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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 497 DE 09 DE NOVEMBRO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 497|09 de novembro de 2023


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Preço do boi gordo ganha firmeza

Na quarta-feira (8/11), os preços físicos do boi gordo andaram praticamente de lado em todas as praças monitoradas diariamente pelas consultorias do setor pecuário. Segundo a Agrifatto, a demanda mais aquecida no mercado varejista estimulou a valorização da carne bovina com ossos no atacado


Para a Agrifatto, o enxugamento da oferta de animais terminados, associada às negociações de pequenos lotes em ritmo compassado, resultou em programações encurtadas para oito dias de abates, na média nacional. No mercado paulista, pelos dados da Agrifatto, o “boi comum” vale R$ 230/@ e o “boi-China” é negociado por R$ 240/@ (para descontar o Funrural). Na mesma praça, vaca está cotada em R$ 215/@, enquanto a novilha é negociada por R$ 225/@, segundo a Agrifatto. Atualmente, as escalas de abates das indústrias de São Paulo giram em oito dias. A Scot Consultoria também apurou estabilidade na quarta-feira no mercado físico do boi gordo. Pelos números da Scot, no mercado paulista, o boi destinado ao consumo interno está cotado em R$ 235/@, a vaca em R$ 215/@ e a novilha em R$ 225/@ (preços brutos e a prazo). A arroba do “boi-China” está sendo negociada em R$ 240, preço bruto e a prazo, com ágio de R$ 5/@ sobre o valor do animal “comum”. De acordo com a Agrifatto, desde o final da semana passada, as vendas de carne bovina no varejo e as distribuições do atacado apontaram recuperação. “Com um volume satisfatório de pedidos para reposição de estoques, todas as mercadorias entregues dentro do programado têm descargas imediatas e não há encalhe nos pontos de distribuição”, observa a consultoria paulista. A maioria dos produtos apresenta demanda consistente, em especial o boi castrado, a novilha e a ponta de agulha. Na B3, o contrato com vencimento para novembro de 2023 fechou o pregão desta terça-feira (7/11) precificado em R$ 236,60/@, com recuo de 0,13% no comparativo diário. São Paulo — O “boi comum” vale R$ 230 a arroba. O “boi China”, R$ 240. Média de R$ 235. Vaca a R$ 215. Novilha a R$ 225. Escalas de abates de oito dias. Minas Gerais — O “boi comum” vale R$ 225 a arroba. O “boi China”, R$ 235. Média de R$ 230. Vaca a R$ 210. Novilha a R$ 215. Escalas de abate de dez dias. Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$ 230 a arroba. O “boi China”, R$ 240. Média de R$ 235. Vaca a R$ 215. Novilha a R$ 220. Escalas de abate de sete dias. Mato Grosso — O “boi comum” vale R$ 205 a arroba. O “boi China”, R$ 215. Média de R$ 210. Vaca a R$ 190. Novilha a R$ 195. Escalas de abate de sete dias. Tocantins — O “boi comum” vale R$ 215 a arroba. O “boi China”, R$ 225. Média de R$ 220. Vaca a R$ 200. Novilha a R$ 205. Escalas de abate de seis dias. Pará — O “boi comum” vale R$ 210 a arroba. O “boi China”, R$ 220. Média de R$ 215. Vaca a R$ 195. Novilha a R$ 200. Escalas de abate de onze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$ 2250 a arroba. O “boi China/Europa”, R$ 235. Média de R$ 230. Vaca a R$ 210. Novilha a R$ 215. Escalas de abate de sete dias. Rondônia — O boi vale R$ 215 a arroba. Vaca a R$ 200. Novilha a R$ 205. Escalas de abate de nove dias. Maranhão — O boi vale R$ 215 por arroba. Vaca a R$ 195. Novilha a R$ 200. Escalas de abate de oito dias. Cotações: SP Barretos – 233,15. SP Araçatuba – 233,15. MG Triângulo – 225,30. MG BH – 214,95. MG Norte – 217,00. MG Sul – 221,67. GO Goiânia – 224,58. MS Dourados – 229,79. MS C. Grande – 228,45. MS Três Lagoas – 217,00. BA Sul – 212,84. BA Oeste – 216,53. MT Norte – 205,45. MT Sudoeste – 207,64. MT Cuiabá* – 206,23. MT Sudeste – 207,87. PA Marabá – 214,41. PA Redenção – 209,52. PA Paragominas – 230,20. RO Sudeste – 211,02. TO Sul – 217,05. TO Norte – 217,34. *Região de Cuiabá, inclui Rondonópolis

