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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 498 DE 10 DE NOVEMBRO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 498|10 de novembro de 2023


SINDICARNE-PR


Missão do Tocantins liderada pelo vice-governador Laurez Moreira visita o Sindicarne-PR


O vice-governador do Tocantins, Laurez Moreira, acompanhado dos secretários da Indústria, Comércio e Serviços, Humberto Lima e da Agricultura, Jaime Café, cumpriram agenda institucional na quinta-feira pela manhã, em visita ao Sindicarne-PR. O objetivo da missão é a de buscar um modelo de referência para o desenvolvimento agroindustrial do Tocantins, estado em que a produção de grãos está crescendo, mas a industrialização ainda é incipiente.

“Estamos em busca de parceiros dispostos a investir no setor agroindustrial e, neste sentido, o Paraná é um modelo”, disse Laurez Moreira. A missão foi recebida pelo Presidente do Sindicarne-PR, Angelo Setim, acompanhado pelo ex-governador Orlando Pessuti, pelo ex-deputado Luiz Carlos Setim e pelo executivo do Frigorífico Argus, Luiz Carlos Tiossi.


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Preços da arroba andam de lado

Pelos dados da Scot, boi gordo “comum” (destinado ao mercado interno) está valendo R$ 235/@ nas praças de SP, enquanto a arroba do “boi-China” é negociada em R$ 240


Na quinta-feira (9/11), o preço médio do boi gordo nas praças de São Paulo ficou estável, em R$ 235/@, informou a Agrifatto, que acompanha diariamente o setor pecuário. Duas das 17 praças monitoradas pela consultoria passaram por ligeira desvalorização da arroba no dia de hoje: Mato Grosso e Paraná. As demais 15 regiões brasileiras sustentaram cotações laterais, acrescentou a Agrifatto. “A demanda aquecida do varejo doméstico estabilizou os preços da carne bovina com ossos no atacado e neutralizou a pressão baixista sobre a arroba do boi gordo”, afirmou a consultoria. Em contrapartida a restrição da oferta de animais terminados, associada com compras “da mão para a boca”, resultou em escalas de oito abates, na média nacional. No mercado futuro, relatou a Agrifatto, todos os contratos da B3 passaram por ajustes positivos na quarta-feira (8/11). O papel com vencimento para novembro de 2023 ficou precificado a R$ 237,85/@, com valorização de 0,53% no comparativo diário. Com escalas bem-posicionadas, o cenário é de estabilidade para todas as categorias de bovinos destinados ao abate nas praças de São Paulo, de acordo com apuração desta quinta-feira da Scot Consultoria. Com isso, o boi gordo “comum” (destinado ao mercado interno) está valendo R$ 235/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 215/@ e R$ 225/@ (preços brutos e a prazo). A arroba do “boi-China” está sendo negociada em R$ 240, no prazo, bruto, com ágio de R$ 5/@ sobre a cotação do animal “comum”. São Paulo — O “boi comum” vale R$230,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$235,00. Vaca a R$215,00. Novilha a R$225,00. Escalas de abates de oito dias. Minas Gerais — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$235,00. Média de R$230,00. Vaca a R$210,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de onze dias. Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$235,00. Média de R$230,00. Vaca a R$210,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de sete dias. Mato Grosso — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de oito dias. Tocantins — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de seis dias. Pará — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de dez dias. Goiás — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$235,00. Média de R$230,00. Vaca a R$210,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de sete dias. Rondônia — O boi vale R$215,00 a arroba. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de dez dias. Maranhão — O boi vale R$215,00 por arroba. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de oito dias. Paraná — O boi vale R$230,00 por arroba. Vaca a R$210,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de sete dias. SP Barretos – 233,28. SP Araçatuba – 233,28. MG Triângulo – 226,16. MG BH – 215,70. MG Norte – 217,00. MG Sul – 218,67. GO Goiânia – 224,94. MS Dourados – 228,99. MS C. Grande – 228,97. MS Três Lagoas – 217,00. BA Sul – 212,99. BA Oeste – 215,93. MT Norte – 206,03. MT Sudoeste – 207,51. MT Cuiabá* – 207,28. MT Sudeste – 207,64. PA Marabá – 214,41. PA Redenção – 209,52. PA Paragominas – 230,20. RO Sudeste – 209,70. TO Sul – 217,70. TO Norte – 216,79. *Região de Cuiabá, inclui Rondonópolis

