top of page
Buscar
prcarne

CLIPPING DO SINDICARNE Nº 529 DE 03 DE JANEIRO DE 2024


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 529 | 03 de janeiro de 2024


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL  

 

BOVINOS

 

Boi gordo: preços estáveis marcam 1º dia de mercado em 2024

"O cancelamento geral dos abates resultou em operações lentas e arrastadas neste início de ano”, informaram os analistas da Agrifatto. No Paraná, o boi vale R$240,00 por arroba. Vaca a R$215,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abate de nove dias

 

As operações de compras e vendas de animais prontos para abater estagnaram desde o penúltimo dia útil de 2023, informou a Agrifatto, que acompanha diariamente os negócios no mercado pecuário. “O cancelamento geral dos abates no primeiro dia útil de janeiro (02/01) resultou em negociações lentas e arrastadas”, acrescentou a consultoria. Os valores da arroba demonstraram estabilidade em todas as 17 praças acompanhadas pela consultoria. Na terça-feira (2/1), os preços médios do boi gordo em São Paulo seguiram em R$ 245/@, relatou a Agrifatto. Segundo a consultoria, as escalas terminaram o ano de 2023 posicionadas em oito abates na média nacional. De acordo com apuração da Scot Consultoria, nas praças paulistas, os preços dos animais terminados não mudaram, vigorando as cotações vigentes em 29 de dezembro. Com isso, pelos dados da Scot, o boi gordo “comum” (direcionado ao mercado doméstico) segue em R$ 245,00/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 220@ e R$ 237/@ (preços brutos e a prazo), respectivamente. O “boi-China” está cotado em R$ 250/@, bruto e a prazo (base SP), acrescentou a Scot. Na avaliação da S&P Global Commodity Insights, no primeiro dia útil de 2024, o mercado brasileiro do boi gordo ainda seguiu a ressaca das festividades de dezembro. “Negociações feitas em dezembro estão sendo cumpridas na primeira semana de janeiro e as escalas já estão organizadas para a próxima quinzena”, observou a S&P Global. Segundo a consultoria, a chuva, fator crucial para a manutenção das pastagens, se fez presente em diversas regiões neste início de ano, colaborando para a boa nutrição dos animais. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 240@ (à vista) vaca a R$ 210/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 245/@ (prazo) vaca a R$ 227/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 231/@ (à vista) vaca a R$ 210/@ (à vista); MT-Cáceres: boi a R$ 190/@ (prazo) vaca a R$ 185/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 215/@ (à vista) vaca a R$ 190/@ (à vista); GO-Sul: boi a R$ 236/@ (prazo) vaca a R$ 222/@ (prazo); MG-Triângulo: boi a R$ 245/@ (prazo) vaca a R$ 209/@ (prazo); PA-Redenção: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca a R$ 192/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 220/@ (prazo) vaca a R$ 202/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 207/@ (à vista) vaca a R$ 190/@ (à vista).

S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO/AGRIFATTO

 

SUÍNOS

 

Suínos: terça-feira (2) tem cotações estáveis e queda no preço da carcaça em SP

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável, custando, em média, R$ 135,00, enquanto a carcaça especial teve queda de 1,79%, com valor de R$ 11,00/kg, em média

 

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (28), os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 7,47/kg), Paraná (R$ 6,69/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,42/kg), e Santa Catarina (R$ 6,51/kg). Em São Paulo, houve tímida queda de 0,14%, fechando em R$ 7,13/kg.

Cepea/Esalq 

 

FRANGOS

 

Frango no atacado em SP cai 1,43% na terça-feira, chegando a R$ 6,90/kg

A maior parte das cotações no mercado do frango se sustentou na terça-feira (2), com exceção de um recuo para a ave no atacado paulista

 

De acordo com análise do Cepea, o poder de compra de avicultores paulistas tem melhorado frente ao farelo de soja, mas caído em relação ao milho. Enquanto as cotações do vivo seguem firmes, sustentadas pela demanda aquecida, o derivado da oleaginosa registra quedas e o cereal se valoriza com força. Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,20/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 1,43%, valendo R$ 6,90/kg. No caso do animal vivo, Paraná teve estabilidade, custando R$ 4,64/kg, da mesma forma que em Santa Catarina, valendo R$ 4,23/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (28), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, custando, respectivamente, R$ 7,42/kg e R$ 7,55/kg. 

