
Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 3 | nº 500|14 de novembro de 2023
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Frigoríficos trabalham com mais tranquilidade
O crescimento de oferta de bovinos terminados em confinamento e a preocupação com o clima seco e irregularidades climáticas resultaram em uma maior quantidade de gado ofertado na última semana, principalmente no Norte do Brasil, informou a Agrifatto
Com isso os frigoríficos pressionaram para baixo os preços em algumas regiões e a média nacional das programações de abate encerrou a sexta-feira (10/11) em 9 dias úteis, 1 dia de avanço no comparativo semanal. Segundo a Agrifatto, com o aumento da demanda interna pela carne bovina, resultado do maior poder de compra sazonal da primeira quinzena do mês, o preço da carcaça casada valorizou no atacado. “A expectativa é que os preços (da proteína) voltem a subir nas próximas semanas, com a continuação da demanda interna mais aquecida, puxada também pelas proximidades das festividades de final de ano, em conjunto com o recebimento do 13º”, prevê a Agrifatto. “A dúvida, porém, é se isso vai se traduzir em melhora de preços do boi gordo, afinal os frigoríficos não têm tido dificuldades de manter as escalas preenchidas”, disse. Assim, a situação dos frigoríficos brasileiros é confortável, já que a margem bruta com a venda da carcaça casada vem avançando novamente em novembro/23. “Enquanto a média do boi gordo nesta primeira quinzena de novembro/23 ficou em R$ 233,18/@, a carcaça casada encontra-se em R$ 238,25/@, 2,17% maior”, relatou a Agrifatto. De acordo com os analistas, existe facilidade de compra de matéria prima (boiada gorda) e a venda do principal subproduto (mas não único) já dá retornos positivos. “Ou seja, há espaço para a indústria pagar mais pelo animal terminado, mas só irá fazê-lo se tiver dificuldades nas compras”, observou a Agrifatto. Na B3, apesar da recuperação na última semana, as cotações futuras do boi gordo ainda enfrentam resistência para ultrapassar a casa dos R$ 243. Apesar da última semana ter sido marcada com poucos negócios no mercado do boi gordo na B3, os contratos voltaram a subir. A maior valorização foi registrada no vencimento para fevereiro/24, que avançou 2,3% e fechou a sexta-feira em R$ 239,50/@, enquanto que o vencimento para novembro/23 foi o que teve a valorização mais tímida, de 1 %. Em relação ao setor de insumos, informa a Agriffato, a relação de troca boi/milho (considerando os contratos futuros na B3) continua a chamar a atenção, principalmente de fevereiro/24 para frente, chegando a bater 3,43 sc/@ em maio/24 – valor 7,74% abaixo da média histórica do mercado físico. Tal movimento, afirmou a consultoria, pode resultar em dificuldades nos termos de trocas para os pecuaristas ao longo do segundo trimestre de 2024.
Scot Consultoria/Portal DBO
Receita de exportação de carne bovina caiu 20% em outubro
Queda nos preços da proteína segue afetando o faturamento com as vendas ao exterior. Exportações de carne bovina cresceram quase 3% em outubro
A queda dos preços da carne bovina no mercado internacional, que ocorre desde o início do ano, continua afetando a receita de exportação do país. Em outubro, o faturamento com os embarques da proteína caiu 20%, quando comparado ao mesmo período do ano passado, para US$ 982,6 milhões. Levantamento da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) divulgado na segunda-feira (13/11) com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostrou, porém, que o volume de vendas externas chegou a 240,95 mil toneladas em outubro, aumento de (+2,94%). “O grande problema das exportações em 2023 são os preços pagos pelo produto brasileiro pelos importadores”, disse a entidade em nota. Em outubro de 2022, os preços médios da carne bovina brasileira foram de US$ 5.228 por tonelada. No mês passado, este valor passou para US$ 4.078 por tonelada. O preço médio acumulado em 2022 foi de US$ 5.727 por tonelada, versus US$ 4.381 no intervalo de janeiro a outubro deste ano. Com isso, a receita acumulada baixou 23% no período, enquanto o volume ficou praticamente estável. Foram exportadas 1,99 milhão de toneladas neste ano, que renderam ao país divisas de US$ 8,76 bilhões, segundo a Abrafrigo. A China continua sendo o principal importador da carne bovina brasileira, respondendo por 49% das vendas. No entanto, diminuiu sua participação visto que este percentual estava em 53,1% de janeiro a outubro do ano passado. A associação ressaltou que a receita com as vendas para a China caiu 32,3% até outubro, e o volume também diminuiu, em 7%. Mas o país asiático foi o principal responsável pela pressão sobre os preços da proteína do Brasil. Os valores médios da carne importada pelos chineses caíram de US$ 6.621 por tonelada em 2022 para US$ 4.819 neste ano. Os Estados Unidos, por sua vez, se mantêm como o segundo maior importador da carne bovina brasileira, subindo de uma participação de 8% no total em 2022 para 11,8% até outubro de 2023. O volume adquirido cresceu 49,1%, mas a receita caiu 0,9% ainda devido à redução nos preços globais do produto.