Scot Consultoria/Portal DBO


SUÍNOS


Suínos: Mercado segue estável

A Scot Consultoria informou que o valor da carcaça suína especial seguiu com estabilidade no estado de São Paulo em R$ 9,90/kg. Os valores para o suíno CIF também seguiram estáveis em R$ 124,00/@


A cotação do animal vivo em Minas Gerais está em R$ 6,47/kg e permaneceu sem alteração, conforme foi divulgado pelo Cepea/Esalq referente às informações da última terça-feira (07). Já no estado do Paraná ficou em R$ 6,15/kg e teve ganho de 0,33%. O preço do animal vivo no estado de São Paulo está em R$ 6,54/kg e seguiu estável. Em Santa Catarina, o preço do animal vivo também seguiu com estabilidade em R$ 5,98/kg. Já no Rio Grande do Sul, o preço do suíno apresentou valorização de 0,49% e está cotado em R $ 6,17/kg

Cepea/Esalq


Embarques brasileiros de carne suína acumulam alta de 9,6% em 2023

Receita das exportações cresce 13,1% no ano


As exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) já acumulam alta de 9,6% em 2023, conforme levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram 1,013 milhão de toneladas embarcadas entre janeiro e outubro deste ano, contra 924,2 mil toneladas registradas no mesmo período do ano passado. Em receita, a alta acumulada chega a 13,1%, com US$ 2,361 bilhões nos dez primeiros meses de 2023, contra US$ 2,088 bilhões no mesmo período comparativo do ano anterior. Considerando apenas o mês de outubro, as exportações de carne suína chegaram a 93 mil toneladas, número 5,7% menor que o total embarcado no mesmo período do ano passado, com 98,6 mil toneladas. A receita registrada no mês chegou a US$ 200,3 milhões, saldo 15,5% menor que o total registrado no ano anterior, com US$ 237,1 milhões. Entre os principais destinos das exportações do setor, a China segue na liderança, com 336,5 mil toneladas exportadas entre janeiro e outubro, 8% menor que o total registrado nos 10 primeiros meses de 2022. Em seguida estão Hong Kong, com 101,3 mil toneladas (+23%), Filipinas, também com 101,3 mil toneladas (+40%), Chile, com 69,1 mil toneladas (+47%), Singapura, com 53,4 mil toneladas (+12%) e Vietnã, com 41,9 mil toneladas (+7%). “Com este desempenho acumulado, que já ultrapassou a casa de um milhão de toneladas somente nos primeiros 10 meses do ano, as projeções do setor mantêm indicativos de embarques em torno de 1,2 milhão de toneladas em 2023. A maior diversificação de mercados além da China, com a viabilização das exportações para outros destinos com boa demanda, como é o caso do México, sustentam boas perspectivas para este e para o próximo ano”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin. Santa Catarina, principal estado exportador de carne suína do Brasil, embarcou 542,7 de toneladas entre janeiro e outubro, número 8,9% maior do que o registrado no mesmo período de 2022. Em seguida estão o Rio Grande do Sul, com 235,7 mil toneladas (+9,6%), Paraná, com 141,7 mil toneladas (+5,2%), Mato Grosso, com 24,8 mil toneladas (+39,2%) e Mato Grosso do Sul, com 21,5 mil toneladas (+29,8%). "Além da abertura de 5 (cinco) novos relevantes mercados em 2023, países como Chile e Filipinas têm demandado mais a proteína brasileira. Acresce-se a isto o aumento das exportações para o Japão e Coreia, consolidando o Brasil como um importante fornecedor nestes que são talvez os mercados de mais valor agregado nos dias atuais" salientou Luís Rua, diretor de mercados da ABPA.

