultando em um serviço ainda melhor aos nossos parceiros integrados", ressaltou o gerente-executivo de Sustentabilidade Agropecuária da Seara, Vamiré Luiz Sens Júnior, em nota. A JBS destacou que, com a instalação do processo de osmose reversa, que realiza a filtragem da água por meio de equipamentos próprios para reter as partículas e poluentes físicos e microbiológicos, a unidade também economizará cerca de 200 mil litros de água por mês com o uso de água destilada nos processos de incubação.

REUTERS

 

Exportações de carne de peru registram alta de 17,8% em 2023

Vendas internacionais geram receitas superiores a US$ 200 milhões

 

As exportações brasileiras de carne de peru encerraram o ano de 2023 com alta de 17,8%, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram exportadas 69,8 mil toneladas do produto avícola no ano passado, contra 59,2 mil toneladas em 2022. As vendas geradas ao longo dos 12 meses de 2023 geraram receita de US$ 201 milhões, resultado 6,2% maior que o total do ano anterior, com US$ 189,3 milhões. Em dezembro, as vendas de carne de peru para o mercado internacional foram de 4,2 mil toneladas, volume 20,4% maior do que o embarcado no mesmo período comparativo de 2022, com 3,5 mil toneladas. A receita obtida com as vendas totalizou US$ 8,4 milhões, número 5,1% menor que o total realizado no décimo segundo mês de 2022, com US$ 8,9 milhões. Maior importador da carne de peru produzida no Brasil, o México importou em 2023 16 mil toneladas, número 4% menor em relação ao ano anterior. Em fluxo positivo, a África do Sul importou 12,9 mil toneladas (+38%) e a União Europeia, 10,8 mil toneladas (+239%). “As exportações de carne de peru têm mantido movimento ascendente nos últimos cinco anos, e ganhou especial impulso em 2023 com as vendas para a Europa e a África do Sul. A expectativa é que o ritmo se mantenha ao longo deste ano”, destaca o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

ABPA

 

CARNES

 

Carne de frango sofreu a maior desvalorização no mercado

A carne suína registrou queda anual de 1%. A bovina aumentou 6%

 

Os dados finais da FAO relativos ao ano que passou indicam que no encerramento de 2023 a carne de frango foi negociada por valor quase 8% inferior ao de um ano antes, enquanto a carne suína registrou queda anual de 1% e a bovina teve aumento, também anual, de 6%. Na média de 2023 as duas últimas posições se invertem. Pois enquanto o preço da carne bovina registrou recuo de quase 6,5% em relação a 2022, o da carne suína aumentou mais de 10%. Porém, sob esse aspecto a maior perda continuou recaindo sobre a carne de frango, porquanto seu preço médio em 2023 ficou 9,25% abaixo da média alcançada em 2022. De toda forma as três carnes registraram, no ano, paridade relativa de preços muito próxima entre si, com diferença de apenas 3,89 pontos entre a carne suína (112,71 pontos no ano) e a carne bovina (116,60). Com 114,06 pontos, a carne de frango entremeou esses dois índices. Tais resultados também significam que em 2023, comparativamente ao triênio 2014/2016, as carnes bovina, de frango e suína alcançaram preços 16,60%, 14,60% e 12,71% superiores, respectivamente. Na mesma base de comparação o valor registrado pelo Índice FAO de Preços dos Alimentos (FFPI, na sigla em inglês) registrou aumento de 24% e os cereais (aqui inclusas as matérias-primas destinadas à alimentação animal) mais de 30%.

AGROLINK

 

GOVERNO

 

BNDES anuncia mais R$ 3 bilhões para crédito pelo Plano Safra

Com o novo aporte, os recursos ainda disponíveis nos diferentes Programas Agropecuários do Governo Federal (PAGF) a serem repassados pelo banco de fomento somam R$ 8,5 bilhões