VALOR ECONÔMICO
Exportação paranaense de carne bovina cresceu no acumulado do ano até outubro, mas receita diminuiu
A exportação paranaense de carne bovina subiu 26% no acumulado do ano até outubro graças a atuação dos frigoríficos locais em novos mercados como a China
De janeiro a outubro, o Paraná exportou 21.091 toneladas de carne bovina, num crescimento de 26% sobre o mesmo período do ano passado, quando a movimentação atingiu 16.683 toneladas. Com a queda nos preços internacionais do produto, no entanto, a receita caiu 7% de US$ 82,1 milhões em 2022 para US$ 76,3 milhões em 2023. O preço médio obtido para o produto em 2022 foi de US$ 4.921 por tonelada. Em 2023 o preço médio caiu para US$ 3.619 por tonelada. As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos.
ABRAFRIGO
SUÍNOS
Altas nas cotações no mercado de suínos
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF teve alta de 0,81%, custando, em média, R$ 125,00, enquanto a carcaça especial ficou estável, com valor de R$ 9,90/kg, em média
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (11), houve queda somente no Paraná, na ordem de 0,16%, custando R$ 6,17/kg. Foram registradas altas de 1,54% em Minas Gerais, chegando a R$ 6,59/kg, incremento de 0,49% no Rio Grande do Sul, atingindo R$ 6,20/kg, avanço de 0,50% em Santa Catarina, cotado em R$ 6,05/kg, e de 0,30% em São Paulo, fechando em R$ 6,58/kg.
Cepea/Esalq
Exportação de carne suína inicia novembro com preço abaixo de novembro/22
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações de carne suína in natura em 7 dias úteis de novembro tiveram bom desempenho em volume, mas o preço pago pela tonelada ficou abaixo do que foi atingido em novembro de 2022
A receita, US$ 88,3 milhões, representa 40,70% do total arrecadado em todo o mês de novembro de 2022, que foi de US$ 217 milhões. No volume embarcado, as 38.578 toneladas são 45,47% do total registrado em novembro do ano passado, quantidade de 84.828 toneladas. A receita por média diária, US$ 12,6 milhões, é 16,3% maior do que a de novembro de 2022. No comparativo com a semana anterior, houve aumento de 7,62% em relação aos US$ 11,7 milhões, vistos na semana passada. Nas toneladas por média diária, 5.511 toneladas, houve elevação de 29,9% no comparativo com o mesmo mês de 2022. Em relação à semana anterior, alta de 40,19%, se comparado às 3.931 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.290, ele é 10,15% inferior ao praticado em novembro passado. Frente ao valor atingido na semana anterior, alta de 0,11% em relação aos US$ 2.287 anteriores.
