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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 495 DE 07 DE NOVEMBRO DE 2023

prcarne

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 495|07 de novembro de 2023


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS

Início de semana em SP com preços estáveis em todas as categorias de animais terminados

Situação de momento nas cotações do boi gordo no mercado paulista reflete posicionamento confortável das escalas de abate das indústrias frigoríficas, apontou a Scot


Em São Paulo, uma das principais referências para as demais regiões pecuárias, a semana começou com preços estáveis para todas as categorias de animais terminados, informou a Scot Consultoria, acrescentando que as escalas de abate das indústrias seguem bem-posicionadas. Dessa forma, nas praças paulistas, o boi gordo “comum” (destinado ao mercado interno) está valendo R$ 235/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 215/@ e R$ 227/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). O “boi-China” está cotado em R$ 240/@, no prazo, valor bruto, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”, apurou a Scot. Segundo a consultoria, a demanda pela carcaça bovina melhorou e os preços subiram na comparação feita semana a semana. Com isso, a cotação da carcaça casada de bovinos castrados teve aumento semanal de 3,7%, hoje negociada em R$ 15,71/kg. Para a carcaça de bovinos inteiros, o aumento foi de 3,4% no comparativo da semana, precificada em R$ 15,07/kg. No mesmo período, o preço do frango médio no mercado atacadista subiu 2,2%, negociado em R$ 7,03/kg. Já a cotação da carcaça especial suína aumentou 3,2%, precificada em R$ 9,70/kg. De acordo com a Scot, a carcaça bovina perdeu competitividade frente às proteínas concorrentes – a relação de troca está em 2,23 kg de carcaça de frango e 1,62kg de carcaça suína para cada quilo de carcaça casada de bovinos castrados. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 227/@ (à vista) vaca a R$ 202/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 231/@ (prazo) vaca a R$ 217/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 225/@ (à vista) vaca a R$ 205/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 227/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 202/@ (prazo) vaca a R$ 187/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 202/@ (à vista) vaca a R$ 187/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 197/@ (à vista) vaca a R$ 185/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 222/@ (prazo) vaca R$ 207/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 210/@ (à vista) vaca a R$ 180/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 212/@ (prazo) vaca a R$ 197/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 222/@ (prazo) vaca a R$ 209/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 205/@ (à vista) vaca a R$ 190/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 212/@ (à vista) vaca a R$ 195/@ (à vista).

S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO


Mercado interno de carne bovina dá sinais de recuperação no 3º tri, segundo o Minerva

O cenário doméstico para a indústria de carne bovina brasileira começou a apresentar melhora no terceiro trimestre, segundo o relatório Panorama Setorial divulgado pela Minerva Foods na segunda-feira (6)


“A performance do mercado interno começa a apresentar sinais de recuperação. O bom momento do ciclo pecuário brasileiro e a consequente disponibilidade de animais, aliado à sazonalidade do segundo semestre, devem incentivar o crescimento do consumo de carne bovina no mercado doméstico”, disse a empresa. A Minerva divulga relatórios com o panorama do setor de carne bovina nos mercados onde atua antes da apresentação dos resultados financeiros trimestrais. A empresa divulgará os resultados referentes ao terceiro trimestre na quarta-feira (8), após o fechamento do mercado. Segundo os dados compilados pela Minerva, as exportações brasileiras de carne bovina in natura somaram 541 mil toneladas no terceiro trimestre, alta de 15% em relação ao trimestre anterior. A receita com as exportações de carne bovina in natura de julho a setembro somou US$ 2,5 bilhões, alta de 5% ante o segundo trimestre. O principal destino da carne bovina brasileira no terceiro trimestre foi a China, respondendo por 63% do total, seguida do Chile (6%), Emirados Árabes Unidos (3%), Filipinas (3%), Rússia (3%) e Arábia Saudita (2%). Nos nove primeiros meses de 2023, as exportações brasileiras de carne bovina in natura somaram 1,4 milhão de toneladas, gerando receita de US$ 6,8 bilhões.