ABPA


FRANGOS


Preço do frango apresentou estabilidade na 4ª feira

Na quarta-feira (08), a cotação para o frango na granja na praça paulista permaneceu estável em R$ 5,20 por kg


A Scot Consultoria informou que o preço do frango no atacado no estado de São Paulo apresentou estabilidade e o valor está em R$ 7,05 por kg. A cotação do frango vivo no Paraná apresentou estabilidade em R$ 4,47/kg. Em São Paulo, a cotação do frango vivo está sem referência. A cotação do frango vivo em Santa Catarina registrou queda de 0,23% e está em R$ 4,25/kg, conforme divulgado pelo Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina). No último levantamento realizado pelo Cepea da terça-feira (07), o preço do frango congelado seguiu estável em R$ 7,31/kg. Já a cotação do frango resfriado também permaneceu estável, sendo negociado em R$ 7,27/kg.

Cepea/Esalq


Exportação de carne de frango do Brasil mantém ritmo para recorde em 2023, diz ABPA

As exportações brasileiras de carne de frango totalizaram 401,7 mil toneladas em outubro, alta de 2% ante o total embarcado no mesmo período do ano passado, o que mantém o setor no ritmo para bater recordes esperados neste ano, afirmou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) na quarta-feira


Considerando todos os produtos, entre in natura e processados, as receitas com exportações de carne de frango de outubro chegaram a 723,5 milhões de dólares, número 12% menor que o resultado alcançado no mesmo período do ano passado. O Brasil, maior exportador global de carne de frango, exportou 4,307 milhões de toneladas de janeiro a outubro, volume 6,1% maior que o registrado no mesmo período de 2022, enquanto receita ainda está 1,3% maior no acumulado do ano, somando 8,301 bilhões de dólares. "A manutenção do fluxo de exportação acima das 400 mil toneladas em outubro reforça as projeções da ABPA para embarques recordes em 2023, superiores a 5 milhões de toneladas, tendência esta que traz expectativas positivas também para o próximo ano", disse o presidente da ABPA, Ricardo Santin. O recorde anual anterior do Brasil foi registrado em 2022, com 4,82 milhões de toneladas. Entre os principais destinos das exportações de carne de frango em 2023, a ABPA destacou a China, com 592,6 mil toneladas (+31% na comparação anual), Arábia Saudita, com 305 mil toneladas (+5%), África do Sul, com 286 mil toneladas (+25%), Coreia do Sul, com 166,5 mil toneladas (+9%) e México, com 155,6 mil toneladas (+22%). "Somado ao fato da China e outros mercados seguirem demandantes pelo produto brasileiro, neste ano, para além da abertura de quatro novos mercados e da ampliação do número de estabelecimentos habilitados para alguns países para carne de aves, tivemos também recentemente o retorno do pré-listing para o Reino Unido e a formalização do mesmo mecanismo para países como Chile e Cuba", disse o diretor de mercados da ABPA, Luis Rua. Segundo ele, "isso deverá refletir nos embarques futuros".

ABPA


Número de focos de gripe aviária no Brasil sobe para 143

Ministério da Agricultura confirmou quatro novos focos da doença nesta quarta-feira

Duas aves da espécie trinta-réis-real foram diagnosticadas com gripe aviária no litoral de São Paulo


O Ministério da Agricultura confirmou na quarta-feira (8/11) quatro novos focos de gripe aviária em aves silvestres que estavam no litoral de São Paulo. De acordo com a ferramenta online da Pasta que monitora os casos no país, duas aves da espécie trinta-réis-real foram diagnosticadas com a doença no município de Praia Grande. A outra ave infectada é um batuiruçu, que estava em Bertioga, e ainda uma ave da espécie bobo-pequeno, localizada em Mongaguá. Com os quatro focos confirmados hoje, o Brasil agora tem 143 casos de gripe aviária, sendo 140 registrados em animais silvestres e outros três notificados em aves de subsistência. Não há registro da doença em plantéis comerciais, por isso o Brasil mantém o status de livre da enfermidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