AGÊNCIA SAFRAS
Suínos/Cepea: preços do suíno vivo e da carne subiram no mercado interno na primeira metade de outubro, mas recuaram na segunda quinzena do mês
Nas primeiras semanas de outubro, a menor oferta de animais em peso ideal para abate e o aquecimento na procura elevaram os valores pagos por novos lotes de suínos vivos e também pela proteína. Já na segunda parte do mês, com a diminuição da liquidez, os preços do animal e da carne recuaram, influenciados sobretudo pela redução na demanda doméstica
Diante desse contexto, na região de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o preço médio do suíno posto na indústria subiu ligeiro 0,9% entre setembro e outubro, passando para R$ 6,61/kg no último mês. Já no Norte do Paraná e no Sul de Minas Gerais, o suíno se desvalorizou 0,5% e 2,3%, respectivamente, de setembro para outubro, com as médias de negociação passando para R$ 6,52/kg na região paranaense e R$ 6,63/kg na mineira. Quanto ao Rio Grande do Sul, a oferta restrita elevou e/ou sustentou os valores do suíno em outubro. Segundo colaboradores do estado consultados pelo Cepea, este cenário é resultado da desistência da atividade por parte de pequenos e médios produtores independentes, devido ao longo período de margens negativas, em consequência do elevado custo de produção. De fato, a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que o rebanho efetivo de suínos no Rio Grande do Sul caiu 1,4% de 2021 a 2022, indo para 6,17 milhões de cabeças no último ano. Como comparação, a produção média nacional cresceu 4,3%. Dentre as praças acompanhadas pelo Cepea no estado sul-rio-grandense, a maior valorização de setembro a outubro, de 1,9%, foi registrada para o suíno vivo negociado na Serra Gaúcha – no último mês, o animal teve média de R$ 6,39/kg. No mercado da carne, os preços médios das carcaças especial suína e da comum subiram de setembro para outubro, sendo sustentados sobretudo pela forte valorização registrada na primeira quinzena de outubro. Nas últimas semanas do mês, a liquidez esteve baixa para a carne suína, devido à menor demanda final, como típico para o período, que é marcado pela redução no poder de compra da população. Desta forma, no atacado da Grande São Paulo, as carcaças especial e comum se valorizaram leve 0,9% e 0,5% na comparação mensal, indo para R$ 9,84/kg e R$ 9,40/kg em outubro.
Cepea
FRANGOS
Preços no mercado do frango estáveis no PR e em alta em SC
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,20/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 0,43%, valendo R$ 6,92/kg.
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, o preço ficou estável em R$ 4,54/kg, enquanto em Santa Catarina, houve aumento de 0,47%, chegando a R$ 4,24/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (11), a ave congelada caiu 0,67%, com valor de R$ 7,41/kg, e o frango resfriado não mudou de preço, fechando em R$ 7,39/kg.
Cepea/Esalq
Frango: embarques iniciam novembro com alta no volume
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações de carne de aves in natura nos 7 dias úteis de novembro registram alta em toneladas por média diária, tanto em relação a novembro do ano passado quanto no comparativo com a última semana de outubro
A receita, US$ 259,7 milhões, representa 26,18% do total arrecadado em todo o mês de novembro de 2022, com US$ 717,8 milhões. No volume embarcado, as 148.821 toneladas são 42,92% do total registrado em novembro do ano passado, com 346.683 toneladas. A receita por média diária, US$ 37,1 milhões, é 3,4% maior do que a registrada em novembro de 2022. No comparativo com a semana anterior, houve alta de 17,67% quando comparado aos US$ 31,5 milhões vistos na semana passada. Nas toneladas por média diária, 21.260 toneladas, houve elevação de 22,6% no comparativo com o mesmo mês de 2022. Quando comparada a da semana anterior, aumento de 19,20% em relação às 17.835 toneladas da semana anterior. No preço pago por tonelada, US$ 1.745, ele é 15,7% inferior ao praticado em novembro do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa baixa de 23,70% no comparativo ao valor de US$ 2.287 visto na semana passada.
