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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 512 DE 01 DE DEZEMBRO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 512| 01 de dezembro de 2023


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Cotação da arroba do boi gordo sobe em São Paulo e outras praças

Na quinta-feira, 30 de novembro, 10 das 17 principais regiões registraram aumentos nos preços da arroba – além de SP, AC, AL, GO, MG, MS, MT, PR, SC e TO, informou a consultoria Agrifatto


No Paraná, o boi vale R$235,00 por arroba. Vaca a R$210,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de sete dias. Segundo dados da Agrifatto, considerando o valor médio das cotações do boi gordo paulista, a arroba subiu para R$ 242,50, ante a média de R$ 240 registrada no dia anterior. No mercado futuro, na B3, o movimento de alta se manteve no pregão da quarta-feira (29/11). “Todos os futuros de 2023 tiveram ajustes positivos. O contrato com vencimento para novembro de 2023 fechou em R$ 240,70/@, com valorização de 1,11% no comparativo diário”, relatou a Agrifatto. A Scot Consultoria apurou alta nos preços dos animais terminados nas praças de São Paulo. “A demanda por carne bovina está forte no mercado interno e externo e, com a diminuição da oferta, a cotação subiu”, justificou a Scot. Para o “boi comum” (direcionado ao mercado doméstico), a cotação subiu R$ 3/@ nas praças paulista, para R$ 240/@, no prazo, valor bruto, de acordo com a Scot. A vaca gorda também teve acréscimo diário, de R$ 5/@, atingindo R$ 220/@, enquanto a novilha subiu R$ 2/@, chegando a R$ 230/@ (preços brutos e a prazo). O “boi-China” está valendo R$ 245/@ no Estado de São Paulo (bruto e a prazo), com ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”. Na avaliação da S&P Global Commodity Insights, as oscilações positivas nos preços do boi gordo brasileiro devem perder força em dezembro, tendo em vista que a oferta regulada se encontra em equilíbrio com a demanda vigente. “Na região Sudeste, observa-se que as indústrias de grande porte conseguiram alongar as suas escalas, diluindo os abates diários”, afirma a S&P Global. Por outro lado, os frigoríficos de menor escala permanecem comprando boiadas gordas para operações próximas, com abates programados não avançando mais de cinco dias, informou a S&P Global. No mercado atacadista, os preços da carne bovina terminam novembro sem grandes movimentações. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 231/@ (à vista) vaca a R$ 205/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 241/@ (prazo) vaca a R$ 217/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 229/@ (à vista) vaca a R$ 209/@ (à vista); MT-Cáceres: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca a R$ 192/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 215/@ (à vista) vaca a R$ 190/@ (à vista); GO-Sul: boi a R$ 231/@ (prazo) vaca a R$ 217/@ (prazo); MG-Triângulo: boi a R$ 231/@ (prazo) vaca a R$ 212/@ (prazo); PA-Redenção: boi a R$ 212/@ (prazo) vaca a R$ 192/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 227/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 212/@ (à vista) vaca a R$ 195/@ (à vista).

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global)


Boi/Cepea: Novo governo argentino não deve trazer impactos sobre pecuária brasileira

Sendo um grande produtor de carne, o Brasil compra pouca carne argentina – o país vizinho é o sexto maior produtor e o quinto maior exportador de carne bovina, segundo dados do USDA


Pesquisadores do Cepea indicam que, no mercado internacional, também não deve haver acirramento da concorrência com o Brasil. Ainda que seja esperado que a Argentina exporte mais, a carne produzida no país é reconhecida por sua qualidade e costuma ser comercializada em segmentos diferentes dos ocupados pela proteína brasileira – são poucos os nichos de concorrência direta. Por outro lado, o aumento das exportações argentinas abre espaço para o Brasil ampliar as vendas para lá. Segundo pesquisadores do Cepea, a carne brasileira é mais barata e acessível à população afetada pela crise econômica. De qualquer forma, esse comércio tenderia a ser modesto. É importante destacar, ainda, que os custos de produção no país vizinho são muito superiores aos dos brasileiros, dificultando sua competitividade junto a parceiros do Brasil, mesmo que o governo argentino implemente políticas de ampla abertura comercial.

Cepea


SUÍNOS


Preços estáveis no mercado de suínos de MG, SP E SC

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável, custando, em média, R$ 128,00, assim como a carcaça especial, com valor de R$ 10,10/kg, em média


Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (29), houve tímida alta de 0,15% no Paraná, chegando a R$ 6,47/kg, e queda de 0,94% no Rio Grande do Sul, atingindo R$ 6,29/kg. Ficaram estáveis os preços em Minas Gerais (R$ 6,97/kg), Santa Catarina (R$ 6,29/kg), e São Paulo (R$ 6,74/kg). Na quinta-feira (30) o preço do suíno comercializado na modalidade independente subiu nas principais praças brasileiras, mesmo estando no final do mês. As festividades de final de ano tradicionalmente embalam a melhor demanda por parte dos frigoríficos, que procuram lotes extras de animais para abate.