Scot Consultoria/Portal DBO


SUÍNOS


Suínos: estabilidade no mercado

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável, custando, em média, R$ 124,00, assim como a carcaça especial, com valor de R$ 9,90/kg, em média


Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (8), houve tímida alta de 15% em São Paulo, atingindo R$ 6,55/kg. Os valores não mudaram em Minas Gerais (R$ 6,47/kg), Paraná (R$ 6,15/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,17/kg), e Santa Catarina (R$ 5,98/kg). Na quinta-feira (9) as principais bolsas de comercialização de suínos no mercado independente tiveram altas nos preços, com exceção do Paraná. O relato de lideranças é a proximidade com as festas de final de ano, período em que tradicionalmente as vendas melhoram, e também a alta no preço da carcaça suína, que ajuda a motivar altas para o valor do animal vivo.

Cepea/Esalq


IBGE: Abate de suínos avançou 0,5%

O abate de suínos avançou 0,5% no Brasil no terceiro trimestre de 2023, na comparação com igual trimestre em 2022, para 14,603 milhões de cabeças, de acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)


Na comparação com o segundo trimestre de 2023, houve aumento de 3,7%. O peso acumulado das carcaças de suínos chegou a 1,372 milhão de toneladas no terceiro trimestre de 2023. O montante significa aumento de 2,4% em relação a igual trimestre de 2022 e de 3,9% sobre o mês anterior.

GLOBO RURAL


Suinocultura Independente: com exceção do PR, preços sobem nas principais praças

Em São Paulo houve alta, saindo de R$ 6,83/kg para R$ 6,93/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).


No mercado mineiro, o valor subiu, passando de R$ 6,50/kg vivo para R$ 6,80/kg vivo nesta semana, com acordo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve aumento, saindo de R$ 6,15/kg vivo para R$ 6,20/kg vivo nesta semana. No Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 02/11/2023 a 08/11/2023), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 0,28%, fechando a semana em R$ 5,95/kg vivo. "Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$6,11/kg vivo", informou o Lapesui.

AGROLINK


Suínos/Cepea: Vendas externas caem no mês, mas podem ser recordes em 2023

Em outubro, os embarques da carne suína brasileira (considerando-se produtos processados e in natura) somaram 92 mil toneladas, o menor volume desde fevereiro/23, com recuo de 17,3% na comparação com setembro/23, de acordo com dados da Secex


Pesquisadores do Cepea indicam que, apesar da forte retração mensal, o setor exportador nacional caminha para um novo recorde anual em 2023, devendo superar a marca histórica de 1,12 milhão de toneladas atingida em 2021, já que, segundo dados da Secex, os embarques de 2023 já somam 1 milhão de toneladas.

Cepea


Carne suína: aumento no consumo de ultraprocessados deve favorecer demanda em 2024

No cenário externo, segundo Rabobank, as perspectivas também são de aumento da demanda, Rabobank prevê crescimento de 4% nas exportações, para 1,21 milhão de toneladas