AGÊNCIA SAFRAS
Casos de gripe aviária no Brasil chegam a 146 com mais uma ocorrência no litoral paulista
De acordo com a atualização da plataforma do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), dedicada a informar casos de influenza aviária de alta patogenicidade, mais um caso foi confirmado em São Paulo. Desta forma, o país soma agora 146 casos da doença, sendo 3 em aves de subsistência e 5 em mamíferos marinhos
O registro foi em uma ave do tipo Pardela-preta em Ubatuba, no litoral de São Paulo. No Brasil, até o momento, ainda há 6 casos suspeitos de contaminação da doença em investigação. Total: 146. Espírito Santo: 31 (sendo 30 em aves silvestres e 01 em ave de subsistência). Rio de Janeiro: 23 (aves silvestres). Rio Grande do Sul: 05 (02 em ave silvestre e 03 em animais marinhos). São Paulo: 50 (49 em aves silvestres e 01 em mamífero marinho). Bahia: 04 (aves silvestres). Paraná: 12 (aves silvestres). Santa Catarina: 20 (18 em ave silvestre, 01 em ave de subsistência e 01 em mamífero marinho). Mato Grosso do Sul: 01 em ave de subsistência.
MAPA
EMPRESAS
Lucro da JBS no 3º tri cai 86% na comparação anual, reverte prejuízo do 2º tri
A JBS S.A. anunciou na segunda-feira (13) que teve um lucro líquido de R$ 572,7 milhões no terceiro trimestre de 2023, queda de 85,7% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita líquida consolidada do grupo somou R$ 91,4 bilhões, 8% abaixo ao registrado um ano antes. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado foi de R$ 5,4 bilhões, queda de 43% na comparação anual.
Apesar das reduções nos resultados em comparação ao terceiro trimestre do ano passado, a JBS reverteu um prejuízo líquido de R$ 263,6 milhões registrado no segundo trimestre deste ano. “Os resultados no terceiro trimestre de 2023 demonstram que estamos percorrendo um caminho de consistente recuperação dos resultados, como havíamos sinalizado nos trimestres anteriores”, disse o presidente global da JBS, Gilberto Tomazoni, em comunicado de resultados. O executivo disse que a empresa segue trabalhando para recuperar a rentabilidade dos negócios que mostravam desempenho abaixo do potencial: a Seara e o negócio de bovinos nos Estados Unidos. “Na Seara, executamos boa parte dos ajustes já identificados. Isso deve impactar positivamente os nossos resultados nos próximos trimestres. Há ainda espaço para melhorias nos resultados com o aumento de produção das novas fábricas, que ainda não estão em sua capacidade total”, disse Tomazoni. A Seara teve queda de 13,3% na receita líquida do terceiro trimestre para R$ 10,2 bilhões, devido à menor receita com exportações e excesso de oferta de frango pressionando preços no mercado brasileiro. A JBS Brasil, que inclui os negócios de carne bovina no país, teve redução de 11,1% na receita líquida para R$ 14,4 bilhões. O aumento nos volumes vendidos no mercado doméstico não foi suficiente para compensar a queda de 10% na receita líquida de carne bovina in natura no mercado externo, impactada por menores preços praticados. A JBS Beef North América, unidade de carne bovina nos EUA, teve receita estável em relação ao mesmo período do ano passado, a R$ 29 bilhões. “No nosso negócio bovino nos EUA, as medidas operacionais adotadas a partir de março deste ano na área comercial e na parte industrial estão ajudando a atravessar o momento mais baixo do ciclo do boi”, disse Tomazoni. “As margens da operação apresentam uma gradual recuperação, mesmo em meio a um cenário de spreads mais apertados e menor oferta de gado, mostrando o nosso compromisso com a excelência operacional.” A JBS Australia registrou receita líquida de R$ 7,7 bilhões, queda de 12% na comparação anual, impactada pela apreciação de 7% do câmbio médio, que foi de R$ 5,25 no terceiro trimestre do ano passado para R$ 4,88 neste ano. “O volume do negócio de carne bovina cresceu 13% em comparação com o terceiro trimestre de 2022, devido ao crescimento das vendas tanto no mercado doméstico quanto na exportação”, disse a JBS. A JBS USA Pork, unidade de negócios de carne suína nos EUA, teve redução de 11,3% na receita líquida trimestral, a R$ 9,9 bilhões, também afetada pela apreciação do real e queda de 7% nos preços de carne suína no atacado norte-americano, como reflexo da redução dos níveis dos estoques da indústria. A Pilgrim's Pride teve receita líquida de R$ 21,3 bilhões, queda de 9,3%.
