Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 2 | nº 53| 25 de janeiro de 2022
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Mercado do boi gordo abre a semana com preços estáveis na maioria das praças pecuárias
Nas regiões do interior de São Paulo, a referência para o boi, vaca e novilha gordos está em R$ 337/@, R$ 306/@ e R$ 325/@, respectivamente (valores a prazo), informa a Scot Consultoria
De acordo com dados da Scot Consultoria, no mercado paulista, poucos negócios foram realizados neste primeiro dia da semana. “Com escalas de abate programadas para a semana e o escoamento lento da carne no mercado doméstico, poucas indústrias estiveram ativas nesta segunda-feira”, observa a Scot. Nas praças pecuárias de São Paulo, as cotações do boi, vaca e novilha gordos ficaram estáveis na comparação com os valores da última sexta-feira. A referência para o boi, vaca e novilha gordos está em R$ 337/@, R$ 306/@ e R$ 325/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), informa a Scot. Segundo levantamento da IHS Markit, com as unidades de abate adquirindo volumes de animais de forma pontual e condizentes com o rearranjando das operações diárias, as escalas dos frigoríficos brasileiros adentram o mês de fevereiro e possuem média de 5 a 8 dias. Nesta segunda-feira registrou-se quedas nos preços do boi gordo em algumas praças do Mato Grosso, como Cuiabá e Barra do Garças, bem como na praça de Cacoal, em Rondônia. Em outras regiões brasileiras, os preços dos animais terminados seguem firmes e com efetivações de prêmios de até R$ 10 por arroba para bovinos com padrão de consumo ao mercado externo. A oferta escassa de animais terminados deve continuar até pelo menos a entrada de animais terminados em pasto, a partir de março. No mercado atacado, os preços dos principais cortes bovinos seguem lateralizados, após os recuos observados ao final da semana passada, informa a IHS. As ofertas de carne com osso seguem superiores ao volume atual da demanda, e deverá se manter neste patamar até o final do mês, prevê a IHS, acrescentando que preços dos cortes bovinos devem continuar estáveis durante a semana. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 315/@ (à vista) vaca a R$ 291/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 340/@ (prazo) vaca a R$ 310/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 317/@ (prazo) vaca a R$ 305/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 315/@ (à vista) vaca a R$ 300/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 320/@ (prazo) vaca R$ 310/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 340/@ (à vista) vaca a R$ 320/@ (à vista); PA-Paragominas: boi a R$ 294/@ (prazo) vaca a R$ 286/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 296/@ (prazo) vaca a R$ 285/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 294/@ (à vista) vaca a R$ 284/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 296/@ (à vista) vaca a R$ 275/@ (à vista).
PORTAL DBO
Volume exportado de carne bovina atinge 107,4 mil toneladas na terceira semana de janeiro/22
Volume já é superior ao total embarcado no mesmo mês do ano anterior, que movimentou 107,3 mil toneladas. Aumenta a disparidade entre os frigoríficos que exportam e os que só vendem no mercado interno
Segundo a Secretária Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, os embarques de carne bovina in natura atingiram 107,4 mil toneladas até a terceira semana de janeiro/22. O volume exportado é superior ao total embarcado no mesmo mês do ano passado, que ficou em 107,3 mil toneladas em 20 dias úteis. A média diária exportada ficou em 7,1 mil toneladas um avanço de 34,19% frente à média exportada no mês de janeiro do ano passado, que ficou em 5,3 mil toneladas. O mercado está acompanhando como será o comportamento dos chineses durante o feriado de ano novo lunar, que vai ocorrer entre os dias 31 de janeiro a 6 de fevereiro de 2022. “Por enquanto, não vemos esse encolhimento das compras chinesas e vamos ver como o mercado vai se comportar após o feriado do ano novo lunar”, disse o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. A média diária da receita ficou em US$ 36,9 milhões crescimento de 52,77%, frente ao observado no mês de janeiro do ano passado, com US$ 24,2 milhões. O analista de mercado da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, destacou que o faturamento dos embarques está chamando a atenção do mercado. “A receita de exportação é um grande destaque e isso deve aumentar a disparidade entre os frigoríficos que exportam e aqueles que atuam apenas no mercado interno”, comentou. Os preços médios na terceira semana de janeiro deste ano ficaram próximos de US$ 5.161,9 mil por tonelada, na qual teve uma alta de 14,43% frente aos dados divulgados em janeiro de 2021, em que os preços médios registraram o valor médio de US$ 4.510,8 mil por tonelada.