O aumento no consumo de ultraprocessados pelas classes C e D no Brasil deve contribuir para uma maior demanda interna por carne suína em 2024, destacou hoje o analista de proteína animal do Rabobank, Wagner Yanaguizawa. A previsão do banco é de um consumo per capita 2% maior no ano que vem, de 18,4 quilos por habitante. “A gente tem visto um incremento forte no consumo nos últimos meses por conta dessa substituição de uma das duas principais refeições por snacks e lanches mais rápidos, o que têm incrementado a demanda por suínos”, destacou o analista. No caso da carne in natura, que também tem apresentado crescimento no consumo, ele atribui o resultado às campanhas de promoção da proteína desenvolvidas pelo setor. No cenário externo, as perspectivas também são de aumento da demanda, com crescimento de 4% nas exportações, para 1,21 milhão de toneladas, puxado pelo consumo do principal cliente internacional do setor, a China. Destino de 35% das exortações brasileiras, o país asiático deve registrar queda de 0,5% na produção e aumento de 8% a 10% nas suas importações. Com os custos de insumos como milho e soja em queda, a perspectiva para a produção nacional é de aumento de 3,5% em 2024, para 5,2 milhões de toneladas equivalente carcaça, aponta o Rabobank.

GLOBO RURAL


FRANGOS


Ave congelada sobe no mercado do frango

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,20/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 0,71%, valendo R$ 7,00/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, o preço ficou inalterado em R$ 4,47/kg, mas em Santa Catarina houve recuo de 0,24%, custando R$ 4,24/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta-feira (8), a ave congelada teve aumento de 0,27%, atingindo R$ 7,33/kg, enquanto o frango resfriado subiu 0,28%, fechando em R$ 7,29/kg.

Cepea/Esalq


IBGE: abate de frangos avançou 3,1%

O abate de frangos no país totalizou 1,578 bilhão de aves no terceiro trimestre de 2023, o que representou aumento de 3,1% em relação ao terceiro trimestre de 2022; e crescimento de 1,4% na comparação com o segundo trimestre de 2023


As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O peso acumulado das carcaças foi de 3,310 milhões de toneladas no terceiro trimestre de 2023, aumento de 3,4% na comparação anual e queda de 1,3% frente ao resultado do trimestre imediatamente anterior.

GLOBO RURAL


Novos focos de influenza aviária em SC e SP em aves silvestres fazem Brasil chegar a 145 ocorrências

De acordo com a atualização da tarde da quinta-feira (9) da plataforma do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), dedicada a informar casos de influenza aviária de alta patogenicidade, mais dois casos foram confirmados em São Paulo e Santa Catarina

Desta forma, o país soma agora 145 casos da doença, sendo 3 em aves de subsistência e 5 em mamíferos marinhos. Os registros foram em um Trinta-réis-boreal em Penha, no Estado de Santa Catarina, e o outro, em uma ave do tipo Pardela-preta em São Sebastião, no litoral de São Paulo. No Brasil, até o momento, ainda há 9 casos suspeitos de contaminação da a doença em investigação. Total: 145. Espírito Santo: 31 (sendo 30 em aves silvestres e 01 em ave de subsistência). Rio de Janeiro: 23 (aves silvestres). Rio Grande do Sul: 05 (02 em ave silvestre e 03 em animais marinhos). São Paulo: 49 (48 em aves silvestres e 01 em mamífero marinho). Bahia: 04 (aves silvestres). Paraná: 12 (aves silvestres). Santa Catarina: 20 (18 em ave silvestre, 01 em ave de subsistência e 01 em mamífero marinho). Mato Grosso do Sul: 01 em ave de subsistência.

MAPA


Regionalização de casos de gripe aviária reduz riscos para o setor, aponta Rabobank

Brasil segue considerado livre da gripe aviária, já que nunca registrou casos em granjas comerciais. Previsão do Rabobank é de um crescimento de 2,5% na produção brasileira de carne de frango em 2024