GLOBO RURAL


GOVERNO


Programa para conversão de pastagens degradadas deve ser lançado este mês

O potencial anunciado é de recuperar 40 milhões de hectares em dez anos. Medida pretende captar recursos internacionais para serem emprestados em financiamentos aos produtores rurais para recuperar pastagens degradadas


O governo federal pretende lançar ainda neste mês o programa para a conversão de pastagens degradadas. Divulgado desde o início do ano, em missões do Ministério da Agricultura ao redor do mundo, a medida pretende captar recursos internacionais para serem emprestados em financiamentos aos produtores rurais. O potencial anunciado é de recuperar 40 milhões de hectares em dez anos. A intenção é levantar US$ 140 bilhões nesse período, que serão financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Brasil, com juros compatíveis e longo prazo para reembolso. O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer anunciar o programa no próximo dia 22 de novembro. Os detalhes do programa ainda estão sendo definidos pelas equipes do Ministério da Agricultura e dos bancos federais. Nesta quarta-feira, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, voltou a falar do programa durante participação no Brasil Investiment Forum (BIF), evento realizado no Palácio do Itamaraty pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). "Vamos incorporar outros 40 milhões de hectares ao sistema produtivo, mas com diferenças. Não o faremos sobre a floresta, na base do desmatamento. Não queremos mais desmatamento no Brasil e não é porque os outros precisam dizer que o Brasil precisa ter o ativo, é porque nós temos a consciência", disse Fávaro. "Faremos essa incorporação sobre áreas de pastagens degradadas, que não rendem aquilo que poderiam render. Esse portfólio pode e deve ser incorporado em 10 anos ou talvez 15 anos", completou.

GLOBO RURAL


INTERNACIONAL


Vaca louca trava exportações da Irlanda à China

As exportações de carne bovina da República da Irlanda para a China foram suspensas devido à detecção de um caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) atípico em uma vaca


A informação foi confirmada pelo Departamento Irlandês de Agricultura, após análise de uma vaca de 10 anos morta, segundo a cadeia televisiva RTÉ. A China havia reaberto seu mercado à carne bovina irlandesa em janeiro deste ano, após um embargo de três anos devido a um caso de EEB em 2020. A decisão de retomada das exportações agora depende das autoridades chinesas, informa a RTÉ. O Departamento de Agricultura irlandês assegurou à BBC que não há riscos à saúde pública, uma vez que os animais afetados não entram na cadeia alimentar humana.

BBC Internacional


EMPRESAS


Frimesa quer investir R$ 50 milhões em projetos sustentáveis

Frimesa investe em energia solar na unidade de Assis Chateaubriand (PR)


A Frimesa Cooperativa Central investiu mais de R$ 55 milhões em ações de sustentabilidade, nos últimos dois anos. Incorporada à estratégia de mirar em iniciativas mais sustentáveis, a empresa lançou metas que vão de carbono zero a embalagens biodegradáveis. Os objetivos propostos foram traçados para ser cumpridos até o ano de 2040. "Nos dois anos que já estamos em execução investimos R$ 58 milhões em projetos. Para ano que vem, a previsão é investir R$ 40 milhões ou 50 milhões”, afirmou o presidente executivo da Frimesa, Elias José Zydek. O investimento é atrelado à economia e, também, a uma produção mais eficiente nas unidades da cooperativa. Zydek aposta que os projetos deverão ter um retorno significativo e que a tecnologia ajudará nisso. “Os avanços tecnológicos têm ido nesse sentido. Você transforma os atuais passivos em ativos e isso precisa gerar viabilidade econômica. Temos pretensão de ter carbono zero. Os investimentos na indústria precisam ter viabilidade e têm”, afirma. “Quando se fala em economia de água, o investimento tem que ser coberto com a redução de consumo de água e isso é válido para eficiência energética e para as florestas. Pretendemos ser autossuficientes em florestas que abasteçam o nosso consumo”, acrescenta ele. A cooperativa introduziu o tema ESG (sigla, que na tradução do inglês significa governança ambiental, social e corporativa) no planejamento estratégico. “Isso significa que as questões de sustentabilidade, social, ambiental e governança, têm suas diretrizes, objetivos, projetos e planos dentro do planejamento estratégico de curto, médio e longo prazo”, destaca o presidente executivo da Frimesa.

