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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 505 DE 22 DE NOVEMBRO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 505|22 de novembro de 2023


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Mercado lento, com estabilidade nos preços da arroba do boi gordo

Pouca movimentação de negócios nas praças brasileiras, o que resulta em estabilidade nas cotações na maioria das praças brasileiras, informaram na terça-feira (21/11) as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário


Segundo a S&P Global Commodity Insights, a maior firmeza nos preços dos animais terminados reflete a redução na oferta de boiadas gordas e o encurtamento das escalas de abate dos frigoríficos, além da expectativa positiva em relação à demanda doméstica pela carne bovina nas próximas semanas. “Apesar do ritmo cadenciado das compras por parte das indústrias, as escalas de abate permanecem represadas entre cinco e sete dias”, ressaltou a S&P Global. Na visão dos analistas, a entrada da primeira parcela do 13º salário pode estimular a busca dos consumidores brasileiros pela carne vermelha no curto prazo. Segundo apuração da Scot Consultoria, no mercado de São Paulo, as cotações dos animais terminados fecharam a terça-feira estáveis, mas “negócios acima da referência foram identificados”. Com isso, aponta a Scot, o boi gordo paulista segue negociado em R$ 235/@, enquanto a vaca e a novilha gordas valem R$ 215/@ e R$ 225/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). O “boi-China” está cotado em R$ 240/@ (no bruto, a prazo), com ágio de R$ 5/@ sobre a cotação do boi “comum”. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 225/@ (à vista) vaca a R$ 205/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 236/@ (prazo) vaca a R$ 217/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 222/@ (à vista) vaca a R$ 209/@ (à vista); MT-Cáceres: boi a R$ 212/@ (prazo) vaca a R$ 192/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 210/@ (à vista) vaca a R$ 190/@ (à vista); GO-Sul: boi a R$ 227/@ (prazo) vaca a R$ 212/@ (prazo); MG-Triângulo: boi a R$ 231/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); PA-Redenção: boi a R$ 209/@ (prazo) vaca a R$ 192/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca a R$ 202/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 212/@ (à vista) vaca a R$ 195/@ (à vista).

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global)


Com safra de bezerros de 2022 chegando ao mercado, preços continuarão pressionados, diz Agrifatto

"Reposição ainda deve enfrentar dias difíceis pela frente”, acreditam os analistas da consultoria. Após flertar com as mínimas do ano durante a semana retrasada, o bezerro se recuperou e fechou a última semana com uma valorização mais intensa, relatou a Agrifatto


“A melhora nas cotações do boi gordo no mercado físico e na B3 atraiu os compradores e fez com que os preços do bezerro terminassem a última semana com alta de 2,92%, fechando em R$ 2.072/cabeça (base SP)”, informa a consultoria. No entanto, analistas da Agrifatto lembram que a fase de baixa do ciclo pecuário ainda persiste. “Os preços do bezerro continuam a enfrentar dificuldades para engatar uma forte valorização”, observa a Agrifatto. Segundo a consultoria, a parcial mensal do bezerro em novembro/23 está em R$ 2.045/cabeça, recuando 0,67% em relação ao preço de outubro/23, mas com queda de 16,58% frente ao patamar de novembro/22. A falta de uma reação mais consistente do bezerro, continua a Agrifatto, pode estar ligada com a questão do ágio (relação de troca) sobre o boi gordo. Depois da forte desvalorização do boi gordo em setembro/23, os indicadores de poder de compra do pecuarista (principalmente da atividade de recria/engorda) destoaram do padrão para a fase de baixa do ciclo pecuário, ficando acima da média histórica. Atualmente, o ágio do bezerro sobre o boi gordo está em 33%, uma queda de 9,8 pontos percentuais em relação ao quadro observado em setembro/23. No entanto, observa a Agrifatto, a relação de troca ainda se encontra acima da média histórica, o que pode ser a justificativa para que o bezerro não consiga engatar uma valorização mais intensa. “A nossa visão ainda aponta para uma reposição pressionada, principalmente pelo contexto de um rebanho volumoso (apesar de já estar no processo de diminuição), já que a safra de bezerros de 2022 (fêmeas que entraram em estação naquele ano) está chegando ao mercado somente agora”, afirma a Agrifatto, lembrando que, há um ano, os preços do bezerro ainda estavam nas alturas, o que justificava investimentos mais pesados na atividade de cria. “O volume de bezerros que chega ao mercado ainda será elevado e, por isso, a reposição ainda deve enfrentar dias difíceis pela frente”, reforçam os analistas da Agrifatto.