CARNETEC
Marfrig tem prejuízo de R$ 112 milhões no 3º tri
A Marfrig teve um prejuízo líquido (atribuído ao controlador) de R$ 111,7 milhões no terceiro trimestre, revertendo um lucro de R$ 430 milhões registrado no mesmo período do ano passado, com receita impactada negativamente pelo desempenho da Operação América do Sul, informou a empresa na segunda-feira (13).
A receita líquida da companhia teve queda de 2,1% para R$ 35,6 bilhões, com menor volume de vendas e cenário de preços internacionais desfavorável afetando a Operação América do Sul, que inclui Brasil, Uruguai, Argentina e Chile. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) caiu 32,5% para R$ 2,6 bilhões, segundo as demonstrações de resultados da empresa. A Marfrig divulgou resultados que contemplam os ativos continuados e descontinuados da Operação América do Sul por todo o terceiro trimestre de 2023. No fim de agosto, a companhia anunciou a venda de 16 unidades de abate e um Centro de Distribuição da Operação América do Sul para a Minerva por R$ 7,5 bilhões. A receita líquida da Operação América do Sul da Marfrig caiu 27,4% para R$ 5,4 bilhões no terceiro trimestre devido à redução de 28,8% no preço médio de exportação. “A demanda, principalmente no mercado externo, permanece em níveis elevados, porém, com patamar inferior de preços, principalmente quando comparados ao ano de 2022, e que refletem uma produção mundial com um excedente de oferta de frango e uma maior produção de bovinos e suínos, principalmente na China”, disse a empresa. Na Operação América do Norte, representada pela National Beef, o volume de vendas cresceu 6,9% no terceiro trimestre, na comparação anual, para 534 mil toneladas, explicado principalmente por um número maior de semanas no calendário do terceiro trimestre deste ano. A receita líquida da Operação América do Norte somou US$ 3,4 bilhões, alta de 18,6% na comparação anual. Além da alta no volume de vendas, a unidade registrou aumento no preço médio de vendas, principalmente no mercado doméstico, de 12,9% para US$ 6,5/kg.
CARNETEC
BRF tem prejuízo de R$ 262 milhões no 3º tri
A BRF teve um prejuízo líquido de R$ 262 milhões no terceiro trimestre, aumentando um prejuízo de R$ 137 milhões no mesmo período do ano passado, impactada negativamente pela sobreoferta global de frango reduzindo preços, segundo as demonstrações de resultado da empresa divulgadas na segunda-feira (13)
“Os preços ainda refletem os desafios impostos pela persistente sobreoferta global de proteínas e as implicações pontuais da suspensão do Japão para as importações de carne de frango de alguns estados do Brasil, exercendo pressão adicional na precificação de alguns cortes por conta dos novos volumes redirecionados ao país”, disse a empresa. A receita líquida da BRF caiu 1,8%, na comparação anual, para R$ 13,8 bilhões. O Ebitda (lucro, antes de juros, impostos, amortização e depreciação) somou R$ 1,2 bilhão, queda de 13%. No segmento Internacional, a BRF disse que elevou as exportações em todas as categorias de produtos em que atua (in natura de aves e suínos, e processados), atingindo volume recorde dos últimos quatro anos. “Este resultado se deu em função da estratégia de expandir nossa presença global através de novas habilitações que já somam 50 durante o ano de 2023, sendo 19 no terceiro trimestre para destinos nas Américas, África e Ásia.”
CARNETEC
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
ANTT homologa leilão do lote 2 do Paraná para o consórcio infraestrutura PR
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) homologou, na sexta-feira (10/11), o leilão do Lote 2 do Paraná para o Consórcio Infraestrutura PR. O projeto foi leiloado em setembro deste ano na B3 em São Paulo e abrange as rodovias federais BRs-153/277/369 e as rodovias estaduais PR-092/151/239/407/408/411/508/804/855, conectando pontos estratégicos da região, como o Porto de Paranaguá e a Região Metropolitana de Curitiba.