A regionalização dos casos de gripe aviária no Brasil, negociada pelo governo brasileiro e pela indústria de proteína animal com os importadores da carne de frango brasileira, tem contribuído para reduzir os riscos comerciais diante de um eventual caso em granjas comerciais no país, avalia o analista de proteína animal do Rabobank, Wagner Yanaguizawa. “Isso realmente traz uma segurança maior pro setor em um cenário de possível sobreoferta, principalmente porque a gente tem conseguido avançar nessa negociação país a país”, destacou o analista. Seis meses depois do primeiro registro da doença no país, em maio, o Brasil segue considerado livre da gripe aviária, já que nunca registrou casos em granjas comerciais. “A gente acredita que esses protocolos vão continuar restringindo uma possível entrada e a gente deve continuar tanto em produção quanto em exportação bem posicionado”, completa Yanaguizawa. A previsão do Rabobank é de um crescimento de 2,5% na produção brasileira de carne de frango em 2024, com 15,8 milhões de toneladas, e uma 5,1 milhões de toneladas, aumento de 3,5% ante o projeto para este ano. No mercado interno, as previsões do Rabobank são de um crescimento de 1,3% no consumo, para 49,1 quilos por habitante, reflexo da maior competitividade da carne de em relação a outras proteínas.

GLOBO RURAL


EMPRESAS


Frigorífico vende fazendas para quitar dívidas

O Grupo Redentor leiloou uma fazenda de 8.885 hectares em Paranatinga, Mato Grosso


O lance inicial foi de R$ 200 milhões, com opção de pagamento em três anos. Em recuperação judicial desde março de 2023, o grupo deve R$ 270 milhões. A venda da fazenda faz parte do plano de recuperação. O grupo JBS, do setor de carnes, comprou a fazenda, ampliando suas propriedades em Mato Grosso.

PECUARIA.COM.BR


LEGISLAÇÃO


Funrural: “Situação peculiar” adia definição do STF sobre contribuição previdenciária do agro

O impacto do julgamento para a União “é de uns R$ 20 bilhões", lembrou o presidente da Corte


Uma “situação peculiar”, segundo definição do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, levou a Corte a retirar de pauta uma questão relevante para o agronegócio. A peculiaridade está em saber como o ministro Marco Aurélio, já aposentado, teria votado sobre o principal ponto em análise. “Todos os tribunais constitucionais do mundo deliberam reservadamente e aqui temos que fazer isso em público. É uma situação mais complicada”, afirmou Barroso sobre a retirada de pauta. O ministro lembrou ainda que impacto do julgamento para a União “é de uns R$ 20 bilhões, só para ter esse registro e não passar despercebido”. Trata-se do resultado em ação proposta pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) sobre a possibilidade de o Fisco cobrar das empresas os valores que são devidos pelos agropecuaristas, pessoas físicas fornecedores de seus associados, a título de contribuição previdenciária. A Corte definiu, por maioria de votos, que incide o tributo. A discussão agora é se os valores podem ser cobrados das empresas ou devem ser cobrados dos produtores rurais pessoa física, o que, na prática, pode tornar a cobrança quase inviável, por isso a relevância desse ponto. Segundo advogados do setor, muitas empresas acabaram deixando de reter esses valores do produtor rural por força de liminar, ou mesmo por entender que o Funrural era inconstitucional e, com isso, sofreram várias autuações