CARNETEC


SUÍNOS


Arroba suína e carcaça têm altas em São Paulo

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF teve aumento de 0,82%, custando, em média, R$ 123,00, enquanto a carcaça especial teve alta de 2,11%, com valor de R$ 9,70/kg, em média


Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (3), houve tímida queda de 0,15% em Minas Gerais, atingindo R$ 6,46/kg. Os preços ficaram estáveis no Paraná (R$ 6,12/kg) e em Santa Catarina (R$ 6,01/kg). Foram registradas altas de 0,33% no Rio Grande do Sul, alcançando R$ 6,11/kg, e de 0,46% em São Paulo, fechando em R$ 6,52/kg.

Cepea/Esalq


FRANGOS


Cotação do frango congelado cai e do resfriado sobe em SP

De acordo com análise do Cepea, a liquidez no mercado brasileiro de frango esteve aquecida ao longo de outubro. Esse cenário elevou os preços da carne na maioria das regiões acompanhadas pelo órgão


Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,00/kg, assim como o frango no atacado, valendo R$ 7,03/kg. No caso do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, o preço ficou inalterado em R$ 4,47/kg, assim como em Santa Catarina, custando R$ 4,26/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (3), a ave congelada teve tímida alta de 0,14%, chegando a R$ 7,35/kg, enquanto o frango resfriado caiu 0,27%, fechando em R$ 7,32/kg.

Cepea/Esalq


São Paulo registra caso de gripe aviária em mamífero marinho e Brasil atinge 139 ocorrências

De acordo com a atualização da plataforma do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), dedicada a informar casos de influenza aviária de alta patogenicidade, um novo caso foi confirmado no litoral de São Paulo


Desta forma, o país soma agora 139 casos da doença, sendo 3 em aves de subsistência e 5 em mamíferos marinhos. O registro foi em Ilha Comprida, no litoral paulista, em um Leão-marinho-da-patagônia. No Brasil, até o momento, ainda há 20 casos suspeitos de contaminação da doença em investigação. Total: Espírito Santo: 31 (sendo 30 em aves silvestres e 01 em ave de subsistência). Rio de Janeiro: 23 (aves silvestres). Rio Grande do Sul: 05 (02 em ave silvestre e 03 em animais marinhos). São Paulo: 44 (43 em aves silvestres e 01 em mamífero marinho); Bahia: 04 (aves silvestres). Paraná: 12 (aves silvestres). Santa Catarina: 19 (17 em ave silvestre, 01 em ave de subsistência e 01 em mamífero marinho). Mato Grosso do Sul: 01 em ave de subsistência

MAPA


ABPA lança nova etapa de campanha de prevenção à Influenza Aviária

Biosseguridade de toda a avicultura do país é tema da ação, que integrará cadeia produtiva em esforço nacional pela blindagem do setor


A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) lançou ontem a nova etapa da campanha nacional setorial de prevenção à Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), ação que integrará esforços de toda a cadeia produtiva em uma mobilização para ampliar a difusão das informações sobre os cuidados contra a enfermidade no Brasil. Nesta nova etapa, a campanha setorial ampliará seu escopo, contemplando também produções não comerciais, as chamadas subsistência ou “fundo de quintal” e o público em geral. Para isso, serão produzidos novos materiais para distribuição por Whatsapp e outras redes sociais, incluindo vídeos, cards, e arquivos para impressão. A nova etapa da campanha de prevenção também subsidiará entidades estaduais do setor para ações regionais. Folders e cartazes em formato eletrônico serão disponibilizados para distribuição em locais mais sensíveis ao tema, como áreas litorâneas e núcleos de produção. A ABPA também mantém informações gerais sobre cuidados, orientações sobre notificação e outros dados no site oficial da campanha Brasil Livre de IA. “O trabalho de preservação da biosseguridade na avicultura nacional segue intensificado, o que permitiu ao Brasil manter a avicultura industrial livre de Influenza Aviária. Por outro lado, todos devem se manter em total atenção, considerando o período de migração das aves para o Hemisfério Sul. Exatamente por isso, ampliamos o foco da nossa campanha para públicos que, embora não se voltem à produção industrial e não tenham influência no abastecimento nacional e nas exportações, devem também ser agentes de preservação do status sanitário do Brasil”, destaca o presidente da ABPA, Ricardo Santin. O Brasil é o único país entre os grandes produtores a nunca registrar casos de Influenza Aviária na produção industrial. Por isso, o país é reconhecido como livre da enfermidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