PORTAL DBO


SUÍNOS


Preços no mercado de suínos têm viés de alta

Segundo pesquisadores do Cepea, o movimento está atrelado à proximidade das festividades de fim de ano


Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF teve aumento de 1,59%, custando, em média, R$ 128,00, assim como a carcaça especial, com valor de R$ 10,10/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (20), houve queda somente em São Paulo, na ordem de 0,15%, chegando a R$ 6,64/kg. Houve alta de 0,58% em Minas Gerais, atingindo R$ 6,96/kg, avanço de 1,42% no Paraná, custando R$ 6,44/kg, incremento de 0,32% no Rio Grande do Sul, alcançando R$ 6,27/kg, e de 0,48% em Santa Catarina, fechando em R$ 6,27/kg.

Cepea/Esalq


Exportação de carne suína projeta cerca de 99,5 mil toneladas

Nos primeiros dias de novembro, a exportação de carne suína registrou um aumento notável no volume embarcado, segundos dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior. O peso médio diário, divulgado recentemente, indica um crescimento expressivo no volume exportado.


De acordo com informações da Secex, o volume embarcado durante esse período foi de quase 57,6 mil toneladas, o que corresponde a 67,9% do total exportado em novembro do ano anterior. Com um volume médio diário de 5.234 toneladas, a projeção para o mês é de 99,5 mil toneladas, o que representa um aumento significativo de 20,5% em relação a outubro e 17,2% em comparação ao mesmo período do ano passado. Os dados preliminares para os primeiros 11 meses deste ano apontam um volume total de quase 1.008 milhões de toneladas de carne suína exportada. Esse número representa um aumento de 9,4% em comparação ao mesmo período do ano passado e um aumento inesperado de 70,5% em relação ao período anterior à pandemia de Covid-19. Em relação à receita auferida com os embarques nos primeiros onze dias de novembro, a projeção para o mês completo indica um aumento de 19,9% em relação a outubro passado e um aumento de 4,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado dos primeiros 11 meses do ano, os números revelam um crescimento de 13,1% em comparação ao mesmo período de 2022 e um aumento expressivo de 86,4% em relação a 2019.

AGROLINK


FRANGOS


Frango no atacado paulista sobe e volta ao patamar de R$ 7,00/kg

De acordo com análise do Cepea, o movimento de alta dos preços da carne de frango tem reduzido a competitividade dessa proteína frente às concorrentes (suína e bovina)


Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,20/kg, enquanto o frango no atacado subiu 1,16%, valendo R$ 7,00/kg. No caso do animal vivo, no Paraná, o preço não mudou, valendo R$ 4,55/kg, assim como em Santa Catarina, com valor de R$ 4,24/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (20), a ave congelada não mudou de preço, valendo R$ 7,37/kg, da mesma forma que o frango resfriado, fechando em R$ 7,34/kg.

Cepea/Esalq


Embarques de genética avícola crescem 74,6% em 2023

As exportações de material genético avícola (ovos embrionados e pintos de 01 dia) totalizaram 2,448 mil toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 67,2% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 1,464 mil toneladas


Em receita, a alta é de 33,7%, com US$ 20,567 milhões neste ano, contra US$ 15,384 milhões no mesmo período de 2022. Considerando o período entre janeiro e outubro, as exportações de material genético avícola totalizaram 21,572 mil toneladas, número 74,6% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, com 12,358 mil toneladas. Em receita, a alta é de 43,8%, com US$ 200,567 milhões em 2023, contra US$ 139,474 milhões em 2022. Entre os principais destinos das exportações em outubro, o México segue líder, com 615 toneladas importadas. O número, no entanto, é 31,6% menor que o registrado no mesmo período do ano passado. Por outro lado, Senegal ampliou suas importações em 281,2%, com a importação de 568 toneladas no mês. “Um dos destaques é a África do Sul, país que tem buscado superar os efeitos de focos de Influenza Aviária em sua produção, e que neste mês retomou suas importações de genética avícola do Brasil, com o total de 465 toneladas em outubro, assumindo o terceiro posto”, detalha o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

