Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 3 | nº 520|13 de dezembro de 2023
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Mercado segue com arroba estável
Na terça-feira (12/12), o preço médio da arroba no Estado de São Paulo seguiu estabilizado em R$ 245, informou a Agrifatto, que faz o acompanhamento diário dos negócios em 17 praças brasileiras. No Paraná, o boi vale R$ 235,00 por arroba. Vaca a R$210,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de sete dias.
Três das 17 regiões monitoradas registraram valorização na arroba do boi gordo na terça-feira: Acre, Goiás e Minas Gerais, detalhou a consultoria. As demais 14 praças mantiveram cotações estáveis, acrescentou a Agrifatto. No mercado futuro (na B3), todos os contratos passaram por ajustes positivos na segunda-feira (11/12), relata a Agrifatto. O contrato com vencimento para dezembro/23 encerrou cotado em R$ 249,20/@, com valorização de 0,63% no comparativo diário. Segundo a Agrifatto, “As escalas esticaram um dia e passaram a atender entre 9 e 10 abates, na média nacional”, calculou a consultoria. De acordo com apuração da S&P Global Commodity Insights, a oferta enxuta de animais manteve os preços estáveis na maior parte das regiões monitoradas pela consultoria. Segundo levantamento da Scot Consultoria, nas praças paulistas, os compradores estão menos ativos e as cotações dos animais terminados seguem inalteradas. Com isso, o “boi comum” (destinado ao mercado interno) segue valendo R$ 242/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são vendidas por R$ 220 e R$ 237/@ (preços brutos e a prazo), respectivamente. O “boi-China” (abatido mais jovem, com até 30 meses de idade) é negociado por R$ 248/@ no Estado de São Paulo (bruto, a prazo), com ágio de R$ 6/@ em relação ao animal “comum”. No mercado atacadista, informa a S&P Global, a terça-feira registrou lateralidade nos preços dos principais cortes bovinos. “Os preços das demais proteínas (frango e cortes suínos) também permanecem firmes, em linha com a demanda sazonal aquecida”, acrescentou a S&P Global. “Tal conjuntura deve se manter ao longo da semana em curso, confirmando as expectativas otimistas para o mês de dezembro”, acredita a S&P Global, lembrando que o período é marcado pelas festas de fim de ano, momento marcado pelo aumento expressivo na procura pelos cortes bovinos para churrasco. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 234/@ (à vista) vaca a R$ 210/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 246/@ (prazo) vaca a R$ 227/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 229/@ (à vista) vaca a R$ 210/@ (à vista); MT-Cáceres: boi a R$ 217/@ (prazo); vaca a R$ 192/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 215/@ (à vista) vaca a R$ 190/@ (à vista); GO-Sul: boi a R$ 236/@ (prazo) vaca a R$ 222/@ (prazo); MG-Triângulo: boi a R$ 236/@ (prazo) vaca a R$ 217/@ (prazo); PA-Redenção: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca a R$ 192/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 227/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 207/@ (à vista) vaca a R$ 187/@ (à vista).
S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO
Vendas de carne bovina em alta no varejo
Uma pesquisa da Scanntech revela aumento nas vendas de carnes bovinas e aves no terceiro trimestre de 2023
Os dados, coletados em supermercados e atacarejos em todo o Brasil, indicam crescimento de 14% nas vendas de carne bovina e 11% na aviária. Essa tendência se deve à redução nos preços, que caíram 10% para a carne bovina e 16% para a aviária, comparados ao mesmo período em 2022. O ovo também se destaca, com aumento de 17% no terceiro trimestre, após queda inicial de 12%. Por outro lado, peixes e suínos enfrentam queda nas vendas, com reduções de 11% e 13%, respectivamente. O peixe, que possui o maior preço médio por kg, sofreu um aumento de 11% no preço no terceiro trimestre de 2023. O contra filé liderou as vendas de carne bovina no trimestre, com aumento de 59,8% em volume, seguido pela alcatra, com alta de 29,2%. Estes cortes representam mais de 25% do faturamento do varejo de carnes bovinas no Brasil, com coxão mole, patinho e acém somando 52,3% do total vendido.