AGÊNCIA SAFRAS
SUÍNOS
Suínos: preços estáveis no PR e SC na segunda-feira (24)
Segundo o Cepea/Esalq, o preço do suíno vivo tem registrado queda intensa neste mês, causada pela combinação de vendas lentas e oferta elevada de animais para abate
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável, valendo R$ 90,00/R$ 100,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 7,35 o quilo/R$ 7,75 o quilo.
Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (21), o preço ficou estável no Paraná, valendo R$ 4,38/kg, e em Santa Catarina, custando R$ 4,48/kg. Houve queda de 3,08% no Rio Grande do Sul, chegando a R$ 4,41/kg, recuo de 2,63% em São Paulo, atingindo R$ 5,19/kg, e de 2,63% em Minas Gerais, fechando em R$ 5,19/kg.
Cepea/Esalq
Exportações de carne suína em janeiro seguem registrando recuo no preço
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne suína in natura na terceira semana de janeiro (15 dias úteis) seguem com queda no preço pago pela tonelada do produto. Para o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o desempenho está caindo, a China está reduzindo o ritmo de importação e não tem muitos outros mercados em que o Brasil possa se apoiar e que se equipare à China
"Agora, infelizmente, parece cena de final de festa. O que mais preocupa é essa queda de preço acontecendo ao mesmo tempo com o repique nos custos de produção", disse. A receita das exportações, US$ 109,3 milhões, representou 79,7% do montante obtido em todo janeiro de 2021, que foi de US$ 137,2 milhões. No volume embarcado, as 49.327 toneladas ele é 88,4% do total exportado em janeiro do ano passado, com 55.798 toneladas. A receita por média diária foi 6,27% maior do que janeiro de 2021. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 8,0%. Em toneladas por média diária, com 3.288 toneladas, houve avanço de 17,87% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Quando comparado ao resultado da semana anterior, recuo de 9,09%. No preço pago por tonelada, US$ 2.217 neste janeiro, ele é 9,84% inferior ao praticado em janeiro passado. Frente ao valor da semana anterior, alta de 1,13%.
AGÊNCIA SAFRAS
Desempenho do suíno, na granja, na 3ª semana de 2022
O mercado suíno manteve o ambiente de fragilidade e os preços foram impactados negativamente logo na abertura da semana
No decorrer da semana passada (3ª semana de 2022, 16 a 22 de janeiro) o mercado suíno manteve o ambiente de fragilidade e os preços foram impactados negativamente logo na abertura da semana. Com isso, o preço médio semanal caiu para R$102,50, significando retrocessos de 4,6% e 21,6% sobre a cotação média da semana imediatamente anterior e do mesmo período do ano passado, respectivamente. No acumulado de janeiro, a cotação média alcança R$108,17, significando índices negativos de 15,4% em relação à dezembro último e de 19,5% sobre janeiro do ano passado. A semana atual (4ª semana de 2022, 23 a 29 de janeiro) tende a apresentar um mercado ainda mais fragilizado pelo excesso de mercadoria em todos os elos da cadeia de comercialização. Os preços devem seguir fragilizados e podem ser afetados negativamente dependendo das necessidades dos suinocultores em dar vazão à sua mercadoria. No mesmo período do ano passado a comercialização apresentou novo retrocesso.
SUISITE
FRANGOS
Frango: segunda-feira com preços estáveis
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,90/kg, enquanto a ave no atacado cedeu 0,92%, valendo R$ 5,40/kg
Na cotação do animal vivo, no Paraná ficou estável em R$ 5,10/kg, enquanto São Paulo e Santa Catarina ficaram sem referência de preço nesta segunda-feira (24). Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (21), a ave congelada teve recuo de 2,98%, chegando em R$ 5,86/kg, enquanto o frango resfriado baixou 1,69%, fechando em R$ 5,83/kg.