Cepea/Esalq

 

Defesa agropecuária do Paraná teve ano marcado pelo combate ao vírus da Influenza Aviária

Desde o primeiro caso de Influenza Aviária (H5N1) de Alta Patogenicidade (IAAP) detectado em Antonina, no Litoral do Estado, o Paraná, por meio da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) e Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) concentraram suas ações visando o controle e mitigação da doença em todo o Estado

 

O primeiro caso foi registrado em 24 de junho em uma ave silvestre. Em 2023, até o mês de novembro, o Paraná contabilizou 13 focos de IAAP, sem circulação em granjas comerciais. A Adapar entrou em alerta logo no primeiro caso e atuou no controle da doença com frentes voltadas para o Litoral. A agência atendeu 100% das notificações de suspeita. Quando verificado um caso provável, é feita a coleta de amostra para diagnóstico laboratorial, isolamento de animais, interdição da unidade epidemiológica (propriedade), verificação do trânsito e investigação de possíveis vínculos. Foram 2.610 ações de fiscalizações no controle da influenza aviária no ano. “Os trabalhos e atendimentos foram feitos independentemente do dia, inclusive em feriados e finais de semanas. Todos os horários tiveram atuação para controle e prevenção do vírus”, disse Rafael Gonçalves Dias, gerente de Saúde Animal (GSA). Atuando de forma ininterrupta, a equipe litorânea da Adapar contou com o apoio de servidores de outras regionais convocados para auxiliar nos trabalhos em focos, cadastramento de propriedades e atendimentos às notificações. Nas demais regiões, os donos de aviários tiveram que reforçar os cuidados com o fechamento de todas as frestas para evitar contato entre animais silvestres e comerciais e redobrar os alertas sanitários, inclusive contra entrada de pessoas estranhas à produção. “A vigilância continua para seguir neste controle”, afirma o diretor-presidente da Adapar, Otamir César Martins. "O trabalho foi necessário para obter o menor impacto possível na produção do setor avícola. Foi um ano de união com o setor privado para trilhar caminhos seguros conjuntos”.

SEAB-PR/DERAL

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Agroindústria ajudou na distribuição do PIB no Paraná nos últimos 20 anos

A economia do Paraná passou por um processo acelerado de diversificação nos últimos 20 anos, o que fez com que algumas regiões do estado passassem a ter uma participação mais relevante. É o que mostram dados do Produto Interno Bruto (PIB) estadual divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em dezembro. O estudo leva em conta informações entre os anos de 2002 e 2021.

 

As 29 cidades que compõem a Região Metropolitana de Curitiba seguem responsáveis por mais de um terço do PIB paranaense, o equivalente a cerca de R$ 190 bilhões em 2021. Mas o peso deste total na soma das riquezas produzidas no estado caiu de 39,9% para 34,6% dentro do período estudado pelo IBGE. “Curitiba sozinha lidera esse ranking em todo o Paraná, e em 2021 foi responsável por 17,8% do PIB estadual”, explicou Jorge Callado, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). “São José dos Pinhais e Araucária, por conta da concentração das montadoras e da indústria de refino do petróleo, completam o ranking”, disse. O terceiro lugar do PIB paranaense, ocupado por Araucária, já foi de Londrina no ano de 2002. A queda da maior cidade do interior paranaense para a quarta posição reflete uma mudança verificada em toda a região norte do estado, que viu a participação no Produto Interno Bruto oscilar de 10,5% para 10,2% no período recortado pelo IBGE. Por outro lado, regiões como o Noroeste e os Campos Gerais aumentaram participação no PIB do Paraná, passando de 9% para 11,2% e de 7,3% para 8%, respectivamente. Esta mudança, avalia o diretor-presidente do Ipardes, se deve ao processo de agroindustrialização. “Este talvez seja um dos fatos mais relevantes ocorridos no estado durante as últimas duas décadas. Nós evoluímos muito com a agroindústria. Isso fez com que a economia do Paraná passasse a contar cada vez mais com produtos industrializados, e não só com as commodities, que têm menor valor agregado”, comentou. A região Oeste viu a participação no PIB estadual crescer de 12,2% para 13,2% nos últimos 20 anos. Já o processamento da mandioca faz com que o Paraná se tornasse o líder nacional na produção da fécula, com o Noroeste sendo o maior polo produtor para fins industriais do Brasil. Os dados divulgados pelo IBGE são o retrato de uma "realidade distante", avalia Callado. Para ele, os próximos balanços podem mostrar uma distribuição ainda maior da participação do PIB por todas as regiões do Paraná. Prova disso, explicou o diretor-presidente do Ipardes, é a presença de oito municípios paranaenses entre as 100 maiores economias do Brasil. Além de Curitiba, que responde por 1,1% do PIB nacional - atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Manaus, aparecem na lista São José dos Pinhais (45ª), Araucária (46ª), Londrina (50ª), Maringá (54ª), Ponta Grossa (69ª), Foz do Iguaçu (70ª) e Cascavel (91ª).