SUÍNOS
Cotação do suíno CIF sobe 1,52%
De acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF registrou avanço de 1,52%, custando, em média, R$ 134,00, assim como a carcaça especial teve alta de 0,96% e está cotado em R$ 10,50/kg, em média
O Indicador do Suíno Vivo, referente a última segunda-feira (11), o preço ficou estável no Rio Grande do Sul, custando R$ 6,39/kg. No Paraná, o preço do animal também ficou estável e está precificado em R$ 6,48/kg. Já na região de Santa Catarina, o animal teve valorização de 0,16% e cotado em R$ 6,44/kg, enquanto em São Paulo o valor ficou próximo de R$ 6,93/kg e também seguiu com ganho de 1,46%. Em Minas Gerais, o valor do suíno teve valorização de 1,27% e está cotado em R$ 7,18/kg.
Cepea/Esalq
FRANGOS
Preços do frango seguiram estáveis
Em São Paulo, segundo a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,20/kg, enquanto o frango no atacado também seguiu valendo R$ 7,10/kg
No Paraná, a cotação do animal vivo seguiu com estabilidade e valendo R$ 4,59/kg. Já em Santa Catarina, o valor do frango vivo seguiu estável e está precificado em R$ 4,24/kg. Conforme informações divulgadas pelo Cepea/Esalq na segunda-feira (11), o preço do frango vivo congelado permaneceu cotado em R$ 7,43/kg. No caso do frango resfriado, o preço seguiu com estabilidade e está sendo comercializado em R$ 7,46/kg.
Cepea/Esalq
Deputados aprovam aumento da alíquota do ICMS no Paraná
O projeto de lei do governo do Paraná que aumenta a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de 19% para 19,5%, foi aprovado pelos deputados da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), na terça-feira (12)
Depois de idas e vindas entre o plenário e a Comissão de Constituição e Justiça, a proposta foi aprovada, sem emendas, por 31 deputados. Outros 13 votaram contrários ao aumento do imposto na segunda votação. Além da alteração na alíquota modal, outros itens terão um aumento. A energia elétrica, exceto eletrificação rural, passa de 18% para 19%; água mineral e bebida alcoólica, de 17% para 17,5%; produtos de tabacaria, de 17% para 17,5% e artefatos de joalheria e ourivesaria, de 17% para 17,5%. Somente o gás natural deve ter redução no valor da alíquota, que deve diminuir de 18% para 12%. O projeto também prevê o desconto de 6% para pagamento à vista do Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) em 2024. Apesar da pressão por parte do setor produtivo que criticou fortemente o projeto e também das críticas de alguns deputados, a proposta foi aprovada em plenário. Entre alguns que votaram a favor do aumento estão Alexandre Curi (PSD), Matheus Vermelho (PP), Paulo Gomes (PP), Flávia Francischini (União), Cantora Mara Lima (Republicanos) e Hussein Bakri (PSD). Já alguns deputados que votaram contra o aumento do ICMS estão Fabio Oliveira (Podemos), Marcio Pacheco (Republicanos), Mabel Canto (PSDB), Renato Freitas (PT) e Requião Filho (PT). A Federação da Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), o Sistema Faep/Senar-PR, o Sindicato das Indústrias de Bebidas do Estado do Paraná, o Programa Oeste Desenvolvimento (POD) e a Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar) se manifestaram contrários ao aumento do ICMS. O presidente da Federação da Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), Fernando Moraes, já havia afirmado que o aumento no ICMS do Paraná dificulta a competitividade no Paraná. “Somos um repassador de impostos e quem vai sofrer será o consumidor paranaense. Como aconteceu no ano passado”. “A grande preocupação do setor produtivo é de ficarmos sem competitividade. Em Santa Catarina, o ICMS é 17% e a arrecadação lá subiu mais que a inflação”, complementou. Afetando a competitividade, impacta o bolso do consumidor também. O economista Raphael Camargo destacou que os produtos vão ficar mais caros. “Os produtos vão subir em torno de 2,6%. É um impacto significativo. Já temos uma carga tributária alta, vamos nos tornar um estado com um imposto absurdamente alto”.