Cepea/Esalq
África do Sul impõe tarifa antidumping sobre frango brasileiro
ABPA contesta medida, válida até junho
A África do Sul impôs na última semana uma tarifa antidumping sobre o frango que importa do Brasil e também de Irlanda, Espanha, Polônia e Dinamarca. De acordo com a Comissão Administrativa do Comércio Internacional Sul-Africamo (ITAC, na sigla em inglês), a medida é preventiva e valerá até junho deste ano. Com a mudança, a tarifa de importação do frango com osso brasileiro, que era de 62%, passará a ser de 265%. Antes isentos de tarifas em suas vendas ao país africano, irlandeses, espanhóis, poloneses e dinamarqueses passarão a pagar taxas que vão de 67,4% a 158,4%. A adoção da tarifa antidumping é resultado de um pedido feito em janeiro do ano passado pela associação que representa a indústria de carne de frango na África do Sul. A entidade alega que o Brasil e os outros quatro países praticam dumping — vendas abaixo do preço de mercado para prejudicar a concorrência — em suas exportações ao mercado sul-africano. Os Estados Unidos são o maior fornecedor externo de carne de frango à África do Sul, respondendo por 39% das importações em 2020, de acordo com estatísticas da Receita Federal sul-africana citadas pelo Departamento de Agricultura americano (USDA). Brasil e Irlanda ocupam a segunda posição, com 18% cada um. Na sequência figuram Dinamarca (11%) e Espanha (7%). Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) criticou a medida e disse que já houve comprovação de que os exportadores não praticam dumping em nenhum mercado. “O governo brasileiro, a ABPA e as empresas exportadoras se manifestaram formalmente nos autos do processo no último dia 17 de janeiro. No momento, estamos avaliando a estratégia a ser seguida a partir de agora”, informou a associação. Esta é a segunda vez que a África do Sul impõe medidas protecionistas contra as exportações brasileiras de carne de frango. Em 2011, o país africano também adotou sobretaxas. À época, o Brasil moveu consultas bilaterais no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), que confirmou a ausência de dumping. A ABPA disse que relação comercial entre os dois países é longa e sólida e disse esperar que as autoridades sul-africanas revertam a decisão. A África do Sul é o quinto principal destino das exportações brasileiras de carne de frango, de acordo com a ABPA. No ano passado, compras sul-africanas somaram 297 mil toneladas.
VALOR ECONÔMICO
Embarques de carne de frango em 15 dias úteis já superaram o faturamento registrado em janeiro/21
Brasil tem encontrado oportunidades tanto pela competitividade da proteína quanto pelos casos de influenza aviária registrados na Europa, Ásia e Estados Unidos
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne de aves in natura na terceira semana de janeiro (15 dias úteis) já ultrapassaram em faturamento todo o valor registrado em janeiro do ano passado. Para o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, “a África do Sul, que no ano passado foi um grande parceiro comercial do Brasil, anunciou agora a imposição de direitos antidumping provisórios contra as importações de carne de frango com osso do Brasil e de quatro países da União Europeia. Temos que ficar de olho na movimentação", apontou. A receita das exportações de carne de frango até agora, US$ 397 milhões, superou em 1,4% do montante obtido em todo janeiro de 2021, que foi de US$ 391,4 milhões. No volume embarcado, as 236.412 toneladas, ele é 87,9% do total exportado em janeiro do ano passado, com 268.688 toneladas. Em toneladas por média diária, 15.760 toneladas, houve crescimento de 17,32% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Em relação à semana anterior, queda de 13,10%. No preço pago por tonelada, US$ 1.679, ele é 15,27% superior ao praticado em janeiro passado. Frente a semana anterior, baixa de 1,8%.
AGÊNCIA SAFRAS
Frango (vivo e abatido): desempenho nas três primeiras semanas de 2022
Uma série infinita de adjetivos de caráter negativo aplica-se ao mercado do frango neste início de 2022
Desta vez, porém, a situação é mais grave. Com uma inflação anual que, pelos dados oficiais, superou os 10% e enfrentando um aumento de custo que, na média anual de 2021, andou por volta dos 40%, o frango abatido registra até aqui (primeiros 22 dias de 2022) o mesmo valor nominal alcançado um ano atrás, em janeiro de 2021 e encerrou a terceira semana do mês (sexta-feira, 21) cotado por valor quase 1% menor que o do mesmo dia do ano passado. Nada melhor é a situação do frango vivo. Embora seu preço médio permaneça, por ora, quase 15% acima do registrado em janeiro de 2021, os negócios efetivados pelo setor têm sido mínimos. E quando concretizados, submetem-se a descontos que tornam a cotação vigente apenas aparente.