 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou que disponibilizará nesta quarta-feira, 10, mais R$ 3 bilhões para operações de crédito no âmbito de programas do Plano Safra 2023/24. Com o novo aporte, os recursos ainda disponíveis nos diferentes Programas Agropecuários do Governo Federal (PAGF) a serem repassados pelo banco de fomento somam R$ 8,5 bilhões, tendo prazo de utilização até junho de 2024. O BNDES acrescenta que a medida foi tomada em conjunto com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, num esforço para oferecer “recursos extras para produtores rurais, cooperativas e agricultores familiares”, num momento em que a verba repassada a instituições credenciadas nesta linha de financiamento está perto de ser completamente utilizada. “No Plano Safra 2023-2024, o BNDES já aprovou R$ 18,2 bilhões e atendeu a solicitações de mais de 99 mil clientes por meio de operações indiretas, realizadas pela rede de agentes financeiros credenciados”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em nota divulgada pelo banco de fomento. “Os produtores rurais precisam estar atentos pois os recursos desta linha, que são repassados para as instituições credenciadas, estão próximos de serem completamente utilizados. De toda forma, além do Plano Safra, o BNDES oferece soluções próprias para garantir a oferta de crédito ao setor agropecuário durante todo o ano, como o BNDES Crédito Rural. Na atual safra, o produto já soma R$ 4,2 bilhões em operações aprovadas”, completou. O BNDES destaca que os recursos advindos do Plano Safra podem ser aplicados em custeio e investimentos em diferentes finalidades, incluindo ampliação da produção, aquisição de máquinas e equipamentos, armazenagem e inovação.

PORTAL DBO

 

EMPRESAS

 

China vai inspecionar cinco frigoríficos do Paraná para habilitação 

Unidade de Joaquim Távora é uma das plantas industriais que serão avaliadas nos próximos dias para liberar exportação 

Vinte e nove frigoríficos brasileiros, cinco deles no Paraná, vão passar por inspeção chinesa nos próximos dias e poderão entrar na lista de unidades aptas a exportar carnes para o país asiático. A auditoria será feita pela Administração-Geral de Alfândegas da China a partir da próxima segunda-feira (25) em plantas de carne bovina, suína e de aves. Os cinco frigoríficos do Paraná são todos de aves. São eles: Frangos Pioneiro, de Joaquim Távora (Norte Pioneiro); Seara Alimentos, de Santo Inácio (Norte Central); Cotriguaçu, de Cascavel (Oeste); além de Avenorte, de Cianorte; e Levo Alimentos, de Umuarama (ambos no Noroeste). De acordo com o deputado federal Zeca Dirceu, líder da bancada do PT na Câmara Federal e que integra a comissão de articulação para habilitar os frigoríficos brasileiros para exportação, a vistoria desta vez se dará de forma virtual, por meio de plataforma remota, com recursos da tecnologia da informação. “O objetivo é avançar na parceria comercial, possibilitando o incremento das exportações dos produtos paranaenses”, pontua. Dos 29 frigoríficos brasileiros vistoriados nos próximos dias, oito produzem aves, 20, carne bovina. Na lista há ainda uma unidade de suínos, pertencente à Seara de Itajaí (SC), que também abate aves na cidade. “Essa demonstração de interesse dos chineses é mais um passo no sentido de aumentar a exportação de carnes brasileiras para esse importante, atrativo e exigente mercado consumidor que é a China”, ressalta. De acordo com o Globo Rural, o Brasil tem 79 frigoríficos de carnes bovina, suína e de aves no aguardo por habilitação. Segundo o site, são plantas que já apresentaram os requisitos necessários para acessar o mercado chinês ao governo brasileiro e foram incluídas no sistema de comunicação entre Brasília e Pequim. A decisão, a partir daí, cabe exclusivamente aos chineses. Até junho do ano passado, o Brasil havia exportado mais de 1,1 milhão de toneladas de proteína (carnes de boi, de frango e de suínos) à China. A previsão do governo federal é que este número triplique com a confirmação das novas habilitações. “Os frigoríficos paranaenses estão em conformidade com as normas, padronizações e inovação de processos na indústria alimentícia mundial. Tenho plena confiança de que atendam também aos critérios estabelecidos pelos chineses para a compra dos nossos produtos. Por isso, acompanhamos com toda atenção cada etapa vencida para concretizar esses acordos comerciais e prontamente ampliar as exportações de produtos do Paraná para a China”, observou Zeca Dirceu. O frigorífico Astra, de Cruzeiro do Oeste, no Noroeste do Paraná, foi a primeira planta paranaense autorizada a vender carne bovina para a China, o que se deu ainda no início do ano passado, e uma das primeiras habilitadas nessa retomada de boas relações. O Astra é autorizado a vender também para a Indonésia. Em 2024, Brasil e China vão comemorar 50 anos de relações diplomáticas, iniciadas em 1974. O país é, desde 2009 também, o maior parceiro comercial do Brasil, com volume de transações da ordem de US$ 150,5 bilhões em 2022.