ABPA


EMPRESAS


C. Vale terá novo modelo de gestão para ampliar competitividade

A partir de 2024, cooperativa será liderada por um gerente executivo. Decisão segue plano de modernização da empresa e visa dar mais agilidade às decisões. C. Vale será comandada por um novo CEO a partir de 2024


A partir de 2024 a C. Vale, cooperativa agroindustrial com atuação no Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Paraguai, adotará um novo modelo de gestão, com um CEO à frente da diretoria executiva. A decisão, segundo o presidente da C. Vale, Alfredo Lang, faz parte do plano de modernização, elaborado nos anos 1990, e já vinha sendo planejada antes do incê3ndio na unidade de grãos da cooperativa em Palotina (PR), em julho deste ano. O acidente deixou 10 mortos e 10 feridos. “É uma consequência do crescimento da cooperativa. Queremos agregar valor à produção primária para melhorar a competitividade e a rentabilidade”, disse Lang, em entrevista ao Valor. Ele observou que o foco na agroindustrialização é uma das propostas do plano, uma vez que a cooperativa deixou de ter um perfil regional para ser uma empresa com atuação global, com atividades em áreas como grãos, insumos, frango, peixes, leite, suínos, mandioca, supermercados, aviação, rações, combustíveis, transportadora. “Não dá para conduzir o dia a dia com o planejamento de longo prazo, de maneira eficiente, sem divisão de tarefas”, disse. O novo modelo de gestão, aprovado pelos cooperados em assembleia extraordinária no dia 24 de outubro, começará a ser colocado em prática após assembleia geral ordinária no início de 2024. Para o cargo de CEO, a C. Vale busca um profissional que tenha conhecimento de gestão em cooperativas e, preferencialmente, que esteja afinado com a filosofia de trabalho da empresa. “Esse novo formato de gestão vai dar um impulso para a cooperativa, com maior agilidade na tomada de decisão e execução”, afirmou o presidente. “Visamos um modelo sustentável de produção e transparência, que é outra tendência forte”. Como parte do projeto de agroindustrialização e ampliação da cooperativa, a C. Vale inaugura amanhã - data em que completa 60 anos -, no complexo em Palotina, uma esmagadora de soja. Com capacidade para processar 60 mil sacas de soja por dia, a indústria irá produzir farelo e óleo de soja. O empreendimento recebeu investimento de mais de R$ 1 bilhão e ocupa 12 hectares. Inicialmente, a esmagadora receberá soja dos cooperados do oeste e noroeste do Paraná e do Paraguai. Também há a possibilidade de ser utilizada a produção dos cooperados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Os produtos da nova indústria serão comercializados no mercado interno, mas também exportados para União Europeia e Ásia. “Nosso foco são sempre os mercados mais exigentes em qualidade porque eles remuneram melhor”, disse Lang. A esmagadora tem capacidade de armazenagem para 4 milhões de sacas de soja e 68 mil toneladas de farelo. Ao mesmo tempo em que inaugura uma nova planta no complexo industrial, a C. Vale faz obras para reconstruir a unidade de grãos atingida pela série de explosões em 26 de julho. Carlos Arauz, assessor jurídico da C. Vale, disse à reportagem que a primeira etapa consiste na reforma da fábrica de ração, que está em execução, e na sequência será feita a reconstrução das estruturas de recebimentos de grãos, que teve parte destruída.