ABPA


GOVERNO


Valor contratado de crédito rural na safra 2023/24 ultrapassou os R$ 190 bilhões até outubro

O valor em crédito rural contratado na safra 2023/24 até o mês de outubro superou os R$ 190 bilhões, de acordo com o levantamento realizado pela Gerência de Desenvolvimento Técnico da Ocepar (Getec), com base nos dados do Banco Central do Brasil


Isso representa mais de 43% dos R$ 435,8 bilhões anunciados pelo governo federal para o atual ciclo agropecuário, iniciado em 1º de julho. “É relevante destacar que a maior parcela desses recursos provém de Letras de Crédito do Agronegócio (43%), seguida por recursos obrigatórios (23%), poupança rural (12%), recursos livres (9%), BNDES e fundos constitucionais (6%)”, afirma o analista de Desenvolvimento Técnico da área de mercado da Getec, Salatiel Turra. O relatório da Getec revela ainda que as cooperativas brasileiras captaram aproximadamente R$ 22,17 bilhões no primeiro trimestre do Plano Safra 2023/24. A distribuição desses recursos teve como principais destinações atividades de industrialização e custeio, respectivamente. As cooperativas do Paraná contrataram cerca de R$ 7,47 bilhões até o momento, representando aproximadamente 33% do montante total captado pelas cooperativas do país.

OCEPAR


Governo reduz projeção de crescimento do PIB em 2023 a 3,0%, vê expansão menor e inflação mais alta em 2024

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda revisou para baixo sua projeção para o crescimento econômico do Brasil em 2023, a 3,0%, ao mesmo tempo que piorou ligeiramente a conta para 2024 e passou a enxergar uma pressão de preços maior no próximo ano.


O crescimento esperado pela pasta para este ano está abaixo dos 3,2% estimados em setembro, mostrou o mais recente boletim macrofiscal, publicado na terça-feira. "A mudança repercute, principalmente, revisão para a estimativa de variação do PIB no terceiro trimestre, de 0,1% para 0,0% na margem, além do menor dinamismo previsto para a atividade em serviços", informou a SPE no documento. Em setembro, a pasta havia elevado sua perspectiva para a expansão econômica deste ano em 0,7 ponto percentual, na esteira de dois trimestres consecutivos de surpresas positivas no resultado do PIB brasileiro. No entanto, economistas têm alertado para grandes chances de desaceleração do ímpeto econômico nas leituras do segundo semestre deste ano. Para 2024, a projeção do governo para a expansão do PIB também recuou ligeiramente, a 2,2%, ante os 2,3% de antes. "A mudança reflete o aumento das incertezas no ambiente externo em função da eclosão de conflitos geopolíticos; dos riscos relacionados à desaceleração do crescimento chinês; e da perspectiva de manutenção dos juros americanos em alto patamar por mais tempo", explicou a SPE no boletim, citando ainda perspectiva menos favorável para a safra do próximo ano. O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, disse nesta terça-feira em coletiva de imprensa que as projeções para crescimento deste ano e do próximo permanecem "razoavelmente estáveis", sem se alarmar com as revisões para baixo. As previsões do governo para a atividade ainda estão melhores do que as expectativas do mercado, que apontam para crescimento de 2,85% em 2023 e 1,50% em 2024, segundo o mais recente boletim Focus do Banco Central. Em relação à inflação, a SPE passou a ver alta de 4,66% do IPCA este ano, contra previsão de 4,85% no último boletim, argumentando que o processo de desinflação vem ocorrendo "com velocidade maior do que a projetada até meados do ano". A nova estimativa está agora dentro do teto da meta de 4,75% de 2023. Falando sobre outras variáveis macroeconômicas, Mello destacou na coletiva de imprensa um mercado de trabalho ainda "resiliente", com taxa de desemprego em nível "historicamente baixo", ao mesmo tempo que citou "melhora significativa" no mercado de crédito. Os dados mais recentes do Banco Central, referentes a setembro, mostraram alta do estoque total de crédito de 0,8% no período, a 5,576 trilhões de reais, com as concessões de financiamentos com recursos livres, nos quais as condições dos empréstimos são livremente negociadas entre bancos e tomadores, subindo 2,1% em relação ao mês anterior.