FOLHA DE LONDRINA

 

GTFoods investe R$ 1 milhão na geração de biogás

O grupo GTFoods, um dos maiores frigoríficos do país, investiu cerca de R$ 1 milhão em tecnologia de biodigestores, equipamento utilizado para acelerar o processo de decomposição da matéria orgânica por meio da ausência de oxigênio

 

Além do baixo custo operacional, uma das principais vantagens dos biodigestores é sua geração de biogás, utilizado como combustível verde nas caldeiras das unidades produtivas. O biogás é produzido pela decomposição da matéria orgânica. Nos biodigestores, os microrganismos decompõem naturalmente a matéria orgânica, resultando em gases que podem ser transformados em energia, seja biometano ou energia elétrica. “Investimos R$ 1 milhão no projeto e temos a sustentabilidade como um dos nossos pilares mais importantes”, conta o CEO do GTFoods, Rafael Tortola. Ao todo, a GTFoods possui três biodigestores situados nas unidades de Cianorte, Mundo Novo e Paranavaí, gerando economia circular com a utilização do biogás nas caldeiras das unidades. Essa prática caracteriza uma operação de baixa emissão de carbono. A unidade de Cianorte tem uma geração de biogás de 2.000 m³/dia de metano, Mundo Novo produz 3.000 m³/dia de metano, e o biodigestor de Paranavaí gera 4.500 m³/dia de metano. Para os próximos anos, a GTFoods planeja implementar mais geradores de energia a biogás e queimadores nas caldeiras, além de construir biodigestores nos abatedouros. Em paralelo, busca viabilizar a utilização de biometano como combustível da frota pesada (operação e transporte de resíduos).

GAZETA DO POVO

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

JBS investe R$135 mi em incubatório de frangos no Paraná, que vai operar em fevereiro

A companhia de alimentos JBS anunciou na quarta-feira que seu incubatório de frangos de corte localizado na cidade de Rolândia (PR) recebeu investimentos de 135 milhões de reais para voltar a operar na segunda quinzena de fevereiro

 

O incubatório, responsável por 12% dos pintinhos produzidos pela unidade Seara da JBS, foi reconstruído em dez meses, após incêndio ocorrido na unidade em 2023. A instalação, considerada a maior do país, tem capacidade de incubação de mais de 16 milhões de ovos férteis por mês, disse a JBS, em comunicado antecipado à Reuters. Rolândia, no norte do Paraná, já conta com complexos indústrias da JBS, incluindo uma unidade de processamento de frangos. Em outubro, a empresa inaugurou no município uma fábrica de empanados de frango e outra de salsichas da Seara que receberam investimentos de 1 bilhão de reais. O incubatório de Rolândia atenderá municípios como Campo Mourão, Santo Inácio e Jaguapitã, mas estará habilitado para atender outras unidades, se houver a necessidade, disse a empresa. "Além das melhorias do processo, a incubação realizada mais próxima às granjas reduz o tempo de deslocamento de ovos e pintos, resultando em um serviço ainda melhor aos nossos parceiros integrados", ressaltou o gerente-executivo de Sustentabilidade Agropecuária da Seara, Vamiré Luiz Sens Júnior, em nota. A JBS destacou que, com a instalação do processo de osmose reversa, que realiza a filtragem da água por meio de equipamentos próprios para reter as partículas e poluentes físicos e microbiológicos, a unidade também economizará cerca de 200 mil litros de água por mês com o uso de água destilada nos processos de incubação.

REUTERS

 

Para pressionar Brasil a aumentar tarifa, Paraguai trava orçamento de Itaipu

O Brasil busca manter ou baixar a tarifa da usina. Já o Paraguai sempre demonstrou insatisfação com a tarifa 

 