Gazeta do Povo


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Exportações do Paraná aumentam 11,3% nos dez primeiros meses de 2023

A soja em grão segue como o principal produto exportado pelo Paraná e foi o que teve maior aumento nas vendas para fora. De janeiro a outubro desse ano, o Estado movimentou US$ 21 bilhões em vendas para outros países, enquanto que em 2022 o montante exportado foi de US$ 18,9 bilhões


Só no último mês de outubro, as vendas externas somaram US$ 1,91 bilhão. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). A soja em grão segue como o principal produto exportado pelo Paraná e foi o que teve maior aumento nas vendas para fora. De janeiro a outubro, o produto alcançou a marca de US$ 4,9 bilhões exportados. Com esse resultado, a venda de soja em grão para o Exterior superou em 71,8% os US$ 2,9 bilhões do acumulado dos dez primeiros meses de 2022. O segundo item cujas vendas mais cresceram nesse período foram os cereais, que abrange grãos em geral, mas preponderantemente milho. Houve variação positiva de 54,2%. A venda subiu de US$ 619,7 milhões para US$ 955,6 milhões entre os dez primeiros meses de 2022 e o mesmo período de 2023. “O bom resultado das exportações de commodities agrícolas está diretamente relacionado à safra recorde de grãos colhida no Paraná na temporada de 2023”, destaca o diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Jorge Callado. Dos destinos das exportações, quatro dos cinco maiores parceiros comerciais paranaenses tiveram aumento expressivo no volume de compras. A China continua o maior comprador do Paraná e também teve a maior variação. As exportações ao país asiático aumentaram 72,8% de janeiro a outubro, totalizando US$ 5,7 bilhões. Outro gigante asiático cujas compras do Paraná aumentaram foi o Japão, com alta de 33,2%. As vendas para o país chegaram a US$ 595,3 milhões na variação dos dez primeiros meses de 2023. O Japão ocupa a quinta colocação nas exportações paranaenses. Já as vendas para o México, quarto maior comprador do Paraná, subiram 28,3%, alcançando US$ 856 milhões nos dez primeiros meses deste ano. Para a Argentina, segundo maior comprador do Paraná, foram movimentados US$ 1,4 bilhão, representando aumento de 17% no período. As importações paranaenses, por sua vez, caíram 21,2% nos dez primeiros meses de 2023, comparado ao mesmo período de 2022. Entre os produtos que mais pesaram nessa queda estão os adubos e fertilizantes (-46,3%), óleos e combustíveis (-36,5%) e produtos químicos (-40,3%). Porém, a importação de veículos quase dobrou no comparativo com o ano passado. A compra de veículos de outros países teve aumento de 91,1%, movimentando US$ 568 milhões de compras.