REUTERS


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Restando poucas aéreas para fechar plantio do milho, Deral indica perda de produtividade em algumas regiões do Paraná

O Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou seu relatório semanal trazendo as condições de tempo e cultivo para as principais culturas do estado


De acordo com o levantamento o plantio da safra de verão de milho 2023/24 saltou dos 96% da semana passada para 98% das lavouras já semeadas, sendo 2% em germinação, 66% em desenvolvimento vegetativo, 20% em floração e 5% já na fase de frutificação. As únicas regiões que ainda não encerraram a semeadura são União da Vitória (90%), Curitiba (93%) e Ivaiporã (98%). Os técnicos do Deral classificaram 79% das lavouras em boas condições de desenvolvimento, 17% em médias e 4% em ruins. As regionais com mais índices de lavouras consideradas ruins são União da Vitória (50%), Pato Branco (15%), Francisco Beltrão (10%) e Laranjeiras do Sul (5%). Detalhando as regiões paranaenses, o Deral indica que as lavouras seguem com bom desenvolvimento e entrando na fase de florescimento nas regiões Norte, Oeste e Centro-Oeste. Já na região Sudoeste, foram observadas doenças decorrentes da alta umidade. “É evidente que o potencial produtivo da safra de verão já está comprometido em certo grau, e a continuidade dessas condições climáticas adversas vai agravar ainda mais essa situação”, destaca o Deral. Na região Sul, o alerta é para o intenso ataque de percevejos nas lavouras em fase de floração.

SEAB-PR/DERAL


Chuvas extremas prejudicam produção agrícola no Sul do País

SC já estima uma perda de R$ 2 bilhões na agricultura; PR e RS também contabilizam prejuízos. O Sul do Brasil está sendo atingido por muita chuva nos últimos meses devido ao fenômeno El Niño