AVESITE
Avicultura do RS avalia impactos da estiagem e outros entraves que prejudicam o setor
Na última sexta feira, 21, dirigentes, empresários, especialistas de mercado e produtores de aves e de ovos se reuniram para avaliar o atual cenário de estiagem no Estado. Os efeitos desse contexto já são sentidos pela agricultura e devem atingir o setor avícola, causando redução média estimada em 20% da oferta na avicultura de carne de aves e ovos nos próximos meses
O Presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, disse que a estiagem que está desencadeando a quebra de safra de milho gaúcho, subsídio principal para a ração das aves, exige que o setor viabilize outras alternativas para se abastecer, como buscar milho de outras regiões do país e importações de países como Argentina e Paraguai, o que será uma medida onerosa e que deverá causar uma menor oferta de produtos avícolas no mercado. “As dificuldades que o setor avícola vai continuar enfrentando deverão atingir a produção e a disponibilidade de carne de frango e de ovos devido ao aumento considerável no custo de produção”, ressaltou, explicando que essa perda deverá refletir no comércio de carnes e ovos. O calor excessivo também tem afetado o desempenho das aves e prejudicado a conversão alimentar com uma perda de peso de entorno de 300g a 400g por ave, o que também resultará na diminuição de volumes de carne no mercado. O dirigente enfatizou que, além dos problemas gerados pelos fatores climáticos, pandemia e logística, há mais um fator agravante, que é o desequilíbrio de competitividade do RS diante dos demais estados possivelmente devido às questões tributárias, o que coloca a avicultura gaúcha em desvantagem. “O desequilíbrio tributário entre estados é um fator que gera entrada expressiva e excessiva de carne de aves e de ovos de outros estados para o mercado interno gaúcho”, reiterou, salientando que já procurou a Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul do RS (Sefaz) para pleitear alguma medida emergencial de isonomia, mas que ainda não houve retorno. Santos afirma que mesmo com aumento de 4% nas exportações avícolas do RS no ano passado, o setor sofreu com os custos elevadíssimos durante todo ano de 2021, observando ainda que nem todos os frigoríficos do RS são exportadores.
ASGAV/SIPARGS
Embrapa e Mapa: frigoríficos testam novos procedimentos para abate de frangos
Projeto foi realizado nos três estados da região Sul, maiores produtores de carne de ave do país. Durante três semanas, frigoríficos de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul que abatem frangos de corte atuaram como pilotos para validar procedimentos de modernização do Sistema de Inspeção Federal (SIF)
Os testes fazem parte da etapa final do projeto que visa à atualização do SIF para identificação e controle mais eficazes de riscos de contaminação da carne de frangos por microrganismos na avicultura industrial. O trabalho é coordenado pela Embrapa Suínos e Aves e pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), do Ministério da Agricultura, com a colaboração de especialistas de universidades públicas. Entre as mudanças estão a participação proativa da garantia da qualidade das empresas na identificação e controle dos riscos para a saúde do consumidor que contará com um médico-veterinário responsável, mediante supervisão dos auditores fiscais federais agropecuários (Affa). Além disso, estão previstas as ações dos Affa mediante auditorias no abate e de avaliações microbiológicas que medem a eficiência da higiene nesse processo. O primeiro piloto se iniciou na última semana de setembro, em Lajeado (RS), no frigorífico Minuano Alimentos. Os testes encerraram no dia 15 de outubro e foram acompanhados por especialistas da Embrapa, do Dipoa e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O projeto piloto também foi realizado no Frigorífico Macedo, em São José (SC), da Seara Alimentos, e na cooperativa C.Vale em Palotina, no Paraná. “O objetivo é colocar em prática o que foi proposto como modelo de inspeção baseada em risco, considerando todo o trabalho que desenvolvemos até agora”, explicou o pesquisador da Embrapa Luizinho Caron, que lidera o projeto. Esses procedimentos que estão sendo aplicados nos frigoríficos contemplam principalmente a etapa de post mortem. “[Com o novo protocolo] Muitos dos procedimentos realizados deixam de ser feitos por agentes públicos, porque não oferecem perigos identificados pela análise de risco. A linha de abate ficará com mais foco e mais precisa”, comenta Caron. Para que os procedimentos possam ser institucionalizados pelo Mapa, a validação precisa ser feita por meio de testes-piloto, momento em que os procedimentos são avaliados pelos frigoríficos e ajustados, caso haja a necessidade. Caron afirma que essa é uma fase necessária e a participação dos frigoríficos é fundamental. “E essa participação ocorre de forma voluntária, ou seja, cada participante aceitou realizar testes em seus estabelecimentos e contribuir com o projeto”, destaca. Sobre o atual sistema de inspeção, o pesquisador destaca que é realizada principalmente de forma visual, observando-se lesões na carcaça e órgãos dos frangos. Na inspeção moderna, preconizada pela coletânea internacional de padrões Codex Alimentarius, a inspeção deve ser baseada em uma análise de risco e avaliar os perigos microbiológicos, como Salmonella e Campylobacter, entre outros microrganismos que, em geral, não deixam lesões visuais na carcaça. “Desse modo, a inspeção moderna vai se basear no risco microbiológico dos lotes e na eficiência do abatedouro em não aumentar esse risco,” detalha o cientista. Não quer dizer que lesões inflamatórias, por exemplo, não serão mais removidas, mas serão removidas pela garantia da qualidade e o processo será auditado pelo serviço oficial. Ao validar os procedimentos nos testes-pilotos, a equipe espera auxiliar diretamente na publicação de uma norma de inspeção baseada em risco, a exemplo da instrução normativa de número 79, que entrou em vigor em dezembro de 2018 para frigoríficos de abate de suínos, e teve como base científica um projeto da Embrapa e do Mapa.