GAZETA DO POVO

 

Com 3,9 mil agricultores certificados, Paraná lidera produção orgânica do Brasil

O Paraná encerrou 2023 em primeiro lugar na produção de orgânicos do Brasil, com 3.911 produtores rurais com certificação orgânica, de acordo com o Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)

 

Somente no período de janeiro a setembro, foram certificados 727 produtores, sendo 347 com o apoio do programa Paraná Mais Orgânico (PMO), que promove a capacitação gratuita de agricultores familiares em todo o território paranaense. Essa quantidade corresponde a 47,7% dos produtores certificados. Coordenado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), o PMO envolve 11 núcleos de certificação localizados em nove campus das universidades estaduais e no Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR). Voltado para pequenas propriedades e agricultores familiares, o PMO tem como objetivo converter produções convencionais para o modelo orgânico, em conformidade com a legislação vigente. O selo de produto orgânico assegura aos consumidores que as etapas de produção e processamento foram realizadas livres de agrotóxicos, insumos químicos sintéticos e práticas que comprometem a saúde humana, animal, das plantas e do solo. O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), vinculado à Seti, atua como unidade certificadora credenciada pelo Mapa e o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Segundo o coordenador do Fundo Paraná, Luiz Cezar Kawano, a certificação orgânica é uma ferramenta para promover a produção sustentável, a economia local e a segurança alimentar. “O Paraná Mais Orgânico é um programa estratégico que contribui para a sustentabilidade ambiental e social, preservando recursos naturais, como a água e o solo, e para a conservação da biodiversidade, além de promover a agricultura orgânica com impacto positivo nas condições de trabalho e renda dos produtores rurais e assegurando alimentação saudável para os consumidores”, pontua.

SEAB-PR/DERAL

 

Sob o efeito do El Niño, inflação dos alimentos poderá voltar em 2024 

Tendência é que a alta não seja tão intensa quanto a de anos anteriores, mesmo assim deverá afetar o bolso, principalmente dos mais pobres 

 