Agência Estadual de Notícias (AEN)


ECONOMIA/INDICADORES


Por 53 votos a 24, Senado aprova reforma tributária

Votação em dois turnos registrou o mesmo placar; texto terá que voltar para análise da Câmara


Em sessão histórica, o Senado Federal aprovou a proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária. Após décadas de tentativas fracassadas, prevaleceu o acordo para um texto que busca simplificar a cobrança de tributos, levar ao fim da guerra fiscal, atrair investimentos e promover o crescimento econômico. A matéria ainda passará por nova análise na Câmara. A expectativa do governo e de líderes do Legislativo é que o texto seja promulgado este ano. O resultado da votação, que teve 53 votos favoráveis e 24 contrários nos dois turnos, ficou dentro do esperado pelo governo. A reta final da articulação contou com o reforço do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que reuniu senadores no Palácio do Planalto no início da semana e também garantiu que prefeitos e governadores não ficarão sem recursos, mesmo com a “crise de arrecadação” no país. Já o relator da matéria, Eduardo Braga (MDB-AM), fez diversas concessões até instantes antes da votação. Ele acolheu sugestão para que o setor de eventos também seja beneficiado pela alíquota reduzida de 60%. O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou o resultado e destacou que o país sai de um sistema tributário nota 2 para “7,5, com louvor”. “Nós estamos saindo de um sistema tributário nota 2, não para um sistema tributário nota 10, porque teve muita discussão e acordo para chegar a esse resultado, mas essa PEC certamente merece nota 7,5, com louvor", afirmou o Ministro, que criticou a polarização em torno do projeto. O PL do ex-presidente Jair Bolsonaro votou em peso contra a reforma, que também teve a oposição do Republicanos e de parte do PP e do Podemos. A proposta unifica os tributos IPI, PIS e Cofins (federais), ICMS (estadual) e ISS (municipal). No lugar deles, serão criados dois Impostos sobre Valor Agregado (IVA Dual) — um gerenciado pela União (CBS), e outro por estados e municípios (IBS), além de um Imposto Seletivo, sobre produtos nocivos à saúde, como cigarros e bebidas alcoólicas. Também prevê a substituição do IPI por uma Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) na Zona Franca de Manaus. A equipe econômica fez uma estimativa de que a versão original do parecer, antes das modificações feitas nesta semana, teria a alíquota padrão do IVA de até 27,5%. Não há ainda um cálculo sobre a nova versão. O valor final deverá estipulado na regulamentação da PEC. O texto também estabelece que os impostos passarão a ser cobrados no destino final, e não mais na origem. O intuito é acabar com a guerra fiscal entre os estados. Há previsão de um período de transição para a adoção do novo sistema será entre 2026 e 2032. A partir de 2033, os tributos atuais serão extintos. Os itens da cesta básica nacional que terão alíquota zero serão limitados. A escolha dos produtos selecionados ocorrerá por lei complementar. Haverá, ainda, uma cesta básica estendida com alíquota reduzida de 60%. Ao longo da tramitação no Senado, o relator abriu exceções para diversos segmentos. Ele também estabeleceu alíquota reduzida de 60% para produtos e insumos agropecuários, medicamentos, produtos de cuidados básicos à saúde menstrual e serviços de transporte coletivo. Também foi incluída redução de 30% para profissionais liberais, como advogados, engenheiros, médicos e dentistas. Com a aprovação da matéria, haverá a criação do Imposto Seletivo para alguns segmentos, entre eles o de armas e munições, salvo quando destinadas à administração pública. O relator excluiu os setores de energia elétrica e telecomunicações. Foi introduzida uma alíquota de 1% incidente sobre a extração de recursos naturais não renováveis, incluindo minério e petróleo, em um imposto seletivo. O regramento será feito por lei complementar.

VALOR ECONÔMICO


Dólar sobe após cinco sessões de queda em dia de ajustes técnicos no Brasil

O dólar à vista interrompeu uma sequência de cinco sessões consecutivas de baixa e encerrou a quarta-feira em alta ante o real, em meio a ajustes de preços e posições no mercado brasileiro e a uma piora dos mercados globais no período da tarde


O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9078 reais na venda, em alta de 0,70%. Em novembro, porém, a divisa norte-americana acumula baixa de 2,63%. Na B3, às 17:25 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,76%, a 4,9195 reais. “O dia foi de realização de lucros, de correção mesmo, um pouco com a ajuda do exterior. Se o exterior tivesse com um dólar mais fraco, teríamos outro dia de queda também no Brasil”, comentou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik. Operador ouvido pela Reuters citou a atuação de estrangeiros na ponta de compra da moeda norte-americana no mercado futuro -- o mais líquido do Brasil e, no limite, o que define as cotações no segmento à vista. No mercado global de moedas, o dólar seguia no fim da tarde muito perto da estabilidade ante uma cesta de moedas fortes, e tinha alta ante boa parte das divisas de exportadores de commodities e emergentes.