VALOR ECONÔMICO


Com investimento bilionário no Brasil, JBS prospecta crescimento mundial da marca

A JBS, uma das maiores empresas de produção de alimentos do mundo, confirmou mais uma linha bilionária de investimentos em suas operações no Brasil. E o Paraná, com a inauguração de duas novas fábricas da marca no município de Rolândia, tem parte importante na estratégia de expansão das operações da empresa no país.


De acordo com o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni, um aporte adicional de R$ 12 bilhões deve ser feito aos R$ 3 bilhões já previstos em investimentos pela empresa. Com esta iniciativa, a expectativa é que 20 mil novos empregos sejam gerados em unidades da JBS – somente nas unidades de Rolândia, o número de colaboradores deve saltar de 3,8 mil para 6 mil. “O Grupo J&F anunciou o investimento de R$ 38 bilhões até 2026. Quero dizer que nós da JBS estamos com um projeto de dupla listagem. Se esse projeto for bem-sucedido, esse investimento não será de R$ 38 bilhões, mas sim de R$ 50 bilhões no Brasil até 2026. Além disso, serão 50 mil postos de trabalho adicionais até 2026”, disse Tomazoni. A iniciativa de expandir o complexo industrial de Rolândia, de acordo com os executivos da JBS, faz parte da estratégia de fortalecimento da empresa no mercado de produtos de alto valor agregado. Na Europa e nos Estados Unidos, a JBS controla marcas como Sunnyvalley, Pilgrim's Food Masters e King's Group. Dados da JBS mostram que a marca Seara, que tem parte da linha de produção instalada no Paraná, tem mais de 30% de market share no segmento de empanados de frango e salsichas. E as metas da empresa incluem ampliar esta fatia de mercado com a ajuda das novas fábricas paranaenses da marca. Após o lançamento da nova linha de produtos de frango da marca, no mês de julho, o setor de empanados como um todo cresceu 2,7 pontos percentuais em comparação com o mesmo mês de 2022. “Esse número atesta o acerto de nosso investimento e mostra nossa influência na ressignificação da categoria, em linha com nosso objetivo inicial. Porém, acreditamos que ainda não atingimos todo o potencial”, analisou Gabriela Pontin, diretora-executiva de alimentos preparados da Seara. Antes das novas unidades, o complexo industrial paranaense já abrigava cerca de 3,8 mil colaboradores. Com a conclusão desta etapa da expansão no fim de outubro estão em operação três linhas de produção, sendo duas de empanados e uma de salsichas – esta expansão permitiu à JBS acrescentar 700 novos empregos. A planta industrial de Rolândia tem capacidade para uma expansão ainda maior na capacidade de produção, contando com mais sete linhas de empanados e três de salsicha. Essa ampliação está atrelada ao crescimento do negócio e à demanda de mercado. Quando estiver operando em capacidade cheia, a unidade chegará a 6 mil funcionários. Os números reforçam o posicionamento da JBS no Paraná, que de acordo com dados do Núcleo de Economia Regional e Urbana da Universidade de São Paulo (Nereus) e da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) movimenta, junto à sua cadeia produtiva, 6% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado. Além disso, a JBS sozinha é responsável por 2,1% dos empregos formais gerados no Paraná – nas unidades industriais paranaenses da Seara são mais de 14 mil colaboradores, com uma folha de pagamento de mais de R$ 800 milhões. A nova planta da JBS na cidade de Rolândia é a mais automatizada da Seara no Brasil e uma das mais modernas da empresa em todo mundo, seguindo os mais rígidos padrões globais de segurança sanitária. A produção de salsichas tem uma área exclusiva, de 23 mil metros quadrados, e deve contar com novos processos para reposicionar a marca neste mercado, como uma defumação diferenciada. Isso porque a unidade paranaense da Seara conta com o segundo maior forno de cozimento e defumação de salsichas do mundo (o primeiro fica na Romênia). Além disso, a fábrica utiliza robôs para as esteiras de produção e de embalagem, e está habilitada para uso de inteligência artificial e armazenamento de dados em nuvem. A unidade também foi criada com protocolos de sustentabilidade, como coleta de águas pluviais, utilização de veículos elétricos para trânsito interno, geração de energia solar no estacionamento dos veículos e reaproveitamento dos resíduos de celulose do processo industrial para transformação em combustível e compostagem.