A Deliberação nº 384, que traz a homologação do resultado do leilão, está disponível no Diário Oficial da União (DOU). A decisão da Agência representa um passo significativo no processo de concessão dessas importantes rodovias no estado do Paraná. O cronograma de atuação prevê que a empresa assine o contrato em janeiro, com a concessão assumida prevista para fevereiro de 2024. Próximos passos- Os próximos passos são a publicação do Ato de Outorga e a assinatura do contrato e, a partir daí, o Consórcio Infraestrutura PR assume a responsabilidade de operar, manter e melhorar o sistema rodoviário, contribuindo assim para o desenvolvimento da infraestrutura de transporte na região. A homologação impõe ao Consórcio, que venceu ao apresentar um desconto de 0,08% sobre a tarifa básica de pedágio, a responsabilidade de cumprir as condições prévias à assinatura do contrato, conforme estabelecido em edital. O Consórcio Infraestrutura PR é uma associação entre as empresas EPR 2 Participações S.A. e Perfin Voyager, especializadas em investimentos em concessões de rodovias e mobilidade. Atualmente, o grupo já é responsável por três concessões estaduais em Minas Gerais, com contratos de 30 anos, e agora assumirá sua primeira concessão federal com o Lote 2 do Paraná.
ANTT
Chuvas e desaceleração de safra refletem no índice de preços do Ipardes
O Índice de Preços Regional Alimentos e Bebidas, calculado mensalmente pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Social e Econômico (Ipardes), apresentou, em outubro, uma elevação de 0,03%. A variação se deve a vários fatores, entre eles o impacto das chuvas e a desaceleração de safra
No mês anterior, houve recuo do índice no Paraná de -0,8%, antecedido por variações de -1,11%, -1% e -1,45% em junho, quando as quedas tiveram início. Dos seis municípios cujos dados compõem o índice, o aumento mais relevante visto em outubro foi de 0,39% em Curitiba. Na sequência, de 0,30% em Londrina; de 0,26% em Maringá e de 0,15% em Ponta Grossa. Quedas foram verificadas em Foz do Iguaçu e em Cascavel, de - 0,72% e - 0,23%. Essa inversão de tendência está relacionada, em grande parte, segundo o coordenador de Pesquisas Periódicas e Editoração do Ipardes, Marcelo Antonio, aos reajustes observados em produtos como cebola, peito de frango e, principalmente, batata-inglesa. O fator principal que levou a batata-inglesa a liderar o aumento de preços mensal, com 32,76%, foi a desaceleração da safra e a influência das chuvas. Nos seis municípios onde é feita a coleta de preços a batata-inglesa apresentou reajustes de 43,32% em Maringá, de 37,52%; em Londrina; de 36,12%, em Curitiba; de 31,68%, em Cascavel; de 25,14%, em Foz do Iguaçu; e de 23,87% em Ponta Grossa. O clima também atrasou a colheita da cebola, que foi reajustada em 4,84%. A alta de 5,61% no peito de frango sinaliza recuperação de preços da proteína frente aos meses anteriores, que teve a produção impactada por um aumento da liquidez, de acordo com Marcelo Antonio. As principais quedas, vistas nos preços da banana-caturra, tomate e leite, foram favorecidas, em grande parte, pela ampliação da oferta desses produtos. O maior volume de banana-caturra auxiliou na retração mensal de -5,48%, com maior redução em Foz do Iguaçu (-9,76%). Em Curitiba a variação foi de -8,10%, seguida de Maringá (-6,22%), Londrina (-4,07%), Ponta Grossa (-3,74%) e Cascavel (-0,69%). A queda de -5,13% do tomate relaciona-se ao clima quente, que acelera a maturação do fruto e a intensificação da safra, e a variação de -4,79% do leite está atrelada à maior disponibilidade interna. As consecutivas retrações dos últimos meses sustentaram a variação negativa no índice de 12 meses, que está agora, no Paraná, em -2,22%. Regionalmente, a maior queda está em Foz do Iguaçu, -3,01%, seguido por Curitiba (-2,97%), Ponta Grossa (-2,88%), Londrina (-1,57%), Cascavel (-1,56%) e Maringá (-1,39%). O óleo de soja liderou as quedas dos últimos 12 meses com variação de -29,89%, acompanhado pela banana-caturra (-22,88%) e a cebola (-22,63%). Entre os aumentos destacam-se o de 24,38% em arroz, 19,79% em laranja-pera e 18,54% em tomate. “Durante o período de 12 meses, o arroz figura como a principal alta (19,79%), ocasionado especialmente pelo aumento da exportação do cereal”, cita Marcelo Antonio.