Após a provável deflação (queda) no acumulado de 2023, os preços dos alimentos consumidos em casa devem subir no Brasil em 2024 sob impacto do fenômeno climático El Niño. Segundo economistas, a tendência é que a alta não seja tão intensa quanto os aumentos registrados em 2020, 2021 e 2022, mas o avanço pode gerar desconforto para o bolso dos consumidores, principalmente dos mais pobres. Essa projeção está associada ao fato de que as famílias de menor renda destinam uma fatia maior do orçamento, em termos proporcionais, para a compra de alimentos. "O cenário do ano que vem tende a ser mais desafiador, porque pintou o El Niño. Ele já vem provocando alterações de clima, e isso é ruim para a agricultura", afirma o economista André Braz, do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas). "O receio é que o fenômeno possa afetar as safras, atrasando o plantio ou a colheita. O ano que vem não vai refletir o cenário de 2023, e isso vai pesar mais para as famílias de baixa renda. Os alimentos voltam para a cena", completa. No acumulado de 12 meses até novembro de 2023, a alimentação no domicílio acumulou queda de 1,14%, conforme o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). O resultado fechado do ano será divulgado no dia 11 de janeiro pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Braz projeta que a queda da alimentação no domicílio será de 0,93% nos 12 meses até dezembro de 2023. Para o acumulado do próximo ano, a estimativa dele é de alta de 3,9%. Conforme o economista, além de afetar a produção de culturas de ciclo mais curto, como hortifrúti, a mudança na distribuição de chuvas causada pelo El Niño pode mexer com as cotações de commodities como soja e milho no mercado internacional. Os grãos servem como base para a fabricação de rações, o que traz risco de reflexos nos preços das carnes. "Se o mercado entende que haverá atrasos nas safras, começa a alterar suas expectativas", afirma Braz. Apesar de pressão em dezembro, a alimentação no domicílio acompanhada pelo IPCA-15 fechou 2023 com queda (deflação) de 0,82% no acumulado do ano. É a primeira redução desse subgrupo desde 2017 (-5,18%). Caso a alimentação no domicílio confirme a queda no acumulado de 2023 também no IPCA, índice oficial de inflação, marcará a primeira deflação em um ano cheio desde 2017. À época, os preços acumularam redução de 4,85%. Os alimentos subiram nos anos seguintes, com destaques para as variações registradas em 2020 (18,15%), 2021 (8,24%) e 2022 (13,23%). Nesses três anos, a inflação da comida foi pressionada por uma combinação de fatores que incluiu problemas climáticos e encarecimento de insumos com a pandemia e a Guerra da Ucrânia. O banco Santander projeta queda de 1,3% para a alimentação no domicílio no acumulado de 2023 e alta de 3,8% neste ano. "Para o começo de 2024, ainda tem o efeito do El Niño, que, segundo os modelos, deve alcançar o pico em dezembro ou na virada do ano e depois desacelerar. De toda forma, vai continuar impactando a inflação", diz Adriano Valladão, economista do Santander. Ele destaca que os preços das carnes, que caíram ao longo de 2023, devem subir em 2024 em razão de uma "virada" no chamado ciclo da pecuária. Em outras palavras, a oferta de produtos tende a ficar menor no ano que vem, o que deve jogar alguma pressão na inflação da proteína animal. Apesar disso, Valladão considera que o cenário ainda é benigno, já que a alta prevista para os alimentos em 2024 é mais moderada do que os aumentos vistos antes de 2023. De acordo com boletim da OMM (Organização Meteorológica Mundial) divulgado em novembro, há 90% de probabilidade de que o fenômeno climático, associado ao aumento das temperaturas mundiais, persista até abril de 2024. No acumulado de 12 meses até novembro, a alta dos preços dos itens consumidos pelos brasileiros com rendimento considerado muito baixo foi de 3,38%, de acordo com indicador divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Trata-se da menor inflação entre as seis faixas de renda analisadas pelo órgão.

FOLHA DE LONDRINA

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar termina primeira sessão do ano em forte alta, acima de R$ 4,91

A valorização da divisa se deu em meio à alta dos rendimentos dos títulos do Tesouro americano, em uma possível realização de lucros após o rali intenso dos ativos de risco nos últimos meses de 2023

 