fiscais. Por isso, na ação a Abrafrigo pede a inconstitucionalidade da chamada sub-rogação, que é a retenção do tributo na venda feita por produtor rural a pessoa jurídica (ADI 4395). O impacto é estimado em R$ 20,9 bilhões conforme a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024. O tema voltou ser julgado em maio de 2020. Os ministros se dividiram sobre o julgamento. O relator, ministro Gilmar Mendes, votou pela improcedência e foi acompanhado pelos ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso. Segundo Barroso, todos esses votos consideram que é constitucional a contribuição sobre a comercialização da produção e a sub-rogação. Já os ministros Edson Fachin, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello conheceram parcialmente da ação, afastando a tributação. O voto do ministro Marco Aurélio foi computado nesse mesmo sentido. No Plenário Virtual, o ministro Dias Toffoli votou pela constitucionalidade da contribuição, mas pela inconstitucionalidade da sub-rogação. Na sessão de hoje Toffoli afirmou que não há voto a ser colhido porque para o ministro Marco Aurélio se a tributação era inconstitucional a subrogação também seria. “A proclamação aqui é muito simples”, afirmou. Em 2022, o ministro Gilmar Mendes registrou que o resultado deveria ser proclamado de forma presencial (ADI 4395). Já as entidades de classe que entraram com a ação se manifestaram dizendo que o resultado já deveria ser proclamado e que havia maioria contra a sub-rogação. A Advocacia Geral da União (AGU) alegou que o voto do ministro Marco Aurélio, já aposentado, não tratou sobre a sub-rogação e, portanto, os contribuintes não ganharam. A União ainda cita que o próprio ministro Marco Aurélio já havia se manifestado pela constitucionalidade da subrogação em outro julgamento. Portanto, pelas contas da Fazenda, haveria seis votos de ministros pela constitucionalidade da sub-rogação. O tema voltou hoje ao Plenário para proclamação do resultado, mas os ministros não entraram em consenso sobre o que fazer. O presidente, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou na sessão de hoje que há maioria pela constitucionalidade da contribuição, o que falta decidir é se a regra de sub-rogação é constitucional, mas como o ministro Marco Aurélio não se manifestou sobre esse ponto, seria necessário recolher o voto do ministro André Mendonça – que assumiu a cadeira do ministro Marco Aurélio depois da sua aposentadoria – sobre esse item. Para Toffoli, contudo, não há voto a ser colhido, porque a sub-rogação seria inconstitucional pelo voto do ministro Marco Aurélio que considerou tudo inconstitucional. “É uma situação muito peculiar, se prevalecer o entendimento que faltou manifestação do ministro Marco Aurélio o André Mendonça teria que votar só sobre essa questão, estaria vencido quanto à primeira. Mas quanto ao que o ministro Toffoli falou podemos tirar de pauta e conversar internamente para uma solução”, afirmou Barroso. O procurador da Fazenda Nacional Paulo Mendes afirmou na tribuna que os ministros que votaram pela inconstitucionalidade não se manifestaram pela sub-rogação, então que seria necessário recolher o voto de todos quanto a esse ponto. Para o ministro Alexandre de Moraes, se são duas questões, todos devem votar de novo, inclusive o substituto do ministro Celso de Mello (também aposentado) e não só do Marco Aurélio. O julgamento foi suspenso na sequência.