Cepea/Esalq


Suinocultura independente: preços sobem

Em São Paulo houve alta, saindo de R$ 7,04/kg para R$ 7,15/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS)


No mercado mineiro, o valor subiu, passando de R$ 7,00/kg vivo para R$ 7,30/kg vivo nesta semana, sem acordo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve aumento, saindo de 6,34/kg vivo para R$ 6,60/kg vivo nesta semana. No Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 23/11/2023 a 29/11/2023), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 3,08%, fechando a semana em R$ 6,33/kg vivo. "Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$6,46/kg vivo", disse o Lapesui.

AGROLINK


Demanda por carne suína cresce, e preços médios sobem em novembro

Cotações são puxadas pela demanda de fim de ano, informa Cepea


Em Minas Gerais, reduzida oferta de suínos em peso ideal para abate reforçou o movimento de alta nos preços. As cotações do suíno vivo posto no frigorifico no mercado independente subiram em praticamente todas as praças acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP de outubro para novembro. Essa valorização mensal do animal está associada ao aumento da procura por carne suína, sobretudo para atender à demanda de fim de ano. Em Minas Gerais, o indicador Cepea/Esalq para o suíno vivo registrava nesta quarta-feira (29/11) uma cotação média de R$ 6,97 o quilo, uma alta de 7,73% em 30 dias. No Rio Grande do Sul e Santa Catarina, o preço estava em R$ 6,29, com elevações mensais de 3,28% e 4,49%, respectivamente. Pesquisadores do Cepea destacam que, nas praças mineiras, especificamente, além da demanda aquecida, a reduzida oferta de suínos em peso ideal para abate reforçou o movimento de alta nos preços. No mercado atacadista da carne, entre os cortes mais procurados para as festas de fim de ano, o pernil com osso foi o que apresentou a valorização mais expressiva de outubro para novembro. Para as próximas semanas, agentes consultados pelo Cepea estão otimistas, à espera de que as vendas continuem aquecidas, fundamentados na entrada de pagamentos de salários e do 13º.

GLOBO RURAL


FRANGOS


Frango: cotações estáveis na quinta-feira

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,20/kg, assim como o frango no atacado, valendo R$ 7,20/kg


Na cotação do animal vivo, no Paraná o preço não mudou, custando R$ 4,57/kg, da mesma maneira que em Santa Catarina, valendo R$ 4,24/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta-feira (29), a ave congelada teve alta de 0,14%, atingindo R$ 7,41/kg, enquanto o frango resfriado caiu 1,07%, cotado em R$ 7,43/kg.

Cepea/Esalq


LEGISLAÇÃO


Receita libera pagamento de dívida sem multa ou juros

Lei nº 14.740 abre uma espécie de Refis ao conceder descontos para qualquer contribuinte que quiser se regularizar