GAZETA DO POVO


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Paranaguá retoma parcialmente embarques com correia transportadora no berço 201

O porto de Paranaguá informou na segunda-feira que as operações de embarque de produtos agrícolas com a utilização de correia transportadora voltaram a funcionar parcialmente no berço 201, após um incêndio afetar as operações no final de outubro


Segundo a administração portuária, as operações no berço 201 voltaram a funcionar no sistema de embarque automatizado, via correia transportadora, no domingo, pela empresa Bunge. A nota diz ainda que a operadora portuária "CAP segue sem operação neste berço e sem previsão de retorno". O incêndio ocorreu nas correias transportadoras da CAP. Não foi possível falar imediatamente com um representante dessa empresa. Antes de retomar o embarque automatizado, o porto havia redirecionado alguns embarques para outros terminais de Paranaguá ou estava realizando embarques no berço 201 com o auxílio de guindastes de bordo do navio, o que torna as operações mais lentas. Paranaguá é o segundo maior porto do Brasil e um dos principais centros de exportação de grãos e açúcar, bem como de importação de fertilizantes. O problema no local aconteceu em momento em que o Brasil escoa safras recordes de grãos e açúcar.

REUTERS


Exportação de açúcar pelo Terminal de Contêineres de Paranaguá tem alta de 4.500% em 2023

Redução no custo do frete marítimo está entre os principais responsáveis pelo aumento na demanda


A TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, movimentou, entre janeiro e agosto de 2023, 1.840 TEUs (20 pés de comprimento de contêiner) de açúcar. O volume é 4.500% superior ao registrado no mesmo período de 2022, que foi de 40 TEUs. A principal origem da carga exportada pela TCP é do estado de São Paulo (60%) e tem como destino o continente africano (52%). De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, até a terceira semana de julho deste ano, o Brasil já havia exportado mais de 13,24 milhões de toneladas do produto, gerando uma receita cambial de US$ 6,27 bilhões. Adversidades climáticas enfrentadas por outros fornecedores de açúcar, como a Índia, também impulsionam os números de exportação da commodity. "Vemos uma manutenção desta performance de movimentação para os próximos meses", avalia o gerente comercial, logística e de atendimento ao cliente, Giovanni Guidolim. Um dos principais motivos para o aumento expressivo na exportação de açúcar por contêineres está na redução do valor do frete marítimo, que registrou uma queda de aproximadamente 60% em relação a 2022, tornando a operação mais rentável. Outra vantagem da exportação do produto por contêineres está na flexibilidade apresentada por esta modalidade de transporte. Além de permitir a formação de lotes de maneira mais controlada, os contêineres podem ser armazenados gratuitamente (free time) por até sete dias no terminal nas operações de exportação. "Graças à parceria da TCP com diversos armazéns localizados na retroárea do terminal, conseguimos realizar serviços excelentes e estratégicos para um atendimento de qualidade dos nossos clientes, como a armazenagem do produto, processo de estufagem em container e conferência de lotes", explica Guidolim. O transporte do açúcar por contêineres também permite a exportação da carga de forma fracionada, com um embarque e descarga facilitados, pois não sofrem interferências das variações climáticas que possam ocorrer nas cidades portuárias, situação que pode atrapalhar a operação na modalidade break bulk (quando a carga é transportada no porão de navios). Na última semana de agosto, a TCP alcançou um marco histórico ao movimentar 16 milhões de TEUs (medida para um contêiner de 20 pés de comprimento). Nos sete primeiros meses de 2023, destacaram-se as exportações de carnes e produtos congelados, seguidos por commodities agrícolas. Nas importações, os bens de consumo e eletrônicos lideraram, seguidos pelo setor automotivo. O resultado foi obtido ao longo de 25 anos de atuação do terminal no Paraná.