Santa Catarina já estima uma perda de R$ 2 bilhões na agricultura. O Paraná prevê um prejuízo de 30% da safra do trigo e o Rio Grande do Sul anunciou um atraso no plantio da soja. No Paraná, as regiões mais afetadas pelo excesso de chuva são o Sudoeste, o Centro-sul e os Campos Gerais. O boletim do Departamento de Economia Rural (Deral), referente ao período entre 14 e 20 de novembro, destaca que o excesso de umidade no solo tem dificultado as operações para a conclusão do plantio da soja no sudoeste paranaense. “Devido ao alto volume de chuvas, a cultura da soja apresenta um comportamento atípico, com aceleração do desenvolvimento”, diz o documento. As chuvas que acontecem desde a metade de outubro mantêm essas áreas do Estado em alerta em várias outras culturas. De acordo com Ana Paula Kowalski, técnica do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema Faep/Senar-PR, o final do ciclo das culturas de inverno - trigo, cevada, e aveia - registrou redução significativa em quantidade e qualidade na produção. As colheitas de trigo e cevada foram praticamente concluídas, frustrando produtores devido ao excesso de chuvas. A qualidade também foi severamente afetada, segundo o Deral. “Essas culturas foram as que mais tiveram prejuízo, em torno de 30% da produção do estado. Agora, os produtores que conseguiram colher vão receber menos pelo produto, enquanto alguns nem isso conseguiram”, disse Ana Paula. O destaque das culturas de verão é o atraso na semeadura da soja, principalmente no sudoeste paraense, que costuma plantar mais cedo. O feijão está quase no final do plantio e muitas áreas também estão inundadas. “O milho primeira safra também está sofrendo com a falta de luminosidade, o tempo nublado não favorece o desenvolvimento”. Com a previsão do pico de intensidade do El Niño durar pelos próximos três meses, quando justamente as lavouras de verão estão a campo, Ana Paula garante que a preocupação vai permanecer. O Estado de Santa Catarina tem previsão de chuva acima da média para o próximo trimestre, segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri). Em dezembro e janeiro, a média mensal deve variar entre 140 e 200 mm. O secretário de agricultura de SC, Valdir Colatto, estima que a perda na produção agrícola, por conta as chuvas, é de cerca de R$ 2 bilhões. “No final de semana, a chuva foi intensa, houve deslizamentos e alagamentos, então o valor deve ser maior. As culturas mais afetadas foram a soja, milho e feijão, cerca de R$ 200 milhões de prejuízos”, afirma Colatto. Outras culturas também foram afetadas, como explica Enori Barbieri, vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc). Ele analisa que as produções de fumo, arroz e maçã também foram prejudicadas. “Os produtores que fizeram investimentos para a safra deste ano não vão ter retorno”, afirma Barbieri. O vice-presidente destaca, especialmente, a perda no cultivo de cebola, hortaliça que o estado é líder na produção nacional, que deve ficar em torno de 50%. A Secretaria da Agricultura estima uma perda de R$ 50 milhões no setor de hortaliças. Os impactos também se estendem à produção de leite, que chega a ser de R$ 20 milhões. Colatto explica que, como as estradas estão obstruídas, não é possível fazer o escoamento do produto. “Outra preocupação é com relação à sanidade animal e vegetal. Muitos animais estão morrendo e fungos têm se proliferado nas plantações. Santa Catarina possui diversas qualificações sanitárias, como ser um Estado livre de febre aftosa”, conta Colatto. No agro, as chuvas também causam problemas. O último boletim do Emater/RS, publicado no dia 16 de novembro, informa que a área de semeadura atingiu 22%, registrando atraso no plantio de soja. Na semana passada, o tempo seco intercalado com pancadas de chuva permitiram o avanço do plantio, com a área de semeadura em 22%, porém registrando atraso no plantio de soja. Porém, a volta das chuvas e o prognóstico pessimista para as próximas semanas mantém potenciais estragos que podem prejudicar ainda mais o avanço do plantio. Com relação às perspectivas fitossanitárias, “há apreensão quanto à manutenção do quadro de umidade e de temperaturas elevadas, circunstâncias que podem propiciar a instauração de doenças durante a fase inicial do desenvolvimento vegetal”, informa o boletim. O plantio do arroz segue fortemente impactado pelas inundações, e algumas áreas exigirão ressemeadura. A semeadura no Estado alcançou 82% e os preços continuam em elevação. No milho, houve um avanço modesto no plantio em razão da predominância de atividades relacionadas a outras culturas, como trigo e soja. A área total plantada atingiu 81%. Segundo a Emater, uma parcela dos agricultores só pretende retomar o plantio em safrinha, avançando a semeadura durante o mês de janeiro.

GLOBO RURAL


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar sofre correção e se aproxima de R$ 4,90 com ICMS no radar

A valorização da moeda americana ocorreu principalmente frente a divisas emergentes, em especial as da América Latina


Para participantes do mercado, além de uma correção após a apreciação recente do câmbio doméstico, a incerteza provocada pelo aumento do ICMS por alguns Estados também adicionou algum prêmio de risco no câmbio, em movimento similar ao observado nos juros futuros. Assim, no fim dos negócios no mercado à vista, o dólar “spot” era negociado a R$ 4,8980, em alta de 0,95%. Perto das 17h05, o contrato futuro para dezembro da moeda americana exibia apreciação de 0,89%, a R$ 4,9015, enquanto o giro estava em torno de 218 mil contratos, abaixo da média de 266 mil contratos das últimas 30 sessões para este horário. Na avaliação de operadores, após a forte apreciação do câmbio ontem, quando o dia foi marcado pela baixa liquidez e por movimentos mais bruscos, o mercado sofreu um ajuste de posições, na medida em que os agentes corrigiram os excessos vistos na segunda-feira, o que voltou a aproximar o dólar de R$ 4,90, nível que foi superado durante a sessão. Para o gerente de mesa de derivativos da Commcor, Cleber Alessie Machado, o investidor pode estar “colocando um pouco do lucro no bolso” após o rali recente dos ativos de risco domésticos. “Tivemos na sessão de hoje a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed) e o pagamento de dividendos da Petrobras, que podem ter ajudado os agentes financeiros a observarem o mercado [de câmbio] com mais cautela, aproveitando para realizar [lucro]”, afirma. Machado afirma, ainda, que a questão do aumento do ICMS pode também ter tido impacto no câmbio, por ser um tópico inflacionário e que pode complicar a tramitação da reforma tributária. “Temos várias forças hoje que resultam no movimento do câmbio, então além da realização [de lucros] e da cautela, há também essa incerteza sobre o ICMS, que pode ter adicionado um prêmio de risco no câmbio, ajudando o dólar a subir um pouco mais.”