O dólar comercial registrou alta consistente na primeira sessão de 2024, movimentando-se em linha com a dinâmica da moeda americana no exterior. A valorização da divisa ontem (2) se deu em meio à alta dos rendimentos dos títulos do Tesouro americano, em uma possível realização de lucros após o rali intenso dos ativos de risco nos últimos meses de 2023. Ainda que a semana venha a ser crucial para os investidores, já que dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos serão divulgados, a agenda esteve mais fraca. O dólar comercial fechou negociado em a R$ 4,9148, em alta de 1,28%. Já no exterior, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, exibia alta de 0,86%, aos 102,200 pontos. Neste início de ano, enquanto faltam definições da pauta econômica do governo Lula para 2024, os agentes financeiros devem ficar mais de olho nos dados econômicos aqui e dos Estados Unidos. Nesta semana, lá fora, serão apresentados alguns indicadores do mercado de trabalho americano, que culminam com a apresentação do payroll na sexta-feira (5). O indicador deve dar luzes sobre a pressão dos rendimentos na evolução dos preços. Em específico na terça-feira (2), na ausência de um orientador, os agentes financeiros optaram por uma realização, após a forte apreciação dos ativos de risco no fim de 2023, conforme apontou o operador de uma instituição financeira. “Se você pegar o dólar casado [que é a diferença entre o dólar futuro e o dólar spot, o comercial], ele está muito mais tranquilo. Não vemos, portanto, um fluxo de saída pelo spot.” O operador também lembra que a volatilidade do câmbio doméstico caiu muito ao longo de 2023 levando os operadores a aumentarem as opções. “O mercado de opções está grande, o que amplia o movimento de queda e de alta”, diz. Em relação à inflação americana (e global, de certa forma), o estrategista-chefe do BMO Capital Markets, Stephen Gallo, aponta, em nota, que, a não ser que ocorra um repique na alta dos preços, a valorização do dólar deve ficar limitada pelo movimento antecipado dos investidores em relação à precificação do ciclo de flexibilização monetária do Federal Reserve (Fed).

VALOR ECONÔMICO

 

Ibovespa inicia o ano em queda com embolso de lucros e pressão negativa do exterior

Após ajustes, o Ibovespa caiu 1,11%, aos 132.697 pontos 

 

O Ibovespa terminou o primeiro pregão de 2024 em baixa, acompanhando o movimento do exterior e com uma leve correção dos ganhos alcançados no fim de 2023. A alta no rendimento dos Treasuries pressionou para baixo ativos de risco em todo o mundo, após o mercado precificar menos cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed). Por aqui, agentes econômicos aproveitaram para realizar lucros após o Ibovespa terminar 2023 com alta de 22,28%. Ainda em razão das festividades de fim de ano, liquidez do pregão se manteve reduzida. Após ajustes, o Ibovespa caiu 1,11%, aos 132.697 pontos. A mínima intradiária foi de 132.095 pontos, enquanto a máxima alcançou os 134.195 pontos. O volume financeiro para o índice no dia (até as 18h15) foi de R$ 13,86 bilhões. Em Nova York, S&P 500 caiu 0,57%, aos 4.743 pontos, Dow Jones avançou 0,07%, para 37.715 pontos, e Nasdaq perdeu 1,63%, aos 14.766 pontos.

VALOR ECONÔMICO

 

Mercado estima inflação de 3,90% neste ano e mantém projeções para taxa de juros e PIB

Boletim Focus divulgado na terça-feira projeta inflação de 3,9% para 2024, com Selic a 9% e crescimento do PIB de 2,92%

 

Na primeira divulgação do ano para o boletim Focus, do Banco Central, deste ano, os economistas reduziram levemente as expectativas para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024, de 3,91% para 3,90%. Já a estimativa de crescimento do PIB foi mantida em 1,52%, enquanto a da taxa de juros permaneceu em 9%. Excepcionalmente, a divulgação do boletim com projeções para os principais indicadores econômicos ocorreu na terça-feira, 2, em razão do feriado de Ano Novo na segunda. Em dezembro passado, o Comitê de Política Monetária (Copom), do BC cortou a Selic pela quarta vez consecutiva em 0,50 ponto percentual, para 11,75% ao ano. Na reunião, o Copom disse que a magnitude total do ciclo de flexibilização ao longo do tempo dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular daquelas de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos. Em relação a 2025, a mediana seguiu em 2%, mesmo porcentual projetado para 2026. O Ministério da Fazenda revisou em novembro sua projeção para o crescimento do PIB de 2023 de 3,2% para 3%. Para 2024, a estimativa da equipe econômica é de 2,2%. No Banco Central, a projeção também é de crescimento de 3% para 2023, mas de 1,7% para 2024, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de dezembro.