TCP


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar tem leve queda em dia de agenda fraca e comentários de Lira sobre meta fiscal

Comentários do presidente da Câmara foram vistos como importantes para alterar a rota do câmbio na sessão


O dólar à vista fechou a sessão da segunda-feira em leve queda frente ao real, em dia em que a agenda de dados esteve mais fraca e o noticiário não ajudou a consolidar uma orientação consistente para o câmbio. Apesar disso, comentários do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre seu apoio à meta fiscal de déficit zero foram vistos como importantes para alterar a rota do câmbio na sessão. Terminadas as negociações, o dólar comercial encerrou em queda de 0,16%, a R$ 4,8873. Perto das 17h15 o contrato futuro para dezembro recuava 0,26%, a R$ 4,9025. O real apresentava o quinto melhor desempenho frente ao dólar, de uma cesta de 33 moedas acompanhadas pelo Valor. A sessão de hoje foi marcada pela dificuldade do dólar em estabelecer uma orientação clara, oscilando entre leve queda e leve alta, em meio a uma agenda de dados bastante fraca aqui e no exterior. Pela manhã, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), participaram de evento do BTG. Enquanto o ministro falou sobre as dificuldades em solucionar o impasse da dívida, mencionando “dois meteoros fiscais criados em 2017”, o presidente da Câmara afirmou que Haddad deve continuar buscando alternativas para alcançar o déficit zero em 2024. Na avaliação de Roberto Motta, analista macro da Genial, o apoio de Lira à busca pela meta zero pode ter sido o motivo para que o dólar alterasse a rota na sessão de hoje e saísse de uma leve alta para ir para uma leve queda. “A hora que o dólar começou a cair foi justamente no momento em que saíram os comentários do Arthur Lira, defendendo a agenda do Haddad, de meta zero, e falando sobre votar a subvenção do ICMS”, diz. Como apontou o economista Vinicius Moreira do J.P. Morgan em nota, ainda que os números do setor externo tenham vindo perto do que era esperado pelo mercado, a balança comercial permanece forte em outubro. “Estendendo essa força da balança até o fim do ano, nós revisamos o déficit em conta corrente de 2023 de 2,2% do PIB para 1,9%.” Para Motta, a balança comercial é, inclusive, um dos fundamentos que vêm beneficiando o real. “Além, é claro, dos juros que devem continuar altos no Brasil, no melhor dos mundos, no patamar de 9,5%”, diz.

VALOR ECONÔMICO


Ibovespa fecha em alta pelo quarto pregão consecutivo

Índice teve fôlego limitado, em linha com pares globais, enquanto investidores seguiram monitorando a trajetória dos juros americanos


Mesmo após ganhos importantes na semana passada, o Ibovespa voltou a subir na segunda-feira e completou quatro pregões seguidos de altas. Ainda assim, o referencial brasileiro teve fôlego limitado, em linha com pares globais, enquanto investidores seguiram monitorando a trajetória dos juros americanos. Agentes locais analisam, adicionalmente, o noticiário político em Brasília e, no cenário micro, a divulgação de resultados corporativos do terceiro trimestre. No fim do dia, o índice subiu 0,23%, aos 118.431 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 13,6 bilhões no Ibovespa e R$ 18,28 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 subiu 0,18%, aos 4.365 pontos, Dow Jones fechou em alta de 0,10%, aos 34.095 pontos e Nasdaq teve alta de 0,30%, aos 13.518 pontos.