VALOR ECONÔMICO


Ibovespa fecha em leve queda com correção após quatro avanços consecutivos

Ação da Vale registrou alta firme, mas foi insuficiente para levar o índice ao campo positivo


O Ibovespa terminou o pregão de ontem em leve queda, em um movimento de correção após o índice acumular quatro altas seguidas e alcançar o maior patamar desde julho de 2021. A ação da Vale registrou alta firme, mas foi insuficiente para levar a referência local ao campo positivo. Após ajustes, o Ibovespa caiu 0,26%, aos 125.626 pontos. A mínima intradiária foi de 125.060 pontos, enquanto a máxima alcançou os 125.957 pontos. O volume de negócios para o índice no dia foi de R$ 17,61 bilhões. Em Nova York, o índice S&P 500 caiu 0,20%, aos 4.538 pontos, o Dow Jones recuou 0,18%, para 35.088 pontos, e o Nasdaq perdeu 0,59%, aos 14.200 pontos.

VALOR ECONÔMICO


Números recentes foram positivos e inflação no país está convergindo para a meta, diz Campos Neto

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse na terça-feira que os dados mais recentes de inflação foram bons e que o BC vê "possibilidade grande" de que a inflação fique dentro das metas em 2023 e 2024


Falando em um evento da consultoria Arko Advice, Campos Neto destacou que o núcleo da inflação do setor de serviços mostrou um comportamento positivo nos dados recentes.

REUTERS


Seis Estados do Sul e Sudeste anunciam alta de ICMS e culpam reforma tributária

Os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul decidiram aumentar a alíquota do ICMS, argumentando que o movimento é necessário para que não sejam prejudicados na distribuição de recursos após a entrada em vigor da reforma tributária sobre o consumo, prestes a ter sua aprovação concluída no Congresso


As alíquotas modais, que incidem sobre a maior parte dos produtos comercializados, alcançarão 19,5% nesses Estados se os aumentos forem aprovados pelas respectivas Assembleias Legislativas. Hoje, as cobranças nesses Estados estão entre 17% e 19%. Carta assinada pelos secretários de Fazenda dos seis Estados afirma que a emenda constitucional da reforma tributária, que foi aprovada pelo Senado e retornou para avaliação final da Câmara, reduz a autonomia tributária dos governos regionais e cria um mecanismo de distribuição dos recursos arrecadados “que vem induzindo os Estados a um movimento generalizado de elevação das atuais alíquotas”. Pela proposta da reforma, o ICMS será substituído pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) em 2033, mas a transição na distribuição ocorrerá gradualmente até 2078, levando em consideração a receita média de cada ente federativo com o ICMS entre 2024 e 2028. “Desse modo, quanto maior a arrecadação de um Estado com o ICMS nesse período, maior será o fluxo de recursos do IBS a ele destinado até 2078”, disse. Os Estados do Sul e Sudeste afirmam que a “larga maioria” dos governos das regiões Norte e Nordeste aumentaram suas alíquotas de ICMS. Eles argumentam que, por isso, receberão proporcionalmente menos recursos provenientes do novo imposto sobre consumo. “Com efeito, as circunstâncias impõem que os Estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país reposicionem as suas alíquotas modais de ICMS para recompor a tributação estadual no curto prazo e para neutralizar as perdas potenciais com a futura distribuição do produto arrecadado com o IBS”, afirmou a carta. O documento também menciona prejuízos aos governos regionais com legislação aprovada em 2022, durante a gestão Jair Bolsonaro, para reduzir o ICMS sobre energia elétrica, telecomunicações e combustíveis.