O ESTADO DE SÃO PAULO

 

Mercado projeta taxa Selic em 9% no fim de 2024 

Para economistas, BC tende a manter postura cautelosa no ritmo de cortes, mas levará juros a 8,5% no ano que vem 

 

O mercado dá início a 2024 com uma visão mais otimista em relação à possibilidade de juros mais baixos. A manutenção de uma postura cautelosa pelo Banco Central (BC) no fim do ano passado, mesmo quando a euforia tomou conta dos mercados financeiros ao redor do globo, colheu frutos. Sem sinais de aceleração no ritmo de cortes na Selic no curtíssimo prazo e com um tom conservador na condução da política monetária, agentes econômicos partiram para apostas de um nível menor para as taxas no fim do atual ciclo, mesmo que de forma ainda bastante discreta. Na pesquisa conduzida pelo Valor entre os dias 21 e 22 de dezembro, após a divulgação do Relatório de Inflação (RI), a mediana das 120 projeções coletadas para a Selic em dezembro de 2024 caiu de 9,25% no início do mês passado para 9%. Já em relação às expectativas para o juro básico em dezembro de 2025, o ponto médio das 112 estimativas está em 8,5%. Não foi trivial o número de revisões de cenário em dezembro. Das casas ouvidas pelo Valor, 31 fizeram alterações em suas estimativas para a taxa de juros, de forma a contemplar uma Selic menor no fim deste ano. Algumas promoveram mudanças mais discretas, como BTG Pactual (de 9,75% para 9,5%); Itaú Unibanco (de 9,5% para 9%); e Ace Capital (de 9% para 8,5%). Outras optaram por mudanças mais agressivas em seus cenários, como a Genoa Capital (de 9,5% para 8,5%); o BNP Paribas (de 9,5% para 8,5%); e a Galapagos Capital (de 9,5% para 8%). No mercado de juros, a precificação para a Selic no fim deste ano gira em torno de 9%. Além do tom cauteloso adotado pelo BC, o processo desinflacionário; a desaceleração da atividade econômica; e a perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) pode cortar os juros já a partir de março têm ajudado na direção de uma Selic mais baixa. Os riscos, porém, continuam no radar dos agentes, assim como a prescrição adotada pelo BC de que a conjuntura ainda demanda uma política monetária restritiva. “Estamos mantendo o nosso cenário há um bom tempo, com uma Selic de 9,5% em 2024 e de 8,5% em 2025”, diz o economista-chefe da Santander Asset Management, Eduardo Jarra. Ele reconhece, no momento, um balanço de riscos favorável à queda da inflação e diz adotar um viés de baixa em sua projeção para os juros no fim deste ano. “Vamos ver nestes primeiros meses do ano a discussão sobre se o BC tem ou não espaço e intenção de acelerar o ritmo de cortes e de uma Selic terminal mais baixa. Esse é o ponto de partida.”

VALOR ECONÔMICO

 

Lula sanciona, com vetos, Lei Orçamentária que estabelece meta de déficit primário zero para 2024

Com a meta, gastos federais não podem superar o somatório da arrecadação com tributos e outras fontes

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, com vetos, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024. A medida foi publicada no Diário Oficial da União da terça-feira, 2, e estabelece, entre outros parâmetros, a meta de déficit zero para o resultado primário das contas públicas - ou seja, os gastos federais não podem superar o somatório da arrecadação com tributos e outras fontes. O texto, aprovado pelo Congresso em 19 de dezembro, traz orientações para a elaboração do Orçamento de 2024 e fixa parâmetros para a alocação de recursos para garantir a realização das metas e objetivos contemplados no Plano Plurianual (PPA). A Lei 14.791 admite um intervalo de tolerância para o cumprimento da meta fiscal que tem como limite superior um superávit primário de R$ 28,756 bilhões e o limite inferior de déficit primário de R$ 28,756 bilhões. A LDO também prevê um teto de R$ 4,9 bilhões para o Fundo Eleitoral, que poderá ser utilizado pelos partidos políticos em gastos com as eleições municipais de 2024. Na sequência à apreciação da LDO, os parlamentares também aprovaram, em 22 de dezembro, o projeto da lei orçamentária para este ano, que prevê despesas de R$ 5,5 trilhões.