VALOR ECONÔMICO


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Fiep alerta para impactos da MP 1.185 sobre o setor produtivo

Medida provisória editada pelo governo federal reduz drasticamente incentivos fiscais concedidos pelos estados e gera insegurança jurídica. Setores que recebem incentivos por meio de crédito presumido, como o de alimentos, seriam afetados


A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) vem buscando articulação junto a parlamentares para alertar sobre os efeitos negativos que a aprovação da Medida Provisória 1.185/23 causará para o setor produtivo. Para a Fiep, além de reduzir drasticamente incentivos fiscais atualmente concedidos pelos estados, encarecendo inúmeros produtos, a medida gera insegurança jurídica ao alterar o entendimento em torno de questões tributárias definitivamente julgadas favoravelmente aos contribuintes pelo Poder Judiciário. Editada em 30 de agosto, em linhas gerais, a MP 1.185 revoga as previsões legais de que os incentivos fiscais concedidos pelos estados não sejam incluídos na base de cálculo do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que são tributos federais. Com a medida, as empresas pagariam tributos federais, aumentando a arrecadação da União, sobre o montante de incentivos fiscais concedidos pelos estados. O diretor da Fiep e coordenador do Conselho Temático de Assuntos Tributários da entidade, Guilherme Hakme, explica como isso funcionaria na prática. “O governo federal quer que, sobre os incentivos concedidos por meio de redução de alíquota, isenção ou diferimento, por exemplo, incidam o imposto de renda e a contribuição social, cujas alíquotas somam 34%”, afirma. “Então, se o valor da mercadoria é R$ 100 e o Estado do Paraná concede uma redução na base de cálculo de 10%, o ICMS incidiria sobre o valor de R$ 90. Assim, a diferença de ICMS entre o que se pagaria sobre R$ 100 e se pagará sobre R$ 90, deverá ser considerada como lucro da empresa e tributada pelo IRPJ e CSLL. Porém, é importante ressaltar que o Superior Tribunal de Justiça (STJ), em abril de 2023, julgou de forma definitiva, via recurso repetitivo, a ilegalidade dessa tributação”, acrescenta. Para as indústrias paranaenses, os efeitos seriam ainda mais danosos. “O Estado do Paraná concede incentivos fiscais ao setor industrial por meio de créditos presumidos”, diz Hakme. No caso das indústrias de alimentos, por exemplo, sobre o valor do crédito presumido que reduz a alíquota de ICMS do setor, a União anularia parcialmente o incentivo do Estado tributando esses valores, ocasionando no aumento indireto da alíquota de ICMS do setor. “Se uma indústria tem um crédito presumido, por exemplo, de 9%, ao ser tributado pelo IRPJ e CSLL em 34%, na prática, o incentivo fiscal estadual é reduzido para 5,94%, resultando em aumento de carga tributária para o setor e consequentemente no preço dos alimentos para a população”, completa. Aumento de custos e insegurança jurídica. Para a Fiep, caso aprovada, a MP 1.185 causará aumento de carga tributária para a indústria, diminuindo sua competitividade. Além disso, a Fiep alerta para a insegurança jurídica que será causada com a aprovação da medida. “O STJ, após proferir decisões declarando a ilegalidade da incidência do IRPJ e CSLL sobre os créditos presumidos, vai julgar definitivamente a matéria por meio da sistemática de recurso repetitivo, em que se espera consolidar o entendimento pela impossibilidade de tributação federal sobre os créditos presumidos concedidos pelos estados”, explica Hakme. “Da forma como está colocada, a MP engloba todos os benefícios fiscais. Isso vai aumentar em muito o litígio porque claramente é ilegal. Primeiro porque incentivo fiscal não é receita e, segundo, porque a medida fere o pacto federativo, segundo o entendimento já consolidado pelo STJ. Se a MP for aprovada, continuará sendo ilegal e as empresas terão que se socorrer da Justiça novamente, causando mais insegurança jurídica”, acrescenta.

FIEP


Conscientização é um dos principais desafios da logística reversa no Paraná e no Brasil