Agência Estadual de Notícias
Chuvas no Paraná: produtores podem renegociar dívidas
A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) disponibilizou um guia com um passo a passo para o produtor que deseja pedir a renegociação de dívidas depois de sofrer danos com os temporais que atingiram diversas regiões do Estado
Em outubro, o Paraná registrou o maior acumulado de chuvas dos últimos 26 anos. Em alguns municípios, os índices acumulados ficaram acima dos 650 milímetros, quando a média para o período é de 240. As regiões Oeste, Sudoeste, Centro Sul e Região Metropolitana de Curitiba foram as mais atingidas. Os temporais ocasionaram prejuízos principalmente a produtores que estavam com lavouras de inverno nas etapas finais e também para aqueles que já tinham semeado a safra de verão 2023/24, gerando dificuldades de quitar financiamentos. Para solicitar a renegociação, o primeiro passo é o produtor rural apresentar um laudo assinado por assistente técnico e um quadro demonstrativo da capacidade de pagamento, com descrição das receitas e dos custos da safra. O guia com a documentação está disponível no site da Faep. A instituição lembra que a possibilidade de renegociação de dívidas de custeio e investimento está prevista no Manual de Crédito Rural do Banco Central. O conteúdo completo está disponível para consulta na íntegra, gratuitamente, no site do Banco Central. No Paraná, outubro é, tradicionalmente, o mês em que os produtores rurais começam a colheita do trigo e da cevada. Como o clima, neste ano, está sob influência do fenômeno El Niño, o manejo das plantações de cereais de inverno já vinha sendo afetado. A estimativa inicial do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) prevê uma quebra significativa no volume de trigo a ser colhido. Inicialmente, a projeção era de que o Estado produzisse 4,6 milhões de toneladas, mas o número final deve fechar em 3,8 milhões de toneladas. Também é esperada queda na qualidade, já que os cereais de inverno têm descontos conforme a classificação de grãos feita na entrega. Ainda de acordo com boletim da Seab, até o fim de outubro, 89% das lavouras de trigo tinham sido colhidas, sendo que 11% ainda estavam por colher. No Boletim do Deral divulgado em 7/11 as lavouras estão classificadas em 23% como boas, 39% como médias e 38% como ruins. Foram registrados altos índices de pragas e doenças como brusone e giberela, umidade excessiva do solo, atraso na colheita, alta umidade dos grãos, e outras adversidades. Quanto à cevada, a Globo Rural mostrou que a expectativa, antes do aumento da intensidade das chuvas, era de uma produção recorde do cereal nesta safra. A produção estava estimada em 358,6 mil toneladas, um crescimento de 7% em relação à safra passada, segundo a Previsão Subjetiva de Safra (PSS) divulgada no dia 26 de outubro pelo Deral. As chuvas intensas que atingiram o estado após a divulgação das estimativas, porém, devem comprometer o volume de produção e já afetam a qualidade do grão, segundo analistas.