O ESTADO DE SÃO PAULO

 

Bancos melhoram previsão de crescimento do crédito em 2024, mostra pesquisa Febraban

Bancos brasileiros preveem uma expansão de 8,5% na carteira de crédito total em 2024, mostrou pesquisa da Febraban divulgada na terça-feira, o que representa uma melhora em relação à expectativa anterior de crescimento de 8,3%

 

A Pesquisa de Economia Bancária e Expectativas, realizada a cada 45 dias, logo após a divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, apurou melhora tanto no prognóstico na carteira livre como na direcionada. No caso da carteira livre, a projeção subiu de 8,2% para 8,4%, enquanto para a direcionada, avançou de 8,5% para 8,6%. De acordo com a Febraban, ambos as estimativas foram beneficiadas pela queda das taxas de juros e perspectiva de melhora dos índices de inadimplência, que devem levar a uma aceleração do crédito neste ano. Esta edição da pesquisa reflete entrevistas com 18 bancos entre 20 e 22 de dezembro. Para 2023, as previsões apontam crescimento de 6,9% na carteira total, menos do que os 7,4% estimados na edição de novembro. A perspectiva de alta para a carteira livre passou de 6,1% para 5,2%. Mas na direcionada, subiu de 8,8% para 9,5%. "O mercado de crédito registrou uma desaceleração razoável em 2023, movimento esperado diante da política monetária contracionista, aumento da inadimplência e eventos negativos no setor corporativo no início do ano", afirmou Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban. Ele ressaltou que o mais importante é que as expectativas são mais positivas para 2024, quando o crédito deve voltar a acelerar, sustentado pela queda de juros e melhora dos índices de inadimplência. De acordo com Sardenberg, isso deve beneficiar especialmente o crédito com recursos livres, mais sensível ao ciclo econômico. Em relação à taxa de inadimplência da carteira livre, a pesquisa capturou estabilidade na projeção tanto para 2023 como para 2024, de 4,9% e 4,6%, respectivamente.

REUTERS

 

Indústria brasileira fecha ano em contração com queda nas vendas em dezembro, segundo PMI

A indústria brasileira encerrou 2023 com queda nas vendas e aumento das pressões sobre os custos, aprofundando a retração em dezembro, apontou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês)

 

Os dados divulgados na terça-feira pela S&P Global mostram que o PMI do setor industrial brasileiro caiu a 48,4 em dezembro, de 49,4 em novembro, indo ainda mais abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração. Foi o quarto mês seguido em território contracionista, com a taxa mais baixa desde julho, uma vez que a retração no volume de novos pedidos ganhou ritmo e provocou outra redução na produção. Os pedidos às fábricas continuaram caindo em dezembro, pelo quarto mês seguido e no ritmo mais forte desde junho, com os participantes da pesquisa destacando uma diminuição da demanda. As vendas ao exterior chegaram ao 22º mês seguido de queda, segundo a pesquisa, por conta de problemas econômicos nos países vizinhos, demanda global fraca e dificuldades de precificação competitiva nos mercados externos. Os produtores brasileiros ainda indicaram que em dezembro houve intensificação das pressões sobre os custos, com os preços de insumos aumentando pelo segundo mês consecutivo e pela taxa mais forte desde fevereiro, sendo o destaque as commodities agrícolas. Apesar disso, houve redução nos preços de venda pela oitava vez em nove meses, diante de pedidos de descontos feitos pelos clientes, esforços para estimular as vendas e preços mais baixos pagos pelas matérias-primas nos últimos meses. Do lado positivo, os dados de dezembro apontaram melhora na confiança nos negócios, dadas as expectativas de uma recuperação na demanda, desenvolvimento de novos produtos, investimento planejado em infraestrutura e previsões de melhores condições de mercado. Essas expectativas levaram à criação de empregos no fim de 2023, pelo quinto mês seguido e no ritmo mais intenso em mais de um ano.

REUTERS

 

POWERED BY

EDITORA ECOCIDADE LTDA

041 3289 7122

041 99697 8868

3 visualizações0 comentário

Comments


bottom of page