REUTERS


Ibovespa fecha com recuo discreto em dia de ajustes e cheio de balanços

O Ibovespa encostou em 120 mil pontos, mas perdeu o fôlego e fechou com uma queda discreta na quarta-feira, em dia marcado por movimentos de realização de lucros e forte queda das ações da Petrobras, com agentes financeiros também analisando uma série de balanços corporativos

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,13%, a 119.114,76 pontos, de acordo com dados preliminares. Na máxima do dia, chegou a 119.975,84 pontos. Na mínima, a 118.463,87 pontos. O volume financeiro somava 21,6 bilhões de reais antes dos ajustes finais.

REUTERS


Vendas no comércio crescem 0,6% de agosto para setembro, diz IBGE

O volume de vendas no comércio varejista aumentou 0,6% no país em setembro deste ano, na comparação com o mês anterior. O crescimento veio depois de uma variação negativa de 0,1% em agosto. O dado, da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), foi divulgado na quarta-feira (8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)


O varejo também apresentou altas de 3,3% na comparação com setembro do ano passado, 1,8% no acumulado deste ano e 1,7% no acumulado de 12 meses. A taxa de crescimento de 0,6% de agosto para setembro foi puxada por apenas três das oito atividades pesquisadas pelo IBGE: móveis e eletrodomésticos (2,1%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,6%), e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, e de perfumaria (0,4%). Cinco atividades tiveram queda no período: combustíveis e lubrificantes (-1,7%), tecidos, vestuário e calçados (-1,1%), livros, jornais, revistas e papelaria (-1,1%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,9%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,1%). A receita nominal cresceu 1% na comparação com agosto, 5,4% em relação a setembro do ano passado, 4,3% no acumulado do ano e 6% no acumulado de 12 meses. O varejo ampliado, que também considera os segmentos de materiais de construção e venda de veículos e peças, cresceu 0,2%, menos que o comércio varejista, devido às quedas de 0,9% nos veículos, motos, partes e peças, e 2% nos materiais de construção. O segmento ampliado também teve altas de 2,9% na comparação com setembro de 2022, 2,4% no acumulado do ano e 1,6% no acumulado de 12 meses. A receita nominal cresceu 0,5% em relação a agosto deste ano, 4,9% na comparação com setembro do ano passado, 5,7% no acumulado do ano e 6,5% no acumulado de 12 meses.

AGÊNCIA BRASIL


Apesar de tropeços, Brasil pretende anunciar acordo Mercosul-UE em dezembro

O governo brasileiro planeja anunciar o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia na próxima reunião do bloco sul-americano, no início de dezembro, disseram à Reuters os negociadores brasileiros, que consideram as negociações adiantadas