O impasse entre Brasil e Paraguai na definição da tarifa da hidrelétrica de Itaipu Binacional levou o país vizinho a adotar uma medida extrema, bloqueando o orçamento da megausina para o ano de 2024. Como resultado, tanto empregados quanto prestadores de serviços e fornecedores da hidrelétrica binacional enfrentam atrasos nos pagamentos no início de janeiro, em ambos os lados da fronteira. Conforme o tratado determina, a usina não foi concebida para gerar lucro, a tarifa de energia corresponde à soma do pagamento da dívida e das despesas para a manutenção da usina, no chamado Custos de Serviço de Eletricidade (Cuse) e está fixada provisoriamente em US$ 16,71 por kilowatt (kW). O Brasil busca manter ou baixar a tarifa da usina. Já o Paraguai sempre demonstrou insatisfação com a tarifa, alegando que o valor da energia que exporta para o Brasil é baixo e quer elevar o valor, já que usa boa parte dos recursos para promover uma série de obras e políticas públicas. O ministro Alexandre Silveira disse ao Valor em entrevista no final de dezembro que as negociações estavam complicadas, mas o Brasil se mantinha irredutível em relação a isso. Funcionários confirmaram que a situação piorou com o atraso de salário do pessoal que saiu de férias sem o pagamento. “Se a situação não for resolvida até o dia 25 de janeiro, quando cai todos os pagamentos, a usina pode parar”, alertou um funcionário em condição de anonimato. Procurada, a empresa informou que em uma próxima reunião extraordinária do Conselho de Administração a situação deve ser rapidamente definida. A data da reunião, no entanto, ainda não está marcada. “A empresa irá honrar todos os seus compromissos, com pessoal e fornecedores, o mais rápido possível. Não se trata de problema de caixa, mas, sim, de Procedimento Provisório do Sistema de Pagamento” diz a nota. O acordo coletivo prevê realmente o adiantamento de 50% da gratificação de Natal do ano 2024, para o mês de janeiro de 2024 e a parcela remanescente no mês de dezembro de 2024. De acordo com Itaipu, não há um dia específico, e certamente será pago dentro do mês acordado. Os três sindicatos, Sinefi, Senge e Sinaep, acompanham a questão, e estão sendo regularmente informados sobre as tratativas para resolução do impasse. A solução do problema exige o consenso dos dois lados. Itaipu acrescenta que qualquer decisão unilateral pode representar uma quebra na governança corporativa da empresa, que é uma binacional. “Os diretores e conselheiros brasileiros estão buscando todas as medidas possíveis para reduzir os prazos de pagamento e solucionar a questão”, acrescenta. Segundo especialistas, esse impasse surge porque os lados brasileiro e paraguaio passaram a negociar a tarifa anualmente invés de aplicar o Anexo C, do Tratado de Itaipu, que estabelece que a tarifa é determinada pelo custo. A hidrelétrica tem 14 gigawatts (GW) de potência instalada, responde por 8,4% de toda energia consumida no Brasil e por 86% no caso do Paraguai.

VALOR ECONÔMICO

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar cai ante real em dia de expectativa por dados de inflação dos EUA

O dólar à vista oscilou em margens estreitas ante o real na quarta-feira, encerrando a sessão em baixa, com investidores em compasso de espera pela divulgação de dados de inflação no Brasil e nos EUA na quinta-feira, que podem estimular ajustes de posição mais amplos nos próximos dias

 

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,8919 reais na venda, em baixa de 0,30%. Em janeiro, a moeda norte-americana acumula alta de 0,83%. Na B3, às 17:28 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,32%, a 4,9035 reais. A queda das cotações no Brasil esteve em sintonia com a baixa da moeda norte-americana ante boa parte das demais divisas no exterior, onde os investidores aguardam com ansiedade a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA na quinta-feira. “Dados de inflação acima do esperado nos EUA podem estressar a curva (de juros) de lá, o que pode gerar pressão para o câmbio”, comentou Gustavo Sung, economista-chefe da Suno. “Vimos uma relativa melhora para o câmbio no fim do ano passado, com o dólar se estabilizando. A dúvida é como ficará o câmbio em função dos dados e do Fed”, acrescentou. Por outro lado, caso o CPI norte-americano venha abaixo do esperado, isso pode levar a nova rodada de retirada de prêmios da curva de juros norte-americana, favorecendo a queda do dólar. “Me parece consenso que a direção natural é o dólar para baixo, muito por conta da balança de pagamentos brasileira. Temos visto um fluxo muito forte de moeda para o Brasil”, pontuou Rafael Sueishi, head de renda fixa da Manchester Investimentos. “A tendência é o dólar para baixo, mas com volatilidade com os indicadores”, acrescentou, em referência às divulgações previstas para quinta-feira. No Brasil, a expectativa recai sobre o anúncio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro, também na manhã de quinta-feira. Porém, a visão do mercado é de que o indicador tem menos potencial para alterar as expectativas em torno do Banco Central, que vem sinalizando para as próximas duas reuniões de política monetária cortes de 0,50 ponto percentual da taxa básica Selic, atualmente em 11,75% ao ano. Na quarta-feira, a curva de juros brasileira seguia precificando em quase 100% a chance de corte de meio ponto percentual da Selic este mês.