GAZETA DO POVO
Milho no Paraná tem 80% de lavouras em boas condições
De acordo com o Deral, com 100% de áreas previstas já semeadas, 2% dos milharais entraram em fase de maturação
Lavouras de milho no Paraná estão em desenvolvimento e, em sua maior parte, em boas condições. O Paraná registra 80% das lavouras de milho de primeira safra em boas condições. A informação foi divulgada na terça-feira (12/12) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria da Agricultura do Estado. O boletim semanal informa ainda que 17% das plantações do cereal estão em condições médias e 3%, ruins. Os números são os mesmos da semana anterior. Nesta mesma época, na safra 2022/23, 82% dos milharais estavam em boas condições, 16% médias e 2% ruins. Ainda conforme o Deral, todas as lavouras já passaram pela fase de germinação. Nas demais etapas, 21% se apresentam em desenvolvimento vegetativo, 36% em floração, 41% em frutificação (enchimento de grãos) e 2% em maturação. Na semana anterior, 1% ainda estava em germinação. Outros 33% em desenvolvimento vegetativo, 40% em floração e 26% em frutificação. Na safra 2022/23, o Paraná registrava 53% das lavouras em desenvolvimento vegetativo, 36% em floração e 11% em frutificação.
GLOBO RURAL
Setor produtivo alerta para caos à vista com estado crítico das rodovias no Paraná
Apenas 12,5% das estradas no estado do Paraná estão em ótimas condições de trafegabilidade, considerando o estado geral das vias. O panorama consta na Pesquisa Confederação Nacional dos Transportes (CNT) de Rodovias, divulgada no fim de novembro
A CNT analisou 6.386 quilômetros de estradas, entre rodovias estaduais e federais, e concluiu que, no Paraná, apenas 796 quilômetros estão em ótimas condições (12,5%). Outros 1.808 quilômetros foram avaliados como em boas condições (28,3%); 2.679 quilômetros classificados como em condições regulares (41,9%), 936 quilômetros em condições ruins (14,7%) e 164 quilômetros em péssimas condições (2,6%). Os trechos considerados ótimos incluem um pequeno percurso da BR-467, no perímetro urbano de Cascavel (oeste do estado); um trecho da PR-317 próximo a Campo Mourão, sentido Maringá (região noroeste); o contorno norte da BR-376 em Maringá; um percurso da BR-376 no sentido Origueira, chegando em Ponta Grossa (Campos Gerais); pequenos trechos da BR-277 entre Campo Largo e Curitiba; um trecho da BR-376 em Fazenda Rio Grande, na divisa com Santa Catarina. e o percurso da BR-116 de Curitiba a São Paulo. Entre as estradas em péssimas condições, segundo o levantamento da CNT, destaca-se trecho da PR-158 em Coronel Vivida; a BR-369 na região de Mandaguari; um trecho da BR-163 em Santo Antônio do Sudoeste, na divisa com Santa Catarina; e percurso da R-408 em Piraquara. “Se formos analisar bem de perto, todas as rodovias do Paraná estão em condições muito ruins. Quando tem pavimentação, não tem sinalização; quando tem sinalização e pavimento razoável, falta fiscalização (este fator não foi alvo da pesquisa CNT). As rodovias do estado estão em condições deficitárias e quem paga a conta é quem trafega por elas”, afirma o presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar), Sérgio Malucelli. Na análise dele, as condições das estradas vêm piorando gradativamente desde o encerramento dos contratos de pedágio, no fim do ano de 2021. “Antes do fim dos contratos já vínhamos alertando governos federal e estadual para o risco de ficarmos sem conservação e o atendimento adequados. Estamos vivendo isso agora, com tendência de piorar, e não foi por falta de aviso”, ponderou. Um levantamento feito pela Fetranspar revela que, desde o fim das concessões do Anel de Integração, o segmento amarga prejuízos de R$ 450 milhões acarretados por danos aos veículos, demora ao socorro em problemas mecânicos e a acidentes, além de condições que interrompem a trafegabilidade, como colisões e incidentes frequentes nas principais vias de escoamento da produção, BR-277 e BR-376, rumo ao Porto de Paranaguá. Somadas, as rodovias em estado péssimo ou ruim correspondem a 17,3% do total das analisadas pela CNT no Paraná. A maioria dos trechos está em rodovias estaduais como as PRs 495, 467, 317 (no oeste do estado), a PR-180 (noroeste), a PR-280 em um longo trecho entre Santo Antônio do Sudoeste, passando próximo a Francisco Beltrão até Pato Branco (sudoeste) e de Pato Branco até a divisa com o estado de Santa Catarina.