Seminário em Curitiba reuniu mais de 400 participantes para debater o tema


A conscientização dos consumidores, o papel das indústrias e a importância da participação ativa de todos os atores envolvidos na cadeia da reciclagem, que engloba sociedade, poder público, empresas, entidades de classe e de educação, foi um dos consensos entre os painelistas da 6ª edição do Seminário Paranaense de Logística Reversa. O evento contou a com a participação da coordenadora geral de Logística Reversa do Ministério do Meio Ambiente, Sabrina Andrade, que apresentou um panorama geral da Logística Reversa no Brasil. “O desafio maior para a Logística Reversa no nosso país é a colaboração entre os diversos membros envolvidos no processo. Precisamos sensibilizar o consumidor para que entenda que é parte fundamental, que sua separação domiciliar faz a diferença e traz resultados. E depois mostrar como o material está sendo reciclado e reaproveitado para fortalecer essa parceria”, resumiu. Ela destacou ainda a necessidade de regulamentar o novo decreto nº 11413/23, que estabelece novas formas de implementação e comprovação da logística reversa, fator que garante a rastreabilidade dos resíduos e também a questão da desoneração fiscal da cadeia e o incentivo para uso de matéria-prima oriundo da reciclagem. “Outra meta é incentivar que novas empresas recicladoras se instalem no Brasil, principalmente no Norte e Nordeste, para baixar o custo do transporte e tornar viável o retorno do material ao ciclo produtivo”, completou. Sabrina falou sobre um desafio grande para regulamentar a lei de incentivo à reciclagem, permitindo que tanto empresas quanto pessoas físicas possam deduzir o imposto de renda por meio de projetos de reciclagem. Segundo ela, isso pode revolucionar a gestão de resíduos no Brasil. “Outra meta é reunir estados e municípios para traçar estratégias de fiscalização e monitoramento para conscientizar empresas sobre a responsabilidade de dar destinação correta de resíduos sólidos”, conclui. Sobre os desafios no Paraná, o gerente executivo do Instituto Paranaense de Reciclagem (Inpar), Gustavo Fanaya, explicou sobre a necessidade da informação sobre a legislação e as obrigações previstas chegarem atualizadas para as empresas. De acordo com ele, mesmo o tema sendo difundido há muitos anos, ainda há muita desinformação. Desde junho de 2021, a Lei Estadual 20.607 estabelece diretrizes e estratégias para a operacionalização e fiscalização do Plano Estadual de Resíduos Sólidos (PERS). Ou seja, as empresas precisam comprovar ações de logística reversa obterem e renovarem sua licença de operação. “Mas mesmo assim, muitos gestores nos procuram sem saber como cumprir a lei”, disse. “Esse debate é fundamental para engajar e conectar e oferecer a solução adequada nesse processo. Esse é um desafio estadual forte e por isso devemos somar esforços para transformar essa cultura e tornar a logística reversa mais eficiente no nosso estado”, concluiu. O evento contou com debates e cases de empresas paranaenses com logística reversa e na conexão do tema com ESG – Environmental, Social and Governance -, que significa atuação seguindo políticas alinhadas nos aspectos Ambiental, Social e de Governança. Após o encerramento do Seminário, ocorreu a cerimônia de outorga do Selo Clima Paraná, reconhecimento a empresas e municípios paranaenses comprometidos com a melhoria contínua de ações voltadas ao desenvolvimento sustentável de suas atividades. Este ano, 132 organizações e seis localidades tiveram suas condutas aprovadas, ou seja, todos comprometidos com a agenda climática. O Selo tem validade de 12 meses.

FIEP


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar sobe ante real de olho no exterior após declarações de membros do Fed

O dólar à vista fechou a quinta-feira em alta ante o real, na esteira do avanço da moeda norte-americana no exterior, em uma sessão marcada por declarações duras de autoridades do Federal Reserve sobre a política monetária dos Estados Unidos

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9409 reais na venda, em alta de 0,67%. Foi a segunda sessão consecutiva de elevação da moeda norte-americana, após cinco quedas consecutivas. Em novembro, a divisa dos EUA acumula baixa de 1,98%. Na B3, às 17:33 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,63%, a 4,9500 reais. “Hoje (quinta-feira) tivemos um ‘não-movimento’, com o dólar meio de lado, e os investidores esperando pela fala do Powell”, comentou durante a tarde Luís Guilherme, head de câmbio da Nova Futura Investimentos. As cotações escalaram patamares ainda mais elevados após as 16h, com os comentários de Powell já repercutindo nos negócios. Powell afirmou que as autoridades do Fed "não estão confiantes" de que a taxa de juros nos EUA esteja alta o suficiente para encerrar a batalha contra a inflação. “Se for apropriado apertar ainda mais a política monetária, não hesitaremos em fazê-lo", disse Powell, em uma conferência de pesquisa do Fundo Monetário Internacional (FMI). A fala de Powell -- considerada mais dura, ou hawkish, no jargão do mercado -- somou-se a comentários igualmente firmes do presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, feitos no início da tarde. Segundo ele, embora tenha havido um "progresso real" em relação à inflação, ainda não há certeza sobre se será preciso elevar a taxa de juros para concluir o trabalho de controle de preços nos EUA. As declarações das autoridades do Fed deram suporte à aceleração do dólar ante várias divisas no exterior. No Brasil, o dólar marcou a máxima de 4,9477 reais (+0,81%) às 16h48, já perto do fechamento. À tarde, o BC informou que o Brasil registrou fluxo cambial total positivo de 3,400 bilhões de dólares em outubro. Pelo canal financeiro, houve saídas líquidas de 699 milhões de dólares em outubro e, pela via comercial, o saldo de outubro foi positivo em 4,099 bilhões de dólares.