VALOR ECONÔMICO


Mercado ajusta projeção de inflação de 2024 em Focus sem novidades

Economistas consultados pelo Banco Central ajustaram marginalmente sua projeção de inflação para o ano que vem, mostrou na segunda-feira uma pesquisa Focus sem grandes alterações frente à sondagem da semana passada


De acordo com o mais recente levantamento semanal do BC, o mercado vê agora alta de 3,91% dos preços ao consumidor brasileiro em 2024, contra taxa de 3,90% estimada no boletim anterior. Para 2023, o Focus manteve inalterada a expectativa de inflação de 4,63%. Para 2024 e 2025 a conta também sendo de uma inflação de 3,5%. O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Não houve mudanças em relação à percepção para a política monetária, com a taxa básica de juros Selic ainda calculada em 11,75% ao final de 2023 e em 9,25% em 2024. Já em relação à atividade, os economistas continuaram com a expectativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,89% este ano e 1,50% em 2024.

Reuters


PIB vai avançar 3%, mas arrecadação não deve crescer nem 1%, diz Haddad

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na segunda-feira que a arrecadação federal não deve aumentar "nem 1%" neste ano, apesar de apontar que o Produto Interno Bruto do país deve crescer 3% ao fim de 2023


Durante evento do BTG Pactual, Haddad ainda disse que uma série de "meteoros" do passado, como incentivos fiscais a governos estaduais e a pendência de precatórios, são os responsáveis pelas dificuldades na receita, destacando que representam um valor importante que impactam o marco fiscal.

Reuters


Setor de serviços do Brasil volta a território de expansão em outubro com recuperação da demanda

O setor de serviços brasileiro se recuperou para território de expansão em outubro, após ter contraído no mês anterior, com os empresários relatando retomada da demanda, mostrou uma pesquisa privada na segunda-feira


O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços da S&P Global para o Brasil subiu a 51,0 no mês passado, contra 48,7 em setembro --quando havia registrado a primeira contração em sete meses. Segundo a pesquisa, o ritmo de alta outubro foi o mais acelerado desde junho, consistente com um "ritmo de expansão moderado". A marca de 50 separa expansão de retração da atividade. Os participantes da pesquisa citaram em outubro conquistas de novos negócios, com a taxa de crescimento desse componente marcando o resultado mais forte desde junho, ficando acima da média de longo prazo. Houve ainda melhora da demanda, o que os empresários apontaram como fator por trás da expansão das vendas. "A melhoria na demanda por serviços sugeriu que o consumo privado e os investimentos em negócios mostraram sinais de resiliência", disse Pollyanna de Lima, diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence. Por outro lado, o aumento das vendas exerceu pressão sobre a capacidade de alguns provedores de serviços, de forma que os negócios pendentes subiram pela primeira vez desde maio de 2022. Isso por sua vez, levou algumas empresas a aumentar o quadro de funcionários. Para o setor como um todo, no entanto, o ritmo de expansão do emprego foi "modesto". Além disso, os custos dos insumos aumentaram em outubro à taxa mais acelerada desde junho, com os participantes da pesquisa citando custos mais elevados de materiais -- devido às contas de energia, alimentos, combustíveis, seguros e água -- e mão de obra. Esse aumento foi repassado pelos provedores de serviços, que elevaram seus próprios preços no início do quarto trimestre, com a taxa de inflação registrando o ritmo mais acelerado desde junho e ficando acima de sua média de longo prazo. Em relação à confiança do setor, as expectativas entre as empresas de serviços registraram melhora em relação a setembro, com mais de 56% dos participantes da pesquisa prevendo crescimento da atividade de serviços ao longo dos próximos 12 meses. Com a recuperação do setor de serviços compensando contração na indústria brasileira em outubro, o PMI Composto do país subiu a 50,3 no início do quarto trimestre, contra leitura de 49,0 em setembro. "As pesquisas do PMI de outubro mostraram um resultado líquido positivo para a economia do setor privado brasileiro, já que a expansão na atividade de serviços foi mais do que suficiente para compensar outro enfraquecimento no lado do setor industrial", disse Lima.

Reuters


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