Apesar das complicações causadas pela nova lei de desmatamento europeia e mudanças que o governo brasileiro quis fazer no acordo, em especial em relação a compras governamentais, os negociadores brasileiros afirmam que as discussões avançaram muito. "Tivemos reuniões seguidas nas últimas semanas, as conversas avançaram. A ideia é sim anunciar na reunião de dezembro no Rio de Janeiro", disse a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Tatiana Prazeres. De acordo com um diplomata europeu ouvido pela Reuters, o governo brasileiro está trabalhando de fato para anunciar o acordo em dezembro. A fonte, no entanto, não comentou se a União Europeia considera o prazo factível. A negociação entre os dois blocos foi retomada este ano e a meta do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de terminar o ano com o acordo fechado, mas as discussões tiveram vários percalços. O primeiro deles foi a chamada "side letter", um documento feito pelos europeus ainda durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas apresentado ao Mercosul em março, depois da eleição de Lula, incluindo penalidades no caso de não cumprimento de metas de desmatamento. O texto foi rechaçado pelo bloco sul-americano. Depois disso, por ordem de Lula, o Brasil pediu a retirada das compras governamentais do pacote acordado em 2019, ainda no governo Bolsonaro. A lei do desmatamento foi o último entrave. A aprovação do texto foi vista como um risco direto para as exportações do Mercosul, especialmente do Brasil, e terminou por entrar na pauta das discussões do acordo. Prazeres, no entanto, não acredita que a lei europeia de desmatamento irá atrapalhar as negociações para o acordo principalmente por uma questão: não há sinais de que os europeus irão mudá-la, então se o Mercosul quer o acordo terá que trabalhar para contornar os resultados, mas não paralisar as negociações. "Evidentemente que as coisas estão relacionadas. O que costumo dizer é que não é possível que os europeus ofereçam com uma mão e tirem com a outra", disse. A secretária reforça que não há sinais de que os europeus tenham qualquer intenção de rever a legislação, mas que as negociações são uma oportunidade de influenciar a regulamentação. O secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Maurício Lyrio, reforçou também que os europeus não parecem estar dispostos a mudar a norma, mas ressaltou que, neste momento, há um quadro de "completa insegurança jurídica", porque não há qualquer detalhamento de como o novo regramento será cumprido e verificado. "As dúvidas que levamos aos europeus continuam a pairar. Não sabemos como será o monitoramento e reconhecimento das instituições nacionais de monitoramento, não está claro como a UE irá levar em conta as normas que já existem nos países exportadores, não está definido como será a divisão para produtos e regiões sobre caracterização de alto, médio e baixo risco de desmatamento", afirmou. Essas conversas continuam, em separado das negociações sobre o acordo UE-Mercosul, e nas próximas semanas uma nova missão deverá ir a Bruxelas conversar com os europeus sobre a regulamentação da lei.

REUTERS


Dívida pública bruta fica em 74,4% do PIB em setembro, mostra BC

A dívida pública bruta do Brasil como proporção do PIB chegou a 74,4% em setembro, de 74,3% no mês anterior, informou o Banco Central nesta quarta-feira


No mês, o setor público consolidado registrou um déficit primário de 18,071 bilhões de reais. Economistas consultados em pesquisa da Reuters esperavam saldo positivo de 4,26 bilhões de reais.

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IGP-DI acelera alta a 0,51% em outubro com inflação maior no atacado e no varejo, diz FGV

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,51% em outubro, acelerando ante elevação de 0,45% no mês anterior, com maior pressão tanto para o produtor quando para o consumidor, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na quarta-feira


O resultado ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,31%, e levou o índice a reduzir a queda acumulada em 12 meses para 4,27%, baixa menos intensa nessa base de comparação desde abril (-2,57%). O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral, passou a subir 0,57% em outubro, ante 0,51% no mês anterior. Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços, as commodities bovinos (de -6,22% para 8,33%) e cana-de-açúcar (de -0,14% para 2,30%) responderam por parte importante do resultado do IPA. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do IGP-DI, acelerou a alta para 0,45% no mês passado, de 0,27% em setembro. "No IPC, o setor de serviços predominou, com destaques para os aumentos nas passagens aéreas (de 8,46% para 24,87%) e no condomínio residencial (de 0,22% para 0,79%)", disse Braz. A expectativa de analistas é de que --após um período de queda dos preços-- a inflação volte em patamares mais elevados no Brasil até o final de 2023, com atenção especial ao aumento dos preços de serviços, sobretudo diante de um mercado de trabalho aquecido e da resiliência que a economia vem apresentando. O BC iniciou em agosto um ciclo de redução da taxa básica de juros que levou a Selic a 12,25%, com três cortes seguidos de 0,5 ponto percentual. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,20% em outubro, ante 0,34% no mês anterior, informou a FGV.

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