CANAL RURAL
CARNES
Carnes subiram 13,85%, em média, nos supermercados paulistas em 2021, diz APAS
Em dezembro houve alta de 1,04%, mas derivados como peito de peru e presunto recuaram
O Índice de Preços dos Supermercados (IPS) calculado pela Associação Paulista de Supermercados (APAS) registrou alta de 1,03% em dezembro, embora alguns alimentos importantes na mesa da população tenham apresentado quedas de preços. Segundo a entidade, as carnes subiram 1,04%, por causa do aumento da demanda para as festas de fim de ano, mas derivados de carnes caíram 1,03%, com a ajuda de itens como peito de peru, presunto, toucinho defumado, empanados de frango e pertences de feijoada. No grupo dos hortifrutigranjeiros, houve alta de 3,16% no mês, determinada pelas frutas — que avançaram 7,22% —, mas os tubérculos recuaram 2,01%, pressionados pela batata. Segundo a APAS, de janeiro a dezembro as carnes tiveram valorização de 13,85% nos supermercados paulistas, enquanto os hortifrutigranjeiros subiram 4,95%.
VALOR ECONÔMICO
INTERNACIONAL
Avanço da ômicron nos EUA prejudica empregos na agroindústria
Executivos e analistas do setor de alimentos alertam que a situação pode persistir por semanas ou meses, mesmo que a atual onda de infecções por Covid-19 diminua. O USDA mostrou, em dados divulgados na última sexta-feira, 21, que o abate de gado e a produção de carne bovina na semana de 14 de janeiro caíram cerca de 5% em relação ao ano anterior, com o abate de suínos caindo 9%.
O departamento apontou, ainda, que o processamento de frango foi cerca de 4% menor na semana encerrada em 8 de janeiro e que a escassez de mão de obra está afetando ainda o processamento de leite e a produção de queijo. Com a alta do número de casos da variante ômicron, o sistema alimentar dos Estados Unidos renova a tensão. Fábricas de processamento e mercearias perdem forças de trabalho de funcionários que adoecem com o vírus e estão deixando lacunas nas prateleiras dos supermercados. Executivos e analistas do setor de alimentos alertam que a situação pode persistir por semanas ou meses, mesmo que a atual onda de infecções por Covid-19 diminua. No estado do Arizona, 1 em cada 10 trabalhadores de fábricas de processamento e distribuição de uma grande empresa de produtos agrícolas adoeceu recentemente. Em Massachusetts, a doença entre os funcionários já retarda o fluxo de peixes em supermercados e restaurantes. Já uma cadeia de supermercados no Sudeste dos EUA teve que contratar trabalhadores temporários depois que cerca de um terço dos funcionários se infectou em seus centros de distribuição. Quase dois anos atrás, os bloqueios da Covid-19 levaram a um aumento nas compras de supermercado que esvaziaram as prateleiras das lojas de produtos como carne, ingredientes de panificação e produtos de papel. Agora, alguns executivos dizem que os desafios de fornecimento estão piores do que nunca, já que a falta de trabalhadores deixa uma gama mais ampla de produtos em falta ou com a disponibilidade mudando diariamente. Os níveis de estoque de produtos alimentícios nos varejistas dos EUA atingiram 86% na semana encerrada em 16 de janeiro, segundo dados da empresa de pesquisa de mercado IRI. O número é menor do que o registrado no verão passado e representa uma redução de mais de 90% em níveis pré-pandemia. Bebidas esportivas, biscoitos congelados e massas refrigeradas estão em níveis especialmente baixos, com estoques na faixa de 60% a 70%. As taxas reduzidas são ainda mais expressivas em Estados como Alasca e Virgínia Ocidental, como indicam os dados do IRI. Desafios semelhantes devem ser enfrentados em fábricas de alimentos embalados e frigoríficos.