GLOBO RURAL
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar à vista tem leve baixa ante real antes de novos dados dos EUA
O dólar à vista fechou a segunda-feira em leve baixa ante o real, perto da estabilidade, em um dia em que as cotações oscilaram em margens estreitas, com os investidores à espera de novos dados econômicos dos Estados Unidos ao longo da semana e antes do feriado de quarta-feira no Brasil
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9080 reais na venda, em baixa de 0,13%. Foi o segundo recuo consecutivo, após duas sessões de ganhos. No mês, a divisa acumula queda de 2,63%. Na B3, às 17:13 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,12%, a 4,9180 reais. Operador ouvido pela Reuters pontuou que, sem notícias de peso, a liquidez era baixa e os investidores mantinham suas posições, à espera de dados importantes no restante da semana. A agenda prevê a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA na terça-feira e do índice de preços ao produtor (PPI) norte-americano na quarta-feira, além da produção industrial e das vendas no varejo da China, também na quarta. A produção industrial dos EUA sai na quinta-feira. A agenda carregada de indicadores no exterior pegará o mercado brasileiro fechado na quarta-feira, no feriado da Proclamação da República, o que eleva a cautela dos investidores. Tradicionalmente, no mercado de câmbio brasileiro é comum que muitos agentes prefiram enfrentar feriados como este comprados em dólar (posicionados na alta das cotações). Ao mesmo tempo, alguns analistas ouvidos pela Reuters recentemente têm pontuado que há espaço para o dólar buscar níveis mais baixos ante o real, caso os dados da economia norte-americana sejam favoráveis. “A tendência de alta de médio prazo do dólar pode voltar a ser de baixa e o alvo inicial é a região entre 4,80–4,85 reais. Retorno para perto de 4,85 reais indica compra”, avaliou o diretor da consultoria Wagner Investimentos, José Faria Júnior, em análise enviada nesta segunda-feira a clientes. No exterior, durante a tarde o dólar index sustentava leves perdas. A moeda dos EUA também caía ante boa parte das demais divisas de emergentes e exportadores de commodities.
REUTERS
Ibovespa fecha com declínio discreto antes de balanços e dados de inflação nos EUA
O Ibovespa fechou com um declínio discreto na segunda-feira, em pregão marcado por ajustes, bem como expectativas para uma nova bateria de resultados corporativos após o fechamento e dados de inflação nos Estados Unidos na terça-feira
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,13%, a 120.410,17 pontos. A hesitação vem após o Ibovespa acumular três altas semanais seguidas, totalizando um ganho de 6,55%. Na última sexta-feira, o índice fechou na máxima em três meses. O volume financeiro nesta segunda-feira somou 18,9 bilhões de reais. Em Wall St, o S&P 500 fechou com variação negativa de 0,08%, o Dow Jones subiu 0,16% e o Nasdaq cedeu 0,22%, antes do índice de preços ao consumidor dos EUA (CPI, na sigla em inglês). Na visão da equipe de macroeconomia do BTG Pactual, o CPI de outubro será crucial para o diagnóstico da inflação, conforme relatório enviado a clientes nesta segunda-feira. No mercado de dívida norte-americano, o Treasury de 10 anos mostrava rendimento de 4,6359% no final da tarde, de 4,628% no pregão anterior. De acordo com economistas do UBS, os mercados continuam a ser impulsionados pela forma como a Federal Reserve reagirá aos dados e ao aumento dos "yields" no mercado, mostrou relatório enviado a clientes na segunda-feira.
REUTERS
Mercado reduz projeção para inflação em 2023 a 4,59%
O mercado voltou a reduzir a expectativa para a inflação neste ano, abaixo do teto da meta, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central na segunda-feira
Os analistas consultados pelo BC passaram a ver alta do IPCA de 4,59% em 2023, de 4,63% na pesquisa anterior. Para 2024 a conta foi ajustada em 0,01 ponto percentual para cima, a 3,92%. Por sua vez, as perspectivas para 2025 e 2026 foram mantidas em 3,50%. O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e, para 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. A revisão ocorre na esteira de dados abaixo do esperado para a alta do IPCA de outubro. A queda na gasolina compensou o peso das passagens aéreas e o IPCA desacelerou a alta a 0,24% em outubro, de 0,26% no mês anterior, com a taxa em 12 meses acumulando alta de 4,82%. O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou ainda que as estimativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) seguem em 2,89% para este ano e 1,50% para o próximo. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que as perspectivas para a taxa básica de juros Selic são de 11,75% e 9,25% respectivamente para 2023 e 2024.
REUTERS
POWERED BY
EDITORA ECOCIDADE LTDA
041 3289 7122
041 99697 8868
תגובות