GAZETA DO POVO
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar sobe ante real em meio à compra de moeda para remessas ao exterior
O dólar à vista emplacou na terça-feira a quarta sessão consecutiva de alta ante o real, impulsionado pelo movimento tradicional de compra de moeda no fim de ano no Brasil, em um dia marcado por dados de inflação nos Estados Unidos, que ficaram perto da expectativa do mercado
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9679 reais na venda, em alta de 0,65%. Nas últimas quatro sessões, a divisa dos EUA acumulou elevação de 1,34%. Em dezembro, a moeda acumula alta de 1,07%. Na B3, às 17:13 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,52%, a 4,9720 reais. No início do dia, o dólar oscilou entre altas e baixas, enquanto os investidores aguardavam pela divulgação do índice de preços ao consumidor dos EUA (CPI, na sigla em inglês), às 10h30. O Departamento do Trabalho dos EUA informou que o CPI subiu 0,1% em novembro, depois de ficar estável em outubro. Nos 12 meses até novembro, o índice avançou 3,1%, após alta de 3,2% em outubro. Economistas consultados pela Reuters previram que o índice de preços ao consumidor ficaria inalterado no mês e aumentaria 3,1% na base anual. Mais do que o CPI, as cotações no Brasil foram conduzidas pelas tradicionais compras de moeda de fim de ano, quando fundos e multinacionais costumam enviar recursos para o exterior. “De manhã, continuamos tendo fluxo de compra corporativa, para remessa ao exterior”, pontuou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik. “Estamos com pouco mais de dez dias úteis até o fim do ano. A janela está se estreitando e quem tem que mandar (recursos para fora) está comprando (dólares)”, acrescentou. Com os dados de inflação divulgados, os investidores voltarão suas atenções para as decisões de política monetária do Banco Central do Brasil e do Federal Reserve, ambas nesta quarta-feira.
REUTERS
Ibovespa fecha em queda com tombo do petróleo antes de decisões de juros
O Ibovespa fechou em baixa na terça-feira, pressionado particularmente pelo declínio de Petrobras, na esteira do tombo do petróleo, com agentes financeiros também repercutindo dados de inflação à espera de decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,4%, a 126.403,03 pontos, em pregão véspera de vencimento de opções sobre o Ibovespa e do contrato futuro do índice. O volume financeiro somou 18,75 bilhões de reais. Nos Estados Unidos, o Departamento do Trabalho divulgou que o índice de preços ao consumidor subiu 0,1% no mês passado, depois de ficar inalterado em outubro. Em 12 meses, avançou 3,1%, depois de alta de 3,2% em outubro. Projeções apontavam estabilidade no mês e aumento de 3,1% na base anual. Os números vieram um dia antes da decisão do Federal Reserve, que será acompanhada de projeções dos membros do banco central norte-americano e coletiva do chair da instituição, Jerome Powell. A previsão é de manutenção da taxa em 5,25% a 5,50%, com o foco voltado para os próximos movimentos. No Brasil, o IPCA mostrou alta de 0,28% em novembro, acumulando em 12 meses elevação de 4,68%. Analistas estimavam aumento de 0,30% no mês e de 4,70% em 12 meses. O BC brasileiro também anuncia na quarta-feira decisão sobre os juros no país, com o mercado aguardando novo corte de 0,5 ponto percentual na Selic, atualmente em 12,25% ao ano. O foco estará no comunicado que acompanha a decisão, eventuais sinais sobre espaço para uma flexibilização maior. Na visão do responsável pela mesa de ações do BTG Pactual, Jerson Zanlorenzi, a bolsa paulista refletiu um pouco de realização de lucros após um forte desempenho em novembro e também alguma cautela antes dos eventos da quarta-feira, principalmente a decisão do Fed.