ESTADÃO CONTEÚDO
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Ibama aprova estudo de impacto ambiental da nova ferroeste
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) publicou no Diário Oficial da União de sexta-feira (21/01) a aprovação do Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) da Nova Ferroeste, executado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O relatório com mais de 3 mil páginas estava em análise desde novembro, quando o Governo do Paraná protocolou o resultado final
Uma cópia física do Relatório de Impacto Ambiental, com 129 páginas, e o link para o acesso digital do EIA foi enviada para as prefeituras dos 49 municípios (oito do Mato Grosso do Sul e 41 do Paraná) contidos no traçado da futura estrada de ferro. O estudo completo está disponível no site da Nova Ferroeste. Entidades - Outras entidades federais (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra, Instituto Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, Fundação Nacional Funai do Índio – Funai e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio) e estaduais (Ibama do PR e MS, Ministério Público dos dois estados, Instituto Água e Terra – IAT e Instituto de Meio Ambiente do MS – IMASUL) receberam uma cópia do documento. A partir da comprovação dessas entregas, o Ibama fará uma nova publicação no Diário Oficial da União, na qual vai indicar o início do prazo de 45 dias para a realização das audiências públicas. “O Ibama analisou se a forma de apresentação do EIA/RIMA atende aos requisitos do órgão licenciador, se está claro para compreensão da população”, explica o Coordenador-Geral do EIA/RIMA, Daniel Macedo Neto. “É nesse momento em que serão definidos os municípios. O Ibama vai avaliar o volume de inscrições e determinar os locais e as datas dos encontros de acordo com as regiões”. Fagundes classifica essa nova etapa como crucial para o projeto. “Nas audiências a gente vai apresentar para a sociedade o resultado do Estudo de Impacto Ambiental. Ali estão contidas todas as ações mitigadoras das interferências ambientais”, diz o Coordenador. O projeto da Nova Ferroeste prevê a ampliação nos dois sentidos da atual Ferroeste S/A, que tem 248 quilômetros, entre Cascavel e Guarapuava. A ligação de 1.304 quilômetros vai partir de Maracaju, no Mato Grosso do Sul com destino a Paranaguá, no Litoral, além de um ramal para Foz do Iguaçu, formando o Corredor Oeste de Exportação. Os estudos de viabilidade apontam a circulação de cerca de 38 milhões de toneladas de grãos e contêineres refrigerados no primeiro ano de operação plena. O empreendimento deve ir a leilão na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) no segundo trimestre desse ano. O investimento estimado é de R$ 29,4 bilhões. O vencedor do leilão vai executar a obra e explorar o trecho por 70 anos.
Agência de Notícias do Paraná
Paranaenses começam o ano mais endividados
Média anual de endividamento no Paraná foi de 90,4% segundo pesquisa da Fecomércio; cartão de crédito concentra maior parte dos valores
O nível de endividamento médio das famílias paranaenses em 2021 voltou ao mesmo patamar de antes da pandemia. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), a média anual de endividamento no Paraná foi de 90,4%, percentual superior a 2020 (89,6%) e igual ao registrado em 2019 (90,4%). O índice de endividados no estado ficou bastante acima da média brasileira, que chegou em 76,3%, a maior em 11 anos da pesquisa. Desde outubro o indicador de endividamento vem subindo no estado e em dezembro chegou a 93,1%. O aumento de famílias com dívidas revela que as pessoas recorreram mais ao crédito para sustentar o consumo, que aumentou com o avanço da vacinação. O índice foi puxado, sobretudo, pelas famílias de maior renda, que mesmo com uma redução no último mês do ano, bateu nos 97%. Ou seja, praticamente todas as famílias com renda superior a dez salários mínimos possuem compromissos financeiros ou dívidas. Também se observa uma tendência de aumento no endividamento das famílias de menor renda, com 92,3% em dezembro, a terceira elevação consecutiva. Os paranaenses também encerraram 2021 com mais dificuldades no pagamento das dívidas. Os percentuais de famílias sem condições de pagar suas dívidas e das que não terão condições de pagar voltaram a crescer após seis meses de queda. Em dezembro, 19,3% dos endividados estavam com as contas em atraso e 6,3% reconheciam que não teriam condições de quitar seus débitos. Tipo de dívida O cartão de crédito foi o grande motivo do endividamento, ao concentrar, em média, 71,9% das dívidas dos paranaenses em 2021. Já o financiamento de veículo correspondeu a 12,2% das dívidas e o financiamento imobiliário, a 9,3%.