REUTERS


Pesquisa Febraban aponta recuo para 7,4% em expectativa de alta da carteira de crédito em 2023

Pesquisa Febraban mostrou, nesta terça-feira, que bancos brasileiros estimam um crescimento de 7,4% na carteira de crédito em 2023, revisão para baixo ante a previsão de expansão de 7,6% registrada em apuração anterior, com redução em praticamente todos os segmentos


A edição atual reflete entrevistas com 19 bancos, realizadas entre 8 e 13 de novembro. De acordo com o levantamento, para a carteira livre, a expectativa de crescimento caiu de 6,4% para 6,1%, com queda da projeção para o desempenho da carteira destinada às empresas, que recuou de alta de 2,3% para 1,3%. Por outro lado, a projeção da carteira destinada às famílias subiu de 9,1% para 9,5%. Na carteira direcionada, o prognóstico passou de aumento de 9,2% para 8,8%, com queda tanto na projeção da carteira pessoa jurídica (de 7,3% para 6,9%) como para pessoa física (de 10,2% para 9,8%). Para 2024, a projeção da carteira total foi novamente revisada para cima, de 8,1% para 8,3%, puxada pela carteira com recursos direcionados (de 7,8% para 8,5%), especialmente pessoa física (de 7,9% para 9,1%). Já a projeção para o crescimento da carteira livre caiu de 8,4% para 8,2%. De acordo com o levantamento, a expectativa dos bancos é de que a taxa de inadimplência da carteira livre fique em 4,9% neste ano, mantendo o percentual de pesquisa anterior. Para 2024, houve ligeira alta, com a previsão passando de 4,5% para 4,6%. "Em geral, a pesquisa seguiu apontando uma revisão para baixo na expectativa para o crescimento do crédito neste ano, na esteira dos números ainda relativamente modestos que temos observado", afirmou Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban. "Contudo, a queda da taxa de juros e da inadimplência, especialmente na carteira de crédito destinada às famílias, dá alguma confiança aos agentes de que o mercado de crédito tende a voltar a ganhar tração em 2024, o que provavelmente explica essa melhora das expectativas", acrescentou em comunicado.

FEBRABAN


Brasil ultrapassa os US$ 300 bilhões em exportações pelo segundo ano consecutivo

A balança comercial da 3ª semana de novembro de 2023 registrou superávit de US$ 1,963 bilhão e corrente de comércio de US$ 10,148 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 6,055 bilhões e importações de US$ 4,092 bilhões. Os números foram divulgados nessa segunda-feira (20/11) pela secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC)


No mês, as exportações somam US$ 17,226 bilhões e as importações, US$ 11,222 bilhões, com saldo positivo de US$ 6,003 bilhões e corrente de comércio de US$ 28,448 bilhões. No ano, as exportações totalizam US$ 300,014 bilhões e as importações, US$ 213,502 bilhões, com saldo positivo de US$ 86,512 bilhões e corrente de comércio de US$ 513,516 bilhões. Nas exportações, comparadas as médias até a 3ª semana de novembro/2023 (US$ 1, 56 bilhão) com a de novembro/2022 (US$ 1,38 bilhão), houve crescimento de 13,3%. Em relação às importações houve queda de 4,9% na comparação entre as médias até a 3ª semana de novembro/2023 (US$ 1, 02 bilhão) com a do mês de novembro/2022 (US$ 1,07 bilhão). Assim, até a 3ª semana de novembro/2023, a média diária da corrente de comércio totalizou US$ 2,58 bilhões e o saldo, também por média diária, foi de US$ 545,76 milhões. Comparando-se este período com a média de novembro/2022, houve crescimento de 5,3% na corrente de comércio. No acumulado até a 3ª semana do mês de novembro/2023, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 79,97 milhões (32,2%) em Agropecuária; crescimento de US$ 86,9 milhões (24,7%) em Indústria Extrativa e crescimento de US$ 19,77 milhões (2,6%) em produtos da Indústria de Transformação. No acumulado até a 3ª semana do mês de novembro/2023, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: queda de US$ 2,01 milhões (-9,8%) em Agropecuária; queda de US$ 18,93 milhões (-23,0%) em Indústria Extrativa e queda de US$ 24,79 milhões (-2,6%) em produtos da Indústria de Transformação.

Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços


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