REUTERS
Economistas reduzem projeção do IPCA para 2023 após dados oficiais de novembro
Segundo o IBGE, a inflação do país foi de 0,28% no mês passado, após 0,24% em outubro. A dinâmica positiva da inflação se manteve em novembro, em que pese a volatilidade dos preços trazida pelo clima adverso e os descontos da Black Friday, nota o economista do Banco BV, Cristian Meduna
Segundo o IBGE, o IPCA subiu 0,28% em novembro, após alta de 0,24% em outubro. O resultado veio abaixo da mediana de 39 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, de alta de 0,30%. É a menor leitura para novembro desde 2018. “A avaliação mais geral é que a leitura foi boa, em linha com as últimas quatro ou cinco divulgações. A parte de serviços e industrial segue mostrando desaceleração, os núcleos continuam rodando em patamares baixos, assim como a difusão das altas”, resume Meduna. “Houve um pequeno repique em serviços, mas era algo esperado, não deve mudar a cabeça do Banco Central em relação ao processo de cortes da Selic.” Pontualmente, diz o economista, altas maiores que o esperado em itens como preços administrados acabaram compensadas por leituras menores que o antecipado de alimentos. Meduna chama atenção para a alta de 0,63% da alimentação, desacelerando em relação à variação superior a 1% do IPCA-15 do mesmo mês. Após o dado, o BV passou a esperar um IPCA de dezembro na casa de 0,30%, de forma que a projeção para o ano fechado caiu de 4,50%, para 4,40%. Outra casa que ajustou sua projeção após o dado de novembro foi a Guide. A corretora agora espera 4,54% no ano, de 4,66% anteriormente. “Os descontos da Black Friday em conjunto com o reajuste do preço da gasolina levaram a mais uma queda dos preços de bens industriais. Ainda, apesar da reversão dos preços de certos grupos de alimentos nos últimos meses, vale destacar que essa a inflação de alimentos no domicílio subjacente seguiu com seu quarto mês consecutivo de em variação mensal negativa. No acumulado de 6 meses, a tendência segue em firme baixa”, afirma a casa, em comentário distribuído. Para dezembro, a projeção preliminar é de IPCA de 0,49%. “Setor por setor, os dados vieram quase em linha com o consenso. Uma queda mais intensa em itens industriais de Black Friday, como artigos de residência e vestuário, mas também desaceleração dos preços da alimentação em domicílio, que tiveram queda vem forte na última semana de novembro e praticamente se reverteram depois”, diz o economista-chefe da Constância Investimentos, Alexandre Lohmann. Na outra ponta, ele observa que transporte por aplicativo, passagem aérea, pacote turístico e alimentação fora de casa ajudaram a inflação de serviços subir de 0,49% para 0,70% na passagem do mês. No entanto, são grupos que devolvem o movimento mais à frente, acrescenta. A Constância vê o a Selic chegar a 8,75% no fim do ciclo de cortes. Para o cenário de inflação, a gestora espera um IPCA de 4,51% este ano, mas nota que esse número cai se for confirmado um novo corte do preço da gasolina nos próximos dias.
VALOR ECONÔMICO
Balança comercial brasileira tem superávit de US$ 3,82 bi nas duas primeiras semanas de dezembro
Valor é resultado de US$ 9,50 bilhões em exportações e US$ 5,68 bilhões em importações, no período, segundo a Secretaria do Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 3,82 bilhões nas duas primeiras semanas de dezembro — período com seis dias úteis. O valor é resultado de US$ 9,50 bilhões em exportações e US$ 5,68 bilhões em importações, no período, informou a Secretaria do Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). No ano, o saldo positivo soma US$ 93,29 bilhões. A média diária de exportações em dezembro, até o dia 10 de dezembro (US$ 1,58 bilhão), avançou 32,2% quando comparada a dezembro do ano passado. O desempenho foi impulsionado pelo avanço de 39,5% nos embarques da indústria extrativa, seguida pela agropecuária (30,9%) e indústria de transformação (29,7%). Entre as importações, a média diária de dezembro, até o dia 10 (US$ 947,29 milhões), recuou 4,4% se comparada ao mesmo mês de 2022. Foi puxada pelo recuo de 69,1% da indústria extrativa e acompanhada pela retração de 29,5% da agropecuária. Em contrapartida, os desembarques da indústria de transformação avançaram 2,7%.
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