A Receita Federal abriu uma oportunidade para contribuintes pagarem dívidas tributárias sem multa nem juros, evitando autuações fiscais. A Lei nº 14.740, publicada na quinta-feira estabeleceu, segundo especialistas, uma espécie de Refis. Concede descontos aos devedores sem, contudo, reduzir o valor principal. A norma é direcionada principalmente a contribuintes que declararam tributos devidos e não efetuaram os recolhimentos. O advogado Julio Janolio, do escritório Vinhas e Redenschi, explica que, nessa situação, o devedor fica automaticamente sujeito à multa de mora de até 20%. Por meio da nova lei, os contribuintes terão até 90 dias, após sua regulamentação, para aderirem à autorregularização, por meio da confissão e do pagamento ou parcelamento do valor integral dos tributos devidos, sem as multas de mora e de ofício. Porém, com juros. Para livrar o contribuinte dos juros de mora, a lei exige o pagamento de no mínimo 50% do débito à vista e do restante em até 48 prestações mensais e sucessivas. O valor de cada prestação mensal será acrescido de juros equivalentes à Selic, acumulada mensalmente, e de 1% ao mês. Pela autorregularização podem ser pagos débitos de tributos federais ainda não constituídos (sem prévia autuação fiscal) até a data da lei, inclusive quando já tenha sido iniciado procedimento de fiscalização. Também poderão ser quitados débitos que venham a ser constituídos entre a data de publicação da lei e o fim do prazo de adesão. Não poderão ser objeto de autorregularização débitos apurados no Simples Nacional. Chama a atenção o dispositivo que permite o abatimento da dívida por meio de precatórios próprios ou adquiridos de terceiros — o que deve fomentar esse mercado, segundo Janolio. Também será admitido, conforme a lei, o uso de créditos de prejuízo fiscal e base de cálculo negativa da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) do próprio contribuinte, controladora ou de sociedades controladas, direta ou indiretamente, pela mesma empresa. Mas o uso de tais créditos fica limitado a 50% do valor total do débito a ser quitado. A Receita Federal tem cinco anos para a análise dos créditos utilizados. Outro atrativo do novo “Refis” é a previsão expressa de que não incidirá Imposto de Renda (IRPJ), CSLL, e PIS e Cofins sobre as cessões de precatórios, prejuízo fiscal e base de cálculo negativa de CSLL. O mesmo ocorrerá em relação à redução de multa e juros. “Essa previsão aparecia em Refis antigos, mas não no último programa de regularização [Programa Especial de Regularização Tributária - Pert], causando bastante judicialização. A Receita entende que, sem tal previsão, há cobrança de tributos sobre os descontos”, diz Janolio. “A previsão traz mais segurança jurídica e afasta discussões judiciais.” Para o advogado, o novo programa de quitação de débitos é uma boa oportunidade, principalmente para contribuintes que já declararam tributos devidos, mas não pagaram. De acordo com Douglas Campanini, da Athros - Auditoria e Consultoria, o objetivo do governo federal, com essa possibilidade de autorregularização, é angariar receita para reduzir o déficit. “O destaque é que o pagamento do principal pode ser feito com prejuízo e base negativa da empresa, controlada ou mesmo precatório”, afirma. Essa possibilidade, segundo Campanini, é muito importante porque as empresas não precisarão tirar dinheiro do caixa para quitar débitos com a Receita Federal. Mesmo assim, acrescenta, haverá entrada de recursos para os cofres do governo federal porque o prejuízo fiscal e os precatórios só poderão ser usados pelo contribuinte para o pagamento de até metade da dívida. “Em um primeiro momento não vai ter [ingresso de recursos par a União], mas ao longo de quatro anos vai haver”, afirma.

VALOR ECONÔMICO


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Deral reduz estimativas de safras de soja, milho e trigo do Paraná

As estimativas de safras de soja, milho e trigo do Paraná, um dos principais Estados produtores de grãos do Brasil, foram reduzidas na quinta-feira pelo Departamento de Economia Rural (Deral)


A previsão para a safra de soja do Estado em 2023/24 passou a 21,75 milhões de toneladas, ligeiro ajuste na comparação com o número de outubro, de 21,9 milhões de toneladas, segundo levantamento do órgão do governo local, em momento em que o Paraná está próximo de concluir os trabalhos de plantio. Isso indica uma redução de 3% na comparação com o recorde da safra passada, segundo o Deral. Já a primeira safra de milho paranaense foi estimada em cerca de 3 milhões de toneladas, aproximadamente 100 mil toneladas abaixo da previsão de outubro, o que representa queda de 19% ante o ciclo passado. O Deral ainda reduziu previsão de safra de trigo do Paraná, já colhida, para 3,65 milhões de toneladas, versus 3,855 milhões na projeção anterior. Apesar da redução, a safra ainda cresceria 4% ante a temporada passada.

REUTERS


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar sobe no dia com Ptax e exterior, mas fecha novembro em firme baixa

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9154 reais na venda, em alta de 0,59%. Em novembro, no entanto, a moeda acumulou baixa de 2,48%


Na B3, às 17:37 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,70%, a 4,9355 reais. Desde o início da sessão, ficou clara a pressão dos comprados para que as cotações avançassem, o que fez o dólar à vista, em um intervalo de dois minutos, passar da mínima de 4,9190 reais (+0,67%, às 9h02) para a máxima de 4,9520 reais (+1,34%, às 9h04). No exterior, a moeda norte-americana também tinha ganhos firmes ante outras divisas, a despeito dos novos dados sobre a economia norte-americana. Os números reforçaram a percepção de que o Federal Reserve manterá sua taxa básica nos atuais níveis este ano, podendo iniciar o processo de cortes ainda no primeiro semestre de 2024. Ainda assim, compras de dólares no fim de mês davam suporte às cotações no exterior. À tarde, com a Ptax de fim de mês já definida, em 4,9355 reais na venda, o dólar à vista passou a oscilar sem a influência das disputas técnicas. A moeda norte-americana acabou perdendo um pouco do fôlego, em paralelo à queda das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) de curto prazo. O movimento foi influenciado por declarações do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, durante evento do JP Morgan. O diretor afirmou que uma possibilidade de retirada da orientação de que o BC manterá o ritmo de cortes na Selic nas “próximas reuniões”, no plural, teria significados diferentes a depender do momento. Além disso, destacou que recentemente, diante do cenário mais benigno, vem sentindo maior pressão do mercado no sentido de que há espaço para o BC acelerar os cortes de juros. Apesar de ter se afastando das cotações mais altas do dia, o dólar ainda terminou em alta ante o real, pela segunda sessão consecutiva.