FOLHA DE LONDRINA
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar tem maior alta em 3 semanas e fecha acima de R$5,50 com exterior arisco; volatilidade dispara
O que mantém o câmbio aqui sob uma espada é a incerteza fiscal. O Presidente Jair Bolsonaro sancionou o Orçamento de 2022 com a previsão de 1,7 bilhão de reais para reajustes de servidores públicos e 4,9 bilhões de reais para alimentar o fundo eleitoral, mas promoveu um veto de 3,2 bilhões de reais com o objetivo de recompor verbas de pessoal
O dólar registrou a maior elevação em três semanas e voltou a fechar acima de 5,50 reais na segunda-feira, com a moeda norte-americana subindo em bloco no mundo em meio a forte clima de aversão a risco por tensões geopolíticas, a dois dias da decisão de política monetária nos EUA. O dólar à vista subiu 0,90%, a 5,507 reais na venda, maior ganho percentual diário desde o último dia 3 (+1,63%). A incerteza disparou. Uma medida da volatilidade implícita nas opções de dólar/real para três meses --que pode ser lida como o sentimento de curto prazo sobre a taxa de câmbio-- saiu de 14,697% de sexta para 15,825%, pico também desde 3 de janeiro. Com isso, o real voltou a ser a segunda moeda emergente relevante com maior volatilidade. O exterior dominou a formação do preço da taxa de câmbio nesta sessão. Apesar do dia mais negativo, a alta do dólar ocorreu num mês de, por ora, queda da moeda norte-americana ante o real (de 1,19%), com investidores estrangeiros que operam via B3 se livrando de parte das pesadas apostas contra a divisa doméstica. O JPMorgan avaliou em relatório que o dólar de forma geral tem falhado em obter apoio recentemente da alta dos rendimentos dos títulos dos EUA e da queda das ações. "Ainda não há uma decisão formal sobre reajuste aos servidores públicos, mas as pressões são grandes", lembrou Dan Kawa, Diretor de Investimentos e sócio da TAG Investimentos.
REUTERS
Ibovespa cai com tensão geopolítica e expectativa por Fed
O principal índice da bolsa brasileira caiu nesta segunda-feira, após escalada de tensões na Ucrânia ampliar a aversão ao risco dos mercados globais, já tensos antes da reunião de política monetária nos Estados Unidos nesta semana
As bolsas em Wall Street, entretanto, que desabaram mais cedo, viraram para o positivo no final. O Nasdaq chegou a cair 4,9% e fechou com alta de 0,6%. O índice doméstico reduziu perdas, mas não acompanhou a recuperação mais ampla em Nova York, com varejistas e empresas exportadoras de commodities pesando negativamente. De acordo com dados preliminares, o Ibovespa caiu 0,87%, a 107.989,30 pontos. O volume financeiro foi de 28,5 bilhões de reais.
REUTERS
Projeção para inflação este ano vai ainda mais acima do teto da meta, mostra Focus
O mercado voltou a elevar a projeção para a inflação neste ano, indo mais além do teto da meta, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central na segunda-feira
O levantamento, realizado semanalmente com uma centena de economistas, aponta que o IPCA deve encerrar este ano com avanço de 5,15%, contra taxa de 5,09% prevista antes. O resultado estimado para este ano fica acima do teto da meta oficial, que é de 3,5% com tolerância de 1,5 ponto percentual --o que significa um teto de 5,0%. Para 2023, permanece a perspectiva de uma inflação de 3,40%, o que ficaria acima do centro do objetivo, que é de 3,25% --também com margem de tolerância de 1,5 ponto. Apesar disso, os especialistas consultados continuam vendo a taxa básica de juros Selic em 11,75% ao final de 2022 e em 8,0% em 2023. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento este ano segue em 0,29%, mas para o próximo houve queda de 0,06 ponto percentual, para 1,69%.
REUTERS
Custos de produção de 2021 NO RS foram os mais altos da história, diz Farsul
IICP acumulado foi de 51,39% no último ano
Após registrar alta em todos os meses, o Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP) encerrou 2021 com um acumulado de 51,39%, o mais alto da história. Os dados foram divulgados pela Farsul na segunda-feira (24/01). Anteriormente, 2015 tinha a maior marca, com 14,56%. Somente em dezembro, o aumento foi de 4,09% em relação a novembro. O resultado, muito acima do que já havia sido observado anteriormente, é reflexo, principalmente, da menor oferta de insumos agrícolas, que encarece os preços, junto com a alta taxa cambial. O IICP de 2021 ficou bem acima do IPCA, o que significa que os custos de produção cresceram em maior velocidade que os preços gerais da economia ao consumidor. Já o Índice de Inflação dos Preços recebidos pelos Produtores Rurais (IIPR) teve uma alta de 1,19% em dezembro após três meses consecutivos de deflação. No acumulado, o indicador teve alta de 4,92% em 2021. O ano foi marcado pela elevação dos preços no primeiro semestre e queda no segundo. O resultado ficou abaixo do IPCA Alimentos que chegou a 7,94%. Isso significa que o aumento dos preços na gôndola não está somente atrelado aos valores recebidos pelos produtores. Existe uma série de processos da porteira até o consumidor final que contribuem para a formação dos preços dos produtos alimentícios nas prateleiras.