REUTERS

 

Ibovespa ronda 130 mil pontos e descola de Wall St puxado por Vale e Petrobras

O Ibovespa recuou na quarta-feira, perdendo o patamar dos 131 mil pontos, com pressão negativa dos papéis de empresas ligadas a commodities, como Vale e Petrobras, e descolando do desempenho positivo dos principais índices acionários em Wall Street

 

O mercado ainda aguarda dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos, previstos para quinta-feira. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,49%, a 130.804,11 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo oscilado entre a mínima de 130.438,06 pontos e a máxima de 131.627,60 pontos durante a sessão. O volume financeiro somava 17,4 bilhões de reais antes dos ajustes finais.

REUTERS

 

Com problemas climáticos, Conab confirma expectativa de queda na produção de grãos em 2023/24

Companhia estima uma colheita de 306,4 milhões de toneladas. Chuvas mal distribuídas e temperaturas elevadas prejudicaram a soja, destacou Conab

 

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu sua estimativa para a safra brasileira de grãos em 2023/24 em 1,9% (5,9 milhões de toneladas), para 306,4 milhões de toneladas. Diante de condições climáticas instáveis, com chuvas escassas e mal distribuídas aliadas a altas temperaturas na região central do país, além de precipitações volumosas na região Sul, a autarquia diz que ainda há muitas incertezas sobre a temporada. De qualquer forma, se os números da Conab divulgados na quarta-feira (10/1) estiverem corretos, a produção deve ser 4,2% ou 13,5 milhões de toneladas inferior ao obtido em 2022/23. A estimativa para a produção de soja, carro-chefe do agronegócio nacional, passou de 162 milhões no começo da temporada para 155,3 milhões de toneladas, em linha com o que consultorias privadas estão divulgando. Em 2022/23, o país colheu 154,6 milhões de toneladas. “Chuvas mal distribuídas e temperaturas elevadas influenciaram de maneira negativa tanto no plantio como no desenvolvimento das lavouras. As condições climáticas também foram determinantes para alguns produtores migrarem para outras culturas, contribuindo para a redução da área em relação ao levantamento divulgado em dezembro”, diz a Conab no relatório. No caso do milho, a Conab cortou em 924,6 mil toneladas a estimativa de produção, para 117,6 milhões de toneladas, redução de 10,9% em relação ao ciclo anterior. “A queda é reflexo de uma menor área plantada e de uma piora na expectativa de rendimento das lavouras. A primeira safra do cereal, que representa 20,7% da produção, vem passando por situações adversas como, elevadas precipitações nos estados do Sul, baixas pluviosidades acompanhadas pelas altas temperaturas no Centro-Oeste”, diz o texto. Segundo o boletim da Conab, para a segunda safra do grão, além de avaliar os custos, as decisões dos produtores dependem de fatores climáticos, de disponibilidade de janela para o plantio e dos preços de mercado. Nos produtos importantes para o consumo interno, o arroz deve somar uma colheita de 10,8 milhões de toneladas, 7,2% mais que no ciclo passado. “Se por um lado os preços do cereal foram incentivos para o aumento de área em alguns estados produtores, por outro, o atraso no plantio, o volume excessivo de chuvas ou de períodos de veranicos que ocorreram em regiões diversas, além das dificuldades nos tratos culturais, são variáveis para o registro de impactos desfavoráveis na produtividade do arroz”, alerta a autarquia. No caso do feijão, a Conab espera uma estabilidade na produção, com 3,03 milhões de toneladas. Porém, a implantação da primeira safra da leguminosa caminha para a conclusão e vem apresentando alterações negativas, devido à instabilidade do clima. Já para o algodão, a Conab espera uma queda na produção de 2,3%, com 3,1 milhões de toneladas de pluma. Por fim, a autarquia finaliza os números da safra de trigo, com uma produção de 8,1 milhões de toneladas.

VALOR ECONÔMICO 

 

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