REUTERS


Ibovespa fecha com queda marginal em dia cheio de balanços

No setor de proteínas a MINERVA ON desabou 13,45%, a 6,82 reais, tendo no radar balanço do terceiro trimestre, com queda de 11,5% no resultado operacional medido pelo Ebitda, em meio a declínio de receitas da produtora de carne. A dívida líquida em relação ao Ebitda aumentou para 2,8 vezes.


O Ibovespa fechou em queda marginal na quinta-feira, após ultrapassar os 120 mil pontos na máxima, o que não acontecia desde agosto, em dia marcado por uma bateria de balanços corporativos, com as ações de Minerva, Casas Bahia e Banco do Brasil entre os destaques de baixa após divulgarem seus resultados. O penúltimo pregão da semana também foi marcado pela disparada dos papéis da Braskem após nova proposta pelo controle da companhia, assim como alta de Petrobras, que encontrou apoio no avanço do petróleo para se recuperar após três quedas seguidas, tendo no radar ainda o balanço trimestral. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,12%, a 119.034,14 pontos. O volume financeiro somou 25,1 bilhões de reais. Em Wall Street, as ações fecharam em baixa, interrompendo as mais longas sequências de ganhos dos índices Nasdaq e do S&P 500 em dois anos, com os rendimentos dos Treasuries em alta após um leilão decepcionante de títulos de 30 anos e comentários do chair do Federal Reserve, Jerome Powell. Na cena brasileira, a aprovação pelo plenário do Senado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária que prevê a unificação de tributos e uma "trava" para o crescimento da carga, entre outros pontos, foi bem recebida, embora com certa cautela. "A aprovação é uma boa notícia, pois a reforma reduz a complexidade do sistema tributário brasileiro", afirmou a equipe da XP Investimento, ponderando, contudo, que os efeitos positivos tendem a ser diluídos por condições especiais dadas pelos legisladores a múltiplos setores da economia. O texto agora volta agora para a Câmara dos Deputados, após ser modificada pelos senadores.

REUTERS


Após recorde este ano, safra de grãos em 2024 deve cair 2,8%, aponta IBGE

Colheita de cereais, leguminosas e oleaginosas deve atingir 308,5 milhões no próximo ano. Se confirmada a previsão, será a segunda maior produção anual de soja no país, perdendo apenas para 2023


Após recorde este ano, a colheita brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deverá atingir 308,5 milhões em 2024, o que representa uma queda de 2,8% na comparação com 2023, informou na quinta-feira (9/11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A informação é do primeiro prognóstico para a safra que está sendo plantada. Em outubro, o instituto previa uma colheita de 317,3 milhões de toneladas. Na divulgação, o IBGE destaca que o recorde 2023 se configura como uma base de comparação elevada, que ajuda a explicar esse movimento de recuo. Na expectativa menor para a safra de 2024, o IBGE destacou a influência principalmente de duas culturas: soja (-1,3% ou -1,985 milhão de toneladas) e milho (-5,6% ou -7,331 milhões de toneladas. As duas devem fechar 2023 também com recordes de produção. Dessa forma, a previsão inicial é de produção de 149,8 milhões de toneladas de soja e de 124,3 milhões de toneladas de milho. Se confirmado, será a segunda maior produção anual de soja no país, perdendo apenas para 2023. O ano de 2024 será de recuperação da produção no Rio Grande do Sul, segundo o IBGE, com crescimento de 65,0%, para 20,9 milhões de toneladas. No caso do milho, o recuo de 5,6% previsto para a produção reflete uma segunda safra menor (-8,2%), com declínio significativo na produtividade de 7,5%. Com relação à área prevista, o IBGE prevê altas em arroz em casca (4,5%), feijão (1,6%) e sorgo (0,2%). Por outro lado, espera-se variações negativas para soja (-0,6%), milho (-0,4%), algodão herbáceo em caroço (-0,8%) e trigo (-0,3%).

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