Federação da agricultura do Rio Grande do Sul
Governo corta investimentos para o menor nível da história e mantém orçamento secreto intocado
Presidente Jair Bolsonaro manteve as despesas de R$ 16,5 bilhões com as emendas parlamentares do orçamento secreto enquanto os investimentos federais caíram para R$ 42,3 bilhões
O Presidente Jair Bolsonaro (PL) blindou as emendas do orçamento secreto ao sancionar o Orçamento de 2022 e cortou os investimentos ao menor nível da história, um total de R$ 42,3 bilhões. O governo decidiu priorizar os recursos de maior interesse eleitoral de aliados, como o Auxílio Brasil, o fundo eleitoral e as verbas do RP-9. O Presidente deu aval aos R$ 16,48 bilhões em recursos do orçamento secreto aprovados pelo Congresso em dezembro. O esquema distribuiu dinheiro federal a aliados políticos em troca de apoio com menos transparência nos dois últimos anos, e foi considerado irregular pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No total, as emendas parlamentares vão somar R$ 35,6 bilhões em 2022 após os vetos, que ainda podem ser derrubados pelo Congresso. Além do RP-9, estão na conta as emendas indicadas individualmente por cada deputado e senador, pelas bancadas estaduais e pelas comissões. No Executivo, o controle sobre a distribuição dos recursos ficará nas mãos da Casa Civil, pasta comandada pelo Centrão, que já tem o maior poder no Legislativo. O governo também decidiu manter o fundo eleitoral em R$ 4,96 bilhões em 2022, sem pedir um acréscimo para R$ 5,7 bilhões, como cogitado anteriormente. Ainda assim, a verba representa um volume de recursos públicos recorde para irrigar campanhas eleitorais. O chamado "fundão" destinou R$ 1,7 bilhão para a eleição de 2018 e R$ 2 bilhões em 2020. Ou seja, os partidos políticos terão mais do que o dobro dos valores destinados nas últimas eleições para financiar os candidatos em 2022. Com os vetos do presidente Jair Bolsonaro, a verba para investimentos federais caiu ainda mais e ficou em R$ 42,3 bilhões em 2022, o menor nível da história. O recorde negativo já havia sido observado no projeto aprovado pelo Congresso Nacional em dezembro (R$ 43,5 bilhões), mas ficou ainda menor. Do total de investimentos previstos para 2022, 40% será controlado pelo Congresso Nacional. Em uma análise sobre as despesas contempladas, é possível observar as prioridades: os ministérios que terão mais dinheiro para investir serão os da Defesa (R$ 8,8 bilhões), estratégico para Bolsonaro, e do Desenvolvimento Regional (R$ 7,5 bilhões), irrigado com emendas do orçamento secreto. Ficarão para trás Infraestrutura (R$ 6,5 bilhões), Saúde (R$ 4,6 bilhões) e Educação (R$ 3,4 bilhões). A queda nos investimentos públicos abriu caminho para uma articulação que envolve retirar essas despesas do teto de gastos a partir de 2023. A proposta de mexer novamente na âncora fiscal entrou na campanha dos principais pré-candidatos a presidente em outubro, incluindo o Presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A medida divide especialistas. "O que eu defendo é pior, é extinguir o teto. Não adianta só tirar o investimento", afirmou o economista Raul Velloso, especialista em contas públicas. Raul Velloso calcula que a taxa de investimentos públicos em infraestrutura caiu de 3,9% do Produto Interno Bruno (PIB) em 1980 para 0,67% do PIB em 2019. Enquanto o Brasil investia em média 4,7% do PIB na década de 1980, o PIB cresceu 3,6%. De 1991 em diante, os índices caíram para 2,2% e 2,3%, respectivamente. "O Brasil não vai crescer se não expandir os investimentos", disse o economista. Para o especialista em infraestrutura Claudio Frischtak, seria necessário um investimento de aproximadamente 4,1% do PIB durante duas décadas para modernizar a infraestrutura do País. Hoje, o nível de investimentos públicos e privados está em 1,6%.
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