REUTERS


Ibovespa fecha em alta e confirma maior ganho mensal desde 2020

O Ibovespa fechou em alta na quinta-feira, renovando máximas desde 2021, e confirmou o melhor desempenho mensal em três anos, que teve como principal suporte o retorno dos estrangeiros à bolsa paulista, em meio a perspectivas de que acabou o ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos


Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,87% nesta sessão, a 127.263,98 pontos, maior patamar de fechamento desde 15 de julho de 2021, de acordo com dados preliminares. Na máxima do dia, chegou a 127.398,69 pontos. Na mínima, a 126.168,35 pontos. O volume financeiro no pregão somava 23,35 bilhões reais antes dos ajustes finais. Em novembro, o Ibovespa acumulou alta de 12,48%, maior ganho mensal desde novembro de 2020, tendo como pano de fundo uma entrada líquida de 18 bilhões de reais de recursos estrangeiros na bolsa paulista no mês até o dia 28, após três meses em que as vendas desses investidores superaram as compras.

REUTERS


Brasil tem fluxo cambial negativo de US$2,924 bi em novembro até dia 24, diz BC

No acumulado do ano até 24 de novembro, o Brasil registra fluxo cambial total positivo de 21,244 bilhões de dólares. No mesmo período do ano passado, o fluxo estava positivo em 10,165 bilhões de dólares


O Brasil registrou fluxo cambial total negativo de 2,924 bilhões de dólares em novembro até o dia 24, em movimento puxado tanto pela via financeira quanto pela comercial, informou na quinta-feira o Banco Central. Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. Pelo canal financeiro, houve saídas líquidas de 1,551 bilhão de dólares em novembro até o dia 24. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Pelo canal comercial, o saldo de novembro até o dia 24 também foi negativo, em 1,373 bilhão de dólares. Na semana passada, de 20 a 24 de novembro, o fluxo cambial total foi positivo em 264 milhões de dólares. No acumulado do ano até 24 de novembro, o Brasil registra fluxo cambial total positivo de 21,244 bilhões de dólares. No mesmo período do ano passado, o fluxo estava positivo em 10,165 bilhões de dólares.

REUTERS


Empregados batem recorde no Brasil e taxa de desemprego cai a 7,6% no tri até outubro

O número de empregados no Brasil atingiu um recorde de mais de 100 milhões de pessoas no trimestre até outubro, levando a taxa de desemprego a cair a 7,6% e bater o menor nível desde o início de 2015, com aumento da renda


Em um mercado de trabalho que segue resiliente no país, o resultado mostrou queda frente aos três meses imediatamente anteriores, até julho, quando a taxa havia ficado em 7,9%, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A leitura da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) na quinta-feira também mostrou recuo ante os 8,3% vistos no mesmo período do ano anterior, marcando a menor taxa de desocupação desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015, quando ficou em 7,5%. O resultado ainda ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de uma taxa de 7,7%. Depois de um primeiro semestre de atividade econômica melhor do que o esperado, o mercado de trabalho brasileiro mostrou-se aquecido. A taxa de desemprego permanece em patamares baixos, embora ainda possa perder fôlego diante da esperada desaceleração da atividade econômica e dos efeitos defasados da política monetária restritiva. No trimestre até outubro, o total de ocupados no país chegou a 100,206 milhões, o maior contingente desde o início da série histórica, no primeiro trimestre de 2012. Houve aumento de 0,9% na comparação com os três meses até julho e de 0,5% sobre o mesmo período do ano anterior. Já o número de desempregados caiu 3,1% sobre o trimestre imediatamente anterior, a 8,259 milhões de pessoas, marcando ainda uma queda de 8,5% na base anual. Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado aumentaram 1,7% nos três meses até outubro sobre o período anterior, indo a 37,615 milhões, maior número desde o trimestre encerrado em junho de 2014. Os que não tinham carteira cresceram 0,7%. Entre as atividades pesquisadas, o destaque foi o aumento de 3,2% no número de pessoas empregadas em Transporte, armazenagem e correio. “As atividades, de modo geral, retiveram trabalhadores, sendo observado crescimento significativo no grupo de Transportes, armazenagem e correio", destacou a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy. No período, ainda houve aumento da renda média real habitual, que chegou a 2.999 reais no trimestre até outubro, em comparação com 2.950 nos três meses até julho e 2.888 reais no mesmo período de 2022. Segundo Beringuy, isso deriva da expansão dos ocupados com carteira assinada, que normalmente têm rendimentos maiores. “Ou seja, a leitura que podemos fazer é que há um ganho quantitativo, com um aumento da população ocupada, e qualitativo, com o aumento do rendimento médio", disse ela.

REUTERS


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